Ao cobrar de jogadores, Sérgio Frota expõe a própria má-gestão no Sampaio Corrêa…

Presidente revolta-se com a equipe que está na iminência de descer para a Série C do Campeonato Brasileiro, insinua falta de vergonha na cara por parte dos jogadores – pondo em risco o brio da equipe justamente no momento decisivo contra a queda – mas não faz a mea culpa necessária pelos erros do time no ano do centenário

 

Sérgio Frota viveu dias de glória com o Sampaio Corrêa; agora vive a ameaçada da queda e tenta eximir-se das responsabilidades

Análise da Notícia

Espécie de Eurico Miranda do Sampaio Corrêa, o presidente Sérgio Frota confunde a própria vida – para o bem e para o mel – com a do clube que dirige há mais de uma década; agora parece sentir o golpe do rebaixamento para a Série C e tenta responsabilizar os seus jogadores.

– Faz-se necessário que alguns criem vergonha na cara, valorizem o respeito com que o Sampaio os trata, se comprometam com sua profissão e tenham atitude – disse Frota.

Mas a culpa é sua, Sérgio Frota; sua máxima culpa!

Os sinais claros de que o ano do centenário do Sampaio Corrêa seria horrível já apareciam desde o início de 2023; contratações equivocadas de times inteiros de uma só vez por indicação de empresários e uma benevolência com alguns jogadores que beirava a irresponsabilidade.

Sérgio Frota diz em seu desabafo que mantém um coach específico para o mental dos jogadores; por que, então, não curou o craque Pimentinha do medo de avião, que desfalcava a equipe nos jogos fora de casa com a complacência omissa da direção?

O canal Globoplay começou a exibir esta semana um documentário sobre a vida de Eurico Miranda, o capo do Vasco, que levou o clube às glórias nos anos 80 e 90 e o destruiu a partir dos anos 200o.

Assim como Eurico Miranda, Sérgio Frota se confunde com o Sampaio Corrêa; e tem absoluta responsabilidade nos resultados do time dentro e fora de campo.

De pavio curto, o presidente do Sampaio sempre rebateu acusações com ameaças, no melhor estilo Eurico Miranda; mas parece ter jogado a toalha diante da iminente queda do seu clube.

O risco do fracasso de uma queda no ano do centenário pode estar mexendo com o seu emocional; faltam duas partidas para o clube maranhense na Série B, e a pressão do presidente não resolve, só atrapalha.

Bom buscar o “experiente coach” que contratou para os jogadores e ouvir algo sobre autoresponsabilidade.

É assim que se faz para parar de culpar terceiros pelos próprios erros…

Veja abaixo a íntegra do desabafo de Sérgio Frota:

Em outra partida em que tivemos a chance de pontuar e melhorar nossa situação na tabela, no momento decisivo da competição, confronto direto com o Ituano-SP na casa deles, resultado adverso por 2×1 ontem à tarde. Depois de um 1º tempo horroroso, onde evamos 2 gols por displicência total, melhoramos no 2º, fizemos um gol e tivemos chance de empatar.

Tudo o que está ao nosso alcance, está sendo feito : salários em dia, a folha de outubro de jogadores e comissão técnica foi pago dia 10 (6ª feira), os funcionários e demais departamentos já haviam sido pagos, todas as condições com refeições diárias, auxílio moradia pagos, contratação de um experiente Coach esportivo para fortalecer o mental do grupo, buscando foco e disciplina, reuniões diárias com o Depto de Futebol, e por aí vai. E isso, com todas as dificuldades que cercam o futebol maranhense.

Restam-nos 2 partidas para sair dessa situação, agora bem mais difícil, e permanecermos na série B, a competição ainda não acabou. Mas, para isso, faz-se necessário que alguns criem vergonha na cara, valorizem o respeito que com que o Sampaio os trata, se comprometam com sua profissão e tenham atitude.

Nós que estamos no comando acreditamos, trabalharemos e lutaremos até o final. Que Deus nos abençoe.

