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O que querem os professores; o que oferece o governo…

Segue a sequência numérica abaixo, o debate entre o Sindicato dos Professores e o governo Roseana Sarney (PMDB) – agora intermediada pela Comissão de Educação da Assembléia – sobre o que quer a categoria e o que está sendo oferecido:

1 – Os professores querem 40% de reajuste até 2013, sendo 25% já a partir de março deste ano, e a diferença em 2012 e 2013.

2 – O governo oferece 10% a partir de outubro e a diferença, para completar os 40%, entre 2012 e 2015.

3 – O Sindicato não aceita a exensão até 2015 porque alega que, na época, Roseana não será mais governadora, o que desobrigaria outro governador de cumprir o acordo.

4 – O governo pondera que o orçamento de 2015 é feito em 2014; a garantia para o pagamento, portanto, estaria no orçamento.

E a greve continua…

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Luz no meio da selva…

Por Nonato Reis*

Imagine-se o seguinte cenário. Zona rural, vilarejo encravado no cerne de uma região inóspita. Não mais que 70 casas, a maioria de taipa ou de palha. Longe de rodovias asfaltadas. Apenas uma estrada de chão batido, que submerge no inverno, liga o povoado à sede do município, distante dali cerca de 30 quilômetros. Água, só de cacimba ou de poções – aquelas lagoas que se formam na estação chuvosa. Luz elétrica é novidade recente, e ainda assim acessível a poucos. Serviços de saúde não existem. Telefone, idem. Esgoto sanitário, impensável. Os moradores vivem da pesca artesanal e do cultivo rudimentar de raízes e grãos, à semelhança de uma aldeia indígena.

Agora, acompanhe a cena a seguir. Oito horas da manhã. Um carro de passeio estaciona em frente da única escola do lugar, construída em alvenaria e telha de barro. À entrada do prédio, um grupo de alunos, na faixa de sete a 10 anos, denominado Comissão de Publicidade, aguarda com ar de expectativa a aproximação do visitante ilustre, um jornalista da capital, que vai fazer uma reportagem para um grande jornal. Perfilados, eles dão as boas-vindas ao repórter, dizem que a escola se sente honrada com a sua presença e o convidam a entrar.

Na sala de aula, os demais alunos, dispostos em mesas circulares, cumprimentam-no um a um. Curiosos, querem saber detalhes do seu trabalho. Alguns manifestam-se fascinados pela profissão, outros revelam que, quando crescerem, desejam também se tornar jornalistas. Crivam-no de perguntas. Boquiaberto, o repórter se dar conta de que fora arrastado para o outro lado da mesa. Naturalmente, chegara ali para inquirir, observar, fazer anotações, cumprir o seu ofício. Acabara virando presa fácil. Ele agora era entrevistado, vasculhado…investigado. “Foi a experiência mais inusitada e feliz da minha vida”, revelaria ao chegar à redação do jornal.

Mero deleite? Um roteiro de filme? Uma tomada de novela? Ou viagem imaginária? Nada. Crível ou não, a descrição é real. Ocorreu alguns anos atrás no interior do Maranhão. Resgato essa história para jogar por terra alguns mitos. O mais importante deles, o de que educação é um investimento de longo prazo. Não é bem assim. A menos que a analisemos sob o enfoque do mercado de trabalho. Nesse caso confunde-se o todo com a parte. O lado mais interessante, o do crescimento pessoal, é quase atemporal, tal a velocidade com que as mudanças se processam.

No caso da cena descrita aqui, a escola tinha apenas um ano de existência e já produzia resultados fantásticos, fazendo com que crianças indefesas, medrosas e tímidas rompessem as amarras da ignorância e se tornassem pessoas bem-falantes, desinibidas, perspicazes … Cidadãs no sentido político do vocábulo. Alguém pode estar se perguntando. Mas como foi isso possível? A resposta está na fórmula pedagógica. A escola em foco difere em tudo do modelo tradicional. Em vez de carteiras, mesas. No lugar da abordagem individual, a sistemática de grupo. O professor deixa de ser transmissor e passa a ser mediador. Nada de impor conhecimento. E muito menos discutir realidades estranhas. O foco da aprendizagem está centrado na própria comunidade.

 É de se perguntar, então. Se o método é tão eficiente, por que não disseminá-lo pelo País? Em todo o Brasil há experiências isoladas desse tipo e com resultados igualmente promissores. Acontece que existem entraves históricos pelo caminho. Há uma relação direta entre poder político e educação. Como no Brasil as minorias dominantes foram construídas e se mantêm à custa do atraso e da ignorância das maiorias dominadas, chega a ser irracional imaginar-se que elas se interessem por uma educação de qualidade. Seria como criar-se uma raposa dentro do galinheiro.

Não admira portanto que até hoje o País sustente taxa de analfabetismo absurda. Um em cada cinco cidadãos é analfabeto funcional, aquele que, apesar de saber ler e escrever, não consegue interpretar um texto, por mais simples que se apresente. Representa quase 40 milhões de brasileiros à margem do saber, condenado à ignorância. A escola que forma cidadão e abre janelas para a vida está muito longe do cenário nacional. Pode-se encontrar em raríssimos lugares, alguns até inusitados. Como no coração de uma mata virgem, por exemplo. É que de lá os ecos de mudança não incomodam os ouvidos de Brasília.

