Prefeito tentou mostrar imagem de durão durante a reta final da campanha pela reeleição, mas demonstra que tem a gestão ainda tutelada ao deixar que o Palácio dos Leões controle setores chaves de sua campanha, como a Comunicação
A comunicação, a Educação e o setor de infraestrutura da Prefeitura de São Luís na gestão de Edivaldo Júnior (PDT) sempre foram feudos do PCdoB e do Palácio dos Leões.
É a forma que o governador Flávio Dino tem de manter Holandinha atrelado ao seu controle.
E nos primeiros quatro anos de mandato estes setores – sobretudo a Comunicação – serviram, primeiro, para ajudar na eleição de Dino ao governo; depois, para consolidar o projeto comunista a partir de São Luís.
Enquanto isso, Edivaldo ia adquirindo a imagem de gestor fraco, tutelado e submisso, sem pulso para comandar a própria gestão.
Durante a campanha eleitoral, no entanto – diante do risco de ser derrotado em segundo turno – Holandinha tentou criar uma imagem de durão, falando grosso e batendo na mesa.
Era o início da construção de uma imagem de homem forte e gestor seguro.
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Ocorre que, passada a eleição, Edivaldo recolheu-se novamente ao convívio doméstico, deixando que essas pastas – principalmente a Comunicação – voltassem a ser disputada por terceiros.
O PCdoB de Flávio Dino quer manter o controle da Comunicação, indicando gente subordinada às ordens do seu lugar-tenente, Márcio Jerry, mas sofre resistência do pai do prefeito, deputado Edivaldo Holanda (PTC).
O parlamentar, que tem o apoio do PDT, quer a pasta mais vinculada ao próprio Edivaldo Júnior, com ações voltadas para a construção de uma imagem forte do prefeito nos próximos quatro anos.
O problema é que Edivaldo tem pouca relação com a imprensa e carece de intimidade com a ampla maioria dos profissionais capazes de tocar o setor de comunicação de sua gestão.
E sem relação pessoal, ele continuará apenas a financiar a construção da imagem dos outros.
E em 2020 já não tem mais reeleição…