Orçamento da comunicação de Flávio Dino é quase a metade do que Bolsonaro terá em 2019…

Enquanto o presidente eleito vai trabalhar com recursos da ordem de R$ 150 milhões – e não pretende pedir aumento de verba – governador maranhense terá R$ 63,5 milhões apenas para o Maranhão

 

Ficam cada vez mais desproporcionais os conceitos e objetivos de poder entre Bolsonaro e Flávio Dino

A desproporção entre o orçamento para a área de comunicação aprovado para o Governo Federal, em 2019, e o do governo Flávio Dino (PCdoB), para o mesmo período, salta aos olhos neste final de ano.

Bolsonaro comemorou nas redes sociais a redução do orçamento para a Secom da sua gestão, de R$ 277 milhões para R$ 150 milhões, um corte de 45,8%; e ainda deixou claro que pretende enxugar ainda mais este valor.

Flávio Dino, por sua vez, encaminhou para a Assembleia orçamento de R$ 63,5 milhões e impediu deputados como César Pires (PV) de emendar o projeto, destinando parte da verba para setores como Saúde e Educação.

A verba com que Flávio Dino pretende trabalhar, apenas no Maranhão – mesmo com o estado em crise – é quase a metade do valor que Bolsonaro disporá para as ações em todo o país.

E Dino ainda se prepara para mais um empréstimo ao Maranhão…

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Assembleia aprova repúdio à saída de cubanos do “Mais Médicos”

Zé Inácio articulou a aprovação do repúdio ao governo Bolsonaro

A Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, na sessão desta segunda-feira 17, o requerimento nº 010/2018, de autoria do deputado Zé Inácio (PT), moção de repúdio pela decisão do Governo Temer e ao Governo de Jair Bolsonaro (PSL), que retirou mais de 8 mil médicos cubanos do Programa Mais Médicos no Brasil.

Para o deputado Zé Inácio, é lamentável que os médicos cubanos tenham saído do programa, pois estavam atuando de forma humanizada e qualificada prestando assistência médica nas áreas mais distantes e carentes do Brasil.

Cuba decidiu pelo retorno dos profissionais, através da Organização Panamericana da Saúde, em retaliação às declarações ofensivas do presidente Bolsonaro.

“Infelizmente, o presidente eleito não teve a sensibilidade e a capacidade de dialogar com Cuba para manter profissionais tão importantes para a vida de milhões de pessoas no Brasil”, disse Zé Inácio.

Esse reflexo da saída dos médicos cubanos já é sentido em vários postos de saúde com longas filas, atrasos e ainda sem médicos para realizar consultas em várias regiões. O Ministério da Saúde informou na manhã de hoje (17), que 30% dos profissionais de saúde inscritos no Mais Médicos não haviam se apresentado às suas localidades de atuação.

Entre 2013 e 2017, 54% dos médicos brasileiros que participaram do Mais Médicos desistiram do programa em até um ano e meio.

No caso dos cubanos, mais da metade permanecia, em média, um período superior.

Da assessoria

Roberto Rocha e Allan Garcês “ampliando caminhos”…

Senador recebeu em Brasília o médico maranhense que compõe a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro em busca da “construção de um futuro melhor”

 

Roberto Rocha e Allan Garcês; união em torno de Bolsonaro e contra Flávio Dino

O senador Roberto Rocha (PSDB) e o médico Allan Garcês (PSL) encontraram-se ontem em Brasília.

O primeiro é membro da ala do PSDB que defende o apoio ao presidente eleito Jair Bolsonaro; o outro compõe a equipe de transição do presidente eleito.

– Fiz uma visita de cortesia ao senador do Maranhão, Roberto Rocha, ampliando caminhos para construção de um futuro melhor – escreveu Garcês, em suas redes sociais.

Alinhados ao projeto de Bolsonaro e articulados na oposição ao governo comunista de Flávio Dino, Roberto Rocha e Allan Garcês conversaram também sobre a sucessão em São Luís, em 2020.

