Eleição na Assembleia ofuscou fatos locais e nacionais…

Importância do assunto no contexto da sucessão estadual de 2026 transformou a disputa na Casa no principal tema das rodas de conversas e postagens de redes sociais, vencendo temas nacionais e locais, também de suam importância política

 

EFEITO BORBOLETA. Othelino e Iracema batalham em São Luís, homem-bomba explode em Brasília, TRE-MA tem chefe para 26, Braide brilha em Sampa

A histórica “batalha do 21X21 na  Assembleia Legislativa”, na última quarta-feira, 13, ofuscou – pelo menos no Maranhão – três fatos políticos da mais alta importância, ocorridos naquele dia, ou no período antes e depois da votação.

  • no mesmo dia, o bolsonarista-bomba explodiu-se em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília;
  • também no mesmo dia, o Tribunal de Justiça enfrentou forte crise no Pleno para escolha do membro do TRE-MA 
  • e apenas dois dias antes, o prefeito Eduardo Braide brilhava em São Paulo, como liderança nacional do PSD no MA.

Foram três fatos significativos que tiveram pouca divulgação na mídia local, diante da repercussão gigante do duplo empate entre os deputados Othelino Neto (Solidariedade) e Iracema Vale (PSB), que deve mudar os rumos do governo Carlos Brandão (PSB) e suas relações políticas.

O curioso é que, assim como a “batalha da Assembleia” todos os outros três fatos ofuscados têm a ver com o processo eleitoral de 2026.

  • a explosão do bolsonarista-bomba mostrou os riscos que o Brasil ainda corre com o radicalismo da extrema-direita, que pretende concorrer a qualquer custo à sucessão do presidente Lula (PT);
  • a disputa acirrada entre os desembargadores tinha o objetivo de indicar o membro da Corte que irá comandar as eleições de 2026; a desembargadora Francisca Galiza venceu Ronaldo Maciel por 16X14;
  • já a celebração do prefeito de São Luís em São Paulo mostra que Eduardo Braide se movimenta bem rumo à sucessão do governador Carlos Brandão, agora imerso em uma crise que pode expor fragilidades.

Para cada beijo e facada, há sempre uma coisa pesquisada; e o mais vagabundo ferro de passar tem a ver com uma pesquisa militar”, já dizia o poeta e dramaturgo carioca Fausto Fawcett, em Chinesa Videomaker. (Conheça aqui a letra completa)

São quatro fatos políticos correlacionados, que explicam empiricamente a Teoria do caos.

Ou, para quem preferir, o efeito borboleta…

De como Elon Musk chegou à fortuna de R$ 290 bilhões com a vitória de Trump…

Dono da rede social X e da empresa aeronáutica Tesla foi um dos 10 bilionários no mundo que lucraram com a reação positiva dos mercados à eleição do novo presidente americano, na última terça-feira, 5

 

CLUBE DOS BILIONÁRIOS. Elon Musk ficou ainda mais rico apenas com o anúncio da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos

Principal apoiador e financiador da campanha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o homem mais rico do mundo, Elon Musk, ficou ainda mais rico com a vitória do Republicano.

Seu patrimônio saltou para o equivalente a R$ 290 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da rede americana Bloomberg, especialista em economia e negócios.

  • Elon Musk foi um dos 10 maiores bilionários a lucrar com a vitória de Trump;
  •  No total, os 10 mais ricos lucraram juntos o equivalente a R$ 363,5 bilhões;
  • o próprio Trump viu as ações de sua empresa de mídia em pico de 35%.