Nonato Reis é Jornalista
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O silêncio da Câmara Municipal…

Plenário da Câmara: muito debate, pouca repercussão

Os vereadores de São Luís passam o dia a discutir o nada.

A maior polêmica na Casa nas últimas semanas foi a briga carnavalesca entre o vice-líder do governo, Ivaldo Rodrigues (PDT) e o presidente da Fundação de Cultura, Euclides Moreira Neto, que acabou numa reconciliação regada a vinho – e com uma bela picanha dividida pelos dois.

Enquanto Rodrigues e Euclides “soltavam a franga” a imprensa revelava o caos no sistema de ensino da capital, comandado pela nutricionista Suely Tonial.

Mesmo os vereadores de oposição mostravam completo distanciamento da realidade, sem saber o que dizer e sem perceber o que estava acontecendo.

Os comunistas Rose Sales e Fernando Lima são um achado para o prefeito João Castelo (PSDB) – não falam, não discutem, não levam qualquer debate para o plenário. A melhor ação deles nos últimos anos foi a conquista, por Lima, da “importante” 5ª secretaria da Mesa Diretora.

Esta é outra curiosidade da Câmara Municipal: numa Casa com apenas 21 membros, metade faz parte da Mesa Diretora.

Chico Viana: destaque pela vontade de debater

Neste caldo de inoperância, o melhor vereador acaba sendo o governista Chico Viana (PSDB). Ele é o único que leva os assuntos da cidade para o debate em plenário, questiona a própria prefeitura e traz assuntos importantes também para a mídia.

A julgar pelo comportamento dominante, no ritmo que vai, em pouco tempo estará sendo questionado até pelos membros do PCdoB, por expor a Casa.

A Câmara segue em silêncio por que o silêncio é o melhor negócio…

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Ribamar ganha novo centro de Ensino Integral…

A nova unidade do Liceu Ribamarense segue o padrão do primeiro

O prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim (PMDB), vai inaugurar, neste sábado, uma nova unidade do Liceu Ribamarense, escola de tempo integral do Maranhão. A nova unidade foi instalada no Parque Jair. A inauguração deverá ter a presença da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB).

O Liceu Ribamarense II atenderá 400 estudantes. São 320 no Ensino Fundamental e 80 na Educação Infantil. São dez salas de aula; laboratório de informática com um computador (conectado a Internet) para cada aluno; laboratório de ciências; sala de multimídia; biblioteca com amplo acervo; brinquedoteca; área de vivência; quadra poliesportiva com arquibancada; refeitório; playgroud; secretaria, sala de professores; cozinha industrial com capacidade para produzir diariamente mais de mil refeições; além de área para estacionamento.

O projeto de escola em tempo integral foi implantado pelo ex-prefeito Luís Fernando Silva. E está tendo continuidade na gestão do prefeito Gil Cutrim.

Uma nova unidade do Liceu Ribamarense já está planejada. Será implantada na área das chamdas vilas de Ribamar.

O objetivo do prefeito Gil Cutrim é implantar uma rede de ensino integral no município.

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Seduc admite: “evasão e outros fatores” têm reduzido turmas noturnas no Coelho Neto…

Em nota distribuída pela Secretaria de Comunicação do governo, a direção do Centro de Ensino Coelho Neto, na Ivar Saldanha, informou que abrirá inscrição para vagas do 1º Ano do Ensino Médio no período noturno. Mas condicionou a abertura da turma ao número de alunos inscritos.

–  Caso a demanda de alunos para a 1ª série do Ensino Médio seja inferior ao número de vagas oferecidas, haverá a junção das turmas com o CE Bacelar Portela (escola ao lado, também da rede estadual) – diz a nota, sem revelar o número de alunos que será considerado para evitar a junção das escolas.

Na semana passada, este blog revelou a intenção da secretaria de Educação de cancelar as turmas noturnas do Coelho Neto por causa da alta violência registrada no Barreto, bairro ao lado, dominado por traficantes. (Reveja aqui)

A nota, que tem como fonte a gestora escolar Ângela Souza, nega o fato, mas admite que “há poucas salas no noturno”, situação que atribue à “evasão escolar e outros fatores”.