Mas esta é uma outra história…

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Allan Garcês e Eduardo Bolsonaro criticam “Mais Imposto” de Flávio Dino…

Deputado federal, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, alerta que ação do governador comunista vai levar os empresários à ilegalidade ou à falência; para o médico maranhense, a consequência da carga tributária é mais desemprego no Maranhão

 

Em vídeo gravado na tarde desta quarta-feira, 5, o médico Allan Garcês apareceu ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Ambos criticaram a decisão do governador Flávio Dino (PCdoB) de promover mais um aumento de impostos no Maranhão.

– Não é o caminho. Aquele que produz, o empresário, está estrangulado com a carga tributária muito alta. Se esta carga for aumentada, ou ele entra na ilegalidade ou vai à falência. O caminho é o oposto. É seguir o exemplo da Inglaterra; ela reduziu tributos e o resultado foi tão bom,geraram tanto emprego que, no final das contas, o governo arrecadou até mais – comentou Bolsonaro filho.

O deputado disse que o exemplo do seu pai será o de não aumento de nenhum tributo.

Logo após a gravação do vídeo, Allan Garcês conversou por telefone com o titular do blog Marco Aurélio D’Eça; e ressaltou que não esperava nada diferente de um governo comunista.

– Historicamente [os governos comunistas] aumentam impostos para cobrir um estado falido, que realiza um assistencialismo irresponsável, como é o caso do governo Flávio Dino – comentou.

Garcês defendeu que o aumento de imposto só vai elevar o custo de vida e o desemprego dos Maranhenses.

Preocupado com o rumo que a economia do Estado está se encaminhando e com as demissões de Médicos, ele resolveu levar tudo ao conhecimento de Brasília.

– Brasília está ciente também das demissões de médicos que estão ocorrendo no Estado – afirmou ele, em mensagem direta aos colegas…

Hildo Rocha classifica reunião com Jair Bolsonaro: “produtiva e esclarecedora”

O deputado Hildo Rocha fez uma avaliação positiva acerca da reunião dos parlamentares federais do MDB  e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, que aconteceu nesta terça-feira, 4, em Brasília.

“O encontro foi produtivo. O presidente explicou como será a relação do executivo federal com o poder legislativo. Muitas dúvidas foram esclarecidas”, declarou Hildo Rocha.

Reforma tributária e desburocratização

O parlamentar disse que a reforma tributária e a desburocratização estão entre os temas mais relevantes, debatidos durante o encontro. Rocha disse que para alcançar as metas e objetivos o presidente terá que fazer grandes mudanças que realmente são imprescindíveis para que o Brasil se desenvolva.

“O presidente pretende desburocratizar os serviços públicos para facilitar a relação entre o executivo e os cidadãos. Um bom exemplo da burocracia que contribui para emperrar o desenvolvimento do país são as leis na área ambiental pois a legislação atual dificulta a construção de obras, dificulta os empreendimentos. Além disso, nosso país precisa, urgentemente, diminuir a carga tributária que é elevadíssima e o nosso sistema tributário é caótico, precisa ser reformulado”, afirmou Hildo Rocha.

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Bolsonaro atua para tomar de Flávio Dino controle do Porto do Itaqui…

Direção da Emap já tem comunicado aos fornecedores que, a partir de fevereiro, novas diretrizes para contratação de serviços serão implantadas no setor, orientadas pelo Governo Federal

 

Porto do Itaqui é comandado pelo estado sob concessão do Governo Federal

Está praticamente certa a retomada do controle do Porto do Itaqui pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).

O blog Marco Aurélio D’Eça apurou que a direção da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que controla o porto, já está encaminhando aos fornecedores novas diretrizes para contratação de serviços.

O Porto do Itaqui pertence ao Governo Federal, e é gerido por concessão ao governo estadual; mas o próprio presidente eleito Jair Bolsonaro já manifestou o interesse em ter o controle da empresa, inclusive com perspectiva de privatização.

