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Assassino do Tech Office envolvido em outra execução

Gibson César Soares Cutrim, que matou a queima-roupa o empresário João Bosco Pereira – num crime que envolveu o sobrinho do governador Carlos Brandão – foi contratado pelo empresário Júnior Bolinha para matar um lavrador e seu filho na zona rural de São Luís

 

Imagem dos criminosos Júnor Bolinha e Gibson Cutrim

Pronunciado a Júri Popular pela.morte de Décio Sá, Júnior Bolinha contratou Gibson Cutrim para outro assassinato (imagem: Domingos Costa)

O assassino confesso do empresário João Bosco Pereira Oliveira, Gibson César Soares Cutrim, está sendo investigado pela polícia maranhense por outro assassinato, menos de seis meses depois da execução no Tech Office.

Segundo a investigação, no dia 12 de janeiro, Gibson foi contratado pelo empresário Júnior Bolinha – acusado pelo assassinato do jornalista Décio Sá – para matar o lavrador Felix da Silva Mendes Filho, mas acabou matando apenas o filho do alvo, Marcelo Mendes Martins.

O crime teria motivação na disputa entre Bolinha e Felix por uma motoniveladora.

Gibson César seria um dos homens que chegou ao Rancho Félix, na Vila Maranhão, para matar o proprietário; houve troca de tiros e a vítima acabou sendo o filho do lavrador.

Pelo mando, a Justiça já decretou a prisão preventiva de Júnior Bolinha, que é considerado foragido; mas não há informações sobre ações contra Gibson César.

Crime do Tech Office

Em 19 de agosto de 2022, Gibson César matou a tiros o empresário João Bosco Pereira Oliveira, após discussão por divisão de propina.

O crime ganhou forte repercussão durante a campanha eleitoral por causa da presença de Daniel Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB), que esteve com vítima e assassino na mesma mesa, minutos antes da execução.

Pelo assassinato de João Bosco, Gibson Cutrim foi duas vezes preso pela polícia, mas ganhou liberdade por decisão do Tribunal de Justiça.

Além das mortes de Bosco e Marcelo, o matador responde por outro assassinato, também nunca julgado…

Exclusivo!!! O vídeodepoimento de Júnior Bolinha…

Acusado de ser o articulador do assassinato do jornalista Décio Sá teria falado ao delegado Ney Anderson – que não aparece nas imagens – cita diretamente o empresário Marcos Regadas e acusa de quadrilha um grupo de pessoas sem sobrenome identificado

 

O ex-empresário José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, revelou ao que seria o  delegado Ney Anderson – então membro da Superintendência de Investigações Criminais (Seic) – uma verdadeira quadrilha envolvendo o que seriam figurões.

O blog Marco Aurélio D’Eça teve acesso a um recorte do suposto depoimento de Bolinha a uma pessoa que seria Ney Anderson (cuja voz foi confirmada por pessoas próximas), cita nominalmente o empresário Marcos Regadas e fala de uma quadrilha envolvendo um “secretário”, uma pessoa de nome “Ricardo” e outra, de nome “Marco Aurélio”.

O recorte do depoimento em poder deste blog tem apenas 27 segundos, o que torna impossível identificar, por contexto, quem seriam os tais “secretário”, “Ricardo” e “Marco Aurélio”.

Também não fica claro se o depoimento tem relação com o caso Décio Sá, uma vez que em nenhum momento do curto recorte esse dado é citado.

A conversa inicia com a pessoa que seria Ney Anderson fazendo uma pergunta direta ao ex-empresário:

– O senhor acha que o Marco Aurélio tinha contato com o Marcos Regadas?!? – pergunta o delegado.

Bolinha apenas balança a cabeça positivamente, levando o delegado a questionar: “porquê?!?“.

– Porque, doutor, na realidade é uma quadrilha; é o Marco Aurélio, é o secretário, é o Ricardo, é uma quadrilha. Eles tudo são amigos (sic). O Marco Aurélio já comprou apartamento na mão de Marcos Regadas, todo mundo sabe – afirma Bolinha.

