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Saúde teve recursos extras de R$ 13,6 milhões em São Luís

Dinheiro repassado por membros da bancada federal maranhense (R$ 7,4 milhões) e por vereadores (R$ 6,2 milhões) foram usados exclusivamente no custeio de unidades de saúde, nas ações de combate ao coronavírus e na compra de equipamentos de proteção individual, como as máscaras, agora sob investigação da Polícia Federal

 

Lula Fylho (primeiro no alto, à esquerda) na audiência pública da Câmara Municipal em que declarou usar R$ 3,1 milhões das emendas parlamentares na compra de EPIs

Reportagem Especial 

A Secretaria de Saúde de São Luís movimentou – exclusivamente no combate ao coronavírus – nada menos que R$ 13,6 milhões em recursos extras, repassados por membros da bancada federal maranhense e por vereadores.

Segundo levantamento do blog Marco Aurélio D’Eça, foram R$ 7,4 milhões destinados por três parlamentares e outros R$ 6,2 milhões em emendas da Câmara Municipal.  

A Semus efetivou, entre março e maio, a compra de máscaras descartáveis superfaturadas em mais de R$ 2,3 milhões, segundo investigação da Polícia Federal. A compra culminou na prisão de empresários e na quebra do sigilo bancário do secretário Lula Fylho. (Relembre aqui, aqui e aqui)

No dia 20 de março, quando havia sido registrado o primeiro caso de coVID-19 em São Luís, os vereadores aprovaram emenda coletiva de R$ 3,1 milhões (cada um participando com R$ 100 mil) para ajudar no combate ao coronavírus.

Quatro dias depois, em 24 de março – em “inédita audiência pública virtual”, segundo o próprio release do Parlamento – o secretário Lula Fylho anunciou que os recursos destinados pelos vereadores seriam usados na aquisição de insumos e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para as unidades de Saúde.

Disse textualmente o secretário:

– Agradeço o apoio da Câmara e gostaria de afirmar que os R$ 3,1 milhões serão usados na compra de EPIs e insumos para ações de combate à expansão do vírus. (Veja a íntegra da audiência aqui)

 

Vereadores em visita ao almoxarifado da Semus, após as primeiras denúncias de suspeitas na compra de equipamentos contra a coVID-19

No dia 31 de março, a Câmara voltou a aprovar nova emenda coletiva de R$ 3,1 milhões, desta feita para “a Secretaria da Criança e Assistência Social usar no benefício a famílias carentes inscritas nos seus programas sociais e em situação de extrema vulnerabilidade”. (Entenda aqui)

No dia 16 de abril, a própria Prefeitura de São Luís publicou em sua página oficial notícia dando conta de que usaria os R$ 3,1 milhões dos vereadores para comprar EPIs.

R$ 7,4 milhões em recursos extras da bancada federal

Além dos recursos locais para uso contra a coVID-19, a prefeitura também teve recursos federais extras abastecendo sua conta para o combate à coVID-19.

Levantamento do blog Marco Aurélio D’Eça confirmou três fontes distintas de repasses, totalizando R$ 7,4 milhões a mais, exclusivamente para uso no combate ao coronavírus. 

No dia 30 de março, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) anunciou recursos da ordem de R$ 5,3 milhões, divididos entre o Governo do Estado e a prefeitura, exclusivamente no custeio da rede de saúde. (Entenda aqui)

No dia 1º de maio, o senador Roberto Rocha anunciou que destinou R$ 1,4 milhão para uso no Hospital da Mulher, usado como referência da prefeitura no atendimento a pacientes de coVID-19.

E no dia 8 e maio o também senador Weverton Rocha (PDT) destinou mais R$ 1 milhão, para “ações de combate e prevenção à coVID-19”.

Policiais Federais no mesmo almoxarifado da Prefeitura de São Luís, constatando que a visita dos vereadores apenas chancelou a irregularidade da Semus

Outros milhões foram repassados voluntariamente pelo Governo Federal, e também por emendas parlamentares, à conta da Prefeitura de São Luís, para o combate ao coVID-19. (Entenda aqui)

Mas estes R$ 13,6 milhões são mais significativos para o atual momento por que podem estar no bolo da compra superfaturada de máscaras descartáveis, que resultou na operação “Cobiça Fatal”, da Polícia Federal.