A Yglésio o que é de Yglésio…

Muitos o consideram polêmico, irascível, grosseiro, intransigente e beligerante, mas ninguém pode negar que o deputado estadual Dr. Yglésio Moyses é um dos mais atuantes representantes da Assembleia Legislativa, com ações de respostas efetivas em todos os setores sociais, o que o torna imprescindível no debate político

 

Dr. Yglésio em várias versões: do médico ao deputado, dirigente de futebol, pai e filho; nas secretárias e pronto para briga: resultados efetivos em tudo

Análise da Notícia

A recente operação da Polícia Civil contra influenciadores digitais que vendiam seus seguidores para plataformas de joguinhos com ganhos fake – como o Fortune Tiger ou Joguinho do Tigre – é mérito pessoal e intransferível do deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (PSB).

Mas este é apenas um dos aspectos da atuação parlamentar do médico que virou deputado em 2018 e atua em diversas frentes, sempre com metas e resultados definidos e alcançados como nenhum outro membro da Assembleia.

Dr. Yglésio apontou o dedo para o Joguinho do Tigre, enfrentou os influenciadores pagos para defender a plataforma – uma espécie de pirâmide financeira – e bancou investigação que mostrou a formação de quadrilha e organização criminosa que está por trás de gente que se declara influenciadora de setores da sociedade.

Para muita gente, Dr Yglésio é irascível, beligerante, intransigente, personalista, polêmico.

Mas ninguém pode negar – inclusive este blog Marco Aurélio d’Eça – que as ações do deputado agora sem partido são efetivas, com resultados práticos e impactos sociais a olhos vistos.

Assim como o joguinho do Tigre, foi dele a ação prática que resultou na aposentadoria do juiz Gautama, considerado um dos maiores agiotas do Maranhão escondido atrás da toga para financiar todo tipo de crime – entre eles a venda de vagas no curso de Medicina da Ufma. (Entenda o caso aqui)

Em outra ação, o parlamentar partiu pra cima do promotor José Cláudio Guimarães, que se acha dono da Lei do Silêncio e se põe a coagir empresários e cidadãos que querem realizar festas e eventos na capital maranhense.

Em meio a tudo isso, o deputado-médico acha tempo para presidir o Moto Club, tocar guitarra em banda de rock e estudar Direito, enquanto comanda todo tipo de cirurgias em hospitais públicos de São Luís e do interior maranhense.

E ainda disputou a prefeitura de São Luís em 2020 e deve disputar novamente em 2024, como já registrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Livre do PSB, Dr. Yglésio garante condições de disputar a prefeitura em 2024…”.

O concurso da Assembleia Legislativa em 2022 apresentou suspeitas de fraude? Lá estava Dr. Yglésio a protestar na tribuna, denunciar suspeitos e cobrar a anulação do certame, o que, de fato ocorreu.

Mais um golaço do deputado, que garantiu a esperança a centenas de interessados em ingressar em uma carreira no serviço público.

Há quem deteste o deputado Yglésio Moyses, que não é lá mesmo de muito trato com quem não tem intimidade; mas o que ninguém pode desmerecer é a sua capacidade de trabalho e de resolutividade.

É preciso dar a Yglésio o que é de Yglésio…

“Vem pro Centro”; Qual Centro?!?

O Governo para agradar alguns proprietários de imóveis transferiu órgãos. Por não oferecer um modal de transporte e trânsito que atendesse os novos tempos, responde pelo esvaziamento. Por adotar uma política burra, que impediu pequenas transformações, construção de garagens, por exemplo, incentivou a mudança de tantos

 

Por Renato Dionísio*

Se detivermos um caprichoso olhar no seu Aurélio, ou em outro pai-dos-burros, qualquer que seja o autor, verificaremos que o léxico centro se refere ao miolo, núcleo, alma, coração de algo ou de alguma questão. Ao ver nesta semana que o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em parceria com a Prefeitura de São Luís, com o apoio da Associação Comercial do Maranhão e do Sebrae, estão rediscutindo o despovoamento de nosso centro, suas causas e consequências. Corri para opinar, tentando claro, por ser parte, esta é a minha cidade, dar a minha contribuição.

Para início de conversa, precisamos saber que esta porção de nossa cidade, considerada pela Unesco Patrimônio da Humanidade, não sendo geograficamente o centro da ilha de Upaon- Açu, representa que centralidade? Nos acostumamos a chamar de centro esta parte da cidade, e de fato, era o local onde tudo, ou quase, acontecia.

Ali estavam as grandes escolas, públicas e privadas. Área de cuja alma nascia todas as decisões políticas, jurídicas e administrativas. Local onde se concentrava a grande maioria das transações bancárias e comerciais, gerando renda e empregos. Ainda é isto? Não sendo isto, qual a sua importância e por que preservá-la?