A exceção do nome de Regadas, que ele cita com sobrenome, não fica claro no recorte do depoimento quem são os outros personagens citados.

O titular do blog Marco Aurélio D’Eça acionou pessoas próximas ao delegado Ney Anderson, que confirmaram ser dele a voz que interroga Bolinha.

AS PERGUNTAS FEITAS AO SECRETÁRIO JEFFERSON PORTELA, sem resposta até a edição deste post

O titular do blog também acionou um número de telefone que seria do secretário de Segurança Jefferson Portela, a quem encaminhou o vídeo e fez a seguinte pergunta:

– Você poderia me confirmar se esse vídeo é autêntico?!? E foi mesmo gravado pela SEIC?!?.

A pergunta a Portela – sem resposta até o agendamento deste post – foi feita na quarta-feira, 1º, às 11h56.

O vídeo, na verdade, já circula há algum tempo nos meios políticos e jornalísticos; o depoimento teria sido o motivo do afastamento do delegado Ney Anderson do caso Décio, já na gestão de Jefferson Portela.

DELEGADO NEY ANDERSON: DISPOSIÇÃO PARA REABRIR O CASO DÉCIO e transferência para delegacias de bairro

Segundo apurou este blog, Anderson foi transferido para a Delegacia do Vinhais e, posteriormente, à Delegacia da Cidade Operária, de onde pediu licença temporária.

O blog tem informações de que há um outro vídeo – ainda mais tenso – com depoimento de Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita, também ao delegado Ney Anderson.

Mas esta é uma outra história…

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Avenida que leva o nome de Décio Sá nunca foi inaugurada…

Criado por projeto de lei do vereador Ivaldo Rodrigues – e sancionado pelo prefeito Edivaldo Júnior – o logradouro nunca foi instalado de fato, talvez, também, pelo silêncio que marca a morte do jornalista, inclusive entre o seus

 

NOME DE DÉCIO SÁ BATIZA IMPORTANTE AVENIDA EM SÃO LUÍS, mas a homenagem nunca foi feita, até por desinteresse de quem deveria efetivá-la

O blog Marco Aurélio D’Eça lembra no sétimo aniversário da morte de Décio Sá um fato – noticiado apenas neste blog – que deveria homenagear o jornalista, mas nunca foi efetivado em São Luís.

Em 16 de dezembro de 2015, a Câmara Municipal aprovou Projeto de Lei do vereador Ivaldo Rodrigues (PDT), que nominava Jornalista Décio Sá a avenida Copacabana, no Calhau. (Relembre aqui)

Aprovado na Câmara Municipal, o projeto foi sancionado pelo prefeito Edivaldo Júnior (PDT), mas a homenagem nunca foi, de fato, efetivada, com a devida inauguração da placa na avenida.

– Só falta a placa; até nos Correios já está – garante o autor do projeto.

A avenida Copacabana é aquela em frente ao Barramar, que desce para a Avenida Litorânea, onde o jornalista foi assassinado.

É mais um fato envolvendo o jornalista assassinado em São Luís, cuja morte é marcada pelo silêncio – dos que eram seus, dos que se diziam seus amigos e, sobretudo, da grande parte da imprensa, da qual ele fazia parte.

Talvez até por isso – pela falta de interesse de quem deveria cobrar – o crime segue sem solução efetiva…

Uma antiga conversa de Gláucio Alencar na Corregedoria de Justiça…

Praticamente um ano depois de ter sido preso como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá, agiota deixou o presídio e se encontrou com o desembargador Cleones Cunha, então corregedor-geral do TJ-MA, fato repercutido na revista IstoÉ, mas ignorado na imprensa maranhense

 

GLÁUCIO ALENCAR: IDAS E VINDAS do presídio da PM à Corregedoria de Justiça

Este blog aproveita o dia em que se lembra do sétimo ano da morte do jornalista Décio Sá para rememorar um fato curioso envolvendo um dos acusados pelo assassinato.

