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Advogado compara Dino à prostituta, “aquela que transa sem beijar”

Abdon Marinho analisa histórico do governador e mostra que ele é capaz de qualquer coisa pelo poder, inclusive fazer com o ex-presidente José Sarney “acordos que não podem dizer o nome”

 

FLÁVIO DINO E JOSÉ SARNEY PROTAGONIZARAM O ENCONTRO DO ANO NO MARANHÃO, visto por Abdon Marinho como “um acordo que não pode dizer o nome”

O advogado Abdon Marinho analisou nesta quinta-feira, 11, em seu perfil nas redes sociais, o encontro entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o ex-presidente José Sarney, antecipado com exclusividade no blog Marco Aurélio D’Eça.

E diante do que os dois protagonistas disseram para justificar a reunião –  ou minimizar seu conteúdo –  o advogado apontou que Flávio Dino acabou por reeditar postura clássica do filme”Uma linda mulher”.

– Se assim o foi [um encontro etéreo, sem efeito], sua excelência acabou por reeditar um clássico do cinema mundial: “Uma Linda Mulher”, no qual a atriz Júlia Roberts interpretou uma garota de programa que, a despeito de transar com o clientes, não os beijava – criticou Marinho.

No longo texto, intitulado “Sarney & Dino e o acordo que não ousa dizer o nome”, Abdon destacou ainda que, a despeito do que negaram os dois protagonistas, o próprio neto de Sarney, o deputado estadual Adriano Sarney (PV), acabou por confirmar que houve, sim, um acordo.

Para Abdon Marinho, a postura de Flávio Dino não é surpresa. O advogado lembra que conviveu com o comunista no movimento estudantil e sabe o que ele é capaz de fazer quando quer algo.

E lembrou ainda de dois episódios políticos em que Dino deixou claro não ter limites para se aliar a Sarney se isso lhe trouxer benefícios políticos.

Abdon Marinho lembrou os episódios envolvendo a cassação do ex-governador Jackson Lago (PDT). segundo ele, naquela época, quando chamado a defender Jackson em uma audiência, o comunista o fez, mas cobrou diretamente, dizendo que a defesa o queimou com o outro lado.

– O segundo episódio é um pouco menos edificante e só acreditei porque quem me disse testemunhou com os próprios olhos. Disse ele que no dia em que o TSE, em abril de 2009, sacramentou a cassação de Jackson Lago, o seu advogado, o deputado federal e ex-juiz, ao invés de ir “consolar” o cliente que acabara de ser derrotado, foi a casa de Sarney felicitar a vencedora pela vitória. O amigo, testemunha ocular de tal fato, confidenciou-me: “Abdon, nunca tinha visto algo semelhante até então” – lembrou o advogado.

Em seu artigo, Abdon Marinho compara o gesto de Flávio Dino ao do próprio Sarney, quando tentou fazer de Roseana candidata a presidente, em 2002, buscando na esquerda maranhense a aliança que pudesse melhorar a imagem da filha nacionalmente.

– O que custaria a Dino repetir a estratégia, agora com o sinal trocado? Uma candidatura de “esquerda” e “comunista” precisaria de um “tempero” mais à direita do espectro político. Quem melhor representaria isso que José Sarney, o último dos coronéis do Brasil? Se trataram de algum acordo político ou não, por enquanto, não saberemos. Mas a intenção do senhor Dino, parece-me bastante clara: na hora dos candidatos “esquerdistas” mostrarem suas cartas para se viabilizarem, ele apresentaria o Sarney como seu principal trunfo, seu ás na manga, o melhor amigo do Lula – analisa.

O artigo termina com a lembrança do advogado sobre a relação de Flávio Dino com o ex-governador José Reinaldo, lembrando que Dino o traiu para garantir a eleição de Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) ao Senado.

– É assim mesmo; na nova política não há espaço para amizades sinceras, respeito ou gratidão, mas, sim, para os “acordos” que não ousam dizer o nome – concluiu.

Abaixo, a íntegra do artigo de Abdon Marinho:

SARNEY & DINO E O ACORDO QUE NÃO OUSA DIZER O NOME.

CONTINUA repercutindo – até mais do que devido –, a tertúlia do ex-presidente Sarney com o governador Flávio Dino.

Após alardear o “feito” em suas redes sociais, o governador, talvez, diante da “baixa audiência” do fato e das cobranças por coerência, já no final de semana que se seguiu tratou de dizer que não ocorreu qualquer acordo relacionado à política local.

Disse que só tratou da política nacional, do “risco” que corre a democracia brasileira e, no mais, trataram de assuntos relacionados à cultura, autores maranhenses e outras coisas triviais.

