História de uma foto: as idas e vindas do poder…

Imagem do ano 2000 mostra como as lideranças políticas percorrem caminhos ao longo da carreira, que se transformam em rodas gigantes dos altos e baixos representando a disputa de poder

 

O editor Marco Aurélio d’Eça em foto com Domingos Dutra e Pavão Fiho

Na imagem que ilustra a coluna “A história de uma foto” desta sexta-feira, 5, aparecem o editor deste blog Marco Aurélio d’Eça e os políticos Domingos Dutra (ex-PT) e Pavão Filho (PT).

Era o ano de 2000.

Dutra, que tinha sido um excepcional deputado estadual e deputado federal, deixou o mandato na Câmara Federal para ser vice do pedetista Jackson Lago nas eleições municipais de São Luís, em 1996.

Nesta época da foto, ele estava isolado por Jackson Lago e tentava vaga na Câmara Municipal.

Pavão Filho, por sua vez, era um promissor deputado estadual, após mandatos na Câmara de São Luís

O tempo passou, Dutra foi humilhantemente derrotado na eleição para a Câmara naquele ano, mas deu a volta por cima em 2002 e voltou à Assembléia Legislativa. Logo em 2006 voltou também à Câmara, como deputado federal.

Pavão Filho manteve-se na Assembleia até 2010, quando perdeu a reeleição. Em 2012, retornou à Câmara Municipal, novamente como vereador.

Dutra foi eleito prefeito de Paço do Lumiar em 2016, mas não concluiu o mandato, vítima de um AVC em 2018. Pavão não conseguiu se reeleger na Câmara em 2020.

Hoje, Dutra está aposentado da política e em tratamento das sequelas do derrame. Pavão Filho assumiu este ano mandato de vereador, que era de Osmar Filho (PDT), eleito deputado estadual.

O titular deste blog Marco Aurélio d’Eça segue na militância no jornalismo.

São histórias das idas e vindas que marcam a trajetória dos políticos maranhenses.

Histórias de 30 anos de jornalismo…

A história de uma foto: um voo presidencial…

Coluna desta semana do blog Marco Aurélio d’Eça conta a primeira viagem de um grupo de jornalistas maranhenses e nacionais no antigo avião da Presidência da República, em 1999, entre Alcântara e São Luís

 

Marco Aurélio d’Eça com Marcelo Canelas, Dida Sampaio e outros jornalistas

Memória

Em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) veio ao Maranhão para uma visita ao Centro de Lançamento de Alcântara.

Foi a primeira vez que jornalistas puderam viajar no avião presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB) dentro do território nacional – antes, essa permissão era dada apenas em voos internacionais.

Vieram de Brasília com o presidente os jornalistas Marcelo Canelas (Rede Globo), Ilimar Franco (O Estado de S. Paulo), Irineu Machado (Folha de S.Paulo), dentre outros.

Os jornalistas de São Luís juntaram- se a eles na base de Alcântara, já no retorno a São Luís, após travessia pela Baía de São Marcos na lendária Batevento.

Entre eles o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça.

Marco Aurélio d’Eça, Silva Diniz e Marcelo Canelas, descendo do “Sucatão” em São Luís

Foi um voo de menos de 10 minutos, mas uma aventura histórica, retratada nas imagens que ilustram este post.

O fotógrafo Dida Sampaio, de O Estado de S.Paulo – que aparece ao lado de d’Eça no ônibus da FAB já no território de Alcântara – atuou em Brasília até ano passado.

Marco d’Eça com Dida Sampaio no ônibus da FAB, em Alcântara

Em 2020, Sampaio foi atacado por bolsonaristas em uma manifestação em Brasília. (Relembre aqui)

Vencedor dos prêmios Esso e Vladimir Herzog de Jornalismo, Dida Sampaio morreu em maio de 2022, em Brasília. (Saiba mais aqui)

A viagem com FHC, que estava acompanhado da então governadora Roseana Sarney (MDB) foi preparatória para a tentativa de lançamento do foguete a partir de Alcântara, o mesmo que explodiu em 2003, matando praticamente todas as mentes do programa espacial que atuavam no CLA. (Relembre aqui)

São histórias de 30 anos de Jornalismo.