A retomada do controle federal do porto será um duro golpe nas já combalidas finanças do Maranhão…

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Escola “sem partido” ou com partidos da Direita?!?

A pressão que fazem movimentos conservadores e reacionários para aprovação de projetos que impeçam a suposta doutrinação de alunos no ensino público revela que o interesse é apenas garantir espaço para suas próprias ideologias

 

Noticia-se em São Luís que o Movimento Brasil Livre, de extrema direita, vai pressionar a Câmara Municipal pela aprovação do projeto “Escola Sem Partido”.

Em todo o país, se vê ações de pensadores de direita, partidos de direita e movimentos de direita contra uma suposta doutrinação de esquerda nas escolas públicas.

Logo se vê que o tal projeto Escola Sem partido não é sem partido coisíssima nenhuma; ela é contra apenas os partidos de esquerda.

Está mais do que claro que setores do governo Jair Bolsonaro (PSL) querem impedir a todo custo qualquer resquício de ideologia de esquerda em todos o setores da vida nacional.

Querem implantar, sim, uma escola pública com ideais da direita extrema, com conceitos de ordem unida, moral e cívica, continência à bandeira,  “livro de ponto e manifestações de apreço ao diretor”, como já bem definia Manuel Bandeira, em poema modernista.

Escola sem partido é uma ideia utópica

Até porque as escolas deveriam ser de todos os partidos, todas as bandeiras, todos os ideais, debatidos e discutidos à exaustão, formando opinião e criando conceitos.

A Educação só prospera se for livre de amarras ideológicas – da esquerda ou da direita.

E o Brasil que se construiu até aqui conseguiu seguir em frente em meio a todas as ideologias.

E assim deve continuar seguindo.

Isso é liberdade…

Poética

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas.

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais

Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção

Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador

Político

Raquítico

Sifilítico

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo

Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar & agraves mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbados

O lirismo difícil e pungente dos bêbados

O lirismo dos clowns de Shakespeare.

– Não quero saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974.
P.S.: a transcrição do poema manteve a forma de escrita usada, à época, pelo poeta, mantida na compilação de José Aguilar
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Em Brasília, Zé Inácio solidariza-se com médicos cubanos…

Deputado maranhense participou de audiência com representante da Organização Pan-americana de Saúde e avaliou a falta de capacidade de diálogo do governo Bolsonaro

 

O deputado estadual Zé Inácio (PT), que cumpre agenda em Brasília desde o início da semana, reuniu-se nesta sexta-feira, 30, com o representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Joaquín Molina.

A OPAS é a responsável pela contratação dos médicos cubanos que atuam no programa “Mais Médicos”, no Brasil.

– O Programa Mais Médicos garantiu acesso a saúde a milhões de brasileiros e brasileiras, e lamentavelmente o governo eleito não teve capacidade de dialogar com o governo cubano para manter um Programa tão importante – frisou Inácio.

O médicos cubanos estão deioxando o Brasil depois que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) fez questionamentos e ameaças em relação à presença deles no Brasil.

Durante o encontro com Molina, o parlamentar maranhense prestou solidariedade aos cubanos e lembrou o trabalho de excelência realizado durante cinco anos no Brasil.

– Eles beneficiaram, sobretudo, as populações carentes – ressaltou o parlamentar.

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O risco verde-oliva…

Um número cada vez maior de militares no governo Jair Bolsonaro – tenha ele ou não legitimidade para nomear quem quiser – é, sim, para deixar preocupado qualquer um que tenha vivido o mínimo do período ditatorial

 

Oriundo do Exército, Jair Bolsonaro tem cada vez mais “irmãos da caserna” ao seu lado para governar; e isso é, sim, um risco para as liberdades individuais, gostem ou não os bolsonaristas

Editorial

As forças armadas e suas forças auxiliares, em qualquer país, devem ser sempre invisíveis.

Quanto menos interferirem nos processos econômicos, sociais, políticos e culturais – em qualquer circunstância – serão sempre mais eficientes.

