Brandão recepciona embaixadores da União Europeia

Ao longo desta semana, 17 embaixadores dos Estados-membros da União Europeia cumprem missão no Maranhão. Durante o período eles visitaram universidades, o Porto do Itaqui, equipamentos sociais e bens culturais maranhenses para conhecer a capacidade e potencialidade econômica, natural e social, bem como a localização estratégica do Maranhão em relação à Europa.

Na sexta-feira (5), o governador Carlos Brandão, acompanhado da primeira-dama, Larissa Brandão, do vice-governador, Felipe Camarão, e diversas autoridades estaduais, recebeu a comitiva em um ato solene no Palácio dos Leões, em São Luís.

A visita dos embaixadores faz parte da missão anual da União Europeia pelo Brasil. Este ano, os embaixadores, por consenso, decidiram conhecer o Maranhão, entre os dias 3 a 7 de abril. A missão tem caráter técnico, científico, econômico e, por fim, cultural e turístico.

A missão ao Maranhão é coordenada pela embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, com o embaixador da Bélgica, Peter Claes. Também participam os embaixadores da Polônia, Lituânia, Grécia, Itália, Países Baixos, Eslováquia, Malta, Finlândia, Croácia, Alemanha, Portugal, Eslovênia, República Tcheca, Suécia e Espanha

Durante a recepção organizada no Palácio dos Leões, sede do Governo do Maranhão, o governador Carlos Brandão afirmou que a visita foi importante para que os embaixadores conhecessem as oportunidades que o estado oferece.

“Apresentamos diversos projetos importantes em busca de parceria com os países da União Europeia. Portanto, foi uma visita de aproximação para que a gente possa convencer que o Maranhão é um lugar ideal para investimentos em diversas áreas. Com certeza nós vamos construir uma ótima relação comercial para que eles possam trazer empresas que gerem emprego e renda para a população do nosso Estado”, assinalou o governador Carlos Brandão.

A embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, avaliou de forma positiva a missão europeia no estado. “Foi uma visita muito bem-sucedida. Agradecemos ao governador a sua hospitalidade. Vimos muito potencial nesse Estado e estou segura que vamos reforçar os nossos laços na economia, na academia, sobretudo no contexto de sustentabilidade, energias renováveis, hidrogênio verde, turismo sustentável e muito mais”, disse.

Além de conhecerem os projetos desenvolvidos pelo Governo do Maranhão e debaterem parcerias, a comitiva europeia pode conhecer as atrações culturais do estado, que se apresentaram durante a recepção no Palácio dos Leões.

Da assessoria

Números desmentem narrativa de Brandão sobre equilíbrio do governo…

Com dívidas de quase R$ 1 bilhão com empreiteiros, outro bilhão atrasado para fornecedores da Saúde e serviços médicos, operações de crédito com parcelas atrasadas, aparelhos quebrados no Hospital Carlos Macieira e hospitais praticamente fechados, governador se vê às voltas, agora, com ameaça de greve no Hospital Presidente Vargas, o que joga por terra seu discurso de que o Maranhão segue pujante

 

Propaganda de Brandão tenta vender um Maranhão que só existe na narrativa da Secom e da mídia alinhada ao Palácio dos Leões

Análise da Notícia

A mídia alinhada ao Palácio dos Leões passou a semana a divulgar release montado pela Secretaria de Comunicação apontando que o governo Carlos Brandão (PSB) reduziu o endividamento do Maranhão  em relação à sua capacidade de arrecadação. (Veja aqui)

Os números reais da situação do estado, no entanto, mostram que esta narrativa não passou de uma tentativa de responder à revelação do deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), que apontou a dificuldade do estado de conseguir crédito, como este blog Marco Aurélio d’Eça registrou no post “Brandão usurpou Assembleia com projeto de empréstimo…”.

– Embora não tenha sido explicitado na mensagem governamental, presume-se que o Poder Executivo desejou, desde logo, obter uma autorização da Assembleia Legislativa, para a contratação, não apenas de uma operação de crédito em 2024, mas de três operações, sendo a primeira em 2024 e as demais nos dois exercícios financeiros subsequentes, em 2025 e em 2026”, explica Othelino.

A preocupação de Othelino revelou uma dura realidade do governo que nem os releases escamoteados da Secom conseguem esconder. 

  • Brandão deve mais de R$ 1 bilhão a empreiteiros; também deve outros R$ 1 bilhão em serviços médicos e fornecedores do setor de Saúde;
  • servidores públicos e prestadores de serviços em diversas pastas reclamam salários atrasados;
  • hospitais como o Carlos Macieira têm equipamentos importantes quebrados há meses;
  • outros, como o Hospital da Ilha e o de Traumatologia estão quase fechados.