O salto coletivo de US$ 64 bilhões [R$ 363,5 bi] na riqueza dos dez mais ricos do mundo foi ‘o maior aumento diário’ desde que o índice foi criado, em 2012. O mercado acordou otimista na quarta-feria, após uma apuração concluída mais rápido que o esperado e com expectativas de que Trump inaugurará uma nova era de desregulamentação, junto a outras leis e políticas pró-negócios que os investidores acreditam que podem beneficiar o mercado de ações”, explica reportagem da revista Veja, baseada no Índice Bloomberg. (Leia a íntegra aqui)

Segundo a Veja, investidores apostam em lucro alto em curto prazo, mas o horizonte não é  bom no longo prazo, sobretudo pelo impacto de gastos maiores e arrecadação menor, situação fiscal do país delicada, com déficit de 7% e dívida superior a 100% do PIB.

Donald Trump prometeu durante a campanha uma taxa universal de 10% às importações e taxação de 60% à China. Para o capital especulativo das bolsas de valores a notícia gerou cifrões e mais cifrões nos olhos.

Mas o sonho dos bilionários pode levar a uma recessão interna, com reação em cadeia no comércio global…

O início do fim do bolsonarismo…

Ex-presidente não conseguiu eleger seus favoritos e viu a direita conservadora – mais distante de seus postulados – crescer sistematicamente nestas eleições municipais, o que indica o surgimento de uma terceira via fazendo uma cunha na polarização entre a esquerda e a extrema direita

 

LULISMO X BOLSONARISMO. a esquerda ainda precisa de Lula como catalisador de votos, mas a direita já começa a ver a inutilidade de Bolsonaro

Análise de conjuntura

O primeiro balanço da mídia digital especializada em política em todo o país – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – apontou uma derrota acachapante da esquerda e do PT nestas eleições municipais.

Passadas as primeiras impressões, no entanto, é possível ver, também, uma espécie de fim do ciclo do chamado bolsonarismo-raiz, aquele mais identificado com os postulados do ex-presidente da República.

Os partidos que venceram as eleições são de centro-direita, mais moderados e menos radicais que os bolsonaristas.

  • a polarização entre lulistas e bolsonaristas, que existia no Brasil desde 2018, parece começar a arrefecer, com surgimento de novos atores;
  • embora o PT tenha sido derrotado, não é certo apontar que o presidente Lula também perdeu, uma vez que o lulismo se separa do petismo;
  • dois personagens podem ser destacados, ambos paulistas, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o governador Tarcísio de Freitas (PRB).

Tarcísio pode ser candidato presidencial já em 2026, com apoio provável do próprio Bolsonaro; Kassab deve permanecer com Lula e o PT, mas isso deve significar uma fatura cada vez maior ao PSD.

Entre os dois surge o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), embora tenha chances diminutas de se viabilizar nacionalmente. Pesa ainda o fato de Bolsonaro estar inelegível em 2026, um vácuo gigantesco no tempo e no espaço para quem precisa de disputas de poder.

Assim como o lulismo tornou-se ao longo do tempo maior que a esquerda, a direita mais autêntica, menos extremista vai tomando o lugar de Bolsonaro e sua postura odienta.

Mas há uma diferença entre os dois: o PT e a esquerda sabem que precisam de Lula para sobreviver nos próximos anos.

Já a direita começa a ver que não precisa mais de Bolsonaro…

Em confraternização com eleitos, Luiza Moura e Eri Castro avaliam cenários de 2026…

Ex-prefeita, que disputou as eleições de São José do Sóter pelo PSDB, e o coordenador do Cine Lula no Maranhão – pai da vereadora eleita de São Luís Clara Castro Gomes – ouviram deputados estaduais, prefeitos e lideranças sobre a conjuntura para a sucessão do governador Carlos Brandão

 

O casal Eri Castro e Luiza Moura receberam nesta quinta-feira, 17,  para almoço de avaliação eleitoral e análise de conjuntura política, prefeitos eleitos e reeleitos, deputados, vereadores e lideranças políticas de todo o Maranhão.

  • ex-prefeita de São João do Sóter, Luiza disputou as eleições no município pelo PSDB;
  • militante histórico do PT, Eri coordenou o Cine Lula em vários municípios maranhenses.

