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Uma história única…

O senador José Sarney (PMDB) encerrou ontem a sua participação na vida pública nacional, após mais de 50 anos de efetiva militância política.

José Sarney, Maranhão, História

O senador Sarney despede-se do Senado

E o fez com o orgulho de quem construiu trajetória única no país, chegando ao posto máximo do poder político brasileiro, que é a presidência da República.

Único maranhense a ocupar o comando de dois dos três poderes da República – foi presidente do país e do Congresso Nacional – Sarney é também o único ex-presidente vivo a se manter no poder mesmo após ter deixado a presidência.

Foi depois de deixar o Palácio do Planalto, em 90, que o maranhense chegou por quatro vezes ao comando do Senado, outra marca única em sua biografia.

Democrático e conciliador, o ex-presidente enfrentou de forma serena uma ferrenha oposição política em seu estado natal, que tentou por várias vezes destruir sua biografia; mas manteve a dignidade de permitir que os oposicionistas pudessem construir sua história sem represálias ou perseguições de qualquer tipo – e este é outro traço único na biografia de Sarney.

O maranhense de Pinheiro deixa a vida pública após ser deputado federal, governador, senador e presidente da República.

E também será o único líder político brasileiro a deixar o poder sem ser derrotado eleitoralmente.

O presidente da abertura democrática e das bases da solidez econômica no país é também o único entre os ex-ocupantes do Palácio do Planalto a construir – ao mesmo tempo em que participava dos embates políticos – uma carreira igualmente brilhante na literatura e na vida intelectual – com reconhecimento mundial de sua obra.

E este também é um traço único na biografia do político Sarney, que ilustra sua história de cinqüenta anos de vida pública.

História única no Maranhão e no Brasil…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Uma carta do passado…

Fazendo uma pesquisa na internet para um trabalho que estou desenvolvendo, encontrei uma carta escrita por Plato de Corinto, um escravo grego forro, uma espécie de administrador ou secretário particular de Justus Domício Sílio, romano ilustre e nobre. O texto que acompanhava a carta dizia que a sua tradução, do latim para o inglês e depois para o português, foi feita no sentido de fazer com que o texto ficasse mais compreensível para as pessoas do século XX

 

HAHAHPor Joaquim Haickel

“Senhor, meu mestre, filho de Júpiter e benemérito das boas causas, pai dos pobres e defensor dos oprimidos…”

“… Flávius Cotro Disceno entendeu, faz muito tempo, que para vencer essa maldita guerra civil não importaria com quem se juntasse, tanto que se associou com a pior escória remanescente da oligarquia Jônia!

O comando dessa oligarquia jamais entendeu que não poderia ficar apático, inoperante, inapetente. Não entendeu que não se deve nem se pode sair de um jogo quando se está perdendo. Que até se pode, e em alguns casos até se deve sair do jogo, mas deve-se saber a melhor hora de fazer isso, de sair de cena. Existem saídas que são motivadas pelo tempo, pela idade, que precisam ser feitas e existem permanências que deveriam ser motivadas pelo bom senso, pela necessidade, pela lealdade, utilizando-se um sentimento de companheirismo e de sacrifício comuns apenas aos verdadeiros bravos.

Enquanto os Discenos não fazem restrições a quem se juntar, seu primo, Marco Ápio Jônio, primogênito de sua tia România, comandante supremo da oligarquia Jônia, passou os últimos anos alijando companheiros por meras e gratuitas antipatias, por um critério seletivo absurdo, motivado por seus cortesãos, o que os enfraqueceu como grupo. Além do que, cresceram tanto que chegaram a um ponto que dentro de seu campo havia mais adversários que fora dele. Nem Marte consegue juntá-los como um único exército”.

