PDT deve perder famílias Macedo e Cutrim…

Apesar do discurso de que mantêm relação de aliança com o senador Weverton Rocha, saída do deputado estadual Fábio Macedo e perspectiva de saída do deputado federal Gil Cutrim devem afastar os dois clãs do projetos da legenda

 

Fábio Macedo segue com Weverton Rocha desde 2014, mas agora de e seguir para o partido de Carlos Brandão

O deputado estadual Fábio Macedo anunciou nesta segunda-feira, 2, sua saída do PDT, após sete anos de filiação ao partido.

O deputado federal Gil Cutrim também está de saída da legenda, aguardando apenas decisão judicial sobre os riscos de ele ter o mandato reivindicado.

Fábio é membro da família Macedo, um dos clãs mais ricos do Maranhão; Gil é da família Cutrim, uma das mais poderosas do estado.

As duas famílias deram sustentação política e estrutural ao senador Weverton Rocha nos últimos cinco anos, apoiando, inclusive, sua vitoriosa campanha de 2018.

Weverton Rocha Esteve com Gil Cutrim nas eleições de 2016 e 2018, mas os dois começaram a se afastar desde 2019

Tanto Fábio Macedo quanto Gil Cutrim garantem manter relação de amizade e aliança com Rocha, independentemente de estarem em outras legendas.

Mas especula-se que Macedo deve se filiar ao Republicanos, partido do vice-governador Carlos Brandão, o que leva ao entendimento de que as coisas poderão tomar outro rumo.

Mas esta é uma outra história…

Decisão eleitoral de Flávio Dino terá reação em cadeia…

A escolha do comunista maranhense entre a eleição presidencial e a senatória levará a uma rearrumação que pode gerar rachas em toda sua base política, criando situações desastrosas a aliados no governo, na Assembleia e na bancada federal

 

O destino eleitoral de Flávio Dino mexe diretamente com os projetos políticos de Othelino Neto e Carlos Brandão e podem comprometê-los em 2022

Ao mesmo tempo em que blogs maranhenses repercutiam na quinta-feira 16, a notícia de que o ex-presidente Lula admitia, pela primeira vez, um apoio ao governador Flávio Dino (PCdoB) em 2022, o blog do jornalista Jorge Aragão levantava a hipótese de recuo do comunista.

A inserção do governador maranhense no debate presidencial o levou a uma situação de quase não-retorno, pelas consequências de uma decisão em concorrer ao Senado, por exemplo, e não à presidência ou vice.

Desde que Dino decidiu imiscuir-se no debate presidencial, ainda em 2018, seus aliados começaram a construir – como era de se esperar – também as suas opções de poder no vácuo que surgirá em 2022.

O presidente da Assembleia Legislativa Othelino Neto (PCdoB), por exemplo, já anunciou mais de uma vez que disputará as eleições majoritárias. (Relembre aqui, aqui e aqui)

De olho no posto de Neto, seu vice, Glalbert Cutrim (PDT), articula desde então ocupar a cadeira presidencial na Assembleia.

Como ficam Othelino e Glalbert diante de um recuo nacional de Flávio Dino ?!?

Confiante no projeto presidencial de Flávio Dino, Weverton Rocha já acenou com articulações envolvendo todos estes personagens; recuar, comprometeria toda a base

E como ficariam o vice-governador Carlos Brandão (PRB) e o senador Weverton Rocha (PDT) se o comunista optasse por concorrer ao Senado em uma encabeçada por um ou por outro?

A exigência de ter que refazer seus planos traria a qualquer uma dessas peças políticas consequências desastrosas, uma vez que a reação em cadeia – entre deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores que também já fizeram planos com base no caminho presidencial de Dino – afetaria diretamente suas eleições.

Obviamente que a essas alturas – às vésperas das eleições municipais – tanto Weverton Rocha quanto Carlos Brandão, Othelino Neto e Glalbert Cutrim já firmaram compromissos com base no projeto presidencial de Flávio Dino.

E esses compromissos levaram a projetos de outros, que também terão que refazer seus planos.

Diante de toda essa questão, o recuo do comunista mostrará se ele tem um projeto de poder envolvendo o grupo ou apenas pessoal.

É aguardar e conferir…

2

Flávio Dino manda recado: “Brandão é candidato natural” em 2022…

Além de estabelecer clara preferência pelo seu atual vice, governador abre espaço para polêmica, em entrevista ao Jornal Pequeno, ao falar das outras opções com a expressão “infelizmente há outras alternativas”

 

Flávio Dino estabeleceu clara preferência pelo seu vice, Carlos Brandão, em 2022; “candidato natural” à sua sucessão

O governador Flávio Dino (PCdoB) iniciou 2020 marcando território e estabelecendo diretrizes para sua própria sucessão, em 2022.

Em entrevista ao Jornal Pequeno, publicada nesta terça-feira, 7, Dino exibiu sua preferência pela candidatura do seu atual vice, Carlos Brandão (PRB).