A revista IstoÉ publicou em 23 de março de 2013 – exatamente um ano após a execução e Décio – um encontro entre o agiota Gláucio Alencar e o então corregedor-geral de Justiça, desembargador Cleones Cunha.

Publicada na coluna “Brasil Confidencial”, assinada pelo jornalista Rudolfo Lago, a nota tratou o assunto exatamente assim:

– Jurisprudência especial: Uma cena incomum em um presídio maranhense. Preso pela morte do jornalista Décio Sá e acusado de comandar esquema de agiotagem envolvendo prefeituras do Maranhão, o empresário Gláucio Alencar deixou o presídio militar, chamado “Manelão”, onde cumpre prisão preventiva, e se dirigiu ao gabinete do corregedor-geral do Tribunal de Justiça maranhense, Cleones Carvalho Cunha. Depois da longa conversa a portas fechadas, voltou para a cela. (Leia a íntegra aqui)

O caso passou despercebido pela grande parte da imprensa maranhense, mas não ao blog Marco Aurélio D’Eça, que questiona as relações não apenas de Alencar, mas de outros envolvidos no caso, com membros do Judiciário. (Relembre aqui)

À época, Cleones Cunha explicou à revista que “chamou o réu para ouvi-lo num processo administrativo sigiloso sem relação com o caso do agiota”.

O colunista fez outras ilações sobre as relações políticas de Gláucio com a família Cunha, que tem também o prefeito Cleomar Tema Cunha, de Tuntum.

E nunca mais se tratou do assunto, agora relembrado por ocasião do aniversário de morte do jornalista.

Apenas os próprios Alencar e Cunha podem dizer do que trataram…

Sete anos depois assassinato de Décio Sá continua obscuro…

Suspeitas de manipulação de inquérito, acusações contra membros do Ministério Público e da polícia – e um estranho silêncio da Justiça – marcam as investigações e o processo envolvendo políticos, policiais, empresários e criminosos de todo tipo

 

TÚMULO DO JORNALISTA DÉCIO SÁ: após o enterro, o silêncio de “colegas jornalistas” “políticos amigos”, policia, Ministério Público e Justiça

Há um estranho silêncio entre políticos, policiais, membros do Judiciário e até da imprensa quando o assunto é a morte do jornalista Décio Sá.

Curiosamente, muitos desses políticos e jornalistas que hoje se calam diante da evidência de manipulação do inquérito policial que apurou o assassinato, eram os mesmos que batiam no peito dizendo-se “amigo e aliado” do jornalista.

Décio Sá foi assassinado no dia 23 de abril de 2012, em um restaurante na Avenida Litorânea.

Quase dois meses depois, em 13 de junho, a polícia apresentou os supostos responsáveis, misturando no mesmo rol gente da polícia, empresários, políticos, agiotas e bandidos cruéis.

Mas a lógica que levou à motivação do crime nunca foi claramente explicada; nem pela Polícia, muito menos pelo Ministério Público ou pela Justiça. (Entenda aqui e aqui).

Apontado como agenciador do pistoleiro que executou Décio, o ex-empresário José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, acusou desde sempre empresários da construção civil pela morte do jornalista.

O blog Marco Aurélio D’Eça chegou a publicar a carta de Bolinha encaminhada à Justiça, mas foi obrigado a retirá-la da página no dia 5 de agosto de 2013, por decisão do juiz Sebastião Joaquim Lima Bonfim.

JÚNIOR BOLINHA: PEÇA-CHAVE, IGNORADO PELA POLÍCIA, isolado pela Política e desprezado pela Justiça e pela sociedade

Segundo Bolinha, à época, houve uma trama nos porões da Secretaria de Segurança para direcionar o caso – prendendo bodes expiatórios e protegendo figurões da alta sociedade, ligados a políticos.