Histórias que marcaram a vida do Maranhão…

A história de uma foto: Flávio Dino antes do poder…

Imagem mostra encontro hoje considerado improvável entre o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça e o hoje ministro da Justiça Flávio Dino, em 2008, nos tempos em que o então comunista ainda estava fora do poder; é mais um capítulo de uma coluna que resgata fatos históricos marcados por imagens icônicas

 

Marco Aurélio d’Eça conversa amistosamente com Flávio Dino, nos tempos em que o comunista ainda estava fora do poder político

Em outubro de 2019, este blog Marco Aurélio d’Eça lançou a coluna “A história de uma foto”, com o objetivo de mostrar a presença do editor em fatos da história política maranhense por meio de imagens marcantes.

A primeira imagem desta coluna ganhou post com o título “Roseana Sarney pós-cirurgia em 1998”, que conta a história da reeleição da hoje deputada federal do MDB mesmo após passar praticamente toda a campanha internada.

Nesta sexta-feira, 21, o blog traz mais uma destas fotos icônicas.

Nela, aparecem Marco d’Eça e o agora ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), nos tempos em que o ex-comunista ainda estava fora do poder.

A foto foi registrada pelo colunista Felipe Klamt, hoje no jornal O Imparcial; encontro na casa do então deputado estadual Rubens Pereira Jr. (PT).

Era o ano de 2008. Flávio Dino preparava-se para disputar a Prefeitura de São Luís contra o então deputado federal João Castelo (PSDB).

Flávio Dino perdeu aquela eleição em segundo turno, após acirrada disputa – e com o apoio do titular deste blog Marco Aurélio d’Eça.

Mas quatro anos antes, em 2004, o jornalista já havia protagonizado outra ação com Flávio Dino.

Coube a d’Eça a primeira entrevista em que o comunista, ainda juiz federal, falava de suas pretensões em disputar a sucessão municipal dquele ano pelo PT – e com o apoio da então governadora Roseana Sarney.

Esta história foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça em agosto de 2014, no post “Flávio Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

– Naquele dia, uma tarde de fevereiro ou março de 2004, o jornalista, então repórter de Política do jornal O EstadoMaranhão, foi chamado à redação para uma entrevista com Flávio Dino, que iria anunciar ali sua pretensão de disputar a prefeitura naquele ano pelo PT; A entrevista foi feita e publicada na edição de domingo de O Estado – contou o blog, à época.

Flávio Dino não conseguiu viabilizar-se no PT e adiou o sonho de entrar na Política para 2006, quando chegou à Câmara Federal pelas mãos do então governador José Reinaldo Tavares (PSB).

O tempo passou, Flávio Dino virou governador, passou oito anos no poder e ganhou ares autoritários; hoje sequer cumprimenta alguém que não reze em sua cartilha.

Mas tanto o agora ministro da Justiça quanto o jornalista seguem na militância.

O primeiro exercendo o poder da forma que acredita; o outro fazendo o acompanhamento diário deste poder, sentindo-se no direito de criticar quando entender necessário.

E a história segue…

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Reflexo da miséria: Bolsa Família supera emprego com carteira no MA

Para cada trabalhador formal, estado tem dois beneficiários do programa do Governo Federal, o que reflete nos números da economia e alimenta o ciclo da pobreza

 

Miséria se espalha pelo Maranhão e reflete no Bolsa Família

Maranhense é o campeão do Programa Bolsa Família e supera trabalhador com carteira assinada

O Maranhão é o estado do Nordeste com o maior número de beneficiários do programa Bolsa Família, segundo os dados do governo Lula (PT).

O que, para o Governo Federal, pode ser considerado como vitória política do programa, para o Governo do Estado esses dados deveriam significar motivo de vergonha, um reflexo da miséria do estado.

O número de beneficíarios do Bolsa Família supera em duas vezes o de trabalhadores con carteira assinada; isso quer dizer que para cada trabalhador formal, o Maranhão tem dois beneficiários do Bolsa Família.

Historicamente dependente do Poder Público, a economia maranhense nunca superou o ciclo da miséria; os quase oito anos do Governo Flávio Dino (PSB) acentuou ainda mais esta dependência.

Um dos símbolos deste ciclo de pobreza são os Restaurantes Populares.

Festejados como avanço social pelo governo maranhense, essas estruturas refletem, na verdade, o tamanho da insegurança alimentar no estado, uma vez que, cada restaurante destes significa mais gente sem condições de pagar pela própria alimentação básica.

E por isso, também, o Bolsa Família é destaque no Maranhão…

O protagonismo do PDT nas eleições de São Luís

Todos os prefeitos eleitos na capital maranhense a partir de 1988 – de Jackson Lago a Eduardo Braide, passando por Tadeu Palácio, João Castelo e Edivaldo Júnior – estavam filiados ou foram apoiados pelo partido hoje presidido pelo senador Weverton Rocha, que garantiu o protagonismo também em 2024

 

Weverton decidiu tremular ele próprio a bandeira do PDT nas eleições de 2024

A última entrevista do senador Weverton Rocha à TV Mirante, na última segunda-feira, 3, teve forte repercussão política, sobretudo pela recolocação do PDT no jogo sucessório de 2024.