Benedito Buzar, respeitado intelectual do nosso estado e que priva da amizade do ex-presidente, em sua coluna semanal em “O Estado Maranhão”, datada de 07 de julho, disse ter confirmado, em linhas gerais, o teor da conversa entre o governador e o ex-presidente, sendo que este último ao iniciar a conversa teria deixado claro à visita que não trataria de qualquer assunto relacionado à política local, alegando para isso a idade avançada e o fato de ter passado tal “missão” aos filhos Roseana e José Sarney Filho e ao neto Adriano.

Da coluna de Buzar extrai-se, também, a informação que a conversa entre os líderes ocorreu em ambiente reservado, sem a presença de mais ninguém: nem do filho Zequinha Sarney, que o ajudou na recepção da visita, nem do deputado Orlando Silva, que acompanhava o governador.
O que, para a patuleia, será sempre a palavra de um contra o outro (em caso de discordância) ou a palavra de ambos no mesmo sentido (o que revelaria a comunhão de vontades).
Se assim o foi, sua excelência acabou por reeditar um clássico do cinema mundial: “Uma Linda Mulher”, no qual a atriz Júlia Roberts interpretou uma garota de programa que, a despeito de transar com o clientes, não os beijava.

Ou, também dos anos noventa, reeditou a famosa frase de Bill Clinton que indagado se já fumara maconha saiu-se com essa: — fumei mais não traguei.

Quem somos nós para questionar a palavra de sua excelência ou a informação prestada por Buzar, após ouvir Sarney?

Quem duvidou mesmo foi o neto do morubixaba, deputado Adriano, que, em discurso na assembleia legislativa, disse que teria ocorrido, sim, um “acordo” entre os dois políticos.
Mas se sua excelência e o escritor e político Sarney dizem que trataram de assuntos literários e não políticos. Pela verve da literatura, se algum “acordo” ocorreu naquela tertúlia solitária entre ambos, na tarde brasiliense, talvez o tenha sido nos moldes do que dissera o autor irlandês Oscar Wilder (1854 – 1900), que do cárcere para onde foi mandado, escreveu sobre um “certo amor que não ousa dizer o nome”.

Festejado por muitos dos aliados do governador, porém, causando constrangimentos em alguns – chamados a dizerem sobre os “cinquenta anos de atraso” –, o suposto “acordo” tem esse quê de vergonha, de “amor que não ousa dizer o nome”. Mas, registre-se, menos por pudor e mais pelo pragmatismo do “perde-ganha” político.

O governador do Maranhão, que bem recentemente, deixou em aberto três opções para o seu futuro político em 2022, tem consciência da fragilidade do seu projeto político presidencial.

O estado que dirige não é modelo para nada, faz uma administração acanhada – não apenas pela falta de recursos, mas pela falta de aptidão administrativa –, com piora de todos os índices econômicos e sociais, sem uma obra de infraestrutura para chamar de sua, sem nada para mostrar ao Brasil além de dizer que se opõe ao governo Bolsonaro e ao ministro Sérgio Moro – sua segunda obsessão.

Não bastasse tudo isso, sabe da imensa dificuldade de se “vender” como um candidato de “esquerda” filiado a um partido “comunista”. Tudo entre aspas mesmo.

Assim, nada mais óbvio para o governador que “sonha” em ser o novo Sarney, copiar o Sarney com o próprio Sarney.

Ficou confuso? Eu tentarei explicar.

Quando Sarney tentou fazer de Roseana a presidente da República para suceder FHC uma das estratégias foi tentar unir o estado em torno do projeto acenando para a oposição: Jackson Lago seria apoiado para prefeito em 2000, na chapa com Tadeu Palácio, e depois seria o candidato a governador da “união” em 2002.

Este era o plano de Sarney – se combinado ou não com Jackson Lago, não sei –, que não deu certo por conta da chamada “Operação Lunus”, que levou ao naufrágio os planos presidenciais de Sarney, através da filha, e o conduziu aos braços do petismo, a ponto de virar o “melhor” amigo de Lula, como este mesmo fez questão de dizer mais de uma vez.

O que custaria a Dino repetir a estratégia, agora com o sinal trocado? Uma candidatura de “esquerda” e “comunista” precisaria de um “tempero” mais à direita do espectro político.

Quem melhor representaria isso que José Sarney, o último dos coronéis do Brasil?

Se trataram de algum acordo político ou não, por enquanto, não saberemos. Mas a intenção do senhor Dino, parece-me bastante clara: na hora dos candidatos “esquerdistas” mostrarem suas cartas para se viabilizarem, ele apresentaria o Sarney como seu principal trunfo, seu ás na manga, o melhor amigo do Lula.

