Lahésio chama Flávio Dino de fraude e se declara “maior adversário” do ministro no MA…

Ex-candidato a governador diz que esperou o último momento do debate sobre a indicação do ex-governador ao STF para fazer campanha com os senadores pela não aprovação do nome do maranhense, que ele chama de perseguidor e parcial, posturas incompatíveis com a Corte Suprema

 

Lahésio grava vídeo para alertar senadores sobre Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal

O ex-candidato a governador do Maranhão Dr. Lahésio Bonfim (PSC) divulgou vídeo em suas redes sociais nesta terça-feira, 12, para falar pela primeira vez sobre a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

 Autodeclarado “maior adversário de Dino no Maranhão”, Lahésio chama o ministro de fraude e perseguidor, e diz que esta perseguição durante o governo do ex-comunista o transformou de prefeito da menor cidade do Maranhão em segundo lugar na disputa pelo Governo do Estado.

– Quando o Lula indicou o Flávio Dino ao STF meus amigos ligaram e pediram: “Lahésio fica pianinho, não fala nada, cara, não diz nada”; mas eles sabem da minha essência e sabem que eu não iria ficar calado. Esperei o último segundo para falar com você senador que vai sabatinar esse homem – comentou Lahésio.

O ex-candidato a governador classificou Dino de fraude, e disse que ele tem perfil perseguidor e parcial, o que não condiz com a postura de um ministro do STF.

O ex-candidato a governador se autodeclarou o maior adversário de Flávio Dino no Maranhão

No vídeo, Lahésio lembra que o ministro pregou o extermínio dos Sarney no Maranhão, mas seu governo trouxe de volta o grupo do ex-presidente ao poder.

– Hoje a Roseana dança de alegria com Flávio Dino; o Sarney faz lobby com vocês [senadores]; hoje o adversário dele aqui sou eu – afirmou o ex-candidato, referindo-se ao vídeo da ex-governadora que virou meme nas redes sociais.

Além de questionar a imparcialidade de Flávio Dino, Lahésio também mostrou o fracasso do ex-comunista como governador, destacando o aumento da miséria no Maranhão nos quase oito anos de mandato.

O vídeo de Lahésio Bonfim foi encaminhado aos senadores e a membros da imprensa que cobrem Brasília.

a sabatina de Flávio Dino acontece nesta quarta-feira, 13…

Auxiliares de Flávio Dino ainda sem destino no Ministério de Lula…

Jornalista Ricardo Capelli, delegado de polícia civil Jefferson Portela e advogado Diego Galdino são alguns dos maranhenses levados para o governo Lula pelo ministro  Justiça e que agora enfrentam resistência para permanecer na pasta

 

Ricardo Capelli é o principal auxiliar de Flávio Dino no Ministério da Justiça, mas há outros dois maranhense no alto comando da pasta ainda sem rumo definido

O  ainda ministro da Justiça Flávio Dino tem pelo menos três auxiliares levados do Maranhão para postos de alto coturno no Ministério da Justiça.

Além do secretário-executivo do ministério, jornalista Ricardo Capelli, que chegou a ser cotado para substituir Dino – em caso de aprovação do seu nome no Senado para o Supremo Tribunal Federal – também ocupam postos ligados diretamente ao ex-governador o advogado Diego Galdino e o delegado de Polícia Civil Jefferson Portela.

A Justiça deve ser comandada pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, que tem dito exigir autonomia para montar sua equipe, embora mostre muito boa relação com o próprio Dino.

O atual titular da pasta pode tanto articular a manutenção dos seus aliados com Lewandowski como também levar alguns deles para compor seu corpo de auxiliares, caso se torne ministro do Supremo.

No STF, Flávio Dino terá direito entre 25 e 30 assessores diretos, dentre os quais o chefe de gabinete, oito assessores jurídicos e dois assistentes judiciários, além dos cargos comissionados de outras áreas; do total de servidores à disposição do gabinete, apenas três precisam ser do corpo técnico do próprio Supremo.

