Greves e mobilizações

O aumento de R$ 0,30 nas passagens de ônibus, em vigor desde o dia 8 de junho, motivou o Ministério Público do Maranhão a ajuizar Ação Civil Pública com pedido de tutela antecipada contra o Município de São Luís.

O objetivo é tentar anular o ato administrativo que determinou a mudança das tarifas do serviço de transporte coletivo de passageiros.A ação foi protocolada nesta quarta-feira, 11, na 2ª Vara da Fazenda Pública.

Os promotores de justiça Lítia Cavalcanti, Tarcísio Bonfim e Cláudio Rebelo Alencar também pediram à Justiça que a Prefeitura de São Luís seja obrigada a devolver em dobro os valores pagos pelos consumidores. A contestação é baseada no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Na avaliação da promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, a situação do transporte coletivo da capital é resultado de anos de descaso do Poder Executivo municipal.

– O Município de São Luís jamais vislumbrou a mobilidade urbana como uma política pública de prioridade, mas sim, e apenas tenta, todos os anos, efetuar acordos paliativos, com o escopo de evitar o movimento grevista dos rodoviários.

Integrantes do Sinproesemma tocaram fogo em pneus na MA 201.

Não é novidade o fato de que os principais líderes do Sinproesemma, entidade classista que representa os professores maranhenses, serem ligados a partidos de oposição. Assim como não é nenhuma novidade estas figuras, travestidas de apoiadores de causas, estarem sempre envolvidas em atos da entidade com o objetivo de colher algum tipo de dividendo político. É por isso que sempre é difícil acreditar nas verdadeiras intenções do referido Sindicato.

Um exemplo claro disso vem ocorrendo no município de São José de Ribamar, terceira maior cidade do Maranhão em números de habitantes e que possui um dos dez maiores colégios eleitorais do Estado. Desde o fim do mês passado, o Sindicato tenta mobilizar a classe dos professores a aderir a uma greve geral. São José de Ribamar é um dos municípios brasileiros que melhor paga os profissionais do magistério. Basta acessar o Portal da Transparência da Prefeitura e verificar que, nos últimos anos (2011/12/13), os professores receberam três reajustes salariais (15%, 22% e 8%) e que um professor, dependendo da sua situação, pode chegar a ganhar até R$ 6.289,50.

Enquanto Ribamar paga R$ 25,57 hora/aula para os professores da rede municipal de ensino, o município de São Luís e a Carreira Federal (professores do IFMA), por exemplo, pagam R$ 17 e R$ 23, respectivamente. Essas e outras vantagens concedidas, atreladas a queda de repasses do Fundeb (que já chega a mais de R$ 10 milhões somente nestes últimos dois anos) por parte do Governo Federal, dificultam a concessão de novo reajuste neste momento.

Colaço (de camisa azul) em pleno horário de expediente participando do movimento do Sinproesemma.

Mas o Sinproesemma insiste em tumultar, insuflar, numa clara demonstração de desrespeito para com os estudantes e suas famílias. E no meio deste “movimento” estão políticos, como é o caso do policial civil Arnaldo Colaço, que ficou conhecido, na eleição para prefeito de 2012, por ter copiado o plano de governo da cidade paulista de São Bernardo do Campo e apresentado à população ribamarense como sendo seu.

Colaço é filiado ao PSB, partido da base de apoio do chefão comunista Flávio Dino, e participa ativamente das manifestações promovidas pelo Sindicato na cidade, sempre nos períodos da manhã ou tarde, horários nos quais ele deveria teoricamente estar dando expediente. E o faz com o aval dos dirigentes do Sindicato, dentre eles o também comunista Júlio Guterres, candidato derrotado para o cargo de vereador em São Luís.

Na última quinta-feira, estes políticos ajudaram a bloquear a MA – 201, atearam fogo em pneus e causaram um verdadeiro caos, impondo terror aos populares e motoristas. O fizeram visando chamar a atenção da imprensa, que deve ficar atenta e saber separar o que, de fato, é clamor de uma categoria daquilo que é apenas interesse de um grupo político.

Este blog, em 2012, denunciou a prática do Sinproesemma em Ribamar (para rever clique no seguinte link https://marcoaureliodeca.com.br/2012/12/01/27131/). E vem, mais uma vez, chamar a atenção para este movimento, cujo verdadeiro intento está muito evidenciado.

Militares no pátio da Câmara: forte presença de sindicalistas e políticos

A greve dos policiais militares terá que ser revista pela própria categoria a partir desta sexta-feira.

É uma questão de regra eleitoral.

A partir de amanhã, está proibida a concessão de revisões salariais – para cima ou para baixo – a todos os servidores públicos, nas três esferas: Federal, estadual e municipal.

A proibição compõe o arcabouço das condutas vedadas aos agentes públicos, com objetivo de evitar que a concessão de benefícios influencie no resultado das eleições.

A regra faz parte da Lei9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece em seu Artigo 73:

– São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais.

Mais à frente, no Parágrafo VIII, a lei deixa mais clara a proibição:

– fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do início do prazo estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos.

E o artigo 7º citado diz que o prazo é de 180 dias do pleito – ou seis meses.

A partir de amanhã, portanto…

Com informações do jornal O EstadoMaranhão

O grupo que liderou a passeata de hoje no Centro de São Luís é o mesmo que faz este tipo de coisa há trocentos anos. Foram vistos no meio dos jovens levados ao local por articulação do deputado federal Simplício Araújo (SDD), o boa vida Emílio Azevedo, eterno afilhado de Aderson Lago; Cleiton Reis, hoje lotado no gabinete do próprio Simplício;  Giguiri, aliado de Abdelaziz Santos no PDT; Nelsinho e Serjão, ex-PT, além de blogueiros, jornalistas e fazem-nada amestrados pelo chefão comunista Flávio Dino – e claro, muitos, muitos adolescentes, público preferido do chefão. E o ato deu nisso aí das imagens

Manifestantes reunidos na região do Centro onde ficam os palácios do Executivo

As imagens distribuídas ao longo deste post não deixam dúvidas: foi um fracasso de público a manifestação política que pretendia exigir a rápida tramitação do processo que pede a cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e de seu vice, Washington Oliveira (PT).

Organizado para o Centro da cidade, no final da tarde de ontem, o movimento foi esvaziado após denúncias do deputado estadual Roberto Costa (PMDB) e do presidente da Câmara Municipal, vereador Isaías Pereirinha (PSL), de que os manifestantes estavam sendo manipulados por agentes do PCdoB maranhense.

Segundo Costa, o presidente do PCdoB e secretário municipal de Comunicação, Márcio Jerry, iria usar a estrutura da Prefeitura de São Luís para garantir público ao movimento, assim como estava sendo feita a contratação de ônibus para trazer gente do interior.

A manifestação em um outro recorte

Pereirinha já havia acusado Jerry de estar por trás do movimento que invadiu o plenário da Câmara Municipal, durante o recesso parlamentar. Jerry foi chamado a dar explicações à Casa.

O chefe da Comunicação do prefeito Edivaldo Júnior (PTC) negou ambas as acusações.

Coincidência ou não, após as denúncias – e da ameaça de Roberto Costa, de responsabilizar o dirigente comunista por eventuais depredações do patrimônio público, a manifestação perdeu importância na internet e não conseguiu reunir o público esperado.

Segundo jornalistas que cobriram o evento, menos de 150 pessoas participaram da movimentação, que se concentrou na Praça Benedito Leite e seguiu por ruas do Centro.

As imagens podem mostrar se os jornalistas têm razão…

As imagens são de Biné Morais (O EstadoMaranhão)