E podem levar a novas investigações…

Prefeituras negam compra de máscaras do esquema que vendeu em SLZ

As gestões de Imperatriz e de Arame disseram não ter tido contato com as empresas acusadas de superfaturar o produto na capital maranhense em mais de R$ 2,3 milhões; PF lista municípios em que a quadrilha apresentou proposta

 

Polícia Federal, que começou a investigação por São Luís, investiga outras 10 prefeituras que mantiveram contato com o grupo acusado de fraude

As prefeituras de Imperatriz e de Arame informaram nesta quarta-feira, 10, que não contrataram nenhum tipo de negócios com as empresas da quadrilha comandada pelo empresário Alexandre Chuairy, preso nesta terça-feira, 9, sob acusação de faturar em mais de R$ 2,3 milhões a venda de máscaras descartáveis para a Prefeitura de São Luís.

Tanto Imperatriz quanto Arame aparecem nas investigações como municípios que tiveram algum tipo de contato com alguma das empresas do grupo – Precision Soluções, CJ Comércio Saneantes, Global Diagnósticos e Pleno Distribuidora. (Releia aqui)

Por intermédio de assessoria de imprensa, a Prefeitura de Imperatriz informou que as empresas ligadas a Alexandre Chuairy chegaram a apresentar propostas, mas não foi fechado nenhum contrato com nenhuma delas.

Já a Prefeitura de Arame se manifestou em Nota Oficial.

Declarando se pautar pelas regras da gestão pública, etc, etc, e etc…, a prefeita Jully Menezes também afirmou não ter fechado contrato com o grupo investigado pela PF.

– A Prefeitura Municipal de Arame/MA vem a público esclarecer à sua população e a todos que não adquiriu nenhum tipo de material ou insumo hospitalar, durante o período de enfrentamento do COVID-19, de nenhuma das empresas que são alvos da investigação da Polícia Federal – diz a nota, assinada pela prefeita.

A Polícia Federal cumpriu nesta etapa da operação “Cobiça Fatal” 14 Mandados de Busca e Apreensão e três prisões, exatamente a dos três empresários acusados.

Mas o delegado responsável pela investigação garantiu que há outras 11 prefeituras investigadas.

E novas operações serão efetivadas no próximo mês…

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Esquema de máscaras superfaturadas envolve quatro empresas

Polícia Federal suspeita que os CNPJs – alguns com os mesmos sócios – são usados  para fraudar licitações em todo o Maranhão, com venda de insumos a preços até três vezes maiores que os praticados no mercado

 

Empresários que comandariam o esquema de fraudes em licitação e venda superfaturada para prefeituras foram presos hoje pela PF

O núcleo do esquema que fraudou licitação na Secretaria de Saúde de São Luís e vendeu máscaras para coVID-19 com preços três vezes maior que o de mercado, segundo a Polícia Federal, envolve quatro empresas: Precision Soluções, CJ Comércio Saneantes, Global Diagnósticos e Pleno Distribuidora.

Segundo a PF, alguns destes CNPJs só existem no papel, e servem para fraudar as licitações nas prefeituras e garantir a venda de produtos com preços superfaturados.

Apenas em São Luís, a Precision Soluções, que tem Alexandre Chouary Cunha como dono, superfaturou um contrato em mais de R$ 2,3 milhões.

Mas a C.J. Comércio Saneantes também tem contrato com a Secretaria de Saúde da apital maranhense, no valor de R$ 495 mil.

Policiais Federais aprenderam centena de documentos e equipamentos na Polícia Federal, o que servirá para definir culpados

Além de São Luís, as empresas do esquema operam também nos municípios de Timbiras, Santa Inês, Arame, Feira Nova do Maranhão, Imperatriz, Paço do Lumiar, Matinha,  Lago do Junco, Icatu, Porto Rico e Cajapió.

A Polícia Federal anunciou que outras operações serão deflagradas nas investigações do caso…

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PF afirma: “há servidores envolvidos” na compra de máscaras em SLZ

Delegados que comandam a operação entendem que os empresários responsáveis pela venda superfaturada de insumos para o combate a coVID-19 não agiram sozinhos na capital maranhense; foram apreendidos documentos e computadores da Secretaria Municipal de Saúde

 

Os policiais federais passaram a manhã em vários enderenços colhendo provas, inclusive na Secretaria Municipal de Saúde

O delegado Júlio Sombra, que participou desta terça-feira, 9, a ação da Polícia Federal disse acreditar, em entrevista coletiva no final da manhã que representantes da própria Secretaria de Saúde de São Luís têm participação no esquema de compra superfaturada de máscara para combate à coVID-19.

– A expertise policial indica que há servidores envolvidos; não sabemos neste momento quais, mas isso que a investigação tende a evoluir e identificar – disse Sombra.

A ação da PF foi comandada pelo delegado Sandro Jansen, da Delegacia de Combate aos Crimes contra o Patrimônio.