E essa trama teria envolvido políticos  com poder à época, empresários e policiais do comando da Secretaria de Segurança.

De lá para cá, muitas têm sido as tentativas de reabrir o caso, todas esbarrando na má vontade da Justiça, do Ministério Público e da própria polícia.

Último a tentar ouvir novas versões do caso, o delegado Ney Anderson foi transferido da Seic após ouvir Júnior Bolinha e outras testemunhas.

O fato é que, sete anos depois, a morte do jornalista tem um autor preso – o pistoleiro Jonathan de Souza – outros 12 supostos envolvidos pronunciado a Júri popular, mas em liberdade, e uma série de furos que a polícia, a justiça e o Ministério Público se recusam a esclarecer.

E tudo parece caminhar para o esquecimento.

Por parte dos próprios colegas, inclusive…

Leia também:

Juiz arquiva pedido de Raimundo Cutrim para nova investigação do caso Décio…

Júnior Bolinha desabafa e conta tudo em audiência na Justiça…

As confissões de Jonathan de Souza….

O misterioso caso Valdêmio…

Reclamação ao CNJ desmente Ministério Público sobre desembargadores e caso Décio…

Processo que tramita no Conselho Nacional de Justiça desde 2018 – quando o Ministério Público já era chefiado pelo atual procurador, Luiz Gonzaga Martins Coelho – aponta que ele pode ter prevaricado ao não abrir procedimento para apurar casos denunciados sob sua própria tutela

 

LUIZ GONZAGA ACIONOU NO CNJ OS MESMOS DESEMBARGADORES QUE, segundo Thiago Bardal, Jefferson Portela mandou investigar

A Reclamação Disciplinar nº 0010133-38.2017.2.00.0000 encaminhada pelo Ministério Público Maranhense ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desmente o  procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, em relação a casos envolvendo o desembargador Tyrone José Silva, do Tribunal de Justiça do Maranhão, e o assassinato do jornalista Décio Sá.

A denúncia da PGJ é datada de 2017, quando o MP maranhense já estava sob o comando de Gonzaga, e acusa Tyrone de negociar sentenças em diversos processos, todos elencados na reclamação.

O curioso é que a Procuradoria-Geral de Justiça eximiu-se de responsabilidade, em nota encaminhada ao blog de Neto Ferreira, sobre a denúncia do delegado Thiago Bardal contra o mesmo Tyrone Silva.

– Informamos que, em respeito ao princípio da independência funcional e aos princípios do juiz e promotor natural, compete ao juiz e promotor que atuam no caso a tomada das providências devidas em relação às declarações relatadas pelo réu em juízo – disse a nota da PGJ, publicada por Ferreira. (Saiba mais aqui)

PRINT DO PROCESSO QUE TRAMITA NO CNJ A PEDIDO DO MINISTÉRIO PÚBLICO maranhense, envolvendo o desembargador Tyrone Silva

Ao negar-se determinar abertura de processo de investigação contra o desembargador – ao mesmo tempo em que denuncia este mesmo desembargador ao CNJ (cujas punições são meramente administrativas) – o procurador-chefe pode ter prevaricado em suas funções.

Na Reclamação apresentada ao CNJ, o Ministério Público maranhense deixa claro que o membro do Tribunal de Justiça agiu de “forma contrária à ordem jurídica e à defesa dos interesses sociais, o que tem causado espanto na comunidade jurídica e na sociedade local, gerando, inclusive, descrédito do Poder Judiciário”.

Caso Décio

GLÁUCIO ALENCAR TEVE AÇÃO JULGADA POR TYRONE SILVA EM QUE O PROCURADOR GONZAGA VIU SUSPEITAS DE PARCIALIDADE e recorreu ao Tribunal de Justiça

Na peça encaminhada por Luiz Gonzaga, na condição de chefe da PGJ, Tyrone José Silva é acusado também de favorecer o agiota Gláucio Alencar, pronunciado a Júri Popular como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá.