“No tempo de Romulo e Remo, a rivalidade interna dos clãs era incentivada para fortalecer ao senhor supremo. Ficou patente que essa atitude funciona por um tempo, mas depois se deteriora, tanto que “uns almofadinhas, queridinhos do poder”, comensais da mesa grande, pessoas que sempre foram mais protegidas que outras, que com suas atitudes acabaram por fazer com que alguns covardes debandassem para o adversário. Os Jônios chegaram a um ponto onde quase todos eles estavam cometendo algum tipo de erro”.

esparta

“É verdade que não há batalha que seja perdida antes de seu final. Ainda há nos corações e nas mentes de alguns comandantes Jônios o fogo da fé em uma boa batalha que os leve à esperada vitória.

Não há guerra que possa ser perdida por culpa de seus oficiais subalternos, eles só cumprem ordens. Quem as dá são os oficiais superiores, mas se estes não estão preparados para isso…

Os Jônios conseguiram enfim um guerreiro que se disponibilizou a sair de sua zona de conforto, que abandonou sua vila nas montanhas e sua toga de senador para enfrentar Flavius, adversário poderoso, que afia sua espada faz mais de oito anos, que possui bem junto a si um comando competente, que tem trabalhado a seu favor uma poderosa e sanguinária máquina de guerra, que arregimentou um exército de mercenários oriundos das fileiras do inimigo.

Enquanto isso, os Jônios não souberam ouvir os oráculos, não souberam interpretar as entranhas das aves. Cercaram-se, durante muito tempo, por uma cortina de lacaios que turvaram suas vistas e embaçaram sua percepção, que os embriagou com bajulações e loas.

Tudo que os Jônios têm hoje é esse guerreiro, Veritius Arria Latus, que luta em defesa desse imenso grupo, nem sempre coeso, graças às falhas de comando. Em outras circunstâncias esse guerreiro jamais teria condições de representar nosso povo, ele seria impedido pelas intrigas da corte e pelas preferências do poder.

O que me consola Mestre, é que no seio da corte adversária, as mesmas coisas já acontecem hoje, e conforme se desenvolverem os acontecimentos, as mães, história e filosofia, juntas, feliz ou infelizmente, irão operar suas ações, fazendo com que seus trajetos, como sempre, se repitam.

Com pesar constato que nós, sua casa, seu povo, estamos no meio dessa guerra, dessa tragédia, que certamente, com essas proporções, não é a primeira desse gênero e pelo visto não será a última”.

“Mestre, o povo sofre, principalmente porque, tal qual já aconteceu antes, vê que há pouca ou nenhuma diferença entre os contendores de agora.

Rogo aos Deuses, protetores dos bons e dos justos, que na Gália, meu senhor esteja tendo sucesso em sua jornada. Que meu senhor encontre seu destino com leveza, coisa que deve sempre acontecer a um filho dileto de Júpiter.”

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Reis Pacheco: uma versão para a história…

Em 1994, o então senador Epitácio Cafeteira disputava o Governo do Estado contra a deputada federal Roseana Sarney.

Faltavam poucos dias para a eleição e Cafeteira liderava, mas com Roseana avançando, apesar do clima de tensão-e-salve-se-quem-puder em seu comitê, marcado por rompimentos políticos pré-eleitorais.

Nas hostes cafeteiristas, marcavam presença figuras como Aderson Lago, Jaime Santana, Domingos Dutra,  João Castelo, aliados de Jackson Lago e parentes do ex-governador Luiz Rocha, muitos ainda hoje na ativa.

Ameaçado pela virada, Cafeteira passou a alertar a população em seu programa eleitoral de que “os adversários poderiam criar” alguma história contra ele.

Esse alerta durou uma semana, na propaganda eleitoral.

Depois disso, surgiu no meio da campanha um falso dossiê sobre a suposta morte de um homem chamado Reis Pacheco. O falso dossiê continha supostas provas de que Cafeteira teria, supostamente, mandado matar o homem.

Reis Pacheco era técnico de uma multinacional em São Luís. E havia atropelado e matado o ex-vereador Hilton Rodrigues, sogro de Cafeteira, quando este era governador (entre 1986 e 1989).

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Recorte do JP da época

O dossiê “surgido” do nada chega a aliados de Roseana. Alguns entusiasmam-se e conversam com jornalistas (não havia blogs, não havia internet, muito menos redes sociais e whatSapp).