Penso que esta porção da ilha que convencionamos chamar de centro da capital, em muitos aspectos, a muito perdeu esta condição.

Os tribunais, quase em sua totalidade, foram deslocados para áreas onde se pode obter estacionamento veicular. Os bancos ou criaram pontos de atendimento, ou se deslocaram para outros locais da cidade. As escolas foram gradativamente se deslocando, acompanhando a mudança do local de residência de seus clientes. O comércio com sua característica fome por mercados acompanhou o crescente e acelerado crescimento da cidade.

Salta aos olhos este crescente esvaziamento, e a consequência mais visível é o afastamento de compradores, visitantes locais, turistas de outras cidades ou países, que até desejam passear, ou mesmo veranear, pelas ruas, ladeiras e praças de nosso mágico e encantado Centro Histórico.

Não o fazem pela insegurança que se agiganta. Pelo consumo desenfreado de drogas. Pela sujeira. Pela inexistência de banheiros públicos de qualidade, pela falta de conservação dos imóveis, culpa em grande monta do poder público e de proprietários e até, de informações de natureza turística.

Claro que somos a favor deste chamamento ao repovoamento do centro, cristalina está que essa tarefa somente terá êxito se o governo, nas três áreas – Federal, Estadual e Municipal-, deste esforço participarem. A iniciativa privada, aí incluso comercio e serviços, estão preocupados em ganhar dinheiro, se isto produzir um bem-estar social, se não for assim, o lucro se justifica, esta é, queiramos ou não, a cristalina verdade.

Claro que conhecemos a importância do título recebido da Unesco, obvio que sabemos que a preservação dele, inclui, entre outras, a ocupação racional, a utilização e fluidez das artérias.

Confessamos, nosso recém terminado São João provou que neste momento o que menos interessa, diante do acelerado crescimento do turismo cultural e de eventos em nossa cidade, é sofrermos qualquer abalo nesta denominação de Patrimônio do Mundo que ajuda a vender este Maranhão de encantos.

A sociedade tem que chamar a ordem o Governo, somente dele depende a solução, foi dele em grande monta a responsabilidade pelo fato.

O Governo para agradar alguns proprietários de imóveis transferiu órgãos. Por não oferecer um modal de transporte e trânsito que atendesse os novos tempos, responde pelo esvaziamento. Por adotar uma política burra, que impediu pequenas transformações, construção de garagens, por exemplo, incentivou a mudança de tantos.

Neste sentido, se o leitor quiser se assustar, basta que façamos um criterioso levantamento dos proprietários de grande parte dos imóveis, tombados ou não, do Centro de São Luís, verificaremos que uma enormidade deles são públicos, seja por força da construção em tempos idos, pela aquisição, ou ainda, por estarem penhorados pelos entes fazendários da república.

Agora mesmo sou informado, que a Prefeitura da capital é condenada pela justiça estadual, após resistir, a reformar em nossa Rua Grande, o prédio de propriedade da municipalidade, onde funcionou por bastante tempo, o Orfanato Santa Luzia. Vejo também o Governo Estadual, por meio da Secid, em parceria com a Semispe Municipal, mostrarem para um grupo de representantes da Prefeitura de Recife o programa Nosso Centro, desenvolvido pelo Estado.

Diante dos fatos, sou obrigado a arrematar dizendo: se a Prefeitura recifense quer aprender a partir do que fizemos, tem ela péssimos professores.

Definitivamente não somos exemplo!

Pelo menos neste particular…

*Historiador, Poeta, Compositor e Produtor Cultural

Com queda na audiência, Rede Globo e afiliadas iniciam campanha em busca de espectadores…

Em guerra com os serviços de streaming e com as redes sociais de internet – que vêm tomando o grosso do seu público sucessivamente há anos – emissora carioca iniciou esta semana a campanha “É de Graça” para ampliar o número de assinantes do seu serviço Globoplay e fomentar o acesso às suas filiais nos estados nas várias plataformas disponíveis

 

Campanha da TV Mirante com a bela Heloisa Batalha segue orientação da Rede Globo pelo resgate da audiência perdida para a internet

Análise da Notícia

A Rede Globo e suas afiliadas nos estados – incluindo a TV Mirante no Maranhão – iniciaram neste domingo, 13, a campanha “É de Graça”, que tem o objetivo de mostrar que a população não precisa pagar pelo aplicativo GloboPlay para ter acesso à programação das suas emissoras regionais.