Nota pública dos profissionais de Saúde expõe o caos que vivem os hospitais no governo Carlos Brandão

Nesta sexta-feira, profissionais do Hospital Getúlio Vargas anunciaram estado de greve por que não recebem desde janeiro, como mostra nota assinada por diversos profissionais de saúde.

Há suas semanas, o deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB) revelou na Assembleia Legislativa que o Maranhão deu calote em parcelas de dívidas antigas do estado, absorvidas pela União; e mesmo com todas as vantagens oferecidas pela mesma União para recebimento do que pagou, o governo maranhense não consegue honrar as dívidas.

Esta história também foi contada por este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Maranhão já deve R$ 3,3 bilhões e Brandão pode aumentar para R$ 5,5 bi…”.

De acordo com os dados dos deputados comunistas e os documentos divulgados por prestadores de serviços, o Maranhão vive hoje duas realidades distintas:

Uma é a da propaganda paga pela Secom, que vende um estado pujante e equilibrado.

A outra é a verdadeira, que mostra o estado quebrado.

Simples assim… 

Imagens do dia: Brandão com o agronegócio, Camarão com os sem-terra…

No mesmo dia em que sua bancada na Assembleia negou homenagem ao Sem-Terra – e também no dia seguinte – o governador fez questão de exibir em suas redes sociais a sua preferência pelo agronegócio, anunciando estradas para escoamento da Soja e benefícios a donos de terras; seu vice, o petista Felipe Camarão, preferiu solidarizar-se com os trabalhadores rurais, postando foto com eles em frente ao Palácio dos Leões

 

As imagens acima são a prova viva da dualidade do atual governo maranhense.

A foto de cima, do “Viva o Agro”, é um print de vídeo postado pelo governador Carlos Brandão (PSB) ao lado de produtores e donos de terra, no mesmo dia em que sua bancada negou na Assembleia Legislativa homenagem aos trabalhadores rurais sem terra.

Logo abaixo aparece a imagem do vice-governador Felipe Camarão (PT), que decidiu solidarizar-se com os agricultores postando foto com eles em frente ao Palácio dos Leões, no momento em que a Assembleia voltava atrás – após pressão dos movimentos sociais – e aprovava a homenagem ao MST.

Neste mesmo momento – como mostra a foto de baixo – Brandão assinava, em Mirador, a Ordem de Serviço da MA-372, um novo corredor da soja, que vai ligar Mirador a São Domingos do Azeitão, beneficiando, também as propriedades da família do governador.

Como se vê, para Brandão “o agro é pop; o agro é tudo”…®

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Pelo MST, Felipe Camarão faz o contraponto ideológico a Brandão…

Um dia depois de a bancada alinhada ao governador na Assembleia Legislativa negar homenagem aos Sem Terra – e depois tentar corrigir-se aprovando novo requerimento com o mesmo teor – vice-governador do PT publica imagem em suas redes sociais em que aparece sentado em frente ao Palácio dos Leões ao lado de trabalhadores rurais destacando as ações dos movimentos sociais ligados aos homens e mulheres do campo

 

Felipe Camarão com o MST em frente ao Palácio dos Leões; contraponto direto às direitices de Brandão

O vice-governador Felipe Camarão (PT) utilizou o dia destinado às lembranças pessoais nas redes sociais, o chamado #TBT – que ocorre sempre às quintas-feiras – para postar imagem ao lado de trabalhadores rurais sem-terra, homens e mulheres do campo e agricultores em frente ao Palácio dos Leões.

A imagem é um verdadeiro contraponto ao governador Carlos Brandão (PSB), cuja bancada pessoal negou, nesta quarta-feira, 3, homenagem ao MST, à Fetaema e à Contag proposta à Assembleia pelo deputado comunista Júlio Mendonça; a postura anti-esquerdista e anti-movimentos sociais de Brandão foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Brandão é de direita; errado é pensar dele o contrário…”. 

– O #tbt de hoje é com registros de importantes momentos ao lado dos meus companheiros do Movimento Sem Terra, da Fetaema e tantos outros movimentos sociais de trabalhadores e trabalhadoras rurais que, incansavelmente, lutam por dignidade, igualdade, oportunidades para todos e, principalmente, pelo compromisso com os menos favorecidos. Tenho muito orgulho da atuação de vocês e merecem todas as homenagens hoje e sempre! Contem sempre comigo! – afirmou Camarão.