A gente só tem motivos para agradecer nesta tarde. Não logramos êxito em São João, mas a filha do Eri, a Clara, elegeu-se vereadora em São Luís. E aqui estamos entre amigos para celebrar e apontar caminhos”, destacou Luiza Moura.

CONJUNTURA. Ao lado de Eri Castro, Luiza Moura faz balanço das eleições e fala sobre rumos políticos do maranhão para 2026

Importantes lideranças políticas estaduais com caminhos abertos para 2026 participaram do almoço-encontro, entre eles o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Mobiliza) e o prefeito eleito de Araioses, Neto Carvalho (MDB).

  • Gonçalo lidera poderoso grupo político espalhado em todo o estado;
  • o grupo de Carvalho acabou de eleger cinco prefeitos no Baixo Parnaíba.

O Cine Lula teve importante participação na vitória de pelo menos 20 prefeitos no interior maranhense. São lideranças emergentes que terão influência direta nas eleições de 2026″, avalia Eri Castro.

Também participaram do encontro o deputado estadual Ariston Gonçalo, o vereador de São Luís Antonio Garcês, os prefeitos Miltinho Aragão, de São Mateus, Mário Bacelar, de Afonso Cunha, o presidente do Inmeq-MA, Eliel Gama, entre outras lideranças.

Neste fim de semana, Luiza e Eri vão a São João do Sóter, para agradecer aos votos dados a ela nas eleições de outubro.

Direita começa a ocupar espaços de poder no MA…

Onze anos depois dos primeiros movimentos do “Fora Dilma!”, lideranças como Allan Garcês, Mariana Carvalho, Flávia Berthier e Filipe Arnon já exercem mandatos populares representando o campo conservador na capital maranhense

 

Allan Garcês é deputado federal; Flávia Berthier elegeu-se vereadora, Filipe Arno passou pela Alema e Eduardo Andrade ficou na suplência em São Luís

Ensaio

Em contraponto ao péssimo desempenho da esquerda, capitaneada pelo PT – que tem apenas duas das 217 prefeituras – o chamado campo conservador, que reúne a direita em todas as suas nuances, tem hoje espaços de poder definidos no Maranhão.

Entende-se por Direita os bolsonaristas, os conservadores-cristãos, os extremistas e os liberais. 

Tudo começou lá atrás, a partir de 2013, com os movimentos nacionais pelo “Fora Dilma”. No Maranhão, destacava-se o médico Allan Garcês, pioneiro na defesa pública dos postulados da direita, e um dos primeiros convertidos ao bolsonarismo.

  • Allan Garcês está hoje no exercício do mandato de deputado federal pelo PP;
  • pregou o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, entre 2014 e 2016;.
  • foi um dos primeiros a fazer campanha para o ex-presidente Bolsonaro no Maranhão.

Garcês se mantém até hoje fiel a Bolsonaro e às pautas conservadoras; e inspirou outros jovens conservadores a entrar no debate político, estimulados também pelo declínio da esquerda a partir do final da segunda década dos anos 2000.

  • líder feminina do campo conservador, Flávia Berthier elegeu-se vereadora em São Luís pelo PL;
  • Filipe Arnon esteve no exercício do mandato de deputado estadual e também concorreu a vereador;
  • Eduardo Andrade também assumiu as pautas da direita e sai das eleições como suplente de vereador. 

A direita maranhense sai das urnas de 2024 com representantes políticos nas três esferas: federal, com Allan Garcês, estadual, com Filipe Arnon, e municipal, com Flávia Berthier.

Além dos três na capital, está representada no segundo turno de Imperatriz com a candidata Mariana Carvalho (PRB), num avanço sistemático que não foi visto nesta década em nenhum outro campo político. 