Flávio Dino pode levar com ele qualquer servidor cedido por outros setores da administração pública.

Ou mesmo auxiliares sem vínculos com o serviço público…

A era pós-Dino: o peso de Eduardo Braide em 2026…

Favorito nas eleições de 2024, prefeito de São Luís pode se consolidar como liderança popular na capital maranhense, mas ainda carece de grupo político, de partidos fortes e de relação mais próxima com a classe política se quiser ter influência na sucessão do governador Carlos Brandão

 

Com a saída de Dino, Braide se torna a figura mais importante do estado depois de Brandão; mas não parecer ter a mesma disposição do governador para agregar

Perfil

A aposentadoria política do ainda ministro da Justiça Flávio Dino vai fazer surgir novas lideranças em todos os níveis no Maranhão. Uma delas, sem dúvida, é o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD).

Favorito para ser reeleito em 2024, Braide já esteve cotado para disputar o Governo do Estado em 2022, mas acabou sem qualquer influência direta no processo eleitoral que resultou na vitória do governador Carlos Brandão (PSB). 

O prefeito tem uma forte relação com a população da capital maranhense, o que lhe garante popularidade nas alturas; este perfil já foi analisado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Um Eduardo Braide da classe política, outro Eduardo Braide da população…”.

A falta de relação mais próxima com a classe política, o desprezo por partidos, parlamentares e lideranças, a difícil relação com a imprensa alimenta o perfil de outsider ainda pretendido pelo prefeito, embora este perfil – de sucesso a virada da década – já tenha se perdeu no timming político nacional.

Braide lidera uma gestão efetiva do ponto de vista administrativo; o resultados de suas ações são vistas em toda a cidade, das áreas chamadas mais nobres à periferia, com foco na zona rural. É um secretariado de técnicos desconhecidos, sem nenhum auxiliar que se mostre tão destacado do ponto de vista político quanto o próprio prefeito.

O próprio Eduardo Braide alimenta este traço de sua gestão.

Este modelo político, na verdade, é o mesmo do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), com a diferença de que o atual prefeito tem menos carisma pessoal; de difícil acesso, embora afável no trato, pouco afeito a reuniões sociais ou eventos políticos, Edivaldo não construiu base política necessária para a pós-gestão, e o resultado está aí, na atualidade.

O ex-prefeito foi esquecido pelo mesmo povo com quem convivia em suas andanças, deu as costas para o grupo político que o elegeu duas vezes e amargou um retumbante fracasso nas eleições de 2022; hoje, sua popularidade é só um arremedo do que era há três anos atrás e é rejeitado por partidos.

Ainda em 2018, após importante desempenho nas eleições municipais de 2016 – que o alçou ao patamar de liderança política em São Luís – o atual prefeito foi analisado por este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Os caminhos de Eduardo Braide…”.

– Alçado à condição de pré-candidato a governador por conta do recall das eleições de 2016, Braide tem a situação considerada difícil por que não tem partido com tempo na propaganda e com bancada para assegurar sua participação em eventuais debates – analisava o blog, já naquela época.

Eduardo Braide também deve ter pretensões de voos mais altos em política, seja em 2026 ou mais para frente.

Para isso, no entanto, é fundamental que construa uma base política sólida e um grupo que esteja disposto a quebrar lanças por ele no pós-prefeitura.

Caso contrário, pode se transformar no que são hoje Conceição Andrade, Tadeu Palácio e o próprio Edivaldo Júnior.

Simples assim…

Flávio Dino trabalha por, no mínimo, 2/3 dos votos do Senado

Ao menos 54 senadores devem votar a favor da indicação do ainda ministro da Justiça para o Supremo Tribunal Federal. Para isso, o maranhense conta com uma rede de apoio que envolve desde os colegas da bancada estadual – Weverton Rocha, Eliziane Gama e Ana Paula Lobato – até lideranças de peso nacional, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e  José Sarney

 

Indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino montou uma rede de apoio interna e externa ao Senado para quebrar a resistência ao seu nome

Os aliados do ministro da Justiça Flávio Dino querem superar a casa dos 60 votos no Senado para garantir sua aprovação para o Supremo Tribunal Federal; a um dia da sabatina que irá definir seu futuro, Dino já conta com 2/3 dos votos, o que representa o apoio de 54 senadores.