Após uma espécie de período sabático pós-eleições de 2022, Weverton aproveitou a entrevista para  reposicionar seu partido, que protagonizou as eleições em São Luís nos últimos 35 anos.

Desde as eleições de 1988, quando elegeu Jackson Lago, o PDT venceu todas as eleições na capital maranhense, seja com um candidato do partido, seja apoiando outras agremiações.

Foi assim em 2004, com o então pedetista Tadeu Palácio, em 2008 com o tucano João Castelo, em 2012 com Edivaldo Júnior, ainda no PTC, e em 2016, com ele já filiado ao PDT.

Na última eleição da capital, em 2020, o PDT foi fundamental no segundo turno para a eleição de Eduardo Braide (hoje no PSD).

É por este protagonismo histórico que Weverton Rocha decidiu chamar para si a responsabilidade de posicionar o PDT na sucessão municipal.

Com ou sem nome próprio entre os candidatos…

Iracema Vale é a segunda mulher a assumir o Governo do Maranhão

Antes dela, apenas Roseana Sarney tinha chegado ao posto, como a primeira mulher eleita governadora no Brasil e a única com quatro mandatos de governadora; a presidente da Assembleia entra na galeria da história ao lado também de Joana da Rocha Santos, a Dona Noca, primeira mulher a assumir uma prefeitura no Maranhão

 

Iracema substitui a Brandão no comando do Executivo, por um período de cinco dias

A presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Iracema Vale (PSB) entra nesta terça-feira, 14, para a galeria histórica do Maranhão como a segunda mulher a exercer o cargo de governadora; ela substitui até sexta-feria, 17, o governador Carlos Brandão (PSB), que está em viagem pelo exterior, ao lado do vice-governador Felipe Camarão (PT).

Antes de Iracema Vale, apenas Roseana Sarney (MDB), atualmente deputada federal, chegou ao governo, como a primeira mulher a eleger-se governadora no Brasil; Roseana teve quatro mandatos no comando do Maranhão, outro feito único no país.

Iracema Vale já tinha entrado para a história maranhense como a primeira mulher a eleger-se presidente do Poder Legislativo.

Na galeria histórica do Maranhão, Iracema está ao lado também de Joanna da Rocha Santos, a Dona Noca, primeira mulher a assumir uma prefeitura no Maranhão e a segunda no Brasil; Noca foi nomeada prefeita de São João dos Patos em 1934.

Iracema Vale assume o governo nesta terça-feira, 14, às 14 horas, no salão de atos do Palácio dos Leões…

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Sem oposição não há democracia…

Governador Carlos Brandão tem sido elogiado pela abertura de diálogo com todos os setores da política – e muitos apontam que isto é bom para o Maranhão – mas há riscos claros para o país ou estado em que não há o confronto de ideias, ainda que não se viva em ambiente de ditadura, como ensina os estudos sobre o tema

 

Flávio Dino varreu a oposição interna e externa; Brandão agregou a todos e o Maranhão segue “na união”

Editorial

O grande debate político das últimas semanas tem se dado em torno da “capacidade de diálogo do governador Carlos Brandão (PSB)”, que conseguiu formar – em torno dele – um consenso nunca visto na história do Maranhão.

Com oposição restrita ou inexistente na Assembleia Legislativa, Brandão avançou também na Federação dos Municípios (Famem) e tem forte presença na Câmara Municipal de São Luís.

Para todos os atores políticos – cooptados ou cooptáveis – a justificativa é sempre a mesma: “a união é bom para o Maranhão”. 

Será?!?

– Os governos divididos, ou seja, quando o governo não tem maioria no poder legislativo, podem gerar fases de ingovernabilidade. Entretanto, a história recente da América Latina mostra que a ingovernabilidade é geralmente fomentada pelos executivos, e quando estes gozam de amplas maiorias legislativas, há também uma maior tendência a fomentar práticas autoritárias – afirmou o pesquisador Fernando Barrientos, em artigo que dá título a este post. (Leia aqui)

É óbvio que Brandão não tem perfil autoritário e sua história política mostra a busca constante pelo diálogo com todas as forças; o problema está nas próprias forças que se deixam cooptar por interesses outros.