A campanha institucional da Globo explica didaticamente o que o espectador precisa fazer para ter acesso – via SmarTV, computador, Notebook, tablet ou smartfone – à programação de suas afiliadas nos estados; a Mirante também uma peça publicitária igual em divulgação no Maranhão.

Desde 2010, a Globo vem perdendo audiência ano após ano, sucessivamente; primeiro para as redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube, Twitter, TicTok…), depois para os serviços de streaming, como a Netflix, Prime Vídeo, StarPlay, DisneyPlus e até para o Youtube, que passou a abrigar canais de transmissões esportivas. (Saiba mais aqui)

Essa guerra da Globo contra o digital foi exposta em maio no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Pauta das fake news é guerra da Globo contra plataformas digitais…”; a tática não intimidou os concorrentes, razão pela qual a Vênus Platinada decidiu guerrear no mesmo campo de batalha; o próprio Globoplay é uma arma neste segmento.

Embora ainda mantenha o grosso da audiência em relação às concorrentes da TV aberta – Record, Band, SBT, RedeTV! – a Globo já perde para serviços de streaming quando a análise apura não apenas números de aparelhos ligados, mas o que a audiência está assistindo. (Entenda aqui e aqui)

No Maranhão, quem enfrentou recentemente os efeitos desta situação foi o governo Carlos Brandão (PSB).

Com o grosso de seu investimento publicitário focado exatamente na TV aberta, sobretudo na afiliada Globo – Brandão viu a aprovação de sua gestão beirar os 50%, o mais baixo de um governador em anos.

Na pesquisa Veritá mostrou que, embora os aparelhos fiquem ainda ligados na TV o dia todo – por força do hábito – a repercussão não é a mesma de uma propaganda nas redes sociais, blogs e portais de notícia na internet.

Na comparação com o prefeito Eduardo Braide (PSD), que investe pesado nas redes socais, por exemplo – a derrota do governador foi de lavada.

A Rede Globo e suas afiliadas ainda têm lenha para queimar, sobretudo pelos resultados de seus investimentos lucrativos em outros setores de mídia e entretenimento.

Mas a movimentação que se iniciou esta semana reforça a ideia de que sua fórmula tradicional de comunicação já esgotou e não oferece mais os resultados prometidos aos clientes.

E quem não vê isso – a exemplo do governo Brandão – tende a fracassar na publicidade…

Baixa aprovação acende luz amarela na gestão de Brandão…

Palácio dos Leões considerou ruim o índice positivo de apenas 55,9% registrado na pesquisa Veritá, mas erra ao insistir numa política antiquada de publicização das ações do governo, com foco unicamente na mídia tradicional e investimento de milhões em jornais ainda impressos e TV aberta

 

Os canais tradicionais e a TV aberta ainda ficam ligados, mas a audiência já não percebe o conteúdo passado 24 horas

Análise da notícia

Um assunto com pouca divulgação na mídia política, mas com forte repercussão interna no Palácio dos Leões foi a baixa aprovação do governo Carlos Brandão (PSB), registrado na pesquisa Veritá divulgada esta semana.

Brandão apareceu com apenas 55,9% de aprovação, bem abaixo do prefeito Eduardo Braide (PSD), que superou os 70%; significa dizer que metade da população maranhense não se agrada do governo do sucessor de Flávio Dino (PSB).

O blog do jornalista Isaias Rocha abordou o assunto ressaltando que o próprio governo aponta culpados por esta baixa aprovação. (Leia aqui)

Este blog Marco Aurélio d’Eça também ouviu aliados, membros do governo, políticos e jornalistas sobre o tema. E a opinião é unanime: Brandão erra ao apostar suas fichas em um único modal de comunicação para publicizar as ações de sua gestão.

Com investimentos de milhões na chamada mídia tradicional – TV, rádio e até jornais – o governador está quase 24 horas por dia em evidência nesses canais; o problema é que o grosso da audiência já não está 24 horas nesses canais.