– Quanto ao Processo n. 0009147-41.2016.8.10.0000, o reclamante sustenta parcialidade do magistrado em relação ao agiota Gláucio Alencar, supostamente evidenciada através do deferimento do levantamento da constrição em propriedade de origem comprovadamente ilícita (sic) – diz o despacho do conselheiro Humberto Eustáquio Soares Martins, assinado eletronicamente às 10h20m42 do dia 27 de fevereiro de 2019.

Trata-se de um pedido de desbloqueio de uma das empresas de Alencar (fruto da Medida Cautelar Criminal n.º 2648-16.2013.8.10.0000), em que Tyrone decidiu monocraticamente a favor do agiota.

Em 2018, quando veio a público o depoimento de Júnior Bolinha dando novos rumos ao caso Décio Sá, a assessoria de Luiz Gonzaga apressou-se em negar que tenha partido da PGJ a orientação para reabrir o caso. (Entenda aqui)

Em outras palavras, o procurador pode ter prevaricado novamente, ao não determinar procedimento diante do que ele próprio chamou de parcialidade de um membro do TJ-MA em favor de um dos envolvidos no assassinato.

Em seu despacho, o conselheiro Soares Martins deu 15 dias para manifestação do Tribunal de Justiça, o que teria encerrado em meados de março.

Não há informações sobre a resposta do TJ-MA ao CNJ…

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O depoimento que mexe com o caso Décio e o abafa dos agentes públicos…

Às vésperas do sétimo aniversário de morte do jornalista, denúncias feitas há mais de um ano pelo ex-empresário Júnior Bolinha voltam a incomodar os bastidores da Polícia e do Ministério Público, que preferem evitar o assunto

 

DEPOIMENTO DE BOLINHA À SEIC ASSOMBRA BASTIDORES DO CASO DÉCIO há mais de um ano; polícia e MP preferem silenciar

Janeiro de 2018. O ex-empresário júnior Bolinha – pronunciado a Júri Popular por envolvimento na morte do jornalista Décio Sá – presta sigiloso depoimento ao Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência de Investigações Criminais (Seic).

Na conversa com a polícia, Bolinha acusa políticos, empresários, a própria polícia e agentes do Ministério Público de atuarem para direcionar as investigações e evitar alcançar outros envolvidos. (Entenda aqui)

Detalhe: o ex-empresário fala do caso respondendo a uma pergunta do próprio chefe do DCCO, delegado Ney Anderson Gaspar, que quis saber se houve direcionamento nas investigações.

Março de 2018. Após o depoimento de Bolinha vir à tona, repercutindo nos meios políticos, empresariais e policiais, Ney Anderson é transferido do seu departamento para uma delegacia de bairro. (Saiba mais aqui)

DELEGADO NEY ANDERSON FOI TRANSFERIDO DA SEIC LOGO APÓS OUVIR BOLINHA; agora está na delegacia de bairro

Um ano depois, agora em março de 2019, estranhamente, esse mesmo depoimento de Bolinha volta a mexer com os bastidores do caso Décio, sem que haja qualquer novidade que posa levar a uma retomada do caso.

E mais uma vez, polícia, justiça e Ministério Público tratam de desconversar ou silenciar sobre o assunto.

Será por quê?!?

Leia também:

Júnior Bolinha desabafa e conta tudo em audiência…

Afinal, quem os protege?!?

Júnior Bolinha cara a cara com empresário na Justiça…

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A quem interessa o abafa do Caso Décio?!?

Cada vez que se cogita reabrir o assassinato do jornalista, um grupo formado por gente de vários segmentos parte pra cima dos setores responsáveis como se gritassem, em uníssono: “deixem tudo como está!!!”

 

O assassino Jhonatan é o único ponto pacífico no caso

Este blog diz desde 2012 que parece haver um pacto sombrio entre a mídia, setores da polícia, Ministério Público e Judiciário para deixar o assassinato do jornalista Décio Sá exatamente como está.