O adesismo de grupos com capacidade política e de poder para contrapor visões de mundo e de estado – mas que preferem compor a reagir – torna o ambiente de poder estéril, inócuo, sem modificação da realidade e girando em torno de si mesmo. 

Para o sociólogo Demétrio Magnoli, a razão de ser do governo é a oposição, que tem legitimidade para se expressar no Parlamento, nos meios de comunicação e na pluralidade partidária.

– O governo só se legitima democraticamente porque existe uma oposição. Quando o povo elege o governo, também escolhe uma oposição, que reúne aqueles que não tiveram votos suficientes para governar, mas representam uma parte da população – explica Magnoli. (Entenda aqui)

O fim da oposição no Maranhão se deu por dois fatores:

1 – a força política e autoritária do ex-governador Flávio Dino (PSB), que varreu grupos poderosos, como o Sarney, emparedou Judiciário e Ministério Público e impediu o crescimento do Bolsonarismo no estado;

2 – a habilidade política de Carlos Brandão, que soube atrair os grupos banidos por Dino, realinhar a divisão de poder institucional e político e conquistar forças que lhe eram hostis.

O resultado é um Maranhão sem contrapontos, em que as mais diversificadas forças políticas seguem um mesmo discurso, uma mesma justificativa, um mesmo entendimento; seja para o bem, seja para o mal.

Se essa “unidade ideológica” servir para alavancar os indicadores econômicos e sociais do Maranhão, aplauda-se.

Se, por ouro lado, servir apenas para a estagnação, com cada qual beneficiando-se do jarro, aí será o caos.

Só o futuro próximo dirá o caminho que foi seguido…

Abstenção no segundo turno se mantém estável desde 2002…

Eleições presidenciais vêm tendo duas rodadas de votação há 20 anos, sempre com uma margem de faltosos na casa dos 20% de eleitores; maior índice foi registrado em 2010, às vésperas de um feriadão de finados

 

As campanhas dos presidenciáveis preocupam-se com a ausência do eleitor no segundo turno das eleições

Pesquisa histórica

Criado no Brasil a partir das eleições de 1998, o segundo turno eleitoral já foi realizado em seis das sete eleições com possibilidade de aplicação do dispositivo; apenas Fernando Henrique Cardoso (PSDB), exatamente em 1998, foi reeleito em primeiro turno desde então.

Preocupação das campanhas neste 2022, a abstenção no segundo turno se manteve em uma média instável, na casa dos 20% de eleitores faltosos entre 2002 e 2018:

20,46% em 2002;

18,99% em 2006;

21,47% em 2010;

21,1% em 2014;

e 21,29% em 2018.

O índice histórico foi ligeiramente maior em 2010, quando o segundo turno caiu no dia 31 de outubro, às vésperas do feriado de finados; a preocupação do feriado voltou a rondar as campanhas em 2022.

No Maranhão, por exemplo, o Governo do Estado e algumas prefeituras decidiram transferir o feriado do servidor público da sexta-feira, 28 para a segunda-feira, 31; e deram ponto facultativo no dia 1º de novembro, emendando com o feriado do dia 2.

O servidor público maranhense, portanto, ganhou um feriadão de três dias, até a quinta-feira, 3.

Mesmo nos estados onde não se comemora o Dia do Servidor Público, o feriado do dia 2, na quarta-feira, é motivo de preocupação para as campanhas.

Mas a tendência é que essa abstenção se mantenha na média histórica…

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Primeiro emprego: da “Branca” ao “Meu Preto” o maior projeto de geração de renda do Maranhão

Programa implantado pela ex-governadora Roseana Sarney em seus governos abriu oportunidades de entrada no mercado de trabalho para jovens de todo o Maranhão e será reeditado no governo do senador Weverton Rocha

 

Objetivo de Weverton é resgatar a dignidade do Maranhão, combatendo a pobreza com atração de investimentos e oportunidades as jovens que chegam ao Mercado de Trabalho

 

Análise da notícia

Não há na história do Maranhão nenhum programa de governo que tenha dado tantas oportunidades a jovens que estão iniciando a vida de trabalhador quanto o Primeiro Emprego, da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

O programa consistia no incentivo a empresas para que dessem oportunidades a jovens que estavam chegando ao mercado de trabalho, mas ainda sem experiência, o que dificultava sua contratação.

O próprio governo subsidiava essas contratações.

O Primeiro Emprego inseriu milhares de jovens maranhenses no mercado de trabalho; hoje, muitos destes jovens são executivos, empresários ou altos funcionários públicos, que conseguiram chegar por intermédio do programa de Roseana.