Curiosamente, nesta mesma quinta-feira, 4, quando Felipe Camarão destaca-se ao lado de agricultores familiares – e a Assembleia volta atrás e, pressionada pelos movimentos sociais e pela esquerda, aprova a homenagens às entidades da agricultura familiar – Carlos Brandão assinava a Ordem de Serviço da MA-372, mais um corredor da soja, ligando Colinas a São Domingos do Azeitão.

Mas esta é uma outra história…

Brandão é de direita; errado é pensar dele o contrário…

Reação da bancada alinhada ao Palácio dos Leões contra homenagem da Assembleia Legislativa ao MST, à Contag e à Fetaema, além de expor a contrariedade do governo com seus camaradas comunistas, revela também que a presença do governador no PSB atende apenas aos seus interesses meramente eleitorais, sem nenhuma identidade com os postulados da esquerda

 

O Brandão fazendeiro é anterior ao Brandão governador; e sua condição de dono de terra se sobrepõe à sua ideologia política

Editorial

O governador Carlos Brandão (PSB) sempre foi um homem de direita, por origem familiar, por ideais de vida e por ideologia política.

Nascido nos latifúndios de Colinas, filho de donos de terra e fazendeiros dos rincões maranhenses, pouca familiaridade ele tem com as lutas de trabalhadores sem terra e com as angústias sofridas por pequenos lavradores diante do avanço impiedoso do agronegócio.

Na política, sempre esteve vinculado a partidos de direita: PDS, PTB, PFL, DEM…

Chegou, no máximo, ao centro do espectro ideológico ao filiar-se, nos anos 90, ao social-democrata PSDB; foi deputado federal anti-Lula (PT), calou-se diante do golpe contra Dilma Rousseff (PT) e esteve no PRB bolsonarista, antes de ensaiar um retorno ao PSDB e desembarcar de mala e cuia no PSB, a pedido de Flávio Dino.

Na campanha de 2022, foi visível o seu desconforto e a falta de intimidade com os ideais do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fazia um esforço hercúleo para reconhecê-lo entre os seus. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

Ingenuidade, portanto, imaginar que o governador do agronegócio, com família de fazendeiros e visão de mundo voltado às ideias liberais tenha tido, ainda que por segundos, qualquer lampejo de esquerda em sua cosmovisão.

O governador Carlos Brandão foi, é e sempre será um homem de direita.

Um homem de direita não compreende o significado e o simbolismo de um movimento como o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que fez muito mais pela reforma agrária do que todos os governos juntos ao longo de todo o período republicano brasileiro.

Está claro que a reação da bancada brandonista na Assembleia Legislativa à iniciativa do comunista Júlio Mendonça de homenagear o MST, a Fetaema e a Contag foi uma reação não a essas instituições, mas ao grupo que se movimenta em contraponto ao inquilino do Palácio dos Leões, formado majoritariamente por homens de esquerda ligados ao agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.

Cobrar do governador coerência ideológica é ingenuidade ou desespero de causa; é como jogar xadrez com pombos.

Brandão é um homem das terras sem nenhuma sensibilidade para sem-terras, lavradores e outros tais do setor agrícola; ele só quer retaliar comunistas e esquerdistas que acham poder peitá-lo.

E pouco importa se esta retaliação atinge lavradores e trabalhadores.

É simples assim…

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Para Othelino, governo Brandão usurpou Assembleia com projeto de empréstimo…

Deputado estadual explicou que o Executivo dispõe de limite de apenas R$ 665 milhões para contrair dívidas no exercício fiscal de 2024, o que leva a entender que a proposta aprovada pelos deputados – de R$ 1,9 bilhão – incluía, indevidamente, autorização para novas operações em 2025 e 2026, que só poderiam ser votadas nos devidos exercícios financeiros

 

Ao lado de Wellington do Curso e Fernando Braide, Othelino foi um dos três deputados a votar contra o empréstimo da forma como queria o governo

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) mostrou em uma extensa explicação em forma de press-release encaminhada pela sua assessoria que o governo Carlos Brandão (PSB) usurpou a competência da Assembleia Legislativa ao fazer aprovar, indevidamente, operação de empréstimo em valor três vezes acima do limite permitido para o exercício fiscal de 2024.

  • Segundo Othelino, em 2024 só está permitida pela Secretaria do Tesouro Nacional, operação de crédito para o Maranhão no valor exato de R$ 665.067.925,54;
  • A Assembleia, no entanto, aprovou operação de crédito de R$ 1,9 bilhão, valor três vezes maior que o permitido.