Os jornais eras as peças principais do noticiário político.

Um tititi ganhou as ruas de São Luís e se espalhou pelo Maranhão, mas apenas um ou outro colunista arriscou-se a publicar alguma especulação sobre a história. Alguns jornais até pensaram em dar manchete, mas recuaram.

PTudo durou menos de um final de semana, nem deu tempo direito de o caso ir para a propaganda eleitoral…

Mas Cafeteira e seus aliados, obviamente, passaram a ser a indignação em pessoa: revoltados, sofridos perseguidos.

E num passe de mágica, eis que surge Reis Pacheco, agora um morador do Pará (provavelmente vivo até hoje), para salvar a honra do senador que enfrentava a oligarquia.

O desmentido ganhou mais destaque nos jornais que a acusação – sobretudo nos alinhados ao anti-sarneysismo.

E dominou também a propaganda eleitoral da reta final da campanha.

Assim surgiu a histórica farsa do caso Reis Pacheco, uma espécie de não-fato que, aparentemente, tinha o objetivo de influenciar no resultado das eleições de 1994 – ou consolidar alguma posição.

E a história passou a constar do anedotário político maranhense dos últimos 20 anos.

Cafeteira, apesar de tudo, perdeu aquela eleição para Roseana Sarney – e perdeu de novo em 98 – mas a disputa tornou-se histórica também por causa de Reis Pacheco.

E a história, como se sabe, cíclica, sempre se repete.

Como farsa ou como tragédia…

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Terroristas e comunistas…

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Terroristas das Farc; há quem ache bonito suas ações

Os atos do grupo terrorista Estado Islâmico, na região do Oriente Médio, são criminosos sob quaisquer aspectos que se veja.

Terroristas de esquerda, de direita; terroristas sem ideologia alguma, terroristas dogmáticos e terroristas de fé se espalham pelo mundo com suas ações criminosas.

As Forças Revolucionárias da Colômbia (Farcs), que dominam a América Latina e influenciam até no tráfico internacional de drogas, formam um grupo terrorista.

E se declaram de “inspiração comunista”. (Saiba aqui)

– As FARC são consideradas uma organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos Estados unidos, Canadá e pela União Européia. Os governos da África, Equador, Bolívia, Brasil, Argentina e Chile não lhes aplicam esta classificação. O presidente Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro de 2008 e apelou à Colômbia como outros governos a um reconhecimento diplomático das guerrilhas enquanto “força beligerante”. Cuba e Venezuela adotam o termo de “insurgentes” para as Farc – diz o site A Verdade Sufocada.

Cuba, Venezuela e Bolívia, que defendem as Farc, são as fontes de inspiração dos comunistas e da maior parte dos socialistas brasileiros.

Os black blocs em ação em São Paulo: queridinhos dos comunistas

Os black blocs em ação em São Paulo: queridinhos dos comunistas

No início do ano, quando um cinegrafista da TV Bandeirantes foi assassinado em atos de vandalismo político no Rio de Janeiro, o Senado passou a discutir uma Lei Antiterrorismo no Brasil. De acordo com a coluna Poder On Line, o PCdoB se posicionou contra a proposta.

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Atos de terror a partir de Pedrinhas: inspiração política?

– A ideia do partido é procurar demonstrar a falta de necessidade de aprovação do PSL 499/2013, que tramita no Senado e prevê a definição de crimes de terrorismo – disse a coluna, assinada pela jornalista Clarissa Oliveira. (Leia a íntegra aqui)

Atos como os que acontecem frequentemente em Pedrinhas – ou em outro presídio qualquer do país – são considerados simplesmente atos criminosos, assim com o vandalismo promovido pelos black blocs, no Sul do país.

Mas quando estes atos criminosos recebem incentivos políticos de qualquer espécie, aí eles passam a ser atos de terrorismo.