E ainda faria isso “pacificando” toda a província do Maranhão. Todos unidos em torno de sua excelência rumo ao Planalto.

Devolveriam o estado aos Sarney depois dizer que eles foram a maior desgraça do estado, do atraso, e de todos os males? Não tenham dúvidas.

Não representaria qualquer dificuldade para ele ou para o seu partido.

Lembro que uma vez, lá pelos idos de 1986/87, fui convidado para uma reunião da juventude do Partido dos Trabalhadores – PT. Eu era do movimento estudantil, envolvido com a criação de grêmios, etc. Naquela reunião, ocorrida no sitio Pirapora, sua excelência, já na universidade, era um dos palestrantes/organizador e, já naquele momento, com todas as críticas que se fazia a Sarney por sua ligação com a ditadura e tudo mais, ele defendia que para chegar/conquistar o poder não tinha nada demais em fazer uma aliança com o então presidente. Aliás, para nos impressionar – até porque pela idade dele (14/15 anos) não sabemos ser possível –, disse que estivera com Sarney por conta das Diretas.

Quanto ao seu partido, o PCdoB, já em 1994, entendia não haver nada demais em se “juntar” ao Sarney. Naquele ano, quando tivemos, pela primeira vez a chance de derrotar o grupo Sarney na política estadual, PCdoB, já no primeiro turno, recebia apoio de Roseana para suas campanhas. No segundo turno, fechou de vez o apoio e só saiu do grupo quando este não os quis mais.
Logo, não há qualquer dificuldade em se costurar uma aliança “pragmática” em torno de interesses comuns, ainda que seja para negar tudo que se disse até aqui e passarem a dizer que o melhor para o Maranhão é o retorno de um Sarney ao comando do estado.

Quando sua excelência, recusou ou não quis o apoio dos Sarney para os seus projetos políticos?
Sobre isso existem dois episódios, que se confundem em um só.

O primeiro, em meados de 2007, o processo de cassação de Jackson Lago, caminhava acelerado e, por alguma razão de cunho pessoal, seu advogado originário não poderia comparecer a uma determinada audiência. Eis que alguém sugeriu o nome do então deputado federal, para fazer às vezes de advogado do governador. Com o prestígio do cargo de deputado e de ex-juiz, seria de grande valia.

Concluído o ato processual, acho que foram em palácio “prestar contas” ao cliente.
Um amigo me disse que ainda hoje lembra quando sua excelência bateu em suas costas e disse: — agora quero saber o que vocês vão fazer por mim, pois me “queimei” com o outro lado.
O segundo episódio é um pouco menos edificante e só acreditei porque quem me disse testemunhou com os próprios olhos.

Disse ele que no dia em que o TSE, em abril de 2009, sacramentou a cassação de Jackson Lago, o seu advogado, o deputado federal e ex-juiz, ao invés de ir “consolar” o cliente que acabara de ser derrotado, foi a casa de Sarney felicitar a vencedora pela vitória.

O amigo, testemunha ocular de tal fato, confidenciou-me: — Abdon, nunca tinha visto algo semelhante até então.

Tudo bem, talvez tenha sido só um gesto de solidariedade pelo apoio “informal” que recebera do grupo na eleição para prefeito da capital em 2008.

Mas me parece que tenha sido apenas o velho pragmatismo que tenha se feito presente mais uma vez, como o foi antes e depois, quem não lembra do episódio Waldir Maranhão?

Quem ainda se surpreende com tal pragmatismo, talvez devesse olhar para o ex-governador José Reinaldo Tavares.

Quem poderia imaginar que depois de tudo que fez pelo projeto político de sua excelência, o ex-governador seria simplesmente “rifado”, como foi, do seu sonho de ser senador da República?

Todos tinham por certo que seria o seu primeiro candidato, que não tivera mais força no governo por visões distintas de governo, mas seria o senador garantido. Não foi. Sua excelência preferiu como primeiro senador, o senhor Weverton Rocha e para segundo, a senhora Eliziane Gama. Apesar de José Reinaldo, ter dito que só sairia do grupo se não o quisessem, foi simplesmente ignorado e lançado ao ostracismo político apesar de tudo que fez – e do quando, ainda, poderia contribuir com o Maranhão e o Brasil.

É assim mesmo, na nova política não há espaço para amizades sinceras, respeito ou gratidão, mas, sim, para os “acordos” que não ousam dizer o nome.

Abdon Marinho é advogado.

