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Grupo Sarney já de “namoro” com Wellington do Curso…

Principais lideranças do grupo político que tem PV e PMDB como principais legendas já admitem nos bastidores a possibilidade de apoio ao candidato do PP, que tem crescido nas pesquisas de intenção de votos

 

Wellington com os líderes do PP: liberdade para formação de alianças

Wellington com os líderes do PP: liberdade para formação de alianças

 

seloAlgumas das principais lideranças do chamado grupo Sarney – agrupamento político que tem PMDB e PV como principais legendas – têm visto com outros olhos a candidatura do deputado estadual Wellington do Curso (PP).

Wellington ganhou musculatura ao crescer mais de 300% nas pesquisas de intenção de votos desde que anunciou sua candidatura a prefeito, em abril – e já ameaça claramente as candidaturas de Eliziane Gama (PPS) e Edivaldo Júnior (PDT), que também brigam por vagas no segundo turno.

Embora não admitam publicamente, o nome do deputado passou a ser visto como opção por líderes do PMDB,  como o senador João Alberto e a ex-governadora Roseana Sarney; e também por nomes fortes do PV, como o próprio ministro de Meio Ambiente Sarney Filho.

Ao contrário de Eliziane e Edivaldo – que buscam apoio, mas parecem envergonhados com a aliança – o próprio Wellington deixa claro que não faz acepção de aliados na formação de seu palanque.

– Todo e qualquer apoio do Governo do Estado e de qualquer outro grupo, ela é bem vinda – respondeu o pré-candidato, em entrevista ao jornalista Américo Azevedo, da TV Guará, ao ser questionado sobre uma aliança entre PP e PV. (Leia mais aqui)

No grupo Sarney, a possibilidade de aliança é vista como uma possibilidade, inclusive, de recomposição do PMDB no cenário eleitoral.

Mas esta é uma outra história…

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Para Wellington do Curso, “impeachment muda o jogo no Maranhão”…

Pré-candidato a prefeito de São Luís, deputado estadual avalia que a correlação de forças no estado – e na capital – terá outra configuração a partir da posse de Michel Temer na presidência

 

Fufuca com Wellington, no gabinete de Ciro Nogueira: confiança ampliada

Fufuca com Wellington, no gabinete de Ciro Nogueira: confiança ampliada

Um dos maiores beneficiários do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é o deputado estadual Wellington do Curso.

Filiado ao PP desde abril, o parlamentar convivia com a desconfiança de que o então presidente da legenda, deputado federal Waldir Maranhão, iria “negociá-lo” até as convenções.

Mas Waldir caiu em desgraça no partido ao negociar com o governador Flávio Dino (PCdoB) seu voto contra o impeachment. E foi imediatamente destituído da presidência regional progressista.

– [Wellington] Será o futuro prefeito de São Luís – garantiu o novo presidente da legenda, André Fufuca, em quem o deputado estadual deposita toda sua confiança.

Mas Wellington vê uma mudança mais ampla no jogo político maranhense no pós-impeachment do que a simples mudança na disputa em São Luís.

O próprio Flávio Dino perdeu força ao quebrar lanças em favor de Dilma Rousseff e se indispor com o futuro ocupante do Palácio do Planalto. E o esvaziamento de Dino prejudica seu candidato em São Luís, o prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

– A presença de Temer no comando do país modifica a correlação de forças políticas no Maranhão. Não haverá mais ninguém tão absoluto. O contraponto terá mais consistência – avaliou.

Para Wellington, essa nova correlação de forças políticas forçará o próprio Flávio Dino a buscar maior diálogo com deputados estaduais, a fim de garantir sua própria governabilidade, agora em ambiente, senão hostil pelo menos antipático a ele.

– É hora da base se reorganizar e se valorizar – prega o pré-candidato do PP…

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Governo Flávio Dino patrocina jornal espanhol para atacar adversários…

Governador pagou  El País com dinheiro público para matérias que tentam desqualificar o período de pode do grupo Sarney no Maranhão e fazer autoexaltação do comunista

 

Site do El País: financiamento público para ataques políticos

Site do El País: financiamento público para ataques políticos

A própria página do jornal espanhol El País não deixa dúvidas.

O governo do Maranhão financiou reportagem que, ao invés de mostrar as belezas e cultura do Maranhão ao mundo, apenas tenta desqualificar os adversários do governador Flávio Dino e exaltar o próprio ocupante do Palácio dos Leões.

Em outras palavras, o povo do Maranhão pagou para o comunista fazer política.

A reportagem publicada em El País mostra já na machete o interesse da encomenda com dinheiro público:

– Há um ano sem a família Sarney, Maranhão tenta deixar o século XVI.

Este blog vem denunciando o uso do dinheiro público no governo Flávio Dino para financiar matérias de autoexaltação e de ataques a adversários políticos.

Já estiveram por aqui equipes do Financial Times, da The Economist e da BBC. Todos financiados com dinheiro público, pelo que se depreende da página do El País.

O jornal espanhol tem patrocínio também do Governo do Ceará e do Governo do Piauí, todos aliados de Flávio Dino.

Mas do Maranhão, o patrocínio não é só do Palácio dos Leões, mas também da Emap, empresa que administra o Porto do Itaqui.

Sem dúvida, algo que a Transparência do governo deve investigar.