E agora, que a Secretaria de Segurança Pública decidiu reabrir o caso, este grupo voltou a gritar com força para que nada seja tirado do lugar.

Mas a quem interessa o abafa no caso Décio?!?

Porquê não se pode abrir a mínima possibilidade de que haja outras nuances?!?

O assassinato do jornalista ficou cercado por obscuridades desde o início das investigações, mas parece que todos os segmentos sociais – imprensa, judiciário, Ministério Público, igreja e até familiares da vítima – preferem que a coisa continue como está.

Mas há diversas perguntas sem respostas no caso.

Algumas delas:

1 – Quem ligou para o então vereador Fábio Câmara, pouco antes da morte de Décio, querendo saber onde se encontrava o jornalista?

2 – Quem eram os empresários presentes, às vésperas do assassinato, em uma farra no extinto empório Grand Cru com a presença dos indiciados Júnior Bolinha e Fábio Capita?

3 – Quem foi o oficial da Polícia Militar que apontou uma arma para o empresário Alessandro Martins, na garagem do edifício Two Towers e levou seu  carro?

4 – Que fim levou o criminoso Valdêmio, delator do esquema montado para matar Décio e que, supostamente, foi assassinado em uma casa na Raposa?

5 – Qual o nível de envolvimento do ex-secretário e hoje deputado Raimundo Cutrim com os acusados de serem mandantes, com o próprio Décio e com a morte do jornalista?

Só por estas respostas já se justificaria a abertura do caso Décio, cercado por dezenas de outras obscuridades.

É impressionante como os segmentos sociais envolvidos parecem querer continuar no escuro.

Mas este blog vai continuar exigindo respostas.

A menos que também seja calado por estes atores sociais.

Simples assim…

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Aluisio Mendes afirma serem mentirosas acusações sobre caso Décio Sá…

Secretário de Segurança na época da morte do jornalista, deputado federal chama Júnior Bolinha de mentiroso e diz nunca ter tido relação de amizade ou proximidade com o promotor Marco Aurélio Rodrigues

 

Aluisio em depoimento na AL, com Raimundo Cutrim ao fundo

O deputado federal Aluisio Mendes reagiu com indignação às acusações, atribuídas a Júnior Bolinha, de que teria interferido na investigação do assassinato do jornalista Décio Sá.

Bolinha é tido como um dos mandantes da morte de Décio, e prestou depoimento em janeiro, que levou à reabertura do caso.

O parlamentar requereu oficialmente à Superintendência de Polícia da Secretaria de Segurança que forneça as informações e tome as providências necessárias para que possa ajuizar todas as medidas legais contra as declarações que afirma serem levianas mentirosas.

“Repudio veementemente a tentativa de um criminoso de atingir a minha honra, e vou interpela-lo judicialmente. Como secretário de Segurança Pública naquela época, dei total apoio e autonomia à equipe da Polícia Civil que investigou o caso, sem ter nenhuma interferência na investigação”, enfatizou Aluisio Mendes, em nota de esclarecimento.

O deputado esclareceu ainda que nunca trabalhou como policial federal ou manteve relação de amizade com o promotor Marco Aurélio Rodrigues, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). E que também não teve qualquer relacionamento com o empresário Marcos Regadas, ao contrário do que teria dito Júnior Bolinha em depoimento.

“São declarações totalmente mentirosas e caluniosas”, reagiu Aluisio Mendes.

Também em nota, o Ministério Público afirmou ser “inverídico e leviano o depoimento veiculado na mídia que imputa ao promotor Marco Aurélio Rodrigues a prática de condutas criminosas no curso da investigação referente ao assassinato do jornalista Décio Sá”. E que o documento divulgado “traz a pretensão de macular a honra e a imagem do promotor cuja atuação profissional é marcada com notas indeléveis de retidão e respeito aos princípios constitucionais e republicanos”.