– A audiência migrou há tempos para o digital; a internet é hoje o principal meio de busca à informação. Em um estado como o Maranhão, a TV ainda registra audiência de quase 90%, é verdade, mas isso ocorre mais por hábito. Significa que a TV pode até estar ligada na sala, mas sem a atenção devida do telespectador – analisou um dos publicitários ouvidos pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

A TV divulga, é fato, mas não forma opinião, não cria imagem de governo, que só é feita por formadores de opinião, analistas que expõem feitos e efeitos, causas e consequências das políticas públicas. 

A mídia migrou para os canais digitais; os profissionais precisam acompanhar esta evolução na formulação de políticas de mídia

Na avaliação dos profissionais de mídia – inclusive os que atuam diretamente no governo –  o grosso da audiência hoje se forma em torno de canais digitais, como as redes sociais, blogs, portais de notícia, canais de youtube e nos serviços de streamings.

– Mesmo os que estão à frente da TV, estão nos serviços de streamimg; a publicidade pode até ser maciça em canais como jornais, por exemplo, mas ninguém vê. É como colocar um outdoor gigante numa avenida por onde ninguém passa – comparou um jornalista que já atuou na comunicação de governos anteriores.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, a política de Comunicação do governo Brandão é balizada por pesquisas que analisam a audiência de todos os canais disponíveis; mas há também uma forte influência política na destinação dos recursos, que favorecem grupos de mídia tradicionais.

Essa ideia confusa de fazer mídia – calçada em conceitos tradicionais e antiquados, focada em veículos já superados – foi tema do blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Fim de escolas cívico-militares gera desinformação generalizada no MA…”.

Brandão tem um governo baseado no diálogo, uma imagem limpa para ser trabalhada; mas erra ao priorizar conceitos de quem não evoluiu na formação de políticas de comunicação.

– Sem os blogs, não existe. Pode passar na TV, entupir ouvinte e sair em capa de impresso todo dia. Não adianta – opinou um dos jornalistas no debate sobre o tema. 

Simples assim…

Roberto Costa acerta ao tratar Barbie de forma correta; outros, nem tanto…

Políticos brasileiros de todos os níveis aproveitaram a onda da live action da boneca mais famosa do mundo para tentar alcançar acessos nas redes sociais, mas muitos pesaram a mão; no Maranhão, o deputado emedebista foi exemplo de acerto ao usar na medida certa a popularidade do filme – sem afetação – para mostrar seu trabalho pelas mulheres

 

O post de Roberto Costa foi simples, porém contundente, sem a afetação de gente que tentou ganhar cliques com a onda Barbie

Ensaio

O deputado estadual Roberto Costa (MDB) foi o exemplo mais contundente de como se deve usar a popularidade de um ícone da cultura pop para mostrar ações sérias, sem afetação e sem entrar no ridículo da autopromoção.

Enquanto gente como o ex-presidente Michel Temer passou ridículo em ações afetadas, posando em caixas, tentando aparecer com um boneco – em equívocos de marketing dignos de crítica – Costa acertou a mão e fez, na medida certa, a promoção de um de seus projetos na Assembleia Legislativa, aproveitando de forma certeira a onda do lançamento do filme Barbie, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling.

De forma simples, mas contundente, o deputado emedebista aproveitou o dia do lançamento do filme – ainda na quinta-feira, 20 – para falar de um projeto de sua autoria, que virou a Lei 11.067/2019.

– Com a nossa lei da equidade salarial no Maranhão, a Barbie ganha o mesmo salário que o Ken – destacou o parlamentar, em um post em tons de rosa e azul, com a foto da boneca.

Simples, direto, sem necessidade de excessos como o de Temer, que acabou sendo apagado pelo ex-presidente. (Entenda aqui)

Muitos outros políticos, personalidades, celebridades e subcelebridades também entraram na brincadeira, fisicamente ou nas redes sociais, desde o dia 20, quando o filme foi lançado no Brasil. 

Mas nenhum deles – que navegaram entre o ridículo e o lugar comum – acertou a mão como Roberto Costa…

Fim de escolas cívico-militares gera desinformação generalizada no Maranhão…

Dados desencontrados da própria secretaria de Comunicação nas páginas oficiais do Governo do Estado, interpretadas também equivocadamente por setores da imprensa, confundem o programa criado pelo governo Jair Bolsonaro – e encerrado pelo governo Lula – com os colégios militares da Polícia e dos Bombeiros, que são anteriores ao ex-presidente

 

Os colégios Militares do Corpo de Bombeiros e da PMMA nada têm a ver com as escolas cívico-militares criadas por Bolsonaro

Análise da Notícia

O anúncio do fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares criado no governo Jair Bolsonaro (PL) – e encerrado nesta quinta-feira, 13, pelo presidente Lula (PT) – tem gerado uma intensa onda de desinformação generalizada no Maranhão.