– Brandão é uma espécie de pré-candidato natural, até porque existe o cenário de eu sair e ele, naturalmente assumir o Governo. Então é óbvio que ele é um pré-candidato natural em 2022 – afirmou Dino, ao jornalista Manoel dos Santos Neto.

Em campanha desde o fim das eleições de 2018, o senador Weverton Rocha é uma das outras alternativas à sucessão; “infelizmente” para Flávio Dino

Além de estabelecer o nome de Brandão como seu sucessor natural, o comunista foi além, ao usar a expressão “infelizmente” para se referir aos demais postulantes do grupo.

– Agora há também, infelizmente, outras alternativas. A gente não pode fechar esse debate agora. Há outras pessoas em nosso grupo igualmente credenciadas, que tem uma trajetória igualmente exitosa – disse.

A entrevista repercutiu imediatamente após publicação, sobretudo pelo fato de o senador Weverton Rocha (PDT) ser o mais afoito dentre essas alternativas que Dino vê com infelicidade.

Sinal de que o caminho até 2022 será difícil e conturbado para o grupo do governador…

Brandão aumenta cacife à medida que 2022 se aproxima…

Vice-governador caminha para assumir o Governo do Estado e se tornar, automaticamente, candidato à reeleição; a menos que Flávio Dino contrarie as próprias articulações, permanecendo no governo até o final do mandato

 

Brandão tem mantido agenda própria no interior do estado; e se fortalece à medida que o ano de 2022 se aproxima no calendário

O vice-governador Carlos Brandão (PRB) é hoje o político com maior capital eleitoral dentre todas as lideranças políticas do estado.

E esse capital eleitoral só tende a aumentar ano após ano, em 2020, 2021 e 2022.

A menos que o governador Flávio Dino contrarie as próprias articulações – e decida ficar no mandato até o final – Brandão será governador em abril de 2022.

E essa perspectiva faz dele o nome com maior poder de agregação no Maranhão.

Governador e candidato à reeleição, o atual vice terá poder de fogo para sentar em qualquer mesa de negociações, construindo uma base própria da maneira como melhor entender.

E tem uma vantagem adicional: a capacidade de articulação com todos os grupos políticos.

É certo que o fato de estar sentado na cadeira de governador não torna Carlos Brandão automaticamente favorito na sucessão de Flávio Dino.

Mas a projeção de seu capital eleitoral faz dele o ativo com maior capacidade de retorno dentre os investimentos políticos no chamado mercado futuro.

E isso é um trunfo e tanto para qualquer um…

2

Flávio Dino já mira o Senado com Brandão no governo…

Incensado como candidato a presidente, governador maranhense já analisa como melhor opção disputar a vaga do senador Roberto Rocha, para manter o grupo mais orgânico da sua base no comando do estado por mais quatro anos

 

Flávio Dino entre seus aliados Rubens Júnior e Carlos Brandão: jogo de 2020 e de 2022 já na mesa de análises do governador

Os últimos movimentos políticos deste final de 2019 apontam para uma reanálise de estratégias do governador Flávio Dino (PCdoB).

O comunista não pretende antecipar o debate sobre sua sucessão, mas começou a entender que precisa demarcar território como liderança do seu grupo.

Em 2020 e também em 2022.

Em conversas com interlocutores privilegiados do Palácio dos Leões, o blog Marco Aurélio D’Eça apurou que o governador não pretende desestimular os que querem vê-lo candidato a presidente, mas já chegou à conclusão de que deve manter uma espécie de reserva de mercado para 2022.

Nas entrevistas pontuais da semana passada, Dino exaltou três lideranças mais leais do seu grupo político: o prefeito Edivaldo Júnior (PDT), o secretário de Cidades Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e o vice-governador Carlos Brandão (PRB). 

E os três surgiram logo depois, coincidentemente, em posts de blogs e comentários de programas de rádio como opções da preferência do Palácio dos Leões, tanto para 2020 quanto para 2022.

Roseana e José Reinaldo

Roseana e José Reinaldo em 2002; senadora eleita e vitória de virada do seu vice que estava atrás nas pesquisas

O Flávio Dino de 2022 pode repetir a ex-governadora Roseana Sarney de 2002.

Naquela época, Roseana era nome de peso na sucessão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tinha um vice – José Reinaldo Tavares – que iria assumir o mandato de governador e um adversário fortíssimo para o Governo do Estado, o então prefeito de São Luís, Jackson Lago (PDT).

Abatida por uma denúncia que visava tirá-la do páreo presidencial, Roseana voltou-se para a eleição estadual, candidatou-se ao Senado, elegeu-se com votação expressiva e conseguiu vitória surpreendente de José Reinaldo sobre Jackson Lago, em primeiro turno, após o então governador superar uma diferença de nada menos que 45 pontos percentuais em favor do pedetista.