O parlamentar, que já foi presidente da Assembleia, entende que a forma de apresentação do projeto significa uma usurpação da competência dos deputados pelo governo uma vez que – ao que se presume da articulação governista – antecipa autorizações que deveriam ser analisadas apenas no exercício fiscal próprio, em 2025 e 2026.

– Embora não tenha sido explicitado na mensagem governamental, presume-se que o Poder Executivo desejou, desde logo, obter uma autorização da Assembleia Legislativa, para a contratação, não apenas de uma operação de crédito em 2024, mas de três operações, sendo a primeira em 2024 e as demais nos dois exercícios financeiros subsequentes, em 2025 e em 2026”, explica Othelino.

O parlamentar chegou a apresentar uma Emenda Modificativa ao Projeto de lei 152/2024 para que fosse aprovada operação apenas para o valor de R$ 665 milhões autorizados pela Secretaria de Tesouro Nacional para 2024, o que foi rejeitada pelo plenário.

No entender do deputado, o projeto, da forma como foi aprovado na Assembleia, corre o risco de ser rejeitado na Secretaria do Tesouro Nacional.

Por furar o teto autorizado para 2024…

Dinheiro que Brandão quer emprestado, Braide já tem guardado…

Nem o mais tolo entre os ingênuos imagina que o governador queira usar o empréstimo de quase R$ 2 bilhões para outra coisa que não seja campanha política; o problema, é que ele esqueceu de fazer a lição de casa – como fez o prefeito de São Luís para garantir o mesmo valor sem precisar endividar o município – e vai entregar ao sucessor um Maranhão ainda mais endividado do que recebeu

 

Brandão precisou endividar o estado para conseguir o mesmo dinheiro que Braide conseguiu com eficiência de gestão

Editorial

Se conseguir  viabilizar nas instituições financeiras os dois empréstimos aprovados em pouco mais de um mês pela Assembleia Legislativa – um de R$ 350 no BNDES e outro de R$ 1,9 bilhão no Banco do Brasil – o governador Carlos Brandão entregará ao sucessor, em 2026, um Maranhão endividado em nada menos que R$ 5,5 bilhões, fora os juros:

  • o estado já deve R$ 3,3 bilhões em dívidas da Caema, com a União e com os municípios; (Saiba mais aqui) 
  • com os novos empréstimos, serão mais R$ 2,2 bilhões, o que aumenta o passivo para R$ 5,5 bilhões.

Nessa conta não estão incluídos os juros das novas dívidas e nem o parcelamento de uma outra dívida, de 2014, que gera despesa de R$ 276 milhões a cada seis meses ao Maranhão.

Ninguém em sã consciência imagina que Brandão vai usar estes novos empréstimos em alguma outra cosia que que não seja campanha política de aliados, em São Luís e no interior; mas ele um exemplo que deveria seguir, bem ao seu lado, na Praça Pedro II: o prefeito Eduardo Braide (PSD).

Enquanto Brandão endivida o Maranhão para ter em caixa mais R$ 2,2 bilhões em ano eleitoral, Braide conseguiu praticamente este mesmo valor apenas com gestão eficiente e aumento de arrecadação; a prefeitura garantiu mais de R$ 2 bilhões a mais em seu caixa, entre 2022 e 2023.

  • no total, foram R$ R$ 2.097.429.789,00 a mais que o esperado nos últimos dois anos;
  • em 2022, Braide esperava arrecadar R$ 4,1 bilhões, mas superou esta estimativa em R$ 1,3 bilhão;
  • em 2023, o orçamento municipal previa R$ 4,3 bi, mas ao fim do exercício chegaram R$ 795 milhões a mais.

São dois exemplos de gestão pública, lado a lado, na Praça Pedro II.

E os dois estarão em avaliação nesta campanha eleitoral…

Maranhão já deve R$ 3,3 bilhões, que Brandão pode elevar para R$ 5,5 bi…

Com passivos absorvidos da Caema, débitos atrasados com a União e com os municípios maranhenses, Governo do Estado conseguiu nesta quarta-feira, 27, autorização da Assembleia Legislativa para contrair novo empréstimo, de cerca de R$ 2 bilhões com o Banco do Brasil, apenas um mês depois de aprovar um primeiro crédito, de R$ 350 milhões, a ser contraído no BNDES

 

Brandão busca dinheiro em ano eleitoral, mas pode entregar o estado ao sucessor com ais de R$ 5 bilhões em dívidas

O Governo do Estado tem uma divida ativa atual de cerca de R$ 3,3 bilhões de reais, segundo dados apresentados pelo deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB) à Assembleia Legislativa: .