O esquema desbaratado nesta terça-feira pela Polícia Federal superfaturou em mais de R$ 2,3 milhões a venda de máscaras descartáveis.

O produto, que custa cerca de R$ 3,00, foi comprado por quase R$ 10,00 pela Saúde de São Luís.   

Pela convicção na participação de servidores da Semus é que a Polícia Federal apreendeu documentos e equipamentos na secretaria.

O delegado garantiu que as investigações irão continuar…

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Empresa que fraudou venda de máscaras em São Luís atua no interior

Precision Soluções tem contratos também nos municípios de Timbiras, Matinha, Icatu, Cajapió, Lago do Junco e Porto Rico do Maranhão; só com a venda de máscaras na capital maranhense, o superfaturamento foi de mais de R$ 2,3 milhões

 

Os empresários investigados pela Polícia Federal montaram um esquema que envolve não só a prefeitura de Sã Luís, mas diversas outras no interior

Assim como a coVID-19, a empresa Precision Soluções – que compõe, segundo a Polícia Federal, um esquema de corrupção envolvendo a venda de insumos para o combate ao coronavírus – espalhou-se feito praga pelo interior maranhense.

Pertencente ao empresário Alexandre Chuairy Cunha, a empresa é um dos braços do esquema, que apenas com a venda de máscaras para a Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, superfaturou contratos em mais de R$ 2,3 milhões.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema já tem contratos também nas prefeituras de Timbiras, Matinha, Icatu, Cajapió, Lago do Junco e Porto Rico do Maranhão.

Alexandre Chuairy Cunha teve mandado de prisão cumprido nesta terça-feira, 9, juntamente com os também empresários Sormane Silva Santana e João de Deus Souza Lima Júnior.

A PF também levou computadores e documentos da Semus para compor a investigação.

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Superfaturamento de máscaras em São Luís chegou a R$ 2 milhões…

Polícia Federal está desde o início desta terça-feira, 9, na Secretaria Municipal de Saúde investigando o envolvimento de servidores públicos em crimes relacionados à aquisição de equipamentos para o combate ao coronavírus; tem prisão contra três empresários

 

No total, a Polícia Federal cumpre 14 mandados de busca e apreensão na Secretara Municipal de Saúde e outros três mandados de prisão (imagem: blog do Antonio Martins)

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira, 9, mandados de busca e apreensão na sede da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, suspeita de comprar material e equipamentos de combate à COVID-19 com preços superfaturados.

A PF também cumpre mandados de prisão contra os empresários Alexandre Chuairy Cunha, Sormane Silva Santana e João de Deus Souza Lima Júnior, responsáveis pela venda dos equipamentos.

Segundo as primeiras apurações do blog Marco Aurélio D’Eça, uma das empresas ligadas aos presos chegou a superfaturar em R$ 2 milhões o valor de máscaras de proteção.

As máscaras, que deveriam custar algo em torno de R$ 3,00, foram  compradas pela Secretaria Municipal de Saúde por R$ 10,00 junto à Precision Soluções.

Só este contrato tem valor de R$ 2.673.000,00…

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Ações policiais fecham cerco contra corrupção no judiciário

Seja na área eleitoral, seja em ações cíveis e criminais, denúncias que vêm sendo destacadas na imprensa apontam para uma necessária limpeza no poder que deveria estar imune a corruptos e bandidos

 

O Tribunal de Justiça da Bahia está sendo alvo de investigação da Polícia Federal, inclusive com prisões, coisa que deveria se espalhar por todos os tribunais brasileiros

O fim de semana trouxe duas informações importantes, que apontam para a necessidade de limpeza nos diversos tribunais brasileiros.

A Folha de S. Paulo publicou trechos de conversas telefônicas entre o vice-presidente do TRE de Minas Gerais e outros envolvidos em esquema de favorecimento de escritórios de advocacia.

O Fantástico, da Rede Globo mostrou um esquema na Bahia, envolvendo desembargadores, juízes e golpistas para se apoderar de terras de produtores rurais do estado.

São apenas dois casos que vieram à tona, mas que evidenciam a necessidade de uma limpeza geral no Poder Judiciário brasileiro.

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou em 2014 – com diversas republicações nos anos seguintes –  o post “A mãe de todas as corrupções é a corrupção no Judiciário”.

O post aponta para a necessidade de uma lavagem, com desinfecção, nos tribunais brasileiros.

E essa onda investigativa das instâncias superiores deveria se espalhar pelo país.

