Gestão Holandinha

Balanço dos 100 dias: Flávio Dino vai bem de campanha

Se formos fazer toda a cronologia dos 100 dias de gestão e compararmos com o pouco tempo em que a campanha eleitoreira do presidente da Embratur, Flávio Dino, começou nota-se que campanha tem mais vantagens.

Porque de gogó para vociferar contra os adversários, órgão judiciários e, ainda por cima, patrulhar, de todas as formas possíveis, aliados políticos, eles entendem.

Mas prestar atenção no presente, não.

A coletiva de imprensa para o balanço de 100 dias de gestão de Holandinha se tornou praticamente uma campanha a favor de Dino.

Fugiu da real proposta: avaliar a situação da cidade, ainda periclitante.

Talvez de propósito, já que foram 100 dias com menos de 50% do aproveitamento das promessas.

Mas a campanha, pelo visto, está no lucro.

Com redação de Aline Alencar

Em seu Plano de Ação para os 120 dias, apresentado em coletiva de imprensa no dia 9 de janeiro, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) anunciou “314 metas de prazo imediato” e “80 metas de curto prazo”.

Ontem, em sua entrevista-balanço de 100 dias, ele simplesmente ignorou as metas do “Plano de Ação Estratégica” e anunciou mais metas, agora para ser cumpridas em 30 dias.

Antes de tudo, é preciso esclarecer que botar escolas para funcionar na data devida, regularizar Samu e garantir atendimento em hospitais é uma obrigação institucional de qualquer prefieto.

Não podem, portanto, ser usadas em balanço de um gestor sério.

– Reduzir o número de buracos nas vias públicas e o tempo de reparo – era uma das metas no setor de obras.

Não foi cumprida, os buracos aumentaram.

Na área de saúde, a meta número 1 era: “normalizar o atendimento nos Socorrões I e II e no Hospital da Criança”.

Também não foi cumprida.

Ao lado, o blog detalha o plano para os 120 dias de Holandinha nos setores da Saúde, Educação e Obras.

Analise e tire suas próprias conclusões…

…pouco faz.

Uma prévia do balanço que a prefeitura de São Luís faz dos seus 100 primeiros dias de gestão, mostra que, quem muito promete pouco faz.

E a questão não é o que se prometeu, mas sim o tempo em que se prometeu.

De tantas metas para 120 dias, apenas algumas foram cumprida e mal. Por exemplo, não há nenhum vestígio concreto de que as escolas em tempo integral serão implantadas.

A tal quebra do monopólio do transporte público na região do Itaqui-Bacanga, atendeu apenas aos interesses das empresas de ônibus, ligadas à secretária Míriam Marques (reveja aqui).

Os ônibus continuam velhos e caindo aos pedaços.

Sem falar na pobre da saúde que continua insustentável e sem projetos palpáveis de reforma e construção de novos hospitais.

Poucas medidas e, ainda por cima, mal executadas. E assim chegamos aos 100 dias sem praticamente nada.

Roberto Costa: paciência nos limites com Holandinha

O líder do bloco “Pelo Maranhão” na Assembleia Legislativa, deputado Roberto Costa (PMDB), desabafou hoje contra a letargia e a falta de respostas do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) aos problemas de São Luís.

Detalhe: Roberto Costa declarou apoio a Holandinha logo no início do 2º Turno, e liderou várias caminhadas a seu favor.

– Apostei naquela renovação porque acreditava que poderia ser diferente da forma que vinha sendo tratada a cidade de São Luís. Hoje completam 100 dias administração municipal do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e, para tristeza nossa, da nossa cidade, não vi até agora nada diferente do que a cidade se encontrava – frisou Costa.

Manoel Ribeiro: outros prefeitos já mostram resultados

O discurso do peemedebista foi o primeiro relativo à administração de São Luís a ser feito na Assembleia. Durante a gestão de João Castelo (PMDB), São luís foi tema constante na Casa – o que contribuiu fortemente para o desgaste do então prefeito.

Naquela época, a Câmara tinha posição de absoluto silêncio em relação ao município. Hoje, ela também tem forte atuação, o que põe as duas casas legislativas em posição majoritariamente crítica ao prefeito.

Mesmo admitindo que 100 dias é pouco para cobrar com maior ênfase, Roberto Costa alertou que o caminho tomado por Edivaldo Júnior sinaliza para uma gestão fraca, sem resultados.

Os deputados Manoel Ribeiro (PTB), Magno Bacelar (PV) e Eliziane Gama (PPS) concordaram com Roberto Costa.

Para Eliziane Gama, o grande problema de Edivaldo é que sua eleição se deu pela esperança de mudança, o que deveria ser levado às últimas consequências por ele.

– A gente não consegue sentir essa sensação de renovação e de mudança que foi tanto pregada durante o período eleitoral. Essa questão da renovação não tem que ser apenas na idade, tem que ser muito mais do que isso – cobrou Eliziane.

Manoel Ribeiro foi ainda mais incisivo, e lembrou que a situação é bem melhor em outros municípios.

– Se nós formos ao vizinho Estado do Piauí, o senhor Firmino já lançou obras… dentro de cem dias de governo inaugurou até viadutos, e aqui é só reclamações – frisou Manoel Ribeiro.

Todos os parlamentares disseram mostrar preocupação com a cidade, por isso a cobrança a Holandinha.

Não por resultados, mas para o encaminhamento das questões…

Rocha Júnior com o pai, Roberto, e o prefeito Edivaldo: “a lua de mel acabou”

O vereador Roberto Rocha Júnior (PSB) confirmou ao jornal O EstadoMaranhão as críticas que havia feito ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), na Câmara Municial, semana passada.

– O prefeito já teve tempo hábil o suficiente para tomar atitudes – disse Rocha Jr. ao jornalista Ronaldo Rocha, lembrando que foi neste sentido que usou a expressão “a lua de mel acabou!”, na semana passada. (Releia aqui)

Roberto Rocha Júnior é filho do vice-prefeito Roberto Rocha (PSB).

Para o vereador socialista, o prefeito precisa parar de ficar responsabilizando a administração anterior e arregaçar as mangas para trabalhar por São luís.

O posicionamento choca-se com o entendimento  do presidente municipal do PCdoB, Márcio Jerry, para quem “é desonestidade” cobrar de Holandinha nestes 100 dias.

Estaria Rocha Júnior na lista dos desonestos de Jerry???