  • São R$ 2,2 bilhões de um débito da Caema que o Executivo absorveu em 2023;
  • Outro R$ 1 bilhão o Maranhão deve para a União, que foi fiadora em empréstimos não pagos durante a pandemia;
  • além disso, deveria ter repassado R$ 133 milhões aos municípios desde novembro de 2023, mas reteve os recursos por falta de caixa.

Nesta lista não estão incluídos os juros pagos semestralmente – R$ 276 milhões – de um empréstimo de 2014, usados nos governos Roseana Sarney (MDB) e Flávio Dino (PCdoB), e a previsão de crédito aprovado em fevereiro pela Assembleia Legislativa, de R$ 350 milhões, a ser contraído no BNDES.

Mesmo assim, os deputados estaduais aprovaram nesta quarta-feira, 27, nova autorização para o governador Carlos Brandão (PSB) buscar dinheiro no mercado financeiro, este da ordem de R$ 1,9 bilhão, oferecido pelo Banco do Brasil. 

Isso significa que, caso viabilize todos as operações de créditos, Brandão entregará o Maranhão ao seu sucessor com dívidas da ordem de R$ 5,5 bilhões, sem incluir juros e correções monetárias ao longo dos anos que durarão os empréstimos.

  • São R$ 3,3 bi + R$ 1,9 bi + R$ 350 milhões = R$ 5,5 bilhões.

Um passivo e tanto para quem quiser ser o governador a partir de 2026…

Brandão perde no STF e precatório do Fundef será só de professores…

Governador tentava convencer os ministros da Suprema Corte a determinar o depósito de cerca de R$ 920 milhões dos R$ 1,7 bilhão já encaminhados ao Maranhão numa conta específica, ligada ao seu gabinete; os valores devem ser pagos na ordem de 40% para valorização do Ensino Fundamental e outros 60% para repor perdas salariais dos profissionais da Educação

 

Brandão qeuria se apossar da maior parte dos R$ 1,7 bilhão do dinheiro do Fundef, mas o STF mandou ele repassar tudo aos professores e escolas

O governador Carlos Brandão (PSB) saiu derrotado em mais uma querela jurídica no Supremo Tribunal Federal; desta vez, perdeu para o Sindicatos dos Professores da Rede Estadual  (Simproessema), o direito de controlar parte dos R$ 1,7 bilhão destinados ao estado para repor perdas salariais do antigo Fundef.

O governador queria se apoderar dos juros decorrentes destes recursos, algo em torno de R$ 920 bilhões, o que deixaria menos da metade para repor perdas salariais de professores.

A Ação no STF foi protocolada pelo próprio Simproessema, diante da resistência de Brandão em liberar aos profissionais a integralidade dos recursos; o Supremo decidiu que todo o valor de R$ 1,7 bilhão deve ser mantido em conta própria, para aplicação específica na Educação.

São 40% para valorização do ensino fundamental e os ouros 60% para pagar professores…

Tentativa de racha com Brandão acabou por rachar o grupo dinista

Enquanto os deputados Othelino Neto, Carlos Lula e Rodrigo Lago mantêm postura insurgente contra o governador, o vice-governador Felipe Camarão e o deputado federal Márcio Jerry tentam passar panos quentes na relação com o Palácio dos Leões e atuam para evitar  o crescimento de uma oposição na base

 

Felipe Camarão e o grupo de dinistas que querem manter a relação amistosa com o governo Brandão; pelo menos até quando for possível

A tentativa de racha na base do governador Carlos Brandão (PSB) na Assembleia Legislativa provocou uma divisão, mas entre os chamados ex-dinistas, grupo político mais próximo do agora ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.

Os deputados Othelino Neto (PCdoB), Carlos Lula (PSB) e Rodrigo Lago (PCdoB) têm hoje postura abertamente insurgente contra o governo, mas enfrentam resistências internas; o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) atuam como bombeiros, na tentativa de acalmar os ânimos e evitar um racha de proporções inimagináveis.

Camarão tem liderado um grupo bem íntimo de Dino, formado pelo deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT) e pelo ex-chefe da Casa Civil Diego Galdino, espécie de alter-ego do ministro nas reuniões políticas no Maranhão.

Na semana passada, em meio ao bombardeio de informações dos dois grupos dinistas, começaram a circular informações sobre demissão da mulher de Márcio Jerry da Secretaria de Cidades e até a entrega do cargo de secretário de Educação por Felipe Camarão, o que precisou ser repetidamente desmentido por eles.

No meio de tudo, outro apaziguador é o deputado federal Duarte (PSB), que ainda sonha ver a base toda junta no mesmo palanque nas eleições municipais.

Possibilidade já menos provável a estas alturas…