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Mal avaliada, gestão comunista atrapalha Flávio Dino, diz Isto É…

Revista fala sobre projeto de candidatura do governador maranhense à presidência da República, ma aponta obstáculos dentro da esquerda e, sobretudo, no PT, do ex-presidente Lula

 

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), teria um obstáculo político e outro administrativo para viabilizar seu projeto de candidatura presidencial em 2022.

A avaliação é da revista IstoÉ, que traz nota sobre a candidatura na edição que começou a circular no fim de semana.

O político é a resistência de setores do PT ao projeto dinista, mesmo com todos os seus gesto de reaproximação do ex-presidente Lula.

Sob a orientação lulista, os petistas preferem manter o nome do ex-prefeito Fernando Haddad.

Além da dificuldade de atrair o PT, Dino enfrenta desgaste na gestão.

Para a revista, seus cinco anos de governo não apresentaram nenhum projeto estruturante e de peso que pudesse mudar a realidade do Maranhão.

Ainda assim a revista destaca que o comunista é hoje o principal contraponto da esquerda ao governo Jair Bolsonaro (PSL).

E é no desgaste do atual presidente que o maranhense aposta nos próximos quatro anos…

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O encontro Dino-Sarney e a reação de Roseana e Adriano…

Ex-governadora e deputado estadual não gostaram da aproximação do comunista com o ex-presidente, mas ela, mais experiente, foi elegante no comentário, enquanto ele mostrou-se irascível

 

O JOVEM ADRIANO EXPÔS CONTRARIEDADE À APROXIMAÇÃO DE DINO COM SARNEY, diferente da tia, Roseana, que, embora, contra, mostrou-se elegante

Nem a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), nem o deputado estadual Adriano Sarney (PV) gostaram da aproximação do governador Flávio Dino (PCdoB) com o ex-presidente José Sarney (MDB).

A reação diferenciada de cada um deles, porém, mostra a concepção política de cada um.

Apesar de contrária à aproximação com Dino, Roseana preferiu manifestar-se criticamente apenas no bastidores, sendo elegante em público, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça, com exclusividade, no post “Sarney não poderia deixar de atender a um pedido do governador…”

Adriano, por sua vez, optou pela reação radical, criticando o que chamou de “acordo” e até desautorizando o próprio avô.

– Esse acordo certamente não me envolverá jamais. Porque neste mandato o titular sou eu, e eu vou até o final independente de acordos políticos – afirmou o deputado. (Leia aqui)

Resta saber como se dará a solitária oposição de Adriano na Assembleia Legislativa.

Agora isolado, também, na própria família…

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Conversa de Flávio Dino com Sarney teve aval da direção do PCdoB…

Ex-presidente nacional do partido comunista, Renato Rabello, esteve pelo menos duas vezes com o ex-presidente da República para agendar o encontro com o governador maranhense

 

RENATO RABELO ARTICULOU A AGENDA DE FLÁVIO DINO COM A DO EX-PRESIDENTE SARNEY, que gerou forte repercussão no estado

Muito mais que a articulação local entre aliados dos dois líderes políticos, o encontro entre o ex-presidente José Sarney e o governador Flávio Dino (PCdoB0 passou pelo crivo da direção nacional comunista.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, entre aliados de lado a lado, Renato Rabello, uma das principais lideranças do PCdoB – e que foi, inclousive, presidente da legenda – esteve por duas vezes com Sarney nos últimos meses.

Ao receber o aval do ex-presidente, Rabello comunicou Dino, que seguiu para Brasília.

Tanto que o ex-ministro Orlando Silva, outro histórico do PCdoB nacional, participou ativamente da conversa, que ocorreu na casa de Sarney, na capital federal.

O aval do PCdoB reforça o caráter político do encontro.

Que pode ter desdobramentos eleitorais, inclusive…

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De como foi costurado o encontro entre Flávio Dino e José Sarney…

Aproximação entre o governador e o ex-presidente tem origem na relação entre três personagens: o deputado federal Márcio Jerry, o jornalista e publicitário Félix Alberto e o presidente do grupo Mirante, Fernando Sarney

 

FLÁVIO DINO PROMETEU A SARNEY USAR TERMOS MAIS AMENOS para tratar das relações entre o seus grupos políticos

Janeiro de 2019. Já desligado do Grupo Mirante, o titular do blog Marco Aurélio D’Eça esteve na sede da empresa para tratar de projetos culturais da produtora Oficina de Interpretação SLZ, que atua no ramo de cinema, teatro e espetáculos musicais.

Nos corredores, encontra o presidente do grupo, Fernando Sarney, e o publicitário Feliz Alberto, com quem engata conversas sobre os rumos políticos do estado, ocasião em que, ambos, revelam a “necessidade de uma relação mais amistosa entre o governo Flávio Dino (PCdoB) e o maior grupo de mídia do Maranhão”.