Para alcançar uma quantidade significativa de votos, Dino conta com a articulação direta da bancada maranhense, capitaneada pelos senadores Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PSD) e Ana Paula Lobato (PSB); mas ele conta também com o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Dino mobilizou um verdadeiro batalhão de apoiadores interna e externamente ao Senado; gente do peso dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

Seu objetivo até esta quarta-feira, 13, é mitigar ao máximo as resistências e superar a casa dos 60 votos, o que seria uma vitória pessoal diante da resistência inicial ao seu nome.

A sabatina de Dino na CCJ foi marcada no mesmo dia e horário da que vai analisar a indicação de Paulo Gonet Brando para a procuradoria-Geral da República, também como estratégia para minimizar o impacto da audiência.

A votação no plenário deve ocorrer logo após a sabatina na CCJ…

Flávio Dino e os votos de Sérgio Moro e Flávio Bolsonaro…

Apesar de estarem na oposição ao governo Lula – e de terem sido hostis ao próprio ministro da Justiça neste primeiro ano de governo Lula – senadores têm evitado falar sobre a sabatina desta quarta-feira, 13. E também evitam falar dos seus votos

 

Sérgio Moro mantém silêncio sobre sabatina de Flávio Dino; Flávio Bolsonaro, por sua vez, mudou o tom nas últimas semanas

Os senadores Sérgio Moro (Podemos-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) são conhecidos adversários do ministro da Justiça Flávio Dino; mas nenhum dos dois fez qualquer menção negativa sobre a indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal.

Faltando dois dias para a sabatina que irá definir o futuro do ministro, nem Moro nem o 01 de Bolsonaro trata publicamente da escolha do maranhense; antes da indicação oficial do presidente Lula, há duas semanas, Flávio Bolsonaro ainda chegou a fazer provocações sobre  as especulações da época em relação a Dino, mas calou-se depois de confirmada.

Não há informações sobre uma eventual conversa entre Flávio Dino e os dois oposicionistas, embora o ainda ministro da Justiça tenha declarado que iria procurar todos os membros do Senado, inclusive os da oposição.

Moro não responde se conversou com Dino; quanto a Flávio Bolsonaro, este blog Marco Aurélio d’Eça apurou que houve uma tentativa do senador Weverton Rocha (PDT) por um encontro, recusado pelo senador carioca.

De qualquer forma, a movimentação de senadores oposicionistas, antes mais resistentes ao nome de Flávio Dino, hoje parece ser mais amena, sem declarações fortes à imprensa.

A direção do Senado pretende fazer tanto a sabatina quanto a votação secreta na mesma quarta-feira, 13…

Weverton Rocha lê relatório favorável à indicação de Dino ao STF na CCJ

O senador Weverton Rocha (PDT) apresentou nesta quarta-feira (6) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania o relatório referente à indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Seguindo o protocolo da comissão, foi dada vistas coletivas ao relatório para que se cumpra o prazo regimental e o indicado possa ser sabatinado na CCJ na próxima quarta-feira, 13 dezembro.

Dino, que é senador licenciado, é o segundo candidato a ministro do Supremo indicado por Lula em seu terceiro mandato presidencial. O primeiro foi Cristiano Zanin, aprovado pelo Senado por 58 votos a 18 em junho. Dino foi indicado para a vaga decorrente da aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Weverton apresentou seu relatório, onde avalia o currículo do indicado.

“Trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político. Ex-professor de duas universidades federais (UFMA e UnB), mestre em direito, ex-juiz, senador, ministro de Estado, ex-governador, alguém que teve experiências exitosas no exercício de funções dos três poderes da República. No início deste ano, foi escolhido pelo presidente Lula para exercer o cargo de ministro tendo logo de início enfrentado com o rigor, a segurança e a firmeza necessários os traumáticos eventos de 8 de janeiro”, diz o relatório.