Em 2022, Dino estará na mesma situação: terá uma vaga de senador teoricamente disponível, um vice que pode assumir e se viabilizar governador – tendo, por exemplo, Edivaldo ou Rubens como vice – e um pedetista, senador Weverton Rocha, jogando todas as fichas pelo Governo do Estado.

Após eleger José Reinaldo  – e mesmo rompendo com este – Roseana voltou e se elegeu mais duas vezes governadora do Maranhão; senador, Dino pode fazer o mesmo caminho já a partir de 2026, quando Brandão, caso se reeleja, não poderá mais concorrer ao governo.

Os últimos dias de 2019 têm sido pródigos em evidenciar movimentos demarcando estrategicamente o terreno de 2020.

E todos esses movimentos terão forte influência no cenário de 2022.

E até no de 2026…

4

Weverton Rocha parece querer antecipar sucessão de Flávio Dino…

Ataques ao vice-governador Carlos Brandão traz o debate da eleição estadual para antes da sucessão municipal; e revela estranha ansiedade do senador pedetista na base do governador Flávio Dino

 

Weverton Rocha tenta forçar uma situação que não depende apenas dele, mas de Flávio Dino e do próprio Carlos Brandão, este em condição altamente privilegiada

O senador Weverton Rocha (PDT) passou a semana passada inteira tentando marcar posição político-eleitoral, não apenas para 2020,  mas já antecipando o debate pela sucessão do próprio governador Flávio Dino (PCdoB).

Controlador de uma base política que reúne os presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB); da Câmara Municipal, vereador Osmar Filho (PDT); e da Federação dos Municípios, prefeito Erlânio Xavier (PDT), o pedetista parece ter pressa em demarcar territórios no estado.

As reuniões natalinas em que demonstrou o tamanho de sua base serviram também para que o senador exibisse o tamanho de sua ansiedade pela disputa – não a de 2020, mas a de 2022, que ele tenta incluir na agenda municipal.

E o ataque direto ao vice-governador Carlos Brandão (PRB), na sexta-feira, 20 – com quem, até então, convivia harmonicamente (Releia aqui) – exibiu o tamanho desta ansiedade.

– Se o Brandão amanhã utilizar esse argumento de que eu sou novo e eu tenho que esperar, porque ele está há mais tempo, então ele mesmo vai estar dizendo que não foi correto com o grupo dele, de origem. O José Reinaldo também tinha mais tempo do que a gente, do que eu e a [senadora] Eliziane Gama, e eu não vi, em momento algum na mesa ele pelo Zé Reinaldo. Então vamos com calma, porque não é questão de idade. A população não esta discutindo idade, a população está discutindo é resultado. Nós temos hoje um processo de transição no Maranhão. Não é critério idade quem está mais tempo ou não, o critério é quem é que vai ajudar a continuar o legado que está sendo construído – afirmou Weverton, em entrevista ao programa Ponto e Vírgula, da rádio Difusora AM.

O estranho recado a Brandão mostrou que o senador é, de fato, candidato à sucessão do governador Flávio Dino em qualquer circunstância. E seus movimentos pelo estado – formando grupos e aliciando lideranças na base – tentam consolidá-lo a qualquer custo, como fez na disputa pelo Senado, quando, praticamente, obrigou Dino a assumi-lo em sua chapa.

Mas Weverton deve saber que, diferentemente da corrida pelo Senado, que dependia diretamente de Dino, a disputa pelo governo tem um ingrediente a mais: o fato de que Brandão – e não Dino, muito menos o próprio senador – estará no comando do estado; e na condição de candidato.

Em junho de 2018, em conversa pessoal com o titular do blog Marco Aurélio D’Eça, em sua casa, o então deputado Weverton Rocha mostrou sobriedade quanto ao futuro político a partir de sua eventual eleição ao Senado.

Ressaltou que não cometeria o mesmo erro de Roberto Rocha (PSDB) – que forçou uma candidatura a governador logo após eleger-se com Flávio Dino – e saberia esperar; se não em 2022, pelo menos até 2030, caso Dino tivesse outros projetos para sua sucessão.

O tempo passou, o deputado elegeu-se senador com a maior votação da história do Maranhão, engrossou o bigode – montou base política consistente – e sua visão sobre o futuro parece ter mudado, aumentando também a sua própria ansiedade.

E ansiedade nunca é boa companheira na política…

Rafael Leitoa e Carlos Brandão entregam obras no interior

Líder do governo Flávio Dino acompanhou o vice -governador na inauguração de poço artesiano em Coroatá e de um restaurante Popular em São Francisco do Maranhão

 

O líder do governo Flávio Dino na Assembleia Legislativa, Rafael Leitoa (PDT), esteve com o vice-governador Carlos Brandão (PRB) em viagem pelo interior.

Em Coroatá, eles entregaram um poço artesiano.

Em São Francisco do Maranhão, o líder do governo Flávio Dino, compôs a comitiva de Brandão na inauguração de mais um Restaurante Popular.