É simples assim…

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Flávio Dino e sua relação histórica com os Sarney…

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Em 2010, Dino pede para repetir beijinho em Roseana

A reação agressiva do jornalista Márcio Jerry, presidente do PCdoB, às declarações do senador José Sarney sobre a nomeação de Flávio Dino para a Embratur – logo Márcio, que vive defendendo campanha sem agressão (?) – mostrou que a histórica relação de Dino com Sarney é um assunto que deixa o comunista sem argumentos.

E os seus claramente irritados.

Em entrevista à TV Guará, Sarney revelou que tinha o poder de veto à nomeação de Flávio Dino para a Embratur, mas deu o “de acordo” à presidente Dilma Rousseff (PT).

– Disse que não ia vetar um maranhense para cargo algum em Brasília. Depois de nomeado, Flávio Dino foi me agradecer na minha casa – revelou Sarney. (Leia aqui)

Mas a relação de Flávio Dino com Sarney é bem mais antiga que esta nomeação para a Embratur – infelizmente agora alvo de investigação do Tribunal de Contas da União – e perpassa, inclusive, a convivência de infância, quando o pai de Dino era um dos principais aliados de Sarney, aliás, como permanece até hoje.

Primeira tentativa para prefeito
O titular deste blog foi partícipe de uma dessas articulações ainda em 2004, quando Dino ainda era juiz federal.

Naquele dia, uma tarde de fevereiro ou março, o jornalista, então repórter de Política de O EstadoMaranhão, foi chamado à redação para uma entrevista com Flávio Dino, que iria anunciar ali, sua pretensão de disputar a prefeitura naquele ano pelo PT.

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Assim como Roseana, Gastão Vieira declarou apoio público a Dino em 2008

A entrevista foi feita e publicada na edição de domingo de O Estado.

Dino pretendia deixar a magistratura naquele ano, mas sua pretensão de ser candidato – com apoio de próceres petistas como a então deputada Helena Barros Heluy, o ex-presidente petista Washington Oliveira e o hoje presidente da FUMC, Chico Gonçalves –  foi bombardeada por ninguém menos que  o deputado Domingos Dutra (hoje nas hostes dinistas).

Dutra espalhou no Maranhão que Dino iria se apropriar do PT, com apoio de Sarney, para chegar ao poder.

Resultado: a anunciada candidatura de Dino foi abatida no nascedouro, por um de seus principais aliados hoje.

Até há alguns anos atrás, o próprio Dino dizia ao titular deste blog que guardava a entrevista em seu gabinete em Brasília. Entrevista esta disponíveis nos arquivos do jornal, para quem quiser comprovar.

O tempo passou, e Dino só consolidou sua entrada na vida pública, em 2006, por intermédio de um ex-sarneysista, José Reinaldo Tavares (PSB), que praticamente comprou para o novo aliado um mandato de deputado federal.

Prefeitura outra vez
Em 2008, Flávio Dino entra na disputa pela Prefeitura de São Luís, contra João Castelo (PSDB), que tinha o apoio do então governador Jackson Lago (PDT).

O comunista chegou a agendar uma reunião com a então senadora Roseana Sarney (PMDB) que foi abortada por que o também então candidato Raimundo Cutrim (DEM) – hoje no mesmo PCdoB de Dino – revelou o encontro no horário eleitoral, contada por Roberto Kenard, em seu blog. (relembre aqui)

A aliança Dino/Roseana mereceu, inclusive, artigo do renomado jornalista e professor Ed Wilson Araújo, que em texto reproduzido pelo não menos renomado Walter Rodrigues, exortou a satanização da aliança pelos jackistas de plantão no governo. (Leia aqui)

Mesmo assim, Roseana Sarney declarou voto em Flávio Dino nas eleições de 2008, num gesto criticado como erro estratégico até pelos seus próprios aliados, que preferiam o apoio a Castelo.

Em 2010, Flávio Dino disputou as eleições de governador. E teve papel fundamental para a vitória de Roseana Sarney no primeiro turno, ao desqualificar a candidatura de Jackson Lago, espalhando no interior que o pedetista não poderia ser candidato por que havia sido cassado um ano antes.