A Secretaria de Comunicação do próprio Governo do Estado não consegue diferenciar Escolas Cívico-Militares dos Colégios Militares – que nada têm a ver com o programa de Bolsonaro – e passa informações desencontradas à imprensa, que acaba espalhando equívocos à população.

Para começo de conversa, não existe na rede estadual de ensino nenhuma Escola Cívico-Militares.

Todas as escolas deste tipo, embora conveniadas com o Corpo de Bombeiros, são gerenciadas pelas prefeituras municipais; o que existe em âmbito estadual é uma proposta do Plano de Governo do então candidato Carlos Brandão (PSB) de implantar este tipo de escola na agenda da Secretaria de Educação, o que ainda não foi efetivado.

O site Educação Integral explica, em linhas gerais, as diferenças entre escolas públicas, militares e cívico-militares.

Dito isso, é preciso esclarecer, também, que o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar mantém oito Colégios Militares espalhados pelo Maranhão; estes colégios seguem a doutrina definida pelo CBMMA e PMMA, com apoio da Seduc, e nada têm a ver com o programa de Escolas Cívico-Militares do governo Bolsonaro.

Mas o erro começa pela Secom do próprio governo.

São as páginas oficiais do governo maranhense que trazem a informação equivocada de 72 escolas cívico-militares no Maranhão, fruto de reportagens mal apuradas e que só agora são percebidas, diante da polêmica pelo fim do programa bolsonarista.

A determinação do presidente Lula não obriga que estados e municípios encerrem suas escolas cívico-militares; o que vai acontecer é que o Governo Federal não dará mais subsídios para este tipo de educação, por que vai priorizar os incentivos às Escolas de  Tempo Integral.

Mas as prefeituras, se quiserem, podem manter os convênios com os bombeiros para manter suas escolas nos moldes “bolsonaristas”; e o governador Carlos Brandão, também se quiser, pode cumprir sua promessa de campanha e implantar as Escolas Cívico-Militares previstas em seu plano de governo.

Mas tanto prefeituras quanto Governo do Estado arcarão com os seus próprios custos.

É simples assim…

Desembargadores resistem à presença de Flávio Costa em lista da OAB-MA para o TJ-MA

Processo de escolha do novo desembargador pelo Quinto Constitucional está atrasado – como previu o blog Marco Aurélio d’Eça ainda em abril – por que os membros do tribunal ainda tentam convencer o Palácio dos Leões a abrir mão do apoio ao advogado, que não atende aos pré-requisitos exigidos para o cargo

 

Presidente do TJ-MA Paulo Velten ainda tenta convencer o governador Carlos Brandão do desgaste que transformar seu advogado Flávio Costa em desembargador

Análise da Notícia

Em 27 de abril, este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou que a escolha do novo desembargador do Tribunal de Justiça pelo Quinto Constitucional – a ser indicado pela OAB-MA – seria transferida para o segundo semestre por problemas com a lista sêxtupla encaminhada pela Ordem.

Esta previsão foi contada no post “Escolha de desembargador pela OAB-MA deve ficar para o segundo semestre…”.

O segundo semestre chegou sem que o Tribunal de Justiça tenha se reunido para escolher os três advogados que serão encaminhados para o governador Carlos Brandão decidir qual será feito desembargador.

E o atraso se dá pela presença do advogado Flávio Costa na lista sêxtupla, mesmo sem atender aos pré-requisitos exigidos pelo tribunal.

Há uma guerra de bastidores entre os membros do TJ-MA e o Palácio dos Leões, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Sabatina com candidatos a desembargador abre primeira crise entre Brandão e o TJ-MA…”.

– Convencido pelos aliados que querem a vaga no TJ-MA para o advogado Flávio Costa, Carlos Brandão vinha negociando diretamente com Paulo Velten para evitar a discussão de uma sabatina, o que exporia a fragilidade intelectual do seu candidato – 0 revelou o post.

Brandão conseguiu que o tribunal cancelasse a sabatina, que foi substituída por uma entrevista com os candidatos; e a pressão do governador abriu frestas maiores ainda com os desembargadores.

