De O EstadoMaranhão, com ilustração do blog
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior deve encerrar a semana em estado de graça. Nada do que se desenhava para a reforma política ocorreu nesta primeira semana de votações.
A reeleição continuou garantida para os atuais ocupantes de mandatos no Executivo – só deverá valer a partir de 2020. As coligações continuam valendo e a votação proporcional continua do mesmo jeito, forçando vereadores a buscar coligações fortes.
E ele ainda pode ganhar mais presentes da Câmara Federal, se for aprovada, por exemplo, a emenda que pretende estender em mais dois anos os atuais mandatos de prefeitos e vereadores. Isso garantiria a Edivaldo mais dois anos adicionais de mandato, sem precisar passar pelo desgaste de uma campanha eleitoral.
Se, por outro lado, a emenda que passar for a que reduz o mandato dos próximos prefeitos em dois anos – para que haja a coincidência de todas as eleições já em 2018 – ainda assim Edivaldo se beneficia.
Afinal, quem vai querer entrar numa disputa para assumir por apenas dos anos, sem direito a novo mandato? Esta votação já tiraria do páreo, por exemplo, a deputada federal Eliziane Gama (PPS), que não se interessaria pelo mandato reduzido.
Fortemente desgastado pela falta de ações nos primeiros anos de mandato, Edivaldo Júnior tem o trunfo da boa relação política, que lhe dá certa esperança na renovação do mandato, apesar da distância em relação à primeira colocada, faltando pouco mais de um ano para as convenções.
Agora, com o resultado praticamente definitivo da reforma política, ele acaba por se beneficiar da conjuntura eleitoral, abrindo possibilidades mais reais de ganhar competitividade.