Durante o debate entre os candidatos, uma cena antológica, registrada assim pelo saudoso Décio Sá:

– Após o debate de ontem os candidatos Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (PMDB) se cumprimentaram. Trocaram beijinhos. O comunista , inclusive, insistiu num segundo beijo. “É porque eu e ele nos damos muito bem – disse ela, após o programa diante da provocação dos repórteres. (Releia aqui)

Como se vê, a relação de Flávio Dino com os Sarney não começou apenas com a indicação do comunista à Embratur – e nem se resume a uma amizade familiar de infância – mas perpassa pela questão política e pelas disputas de poder no Maranhão.

O comunista Márcio Jerry, portanto, pode até continuar a chamar Sarney de “velhaco, mentiroso”, numa agressão covarde e desmedida.

Mas os fatos sempre darão razão ao senador.

E contra eles, não há argumentos…

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30 anos de oposição em São Luís: só os governadores fizeram…

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Avenida Litorânea: marco do governo Lobão

Nos trinta anos em que a oposição  mantém o controle da Prefeitura de São Luís, apenas os governadores ligados ao chamado grupo Sarney realizaram obras importantes para o desenvolvimento urbano da capital maranhense.

Quando iniciou o primeiro mandato oposicionista em São Luís, em 1985, a prefeita Gardênia Gonçalves (PDS) tinha como governador Epitácio Cafeteira (1986/1990). Cafeteria construiu o Viaduto do Outeiro da Cruz, duplicou a avenida dos Africanos e a avenida dos Holandeses, recuperou todo o Centro Histórico e fez o Aterro do Bancanga.

Em 1989, assumiu em São Luís o pedetista Jackson Lago. E nada de obra.

Em 1990, o sarneysista João Alberto assumiu por nove meses o governo: recuperou os canais da Macaúba, do Retiro Natal e da Raimundo Corrêa. E fortaleceu a segurança pública na capital, com a valorização da polícias e ações contra a crescente indústria de invasões.

Jackson Lago ficou no mandato até 1992, quando conseguiu eleger Conceição Andrade (PSB).

E ambos viram o governador Edison Lobão (1990/1994) construir a Avenida Litorânea, duplicar as Avenidas Carlos Cunha e dos Holandeses, prolongando até o Araçagy.

Lagoa da Jansén: cartão postal construído por Roseana

Roseana Sarney assumiu o governo em 1995 e ficou até abril de 2002. Em seu mandato, ela conviveu com os prefeitos Conceição, Jackson e parte do mandato de Tadeu Palácio (PDT e PP).

Não há na história maranhense um período de tantas construções em São Luís quanto no período roseanista.

Ela construiu os viadutos do Calhau, da Cohama, da Cohab e parte do Alcione Nazaré. Transformou a Lagoa da Jansén em cartão postal, investiu no Centro histórico, fez a avenida Ferreira Gullar, a Luis Eduardo Magalhães e a Estrada da Maioba. Também modernizou a Litorânea, duplicou a Estrada do Araçagy e  o trecho da BR-135 da Guajajara até o Estreito dos Mosquitos. Além disso, urbanizou vários bairros, com a construção das praças de Esportes e Lazer chamadas “Vivas”.

A partir de 2002 assumiu José Reinaldo Tavares (primeiro no PFL; depois no PSB).

Viaduto do Outeiro da Cruz: nenhum problema de tráfego desde Cafeteira

No início, Tavares apenas concluiu obras deixadas por Roseana. Mas a partir de 2004, passou a usar o mesmo discurso oposicionista, trocando a realização de obras pelos ataques ao grupo Sarney. Seu modelo foi seguido por Jackson Lago, a partir de 2007, mesmo quando se tinha a oportunidade de ter prefeito e governador trabalhando juntos.

São Luís só voltou a ser canteiro de obras novamente a partir de 2009, quando Roseana voltou ao poder.

Neste mandato, que termina este ano, Roseana constrói na capital a avenida do Quarto Centenário e a Via Expressa, que vão desafogar o trânsito no sentido Centro/Bairro.  Também construiu o Espigão da Ponta D’Areia, que acabou com a ameaça das marés na orla marítima e está em fase de urbanização.