Resta a saber se a tão sonhada união entre eles é também uma realidade…

A vitória de Fábio Câmara em São Luís…

Descreditado desde o início e abandonado pelo partido, candidato do PDT conseguiu se impor à frente de muitos que ficaram pelo caminho, garantiu metade dos votos conseguidos por toda a legenda e foi fundamental na reeleição do vereador Raimundo Penha

 

Fábio Câmara fez pelo PDT o que o PDT não fez por ele, tanto em 2022 quanto em 2024

Em agosto de 2023, este blog Marco Aurélio d’Eça acompanhava de perto o esvaziamento do PDT na Câmara Municipal e fez a seguinte pergunta ao então suplente de deputado federal Fábio Câmara:

Você também vai deixar o PDT ou permanece?!?

A resposta de Câmara fez nascer, ali, um projeto eleitoral no PDT para 2024, e originou o post “Fábio Câmara reafirma permanência no PDT e quer partido forte em 2024…”.

A candidatura de Fábio Câmara nesta eleição não pode ser vista apenas pela mera questão numérico-eleitoral; ela foi fundamental para o resgate do PDT, embora o próprio PDT, e suas lideranças – à exceção do vereador Raimundo Penha – tenha abandonado a campanha.

  • a candidatura de Fábio em 2022 já havia sido fundamental para o PDT chegar à Câmara Federal;
  • Fábio alcançou, sozinho, mais da metade dos votos que a legenda alcançou neste pleito de 2024;
  • sua candidatura a prefeito foi fundamental para a reeleição do vereador Raimundo Penha.

Em 2023, quando Fábio decidiu colocar-se à disposição do partido, a sucessão municipal apresentava, além dos oito que entraram de fato na disputa, nada menos que outros sete candidatos: Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Osmar Filho (PDT), Orleans Brandão (MDB), Edivaldo Júnior (Sem partido), Roseana Sarney (MDB), Paulo Victor (PSB) e Neto Evangelista (União Brasil). 

Todos estes ficaram pelo caminho, mas Fábio continuou, mesmo diante da resistência aberta de setores da imprensa e do próprio PDT.

Presidente regional do partido, o senador Weverton Rocha só aceitou a candidatura de Fábio Câmara quando não havia mais outra alternativa, mas abandonou a campanha em São Luís; andou até com Fred Campos em Paço do Lumiar, mas nunca veio a São Luís.

Mesmo assim, Fábio Câmara manteve-se firme na campanha, segurando todos os reveses e fazendo o seu papel.

E é por esta ótica que ele deve ser visto como um vencedor destas eleições…

Nem existem rosas…

Análise histórica do rompimento ente o ministro do STF Flávio Dino e o governador Carlos Brandão, com suas causas e consequências e o contexto político histórico sobre situações políticas parecidas no Maranhão

 

Flávio Dino de um lado, Brnadão de outro, num momento político de reacomodação do grupo0 que dominou a política maranhense por meros 10 anos

Por Joaquim Nagib Haickel

Quando eu era apenas um jovem mancebo com pretensões de entrar para a lide política, ouvi falar em um artigo que se tornou célebre na história da política maranhense. Esse artigo é coisa do tempo em que a política ainda tinha algum valor. Escrito por Zé Sarney, “Quando as rosas começam a murchar”, cujo conteúdo era duro, sacramentava o rompimento entre ele, que era naquele momento senador e havia sido governador, e o então governador Pedro Neiva de Santana.

Até por volta dos anos 1970, 1980, ainda se podia dizer que a política era coisa que se praticava apenas com o aval de um fio de bigode, coisa que nos últimos anos do século passado caiu em completo desuso e parece que não mais voltará a moda.

Se o rompimento político já foi coisa para acontecer de forma cavalheiresca, por menos cavalheiresca que a política possa ser, hoje em dia os rompimentos têm menos pompa e circunstância, mesmo que sejam mais velados e recheados de sorrizinhos amarelos, constrangidos tapinhas nas costas e fotos desconsoladas.

De quando as rosas começaram a murchar até hoje, muitos rompimentos políticos aconteceram, alguns até bem mais polêmicos que o do citado “buquê”, como foi o caso do estridente rompimento entre Castelo e Sarney, pelo primeiro não aceitar Albérico Ferreira como seu sucessor na transição de mandato, do sutil e muito velado rompimento de Cafeteira e Sarney, quando o então governador não aceitou Sarney Filho para sucedê-lo, e o mais explosivo de todos, o de Zé Reinaldo com Sarney, que causou o começo do fim da hegemonia do grupo do maior político da história do Maranhão.  