Abaixo, a nota de Aluísio Mendes:

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em respeito à população maranhense e a bem da verdade, esclareço que é totalmente MENTIROSA e CALUNIOSA a declaração que “teria” sido dada pelo criminoso conhecido pela alcunha de “Júnior Bolinha”, a qual “constaria” de depoimento dele.

Já requeri oficialmente à Superintendência de Polícia da Secretaria de Segurança que me forneça as informações e tome as providências necessárias para que possa ajuizar todas as medidas legais contra tão levianas e mentirosas declarações, pois repudio veementemente a tentativa de um criminoso de atingir a minha honra, e vou interpela-lo judicialmente.

Quanto às investigações do covarde assassinato do respeitável jornalista Décio Sá, no decorrer de todo o processo, quando era secretário de Segurança Pública, dei total apoio e autonomia à equipe da Polícia Civil que investigou o caso, sem ter nenhuma interferência na investigação.

A bem da verdade, afirmo que não atuei como policial federal – em Roraima ou em qualquer outro estado – com o promotor Marco Aurélio, a quem somente conheci em São Luís e com quem só mantive relações de trabalho.

Do mesmo modo, afirmo ser totalmente mentirosa e ofensiva a acusação de que teria recebido dinheiro do empresário Marcos Regadas, com quem nunca tive qualquer relacionamento.

Por fim, reafirmo que, como secretário de Segurança Pública, garanti todas as condições para que o assassinato do jornalista Décio Sá fosse elucidado e os responsáveis punidos, em respeito à família da vítima e à toda a sociedade maranhense, que não pode conviver com a impunidade dos criminosos. 

Aluísio Mendes

Deputado federal

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A reviravolta do caso Décio: mais uma vitória deste blog…

Desde o início das investigações, o direcionamento policial e do Ministério Público foi sustentado nesta página, o que agora é confirmado em depoimentos já colhidos pela cúpula da Segurança Pública

 

CINCO ANOS LONGE DO SOL. Os “culpados” apresentados pela polícia;  Ministério Público endossou a tese, mesmo diante da falta de nexo

Editorial

Este blog sustentou uma tese única para contestar a versão da polícia e do Ministério Público sobre a morte do jornalista Décio Sá, ocorrida em abril de 2012.

Desde o início, as incongruências, a falta de nexo causal e os furos na investigação foram descritos de forma sucinta, clara e com argumentos incontestáveis. (Releia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)

Mas este blog pagou um preço altíssimo por isso, que vai desde o desprezo da tese pela própria imprensa maranhense até processos judiciais que, felizmente, foram arquivados pelo vazio das acusações.

Por isso, a revelação de que fatos novos indicam reviravolta no caso Décio Sá – e apontam para o mesmo encaminhamento dado por este blog há cinco anos – chega como uma espécie de regozijo.

De acordo com o que divulgou o blog de Neto Ferreira, o promotor-chefe do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, Marco Aurélio Rodrigues, teria adulterado o depoimento de um homem identificado por Eduardo Lira, dado em Santa Inês, na época do crime.

Leia também:

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Justiça começa a desmontar a farsa do caso Décio…

Júnior Bolinha desabafa e conta tudo…

POPSTAR DO CRIME. Exposto à mídia nacional, Jhonatan de Sousa só falou o que quis, ou que teve orientação para falar

Durante as investigações do assassinato de Décio Sá, apareceram ao menos três possibilidades de autoria, todas com diversas pessoas envolvidas. A polícia e o Ministério Público optaram por uma delas, mesmo com todas as incongruências das provas.

Curiosamente, a linha adotada era a que tinha o menor número de “figurões” citados.

A reabertura do caso Décio Sá foi determinada pelo procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Coelho; e pelo menos cinco pessoas já foram ouvidas pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência de Investigações Criminais (Seic).

Qualquer que seja o resultado das investigações – deem em nada ou não – este blog já se sente, mais uma vez, orgulhoso pela capacidade de ver além do óbvio.

E de acreditar no seu poder de discernimento e investigação.

Simples assim…