No novo mandato, Roseana conviveu com João Castelo, que construiu as avenidas já citadas em posts anteriores e recuperou outras.

Depois, veio Edivaldo Júnior (PTC), que ainda não mostrou seu elenco de obras para além das operações tapa-buracos.

E assim se passaram 30 anos, período em que a oposição controla a Prefeitura de São Luís…

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Os 30 anos de oposição em São Luís: as bases plantadas por Sarney e seus prefeitos…

O que existe em termos de estrutura de transportes, malha viária, mobilidade urbana e saneamento em São Luís foi feito pelos governadores aliados do grupo Sarney ou pelos prefeitos indicados por ele.

Em 30 anos de domínio político da capital, a oposição não teve qualquer participação nestas obras – exceção feita a João Castelo (PSDB), como já dito.

O governador José Sarney lançou as bases da modernização de São Luís, pós-vitorinismo, com a realização de um plantel de obras estruturantes que tirou a capital da era rural em que vivia.

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Aspecto da construção da Barragem Bacanga, no governo Sarney: São Luís saindo da era rural

Sarney construiu as barragens do Bacanga e do Batatã, a avenida Kennedy, a Ponte do São Francisco – maior do Nordeste, à época – a ponte e a avenida do Ipase, os conjuntos Cohab, Maranhão Novo e Ipase; o Parque do Bom Menino e a estrada para Ribamar, até a Aurora, entre outras obras estruturantes. (Veja vídeo ao lado, na área de banners)

Na época, os prefeitos eram indicados pelos governadores. Aliados de Sarney, os prefeitos Vicente Fialho, Haroldo Tavares e Mauro Fecury deram continuidade à modernização da capital.

O sarneysista Haroldo Tavares: o melhor prefeito de São Luís

Secretário de Obras do próprio Sarney, Tavares é considerado até hoje o melhor prefeito que a Capital já teve – o que mais captou o espírito de Sarney e projetou uma São Luís para o futuro, com abertura de grandes avenidas e corredores para ônibus (Leia aqui).

Fialho ampliou o urbanismo e o saneamento, criando novos bairros, e Mauro Fecury organizou o sistema de transporte.

Mas aí veio as eleições diretas e, impulsionada por um tolo sentimento de rebeldia manipulado pelo blábláblá oposicionista, São Luís passou a ter prefeitos de oposição.

E pararia no tempo se dependesse deles.

De Gardênia Gonçalves a Edivaldo Júnior (PTC), o blábláblá anti-Sarney teve mais importância que o preparo do gestor.

E deu no que deu.

Roseana Sarney e seu hoje pré-candidato ao governo estadual, Luis Fernando, vistoriam obra da Avenida Quarto Centenário. Foto: Divulgação

Roseana e uma de suas obras: há mais de 50 só na capital

Nenhum deles – Gardênia, Jackson Lago (PDT), Conceição Andrade (PSB), Tadeu Palácio (PP) e Holandinha – conseguiu até hoje qualquer  projeto que preparasse São Luís para o futuro.

Exceção, repita-se, de Castelo, que teve obras importantes na questão estrutural.

Parada no tempo do discurso oposicionista, São Luís só continuou o seu caminho de modernização com os governadores, todos alinhados ao próprio Sarney:  João Castelo (então no PDS), Epitácio Cafeteira (PMDB), João Alberto (então no PFL), Edison Lobão (PFL) e Roseana Sarney (PFL/PMDB).

Mas esta é uma outra história dos 30 anos de oposição em São Luís…

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Os 30 anos da oposição em São Luís…

O blog inicia hoje uma série para analisar as três décadas de domínio da oposição na Prefeitura da capital maranhense. Com base em fatos que se podem comprovar a olhos vistos e dados históricos, o blog vai abordar desde os resultados práticos deste domínio, passando pela “obra” de cada um dos oito prefeitos, e discutir como seria São Luís sem o que foi realizado pelos governadores. Abaixo, o primeiro da série de três posts

 

 

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De Gardênia a Holandinha, prefeitura se limita a a tapar-buracos

A oposição maranhense completa neste 2014 nada menos que 30 anos de controle da Prefeitura de São Luís.