E explicar cada detalhe do uso do dinheiro público…

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As razões de José Reinaldo…

Ao propor o “pacto pelo Maranhão”, que ele próprio nunca quis, ex-governador abre espaço para especulações sobre seus reais motivos; mas ele próprio se disse preparado para o patrulhamento

 

Joé Reinaldo jogou o aceno; Dino, Sarney e Roseana mantiveram-se em silêncio

Joé Reinaldo jogou o aceno; Dino, Sarney e Roseana mantiveram-se em silêncio

Três dias depois de escrito, o artigo “Pacto pelo Maranhão”, do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) – que, na prática, acena para uma aproximação com o ex-presidente José Sarney (PMDB) – ainda gera forte repercussão no Maranhão e em Brasília.

Mas nenhum dos atores políticos de um lado ou de outro consegue estabelecer uma razão pertinente para o “desabafo” de Tavares, apenas seis meses depois de iniciado o mandato do seu afilhado Flávio Dino (PCdoB).

Nas conversas com a classe política, este blog encontrou quatro possíveis razões:

1 – José Reinaldo pode estar-se sentindo isolado em Brasília como deputado federal, e entende que só a mão de Sarney para reintegrá-lo à política da capital federal;

2 – Ele pode ter sido isolado no governo pela dupla Márcio Jerry/Flávio Dino e está mandando um recado direto para eles, como se dissesse que não tem nenhum problema em tentar voltar ao grupo de onde saiu há 11 anos;

3 – José Reinaldo pode ter chegado à conclusão de que Flávio Dino não tem capacidade para fazer o que disse que iria fazer no Maranhão e teme o custo do erro de ter apostado no comunista;

4 – Por fim, o ex-governador pode ter sido enviado pelo próprio Flávio Dino em busca de um armistício com o grupo Sarney, uma trégua que possa garantir acesso aos combalidos recursos federais.

De uma forma ou de outra, José Reinaldo agiu de caso pensado. E movido por uma destas razões.

Ou todas elas juntas…

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O pacto de José Reinaldo dois anos atrás…

7 de março de 2014 – este blog publica, com selo de exclusividade, o post “PT nacional quer toda a base de Dilma unida no Maranhão”. À época, várias foram as críticas à argumentação do blog. Mas, naquela época, o post mostrou que já se defendia um pacto pelo Maranhão, como propõe agora o ex-governador José Reinaldo Tavares(PSB).

– A ideia de Dilma, Lula e Cia é a seguinte: o PCdoB manteria a candidatura de Flávio Dino ao governo, tendo PT e PMDB na chapa; o primeiro, indicaria o vice, cabendo aos peemedebistas a indicação do candidato a senador, que poderia ser a própria governadora Roseana Sarney – ou o secretário Luis Fernando Silva – afirmou o blog, à época. (Releia aqui)

O próprio Tavares foi contra o pacto, que garantiria a manutenção da força política que o Maranhão perdeu com a saída e José Sarney do cenário eleitoral.

Força esta reconhecida agora pelo próprio José Reinaldo Tavares, em seu já histórico artigo no Jornal Pequeno. (entenda aqui)

Bem antes disso, em 15 de outubro de 2013 – dois anos antes da proposta de Tavares, portanto – o jornal O Estado de S. Paulo afirmava que a presidente Dilma Rousseff (PT) havia comunicado a Sarney que Flávio Dino apoiaria Roseana ao Senado (Veja aqui), desde que o grupo da governadora deixasse a candidatura de Luís Fernando Silva (PMDB), que abandonou a corrida meses depois.

Como se vê, a movimentação de lideranças por um pacto pelo Maranhão já vem de longe.

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Ricardo Murad toma posição…

“O esvaziamento do partido, com a saída de grandes e importantes quadros […], se deve à insatisfação de todos pela maneira como o PMDB vem sendo dirigido no Estado”

Do ex-secretário de Saúde, após a crise envolvendo os deputados Roberto Costa, Andrea Murad e Sousa Neto na Assembleia Legislativa

 

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Crise do PMDB chega ao limite na Assembleia Legislativa…

Costa e João Alberto se estranham com os Murad desde o início da legislatura…

Desajustado, desorganizado, desorientado e praticamente acéfalo desde a derrota nas eleições de 2014, o PMDB maranhense vive uma crise sem precedentes, evidenciada, sobretudo, pela atuação dos seus deputados estaduais.

Esta crise chegou ao limite hoje na Assembleia Legislativa.

Os deputados Andrea Murad e Roberto Costa expuseram as entranhas do partido ao comentar sobre a prisão do prefeito de Bacuri, Nixon Duarte, em uma polêmica que envolveu até o deputado Sousa Neto (PTN).

Na tribuna para cobrar ações enérgicas do governo Flávio Dino (PCdoB) contra os prefeitos envolvidos no esquema de agiotagem descoberto pela polícia, Andrea defendeu, como exemplo, a expulsão de Nixon do PMDB.

Aliado do prefeito, Costa foi à tribuna – já sem a presença da colega – e disse que, se alguém deveria ser expulso do PMDB, seria o pai da parlamentar, o ex-secretário de Saúde Ricardo Murad.

Após a sessão, ao se cruzarem no plenário, Sousa Neto e Roberto Costa bateram boca após Souza anunciar que vai pedir auditoria no Detran, administrado no governo passado por um aliado de Costa.

A situação de hoje mostrou ser impossível a convivência entre os Murad e Costa no PMDB, partido que parece definhar por fala de ação de suas principais lideranças..

Lideranças que começam, também, a perder seu capital político, por puro desinteresse.

É simples assim…