Mas a presença de Flávio Costa na lista da OAB-MA foi envolta em polêmica desde o início do processo.

Apoiado pelo próprio Carlos Brandão – de quem foi advogado na campanha eleitoral – Costa sequer foi escolhido na primeira votação dos advogados, que escolheram 12 nomes.

Para resolver o problema, surgiu um processo pela anulação da votação, oportunidade para a direção da Ordem decidir fazer outra eleição, como foi mostrado no post “OAB-MA tenta refazer fracassada escolha de desembargador…”.

Na nova eleição, Costa ficou em segundo lugar geral; mesmo alertado sobre a falta de pré-requisitos do candidato do Palácio – que enfrenta ação no próprio TJ-MA sobre o assunto – o Conselho de Ordem decidiu inclui-lo entre os seis encaminhados ao tribunal.

Desde então, os desembargadores e o Palácio dos Leões vivem uma espécie de queda-de-braço que já influencia, inclusive, o processo sucessório no Poder Judiciário, como também mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Vaga da OAB-MA pode antecipar disputa pela presidência do TJ-MA…”.

Mas o fato é que o Palácio dos Leões não aceita abrir mão da indicação de Flávio Costa.

Cuja indicação o Judiciário vê como um estupro institucional…

Flávio Dino agora briga até com a Inteligência Artificial…

Como uma espécie de Don Quixote da modernidade, ministro da Justiça botou na cabeça que os sistemas de algoritmos usados pelas redes sociais e serviços de internet podem tornar toda a humanidade “escrava da imposição de gostos, da formação de pensamento, do consumismo exacerbado e do controle de ideias”; e desenvolve uma guerra pelo controle da atividade digital, que pode transformá-lo em mero caçador de Pokémons

 

FLÁVIO DINO NO FÓRUM DE LISBOA. Poder do governo Lula para controlar a internet: “não podemos abrir mão da Regulação”, diz o ministro

Análise da Notícia

Ensaio

Depois de perseguir locutores de rádio que ironizaram seu excesso de peso, de bater boca com oposicionistas em tumultuadas sessões do Congresso Nacional e de quase sair no tapa com um transeunte que o chamou de ladrão em Brasília, o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) resolveu entrar em uma nova praça de guerra. 

Ele botou na cabeça que as redes sociais, os algoritmos que fazem funcionar as ferramentas digitais e, sobretudos, a Inteligência Artificial podem escravizar toda a humanidade.

Em palestras esta semana no Fórum Jurídico de Lisboa, o comunista maranhense desfiou sua verborragia intelectual erudita para defender abertamente o controle, pelo Estado, de tudo o que diz respeito à Internet, sob pena de se ter uma sociedade de escravos dos “seres digitais” que comandam as redes.

Fazendo uma comparação com as praças públicas da antiga Grécia, onde as elites iam para discutir os assuntos político-sociais – mas deixavam de fora escravos e os mais pobres – Dino vê nos olgaritmos e na IA um de risco de, ao contrário da antiga Ágora, tornar escrava toda a sociedade mundial.

– Será que as redes trazem emancipação, libertação, ou, em certa medida podem produzir uma praça tão defeituosa, em que o problema não se cuida da exclusão dos escravos, tal qual a ágora antiga, e sim a tentativa de transformar todos em larga medida em escravos? – perguntou Dino, em uma viagem conceitual pouco acessível aos não-iniciados.

Flávio Dino fez uma viagem retórica em Portugal para pregar o medo contra a Inteligência Artificial

A cultura e a erudição de Flávio Dino são inquestionáveis; mas o poder dado a ele pelo Ministério da Justiça pode estar exacerbando seu autoritarismo natural, fruto da juizite de seus anos como magistrado.

Esta postura foi revelada pela primeira vez no blog Marco Aurélio d’Eça, ainda durante as eleições de 2014, no post “Autoritário, Flávio Dinbo judicializa campanha eleitoral”.

– Na concepção de estado do chefão comunista, é proibido pensar diferente dele. Jornalistas, intelectuais e até políticos são obrigados a seguir sua cartilha, ordenada como numa mesa de júri; e até pesquisas eleitorais que não o agradam são proibidas por seus tentáculos judiciais. A imagem de ditador começa a ganhar corpo em sua personalidade – já dizia o blog, à época.