Começavam ali as articulações que culminaram no encontro entre o governador Flávio Dino e o ex-presidente José Sarney, ocorrido na última quarta-feira, 26, em Brasília.

Neste meio tempo, várias foram as conversas entre Félix, Fernando e o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), principal interlocutor de Flávio Dino.

Com fortes relações tanto no grupo ligado à Mirante quanto no Palácio dos Leões, o blog Marco Aurélio D’Eça chegou a antecipar o encontro, diante da negativa da mídia alinhada a Dino. (Relembre aqui, aqui e aqui)

Mas, ao contrário do que se especula, o encontro de Dino com Sarney, em Brasília, passou mais pelo plano comercial do que político.

Era necessidade tanto de Dino quanto da Mirante, levantar um armistício que pudesse garantir ao Maranhão divulgação em massa, sobretudo das ações culturais no estado.

Tudo foi fechado bem antes do carnaval, efetivado nos últimos meses, mas não incluía encontro entre Dino e Sarney.

A reunião de Brasília se deu a pedido do próprio Dino – e avalizado por Sarney – sobretudo diante do cenário político nacional.

Tanto que Dino se comprometeu, espontaneamente, a nunca mais chamar o ex-presidente de oligarca.

Mas esta é uma outra história…

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[Sarney] não poderia deixar de atender pedido do governador, diz Roseana

Ex-governadora reagiu de forma elegante ao encontro entre o comunista Flávio Dino e o ex-presidente e mostrou-se tranquila quanto aos desdobramentos desta reunião, que repercutiu nos meios políticos locais e nacionais

 

ROSEANA MOSTROU-SE SUPERIOR DIANTE DO ENCONTRO ENTRE SARNEY E FLÁVIO DINO, mas fez questão de ressaltar de quem foi o pedido de reunião

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) reagiu de forma elegante ao encontro entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o ex-presidente José Sarney (MDB), anunciado pelo próprio comunista m suas redes sociais, anteontem.

Sem se alongar no comentário, Roseana mostrou-se tranquila ao falar, com exclusividade, ao blog Marco Aurélio D’Eça.

– Normal – frisou a ex-governadora, para completar:

– Sarney é o maior político que o Maranhão já teve e até hoje uma das maiores expressões do nosso país. Portanto, ele não poderia jamais deixar de atender a um pedido de visita do governador do seu estado.

RELAÇÃO DA PRÓPRIA ROSEANA COM FLÁVIO DINO sempre foi de encontros e desencontros, sobretudo pela disputa entre os dois pelo comando do estado

Roseana não quis fazer maiores comentários sobre os desdobramentos políticos do encontro, ocorrido na última quarta-feira, e até buscou outro assunto para mudar a prosa.

– Vi que você se filiou. Vai ser candidato?!? Seria um bom representante – comentou, diante do anúncio de filiação do titular do blog.

Mas esta é uma outra história…

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Flávio Dino tratou com Sarney sobre política, porto, Alcântara e Lençóis…

Articulado no Maranhão por aliados dos dois líderes políticos, com aval do PCdoB nacional, encontro histórico deve mudar a relação dos dois grupos políticos em todos os seus aspectos

 

POLÍTICA NO MARANHÃO VAI MUDAR APÓS ENCONTRO DE FLÁVIO DINO E JOSÉ SARNEY, com repercussão direta em 2022

Há alguns personagens que, por enquanto, devem-se manter incógnitos na articulação que levou o governador Flávio Dino (PCdoB) a ir a Brasília ter com o ex-presidente José Sarney (MDB).

Mas foram estas figuras – que se encontram desde o início de 2019 na busca deste encontro – as responsáveis por reunir numa mesma mesa os dois líderes que, até então, eram adversários políticos nacionalmente – e dificilmente continuarão a sê-los.

Na reunião com o ex-presidente – presenciada pelos ex-ministros Sarney Filho (PV) e Orlando Silva (PCdoB) – o governador tratou sobre os riscos por trás da federalização do Porto do Itaqui, a Privatização dos Lençóis Maranhenses e o aluguel da Base de Alcântara.

E também sobre questões políticas e eleitorais.

O resultado das questões políticas discutidas na reunião poderão se sentidas já a partir desta quinta-feira, 27, na diferenciação do trato que cada grupo – ou pelo menos os seus núcleos mais orgânicos – terá de lado a lado.

E desembocará, fatalmente, nas eleições de 2022, tanto em âmbito nacional quanto em relação ao estado.

Mas esta é uma outra história…