O Primeiro Emprego, criado pela “Branca”, terá agora uma reedição no governo do “Meu Preto” Weverton Rocha.

Roseana inseriu milhares de jovens no mercado de trabalho, com a implantação do programa Primeiro Emprego, que será reeditado no eventual governo Weverton Rocha

Mesmo sem nunca ter votado na família Sarney e nunca ter-se aliado ao Grupo Sarney, o senador do PDT considera o programa de Roseana uma das mais importantes iniciativas políticas de geração de emprego e renda; e vai reeditá-lo, caso se eleja governador.

O Primeiro Emprego faz parte de um conjunto de ações do programa de governo de Weverton que visam preparar e dar oportunidades de trabalho e renda à população maranhense.

Juntando essas ações aos programas de atração de investimentos no estado, o senador entende que o Maranhão poderá, de fato, entrar o rumo do desenvolvimento econômico.

E fatalmente reduzirá a pobreza em todos os municípios.

Simples assim…

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Eleições devem consolidar transição de gerações no poder no Maranhão

A ascensão de jovens políticos a partir da eleição do governador Flávio Dino, em 2014, será posta à prova em outubro, na disputa entre o senador Weverton Rocha e o vice-governador Carlos Brandão, último representante da antiga política que dava as cartas no estado até então

 

Esta imagem de Flávio Dino representa bem a transformação que sua eleição trouxe ao Maranhão, com a renovação de quadros políticos, alguns deles nesta solenidade

Ensaio

O governador Flávio Dino (PSB) encerra o mandato no final de março, com um legado que nem mesmo a sua própria rede de comunicação conseguiu explorar ao longo dos últimos oito anos: ele é responsável pela maior transição de poder entre gerações na história do Maranhão.

Fo a vitória de Dino em 2014 – desenhada já a partir das eleições municipais de 2012 – que levou o maior contingente de jovens lideranças ao poder político no Maranhão, ocupando espaços institucionais e controle dos principais partidos. 

Este legado estará sendo posto à prova nas eleições de outubro, na disputa entre o senador Weverton Rocha (PDT) – um dos maiores expoentes desta nova geração – e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), último representante da antiga política, tradicional e patrimonialista, que controlava o poder no estado até 2010. 

Não há dúvida de que a disputa entre Weverton e Brandão é um choque de gerações

E este choque tem Flávio Dino como principal articulador; para um lado e para o outro.

Sem a vitória de Dino em 2014, é pouco provável que jovens políticos, como o prefeito de São Luís Eduardo Braide (Podemos), seu antecessor, Edivaldo Júnior (PSD), os presidentes da Câmara Municipal, Osmar Filho (PDT), e da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PDT) estivessem hoje no poder político maranhense.

Sem a vitória de Dino em 2014 nem Weverton Rocha, nem Eliziane Gama (Cidadania) teriam condições de sonhar ser senadores e não teriam hoje o destaque nacional que têm.

Quem poderia imaginar que garotos como André Fufuca (PP), Juscelino Filho (DEM), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Fábio Macedo (PRB), Felipe Camarão (PT), Bira do Pindaré (PSB), Gil Cutrim (PRB), Roberto  Costa (MDB), Dr. Yglésio (PROS), Wellington do Curso (PSDB) e Duarte Júnior (PSB) pudessem estar hoje no comando ou disputando comando de partidos do porte de DEM, PP, MDB, PT, PSB e PSDB?

José Reinaldo Tavares é a maior representação do contexto histórico no qual está inserido o vice-governador Carlos Brandão

 

Mas o mesmo Flávio Dino que oxigenou a política maranhense, renovando seus quadros em quase a sua totalidade é também o responsável por dar sobrevida à velha política, representada pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB), último expoente da cultura coronelista e patrimonialista a disputar poder no Maranhão.

A “escolha pessoal” de Flávio Dino pelo tucano Brandão trouxe de volta à cena figuras que já deram sua contribuição em outro momento da história e deveriam estar em casa, refestelando-se com netos e bisnetos, como por exemplo o ex-governador José Reinaldo Tavares.

Ao incensar seu vice, Dino também “ressuscitou” ao debate figuras ainda mais distantes da atual realidade política, alguns cuja última eleição importante que disputou ocorreu no longínquo ano de 1984.

Flávio Dino deixa o governo em março, e a população maranhense é quem decidirá de que lado ele estará na foto da história.

Se com os jovens que ascenderam a partir de sua vitória em 2014 ou com a antiga política, que ele mesmo ressuscitou ao fazer sua “escolha pessoal” nas eleições.

O governador terá seis meses para se decidir…

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