Inclusive por aqui pelo Maranhão…

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Estranha reviravolta nas liminares para o curso de Medicina da Uema de Caxias

Após denúncia e abertura de investigação de um suposto esquema de transferência de alunos – até de escolas particulares – começam a sair novas liminares, desta vez revogando as anteriores

 

Se já era motivo para investigação rigorosa – mesmo num Maranhão onde os rigores da lei só atingem adversários do “rei” – as denúncias de venda de liminares para o curso de Medicina da Uema de Caxias ganharam novos desdobramentos.

O jornalista Gilberto Léda tratou em seu blog, na tarde desta quarta-feira, 04, de uma série decisões do juiz Sidarta Gautama (ele mesmo!!!) revogando as liminares anteriores concedidas por ele próprio. (Entenda aqui)

As decisões, que cancelam as liminares de transferência, atingem agora alunos que já estão prestes à formatura.

E a estranheza das decisões de Gautama só amplificaram as suspeitas de uma indústria de liminares para favorecer candidatos ao curso de Uema.

Sidarta Gautama é assíduo frequentador de notícias negativas do Judiciário maranhense, como se pode ver nos post abaixo:

Declaração de Othelino Neto deve sepultar CPI da Uema de Caxias…

Uma antiga conversa de Gláucio Alencar na corregedoria de Justiça…

Blogueiro depõe em inquérito contra Sidarta Gautama na CGJ…

Histórias de agiotagem…

E a atuação do juiz – quase que perpetua no município de Caxias – sem transferência para qualquer instância, desde que lá chegou, levanta ainda mais suspeitas de sua atuação.

Mas esta é uma outra história…

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Polícia Civil começa a ouvir envolvidos em esquema de pirâmide…

Acusados de crimes financeiros devem ser indiciados após conclusão do inquérito, que conta, inclusive, com dispositivo da delação premiada

O ESQUEMA DE PIRÂMIDE FINANCEIRA MOVIMENTOU R$ 30 MILHÕES NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS envolvendo figurões de São Luís

A Polícia Civil está prestes a concluir o inquérito envolvendo figurões que operavam no esquema de pirâmide financeira em São Luís.

Já foram ouvidos supostos “empresários” do setor e gente que apostava alto na ciranda. 

O esquema – que envolve médicos, advogados, empresários e funcionários dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo – movimentou algo em torno de R$ 30 milhões nos últimos três anos. (Entenda aqui)

UM DOS CHAMADOS FARAÓS DAS PIRÂMIDES EM SÃO LUÍS, internado após quebra do seu esquema milionário

Um dos que já foram ouvidos na Superintendência de Investigações Criminais (Seic) contou tudo aos policiais – e pode ser beneficiado com o dispositivo da delação premiada.

Mas todos eles, inclusive o delator, serão indiciados por crimes financeiros…

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Polícia fecha cerco contra grupos de pirâmides financeiras em São Luís

Anúncio da suposta tentativa de suicídio de um coordenador desse esquema de arrecadação de dinheiro abriu o leque de investigações, que podem atingir, inclusive, médicos, empresários, políticos e magistrados

 

O FARAÓ PH SENDO ATENDIDO APÓS SUPOSTA TENTATIVA DE SUICÍDIO; pirâmides financeiras envolvem médicos, empresários, magistrados e políticos

A recente notícia da suposta tentativa de suicídio do homem identificado por Pedro Henrique, ou PH, chamou atenção da polícia para um esquema que pode estar sendo usado até na lavagem de dinheiro em São Luís.

De acordo com noticias vinculadas em blogs, PH tentou se matar após receber pressão por débitos de R$ 20 milhões no sistema de pirâmide financeira.

Trata-se de um esquema de “investimento” em que os primeiros ganham fortunas, enquanto os que chegam por último pagam o prejuízo e perdem milhares de reais.

Após notícia do ato de Pedro Henrique, descobriu-se outro esquema, envolvendo o homem, conhecido por Germano Braga de Oliveira Filho, que seria um dos maiores “faraós” deste esquema em São Luís.

De acordo com o blog de Neto Ferreira, em poder de Oliveira Filho há anotações envolvendo uma série de empresas maranhenses, com movimentação fraudulenta de recursos da ordem de R$ 10 milhões.

A polícia passou a investigar este esquema após denúncia contra outro “faraó” das pirâmides, o médico Abdon Murad Júnior.  (Relembre aqui)

Por isso o esquema envolve outras centenas de médicos maranhenses.

O problema é que, nas investigações, há nomes de deputados, magistrados, altos funcionários públicos e até policiais envolvidos no esquema.

Mesmo assim, a casa já caiu para alguns destes “faraós”…