À exceção de um curto período de três anos em que coincidiram os mandatos dos governadores José Reinaldo (PSB) e Jackson Lago (PDT) com o do prefeito Tadeu Palácio (ex-PDT, hoje no PP), todos os eleitos na capital maranhense – de Gardênia Gonçalves (antigo PDS) a Edivaldo Júnior (PTC) – fizeram e fazem oposição ao Governo do Estado, e sobretudo ao grupo Sarney.

Mas o resultado prático deste controle oposicionista é quase nulo, em termos de obras estruturantes.

Nenhum dos oito prefeitos fez qualquer obra que pudesse ser considerada como importante para o desenvolvimento futuro da cidade. Nem Jackson Lago, que passou três vezes pela prefeitura.

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Grandes obras, como a Via Expressa, são todas feitas pelos governadores

Tudo o que São Luís tem em obras de mobilidade urbana, melhoramento de trânsito, abertura de avenidas, construção de hospitais e saneamento básico foi feito pelos prefeitos anteriores a estes oposicionistas – aliados exatamente a Sarney – ou pelos governadores José Sarney, João Castelo, Epitácio Cafeteira, Edison Lobão, João Alberto de Souza e Roseana Sarney.

Absolutamente tudo mesmo.

O que os prefeitos fizeram nestes 30 anos, mal e porcamente, foi apenas a manutenção  do que já existia ou do que foi feito pelos governos. A inoperância é tamanha que se vê aberrações como as de Holandinha, que distribui farto material publicitário e de comunicação para anunciar operações tapa-buracos.

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Castelo é a única exceção ente os prefeitos

A honrosa exceção é feita a João Castelo (PSDB), coincidentemente, também um governador realizador.

Ele construiu ou recuperou em quatro anos de mandato, pelo menos quatro importantes avenidas da capital – Santos Dumont, Estrada da Vitória, Mário Andreazza e Santo Antonio do Calhau; também construiu a Avenida Mauro Bezerra e uma outra, que liga, a Santos Dumond à Guajajaras, por dentro do João de Deus.

Além disso, iniciou a recuperação dos canais que cortam São Luís e o prolongamento da avenida Litorânea.

Os demais prefeitos se preocuparam em aperfeiçoar apenas serviços básicos, deixando as grandes e importantes obras apenas para os governadores que eles próprios diziam combater.

Como será mostrado nos próximos posts…

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O antes e o depois de Sarney no Maranhão…

 O vídeo abaixo é uma relíquia histórica. Trata-se de um documentário produzido por volta de 1969, com parte de uma série exibida em rede nacional. E mostra o antes e o depois do então governador José Sarney no Maranhão. A construção das barragens de Boa Esperança, do Bacanga e do Batatã; a implantação de estradas rasgando o estado; a modernização de São Luís – com construção de conjuntos habitacionais, o Parque do Bom Menino, novas avenidas e a ponte do São Francisco, na época, a maior do Nordeste. O visionarismo de Sarney, ao trazer para o estado os primeiros sistemas de processamento de dados e a implantação de escolas a cada mês.  É um vídeo histórico, que nem o próprio Sarney conhecia. E que mostra a verdade nua e crua do que era e do que passou a ser o Maranhão

 

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A Importância da Entourage

Por Joaquim Haickel

Comecemos pelo significado da palavra entourage. Ela é de origem francesa e significa grupo social, conjunto de indivíduos com quem convivemos habitualmente. Pessoas que vivem em volta de uma espécie de líder, de senhor, de governante.

Para efeito desse texto vou abrasileirar a expressão francesa. Usarei em seu lugar a palavra anturragem.

Os poderosos, de todos os tamanhos, de todas as procedências e em todos os tempos sempre cultivaram em torno de si um grupo de pessoas que algumas vezes se assemelham a uma flora, outras vezes a uma fauna, dependendo do tipo de poder que detenham ou da propensão de cada um para exercitar seu poder.

