Chefe da Casa Civil do governo recebeu as garantias do governador comunista como reconhecimento pela coordenação de suas duas campanhas vitoriosas; para o vice-governador, saída do principal aliado enfraquece ainda mais seu projeto
Engana-se quem pensa que a já consolidada indicação do chefe da Casa Civil Marcelo Tavares (PSB) para o TCE – na vaga a ser aberta em agosto com a aposentadoria do conselheiro Nonato Lago – seja articulação do vice-governador Carlos Brandão (Republicanos).
Marcelo não é indicação de Brandão; e sua saída nem é do interesse do projeto eleitoral do vice, que perde força no Palácio dos Leões com a perda do chefe da Casa Civil.
A ida do sobrinho do ex-governador José Reinaldo Tavares para o TCE é um compromisso do próprio governador Flávio Dino (PCdoB).
Marcelo Tavares coordenou as duas campanhas eleitorais vitoriosas de Flávio Dino – a de 2014 e a de 2018 – e recebeu a garantia de que seria agraciado com a vaga.
Além disso, a indicação de Tavares garante a ascensão de um suplente ao posto de deputado estadual, garantindo mais um aliado do governo na Assembleia Legislativa.
O resultado é que, cerca de oito meses antes de assumir o governo, o principal defensor de seu nome estará fora do Palácio.
E sem esse defensor, a tendência é ficar ainda mais fraco à medida que o tempo passa…