O parlamentar ressaltou ainda no relatório que Flávio Dino nunca se afastou do mundo jurídico, tendo inclusive, quando deputado federal, apresentado diversos projetos de lei que se transformaram em normas jurídicas.

“Podemos destacar as leis que regulamentaram a ação direta de inconstitucionalidade por omissão e o mandado de injunção. Além disso, Dino é autor e coautor de diversos livros e artigos, palestrante e conferencista reconhecido internacionalmente; profundo entendedor da aplicação, da formulação, da aprovação e da interpretação das leis; ex-juiz, ex-governador, ex-deputado e senador da República, o indicado possui um excelente currículo. Também foi autor de uma tese de mestrado que deu as bases para a criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, afirmou Weverton.

A expectativa é de que a sabatina de Dino na CCJ ocorra no dia 13 de dezembro. Depois de passar pelo crivo da comissão, ele precisa dos votos favoráveis de pelo menos 41 dos 81 senadores no plenário do Senado.

“Eu acho que o piso de votos de Flávio é 50, que é um número tranquilo para passar no plenário, podendo chegar a 60 votos”, ressaltou o senador.

Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 27 de novembro para ocupar vaga na Corte Suprema, aberta com a aposentadoria compulsória de Rosa Weber, que completou 75 anos no início do mês.

Da assessoria

Uma imagem que demorou um ano para ser possível…

Da forma como ocorreu nesta terça-feira, 5 – espontaneamente e natural – a foto com o governador Carlos Brandão e o ainda ministro da Justiça Flávio Dino só foi possível agora, após indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal, o que distendeu o ambiente político e a disputa velada de poder entre os dois, que se arrastava desde o fim das eleições de 2022

 

Flávio Dino, Brandão e Camarão: após um ano de tensões e ameaçadas veladas, o bastão do poder está finalmente passado no Maranhão

Análise da Notícia

Preste atenção na imagem que ilustra este post.

Nela se vê um governador Carlos Brandão (PSB) e um ministro da Justiça Flávio Dino espontâneos, autenticamente à vontade, sem ranço ou forçação de barra para fotógrafos.

Mas este imagem só possível um ano depois do fim das eleições de 2022, em que ambos elegeram-se na mesma chapa, encabeçada por Brandão e liderada por Dino.

De lá para cá, não há registro de momentos assim, naturais; é claro que houve encontros entre ambos, mas nenhum com a naturalidade e o ar de distensão política entre a dupla, desde que a guerra fria começou entre os dois.

Este blog Marco Aurélio d’Eça acompanhou pari passu a relação Brandão e Dino no pós-eleição, registrada em diversos posts ao longo do ano, mostrando que ambos chegaram a ponto de um rompimento. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

E a imagem desta terça-feira, 5 – para alívio de jornalistas e políticos os que gravitam em torno do poder – só foi possível agora com a aposentadoria de Flávio Dino da Política;  o encontro simbolizou uma espécie de passagem de bastão de Dino para Brandão.

E representa, oficialmente, o início da era pós-Dino no Maranhão…

A era pós-Dino: seria Weverton o herdeiro do dinismo na esquerda?!?

Com estrutura política própria, partido estabelecido em todo o estado e influência no Maranhão e em Brasília, senador do PDT é o único nome entre os aliados do ministro da Justiça com capacidade para seguir o seu legado; mas precisa demonstrar poder de aglutinação e de manutenção de grupo ainda não claramente consolidado em sua trajetória

 

Weverton precisou de Flávio Dino em seu melhor momento, mas não obteve apoio; Agora é Dino quem recebe o apoio de Weverton em seu “pior” momento

O senador Weverton Rocha (PDT) viveu uma espécie de ano sabático em 2023.