E essa sanha de censura e controle de tudo o que pode questioná-lo – tal qual um Don Quixote da modernidade – deixa sua erudição no nível, por exemplo, de personagens folclóricos de romances e tramas novelescas, que saem às praças para gritar profecias que tendem a nunca se cumprir.

O próprio Dino reconhece o viés de autoritarismo e censura de suas pregações; tanto que, em outro trecho de sua palestra em Lisboa, chegou a tentar justificar a ação do estado como necessária diante da velocidade do avanço tecnológico.

– Nós precisamos de processo decisório estatal – e  aqui me refiro aso três poderes do estado – que seja capaz de, mais ou menos, contrastar com esta velocidade alucinante desta fase da revolução científico-tecnológica – afirmou o ministro brasileiro, para deixar claro:

– Não podemos abrir mão da ideia de regulação.

Dino tenta parar a revolução tecnológica e o acesso cada vez mais democrático à informação por que está no topo da cadeia de poder no Brasil, ao lado das elites do Poder Judiciário, de megaempresários internacionais e barões da Comunicação, que veem o acesso cada vez maior das classes sociais mais baixas à informação de todos os níveis, um risco para manutenção do próprio status quo.

São estas elites que tentam manter o controle da mídia, do acesso à informação e a hegemonia social das castas.

Mas esta revolução é imparável; e é ela quem vai fazer estados miseráveis como Maranhão – que já teve o próprio Dino no poder – desenvolver-se na marra, como previu o ex-senador Roberto Rocha em post do blog Marco Aurélio d’Eça, intitulado “Tecnologia está mudando o Maranhão na marra…”.

Diante deste avanço, o comunista maranhense pode continuar lutando contra seus moinhos de vento, a La Don Quixote de La Mancha, clássico personagem literário.

Ou pode ir à praça, caçar Pokémons, para ficar num termo mais apropriado à revolução tecnológica…

Apenas mais um teatro de vampiros…

Cassação dos direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro é apenas mais uma farsa montada nos mesmos moldes das que tiraram o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e afastaram o atual presidente Lula das eleições de 2018; e reflete o modo  como o sistema de castas – que separa a elite econômica e política da burguesia e da plebe – ainda prevalece no Brasil

 

Com os direitos políticos arrancados nesta sexta-feira, 30, pelo STF, Bolsonaro é mais um que sucumbe ao jogo de interesses do “sistema” no Brasil

Editorial

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é, nunca foi e jamais será alguém plenamente confiável; é um arroto da história, como este blog Marco Aurélio d’Eça já mostrou inúmeras vezes desde antes mesmo de ele apresentar-se como candidato a presidente.

Mas sua declaração de inelegibilidade, dada na tarde desta sexta-feira, 30, é mais uma farsa deste momento histórico pelo qual o Brasil vem passando dede 2013.

O blog Marco Aurélio d’Eça registrou esta fase da história em 2020, no post “Os passos do golpe que resultaram em Jair Bolsonaro…”

A cassação dos direitos políticos do ex-presidente é mais uma tentativa das elites, do sistema, de se recolocar no eixo da história, perdido desde que decidiram atentar contra as ações que o PT vinha implementando ao longo dos mandatos de Lula e que eram odiadas por eles.

O sistema detesta Bolsonaro na mesma medida que odeia Lula.

E usa, ora um, ora outro para satisfazer os desejos de momento e impedir o avanço de quem não está inserido no establishment.

Tirar Bolsonaro do jogo político foi tão assustadoramente covarde, reacionário, vingativo e farsesco quanto punir Dilma por pedaladas fiscais e dizer que Lula tinha que ser preso por ter um triplex sem documentos em Atibaia (SP).

O blog Marco Aurélio d’Eça também registrou isso, ainda em 2019, no post “A mãe de todos os golpes…”

A elite monta suas farsas de acordo com as próprias conveniências; e se iludem aqueles que acham que podem se inserir em seu contexto teatral.

Ali só há espaços para os grupos econômicos, políticos e judiciais do eixo Rio-São Paulo, com variantes em Brasília, lugar que eles entendem pertencer-lhes.

Bolsonaro não deveria ter os direitos políticos cassados, mas estar na cadeia por outros crimes praticados antes, durante e até após o seu mandato presidencial.

Mas o sistema prefere fazer teatro a fazer Justiça.

Simples assim…