Só não disse o que seriam estes “outros fatores”…

Veja abaixo a íntegra da nota da Secom:

GOVERNO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Fonte: Seduc     Texto: Nielsen Furtado
24/1/2011
 
Seduc esclarece sobre matrículas no Coelho Neto
 
“A diretoria do Centro de Ensino Coelho Neto, escola da rede estadual de ensino, localizada no Bairro Ivar Saldanha, em São Luís, confirmou, nesta segunda-feira (24), que a escola abrirá vagas para a 1ª série do ensino médio no período noturno.
Segundo a gestora escolar, Ângela Souza, as matrículas serão abertas a partir do dia 31, e caso a demanda de alunos para a 1ª série do Ensino Médio seja inferior ao número de vagas oferecidas, haverá a junção das turmas com o CE Bacelar Portela (escola ao lado, também da rede estadual).
    “A medida garantirá a oferta de vagas do período noturno. Nossa escola tem muitos anos de serviço prestado para a comunidade, e não deixaríamos de oferecer as vagas, principalmente, para o período noturno que, em sua maioria, é constituído por alunos que trabalham durante o dia”, enfatizou.
A gestora explicou que, devido à evasão escolar e outros fatores, há poucas salas no noturno, além disso, o Centro de Ensino Dr. Bacelar Portela (localizado ao lado), também oferece vagas para o mesmo nível de ensino no período da noite.
 “A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) está interagindo com a escola para não prejudicar os alunos dos bairros adjacentes, que pretendem estudar em um dos dois centros de ensino e assim, ofertar um ensino de qualidade”, afirmou Ângela Souza.”

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Roseana confirma José Augusto no comando da Uema

José Augusto continuaá no comando da UemaA governadora Roseana Sarney (PMDB) já bateu o m,artelo: o reitor da Universidade Estadual do Maranhão, José Augusto Oliveira, continuará no comando da instituição pelos próximos quatro anos.

O anúncio do reitor da Uema deve ser dado junto com o secretariado, às 11 horas de hoje, embora não conste da agenda oficial do governo.

José Augusto foi o primeiro colocado nas eleições da Uema, em novembro. A demora no anúncio se deu por conta de algumas ações judiciais de adversários, tentando questionar a validade do processo.

no início de dezembro, o então presidente em exercício do Tribunal de Justiça, desembargador Antonio Bayma Araújo, decidiu pela validade da candidatura de Oliveira, o que garantiu ao Conselho Universitário encaminhar a lista tríplice para a governadora.

A própria Roseana já havia anunciado que nomearia o primeiro colocado, no caso José Augusto.

P.S.: Durante a coletiva de imprensa com Roseana Sarney, hoje pela manhã, o titular deste blog perguntou e ela confirmou que nomeará José Augusto Oliveira, “o mais votado, com 70% dos votos”, como a própria governadora fez questão de frisar.

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Obras de escolas paralisadas no Maranhão…

O Maranhão tem cerca de 50 escolas de ensino básico cujas obras, iniciadas no início do atual mandato da governadora Roseana Sarney (PMDB), estão paralisadas ou concluídas sem definição de funcionamento.

São mais de 20 escolas de convênios entre o estado e os municípios e outras 25 construídas por meio de convênios com o Governo Federal – muitas já terminadas, mas sem a infra-estrutura para funcionamento. Outras abandonadas pelo governo.

Pior: não há movimantação alguma na Secretaria de Educação com vistas a retomar estas obras ou instalação de equipamentos.

Só aqui em São Luís são cinco escolas, todas inacabadas. Algumas abandonadas pelos empreiteiros, começam a se deteriorar.

No caso das escolas federais, a conclusão é obrigatória – o dinheiro já está disponível – para que sejam liberados recursos para construção de outras 22. O que se vê nos municípios, no entanto, são obras inacabadas e algumas deterioradas e até depredadas.

Todas as obras foram licitadas e iniciadas a partir de abril de 2009.

O tempo passou e não se vê iniciativa da Seduc também para continuidade dos Centros de Formação de Professores de Açailândia, Codó e Imperatriz, projetos que deveriam garantir a melhoria do ensino. Não há sequer movimentação para dotar estes centros com a estrutura necessária para atingir seus objetivos.

É bom lembrar que o atual governo sempre enfrentou na falta de inciativa no setor da Educação uma de suas maiores críticas…

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Gastão Vieira é homenageado por Lula em cerimônia sobre expansão do ensino técnico e superior

Gastão, con representantes da Ufma e do Ifma, com Lula e Fernando Haddad

Uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, marcou a conquista da meta prevista pelo Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e o avanço do Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (Reuni).
 
Com empenhada participação na luta pela expansão da Rede Federal, assim como do Reuni, o deputado federal Gastão Vieira (PMDB) participou da cerimônia, na qual o Presidente Lula e o Ministro da Educação, Fernando Haddad, oficializaram 30 escolas federais de educação profissional e 25 campi ligados a 15 universidades federais.
 
Durante a cerimônia, Gastão Vieira foi homenageado por ter a iniciativa de levar o campus da Universidade Federal do Maranhão para a cidade de Chapadinha, além dos IFETS para Açailândia e Alcântara, ambos já entregues pelo presidente. O deputado foi homenageado ainda por ter sido o relator do projeto que criou o IFET de São Raimundo das Mangabeiras, de iniciativa do então diretor geral do Senado, Raimundo Carreiro, hoje ministro do Tribunal de Contas da União.
 
De acordo com o MEC, de 2005 até hoje, foram criadas 214 novas escolas. E com o Reuni, foram criados 126 novos campi e unidades universitárias, passando dos 148 existentes até 2002 para 274, já em funcionamento em 2010. Hoje, as universidades federais estão presentes em 230 municípios nas 26 unidades da federação e no Distrito Federal.