Duramente derrotado nas eleições de 2022 para o Governo do Estado – após uma sequência histórica de vitórias desde 2010, quando disputou a primeira eleição – precisou de meses para recuperar o fôlego e manteve no primeiro semestre um incômodo silêncio, registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “O Silêncio da oposição maranhense…”.

Mesmo afastado do Maranhão, porém, manteve-se ativo em Brasília, onde tem forte influência política e articulação com todas as correntes ideológicas.

Se reaproximou de Flávio Dino em setembro, numa visita ao Palácio dos Leões na ausência do governador Carlos Brandão (PSB), episódio também registrado no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O cachimbo da paz entre Flávio Dino e Weverton Rocha…”.

Weverton e Dino vinham montando uma agenda comum para 2024 e 2026, que poderia ou não contemplar o próprio Brandão, dependendo das circunstâncias políticas; e é exatamente por causa desta agenda que Weverton surge como principal herdeiro do legado político do dinismo nesta era pós aposentadoria política do ministro.

Ao contrário do vice-governador Felipe Camarão (PT), cuja agenda eleitoral está amarrada à do governador.

Como mostrou o blog Marco Aurélio d’Eça no segundo documentário da série “A era pós-Dino”, intitulado “O papel de Felipe Camarão…”, Weverton tem agenda própria, tem partido e tem aliados em todo o Maranhão, o que lhe dá peso na mesa de negociações.

Seus mais de 20% de votos nas eleições estaduais – que pareceram pouco em 2022 – são significativos e orgânicos, uma vez que, na campanha, ele não conseguiu se identificar com a direita e acabou perdendo parte dos votos da esquerda pela pressão da dupla Flávio Dino/Lula em favor de Brandão.

Pode-se dizer, desta forma, que os votos de 2022 são totalmente seus.

Mas Weverton ainda precisa superar um obstáculo indissociável de seu perfil político: a incapacidade de construir grupo sólido e manter aliados para além de um círculo íntimo, que lhe influencia para o bem e para o mal.

Das eleições de 2010, quando alcançou a primeira suplência de deputado federal, até agora em 2022, passaram pelo entorno do senador  pedetista nomes como o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), os ex-vereadores Ivaldo Rodrigues, Bárbara Soeiro e seu filho, o atual parlamentar Octávio Soeiro, os ex-deputados Julião Amin e Rubem Brito, o vereador Nato Júnior, os irmãos Gil e Glalbert Cutrim, os deputados Othelino Neto, Osmar Filho, Francisco Nagib, Zito Rolim e Rafael, os prefeitos Hilton Gonçalo, de Santa Rita, e sua mulher, Fernanda; o de Pinheiro Luciano Genésio e sua ex-mulher Drª Thaiza, além de diversos outros políticos Maranhão a fora.

A mesma capacidade de aglutinar demonstrada nos momentos de exibição de força, mostra-se refratária quando no exercício do poder ou nos momentos de intervalo eleitoral.

Muito próximo do senador pedetista desde os idos de 2007, o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça ouviu dele, certa feita, que uma de suas características principais é o empoderamento de aliados.

Além de empoderar, porém, é preciso evitar afastamentos.

Sem isso, é impossível alcançar o poder…

Flávio Dino ainda não ouviu negativas dos colegas no Senado…

Indicado para o Supremo Tribunal Federal pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva, ministro da Jsutiça já conversou com 50 senadores e nenhum apresentou negativa ao seu nome; ele precisa de 14 votos dos 27 da Comissão de Constituição e Justiça e mais 41 dos 81 votos em plenário

 

Flávio Dino tem buscado indistintamente os colegas; e garante ainda não ter ouvido um “não”

O ministro da Justiça Flávio Dino já conversou com pelo menos 50 dos 81 senadores em sua campanha para ter o nome aprovado para o Supremo Tribunal Federal; segundo ele, não houve “não” entre os colegas.

Para passar na Comissão de Constituição e Justiça, o ministro maranhense precisará de 14 dos 27 votos; superando esta etapa, ele vai precisar de outros 41 dos 81 votos do plenário.