Neste aspecto é natural que as lideranças, pensadores e observadores democráticos – tenham eles vivido ou não o auge da ditadura militar – se assustem com a profusão de generais, coronéis e outros oficiais nas estruturas de poder do futuro governo Jair Bolsonaro (PSL).

Minimizar a presença dessas figuras é dar de ombros para a história.

Estejam ou não imbuídos dos mais profundos ideais democráticos, os militares representam, sim, guerras e rumores de guerras, que representam atentado às liberdades

É claro que Bolsonaro tem legitimidade para nomear quem quiser para seu ministério; mas é legítimo também que aqueles que não concordem – ou que tenham temor pelas restrições democráticas que elas representam – lancem luz sobre os riscos do governo verde-oliva.

Sobretudo pelo fato de ser Bolsonaro quem é.

Sobretudo pelo seu histórico de truculência, autoritarismo, desprezo pelas minorias e despreparo no trato com os que não concordam com suas ideias.

Antigos e neo-bolsonaristas podem até torcer para que o governo Bolsonaro possa dar uma lição nos que duvidam de sua capacidade ou temem pelos riscos que ele representa.

Mas não podem minimizar a preocupação dos que conhecem o que é um país sem liberdade.

Desdenhar dessas preocupações também já beira a loucura.

E também representa um risco para o país…

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Ao perseguir a esquerda, Bolsonaro acena com pensamento único no Brasil…

Presidente eleito diz que quer um Brasil sem ideologias, mas tenta impor os ideais da extrema direita como pensamento único, transformando o país em uma espécie de “ditadura branca”, onde só se poderá pensar de uma forma

 

MORDAÇA IDEOLÓGICA. Impedir alguém de expressar seui pensamento político é como carregá-lo num pau de arara em praça pública

Editorial

O discurso do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), e dos seus auxiliares, é o da transformação do Brasil em um país sem ideologias. Mas seus gestos, suas ações e seus discursos apontam apenas para a mudança de perfil ideológico e não para o fim das ideologias.

Bolsonaro quer um país com ideologia de Direita e não sem ideologia – até porque impossível é viver sem ideologia.

Ao perseguir petistas, comunistas e esquerdistas no Ministério Público, na Polícia Federal, no Ministério da Saúde, no Meio Ambiente e Agricultura, e na Educação, o presidente aponta para uma espécie de ditadura, em que só se pode pensar de um jeito.

O futuro ministro da Educação declarou que pretende “varrer o marxismo das escolas públicas”. E deixa claro qual o seu ideal de ensino: o militar, com a consequente ordem unida cívica que marca este tipo de educação, focada na “hierarquia e disciplina” dos quartéis.

Bolsonaro já disse que não quer na diplomacia brasileira embaixadores identificados com o pensamento de esquerda; exige o denuncismo contra professores de esquerda nas escolas e faculdades, e  forçou o abandono dos médicos cubanos no programa “Mais Médicos”.

HOMENS E ARMAS. Com suas declarações pós-eleição, Bolsonaro deixa claro o caminho da perseguição ideológica

Uma sociedade é mais desenvolvida quanto mais ela for plural.

E o pluralismo de uma sociedade se funda na liberdade de expressão, de pensamento e de credo; na igualdade das raças e na equidade de gênero.

Exigir de uma sociedade pensamento único no que diz respeito à sua história, suas raças e seus credos é castrar as liberdades individuais e transformar os cidadãos em espécies de robôs, fadados a seguir o rebanho.

Para muitos grupos – evangélicos e religiosos de um modo geral; militares e conservadores – esta sociedade é a ideal porque força o Estado a fazer por eles o que suas pregações já não têm mais forças para fazer.

Cada um pode conviver com seus ideais de vida, suas crenças e suas ideologias da maneira como bem lhe convir; e pode até cobrar fidelidade canina dos que aceitam seguir suas doutrinas.

Mas fazer do estado instrumento de opressão a quem pensa diferente, só pode ser classificado de uma única forma: ditadura, seja ela assassina ou não.

É simples assim…