Todo poderoso deve antes de qualquer coisa ter consciência de que não pode viver sem pessoas em seu entorno e por isso mesmo deve se cercar dos melhores espécimes ao seu dispor. Aqui não me refiro apenas à competência laboral, falo de caráter, da formação cultural, moral e ética.

Um Barão medieval ou mesmo um príncipe da renascença tinham muitas pessoas a seus serviços. Tinham gente das mais diversas procedências e ocupações, até mesmo assassinos, mas estes, com raríssimas exceções, não faziam parte do séquito de seu senhor. Ficavam restritos aos seus covis.

Se observarmos melhor, todos nós temos uma anturragem, pois todos nós, uns mais outros menos, detemos alguma espécie de poder, o que cria em torno de nós um círculo de relações nas quais desenvolvemos nossas vidas.

Detalhados registros históricos nos dão conta que muitas vezes o senhor, o governante, passa facilmente do papel de manipulador de sua anturragem ao de manipulado por ela, por um grupo dentro dela ou por alguém dentre seus convivas.

Reis poderosos como Henrique VIII cometeram atrocidades motivadas por aqueles que o cercavam mais de perto. Henrique desterrou companheiros, mandou matar o seu melhor amigo e conselheiro, e inclusive, incensado por figuras de seu staff, mandou decapitar duas de suas mulheres.

Há um, porém! O poderoso ou o governante é no final das contas o único responsável por tudo aquilo que sua anturragem faz. Ele é o responsável direto pelas ações de quem o cerca, por todos os conselhos que ouve, principalmente pelos maus que aceita e até pelos bons que rejeita.

Vejamos o caso de Luís XVI e Maria Antonieta! A anturragem criou em volta deles um mundo restrito, embaçando sua visão de mundo. Não os deixavam ver além de seus umbrais. Minto. Na verdade eram o rei e a rainha da França que não queriam ver o que acontecia fora de seus portões. Por esse motivo acabaram sendo apartados de suas cabeças.

A anturragem diz muito sobre um líder. Uma análise das pessoas que gravitam em torno de alguém pode nos desenhar clara e facilmente um fiel retrato de seu vértice.

Quando era criança minha mãe sempre dizia: “Diz-me com quem andas que te direi quem és”. Ao que meu tio Stenio retrucava: “Toda regra tem exceção”.

Não serei aqui hipócrita ao ponto de desconhecer que precisamos ter em nossa anturragem algumas figuras das quais não temos lá muita satisfação em tê-los em nosso círculo de convivência. Não falo dos cães assassinos de César Bórgia, falo de uma cambada de bajuladores e capachos, falo da escória que todo líder parece precisar ter para que se sintam “amados”. Falo dos lacaios, alguns até de nível cultural elevado, às vezes bem mais elevado que do tal líder, mas que se diminuem por ter que lamber as botas de seu príncipe.

Não guardo maior rancor do rato que faz isso, fico mais indignado com o dono desses roedores. Poderia ter em torno de si animais menos pútridos.

Não há nenhuma espécie de poder, de qualquer tipo ou qualidade, que não atraia uma anturragem. Logo uma coisa que me parece fundamental, escolher cuidadosamente as pessoas que nos cercam.

Como já disse, todos nós precisamos de gente em nossa volta. Os mais poderosos, os líderes, precisam muito mais. Precisam de pessoas que exerçam as mais distintas funções. Qual governante vive sem um motorista, um secretário, um servente ou um garçom?

O que essa pessoa, detentora de uma relevância tem que saber é que não pode se deixar manipular por sua anturragem. O líder deve saber que os que estão bem próximos, à sua volta, desfrutam, pelo simples fato de estarem ali posicionados, de um poder incrível. A qualquer instante, através de um comentário “inocente”, um simples garçom pode passar uma informação inverídica ou propositalmente facciosa e transformar os aurículos do chefe em úteros envenenados. As consequência disso podem ser catastróficas.

Muita coisa errada nesse mundão de meu Deus já foi e continua sendo perpetrada dessa forma infame!