– Tenho procurado indistintamente todos os senadores e tenho sido muito bem tratado – declarou Dino.

Em sua articulação, o ministro busca, inclusive, senadores oposicionistas e até os bolsonaristas, a princípio mais refratários à sua indicação.

Essa movimentação, que conta ainda com os senadores Weverton Rocha (PDT), Elizaine Gama (PSD) e Ana Paula Lobato (PSB), pode superar a casa dos 55 votos antes projetados pelo governo Lula.

A sabatina de Flávio Dino na CCJ – e a votação em plenário – estão marcadas para o dia 13 de dezembro…

A era pós-Dino: o papel de Felipe Camarão…

Vice-governador é o aliado mais proeminente do ainda ministro da Justiça e o que tem posição mais estratégica no jogo de poder em 2026; mas sabe que pode ficar fora da sucessão por um simples movimento do atual governador Carlos Brandão no xadrez político nos próximos anos

 

Amigo, aliados e discípulo de Flávio Dino, Felipe Camarão tem papel estratégico nas eleições de 2026

Documentário

Ele foi um dos primeiros a comemorar a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

– Viva Flávio Dino! – expressou o vice-governador Felipe Camarão (PT), que tem no ministro não apenas um aliado, mas um mentor e amigo pessoal; a carreira política do vice de Carlos Brandão (PSB) se confunde com a do próprio ministro, que agora deve aposentar-se da política.

Apesar de ser um dos mais recentes no jogo do poder, dentre todos os aliados de Dino Felipe Camarão é o único no chamado entorno do ministro em condições de manter o seu legado na era pós-Dino; além da posição estratégica para 2026, consegue agregar governistas e oposicionistas; e tem um forte apelo popular.

Nenhum outro mais próximo do ministro, os chamados órfãos de Dino – Nem os deputados Márcio Jerry (PCdoB), Rubem Júnior (PT) ou Duarte Júnior (PSB), muito menos seu atual lugar-tenente Ricardo Capelli – têm condições, como Camarão, de se viabilizar em um projeto majoritário a curto e médio prazo.

Dentro do projeto de poder de Flávio Dino iniciado em 2014, Camarão foi talhado para ser gestor, para disputar eleições majoritárias.

Foi cotado à prefeitura nas eleições municipais de 2016 e 2020, chegou a se apresentar como candidato a governador pelo PT, até emplacar a vaga na chapa de Brandão, em 2022.

Seu único empecilho é o projeto pessoal do próprio Brandão, já analisado nesta série documental do blog Marco Aurélio d’Eça, no post intitulado “Brandão parece sem oposição, mas também sem nome para sucedê-lo…”.

O governador chegou mesmo a cogitar jogar o peso de sua máquina administrativa em uma eventual campanha de Felipe em 2024, apenas com o objetivo de tirá-lo do caminho em 2026, como este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou no post “Brandão quer Camarão candidato a prefeito em 2024…”. 

A primeira disputa eleitoral autêntica de Felipe Camarão dependerá do atual governador.

Felipe pode tanto ser candidato à reeleição de governador, caso assuma em abril de 2026, como também pode concorrer ao Senado, em uma chapa construída pelo atual governador, que permaneceria no cargo.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já apontou em diversos posts não ver motivo ou razão para Brandão abrir mão de um mandato no Senado Federal ou afastar-se do projeto de poder de Flávio Dino. (Relembre aqui, aqui, aqui e também aqui)

Maas nenhuma destas análises levava em consideração o fato de Flávio Dino ser ministro do Supremo Tribunal Federal, fato este que modifica toda a história política do Maranhão.

Brandão está desobrigado com Flávio Dino – que escolheu por si só aceitar a vaga no STF – mas ainda depende em suas decisões da posição estratégica de Felipe Camarão; o vice-governador sabe disso e se movimenta dentro deste cenário.

Até por que sabe que se ficar parado a onda leva…