É importante observar que em todos esses rompimentos Sarney estava envolvido, pois ele era o líder hegemônico do Estado.

O que estamos vivenciando agora é o prelúdio de um rompimento surdo, feito de gestos pontuais, coisas muito próprias dos estilos de seus contendores.

Mas antes de falarmos do rompimento propriamente dito, acredito ser necessário falarmos das causas e das raízes dele. Continue lendo aqui…

“Quem não pode com o pote não pega na rodilha…”

Lideranças políticas ouvidas por este blog Marco Aurélio d'Eça sobre as idas e vindas na relação entre o governador Carlos Brandão e o grupo do ex-governador Flávio Dino apontaram que a exoneração do vice Felipe Camarão da Seduc - depois cancelada - encerrou o atual governo

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Roberto Rocha opina: “sem Brandão nenhum aliado de Flávio Dino se reelege”

Ex-senador comentou postagem deste blog Marco Aurélio d’Eça – que mostra a tomada de controle da sucessão estadual pelo governador – e analisa que esta situação levará o agora ministro do STF a renunciar para ser ele próprio, o candidato do PT ao governo em 2026

 

Para Roberto Rocha, a decisão de Brandão de ter o comando da sucessão levará Flávio Dino a renunciar no Supremo para disputar em 26

Como sempre ocorre com as postagens deste blog Marco Aurélio d’Eça – que influenciam diretamente os círculos do poder no Maranhão – o mesmo ocorreu com a postagem “De como  Brandão agora controla o jogo da sucessão em 2026”, com forte rebuliço entre as lideranças estaduais.

Um dos comentários mais contundentes foi feito pelo ex-senador Roberto Rocha; ele reconhece a força do Palácio dos Leões – que “comanda, mas não controla, a sucessão no Maranhão desde sempre” –  e diz que sem o apoio do governador, os remanescentes do dinismo estarão todos fora do poder a partir de 26.

Com Brandão no comando dos Leões na campanha de 2026, e com o apoio do Sarney, significa que estarão rompidos [ele e Flávio Dino]. Neste caso, nenhum aliado de Flávio Dino se reelege. Nenhum!”, enfatiza o ex-senador.

Roberto Rocha já anunciou – inclusive neste blog Marco Aurélio d’Eça – que será candidato novamente em 2026, ao Senado ou ao governo.

Nesta condição, avalia que “a relação doentia de Flávio Dino como poder” o levará a renunciar ao cargo no Supremo Tribunal Federal para ser novamente candidato a governador, já em 2026.

[Ele] devolve o cargo a Lula, que negociará com o Senado para indicar o novo presidente, mas desta vez dele (leia-se: Jaques Wagner do PT), e daria o cargo de ministro do STF ao atual senador Rodrigo Pacheco”, prevê Roberto Rocha.

Na avaliação do senador, Dino seria candidato pelo próprio PT, neutralizando os acenos do próprio Brandão ao presidente Lula e tendo o Governo Federal contra o poderio do Palácio dos Leões.

“Pois sabe que disputar sem as ‘jubas dos leões’, pelo contrário, contra, é água pra navio. Ainda mas sendo Sarney o ‘dono do mar’”, conclui, ironizando a retomada da relação de Brandão com o grupo do ex-presidente.

E esta, sim, é uma avaliação para se aguardar e conferir…

De como Brandão agora controla o jogo da sucessão em 2026…

Com o poderoso cacife do controle da máquina do Palácio dos Leões, governador vem ocupando cada vez mais espaços de poder e dando as cartas na mesa de negociações para formação da chapa que vai disputar governo e Senado

 

Os dinistas gabam-se de terem vencido os leões do Palácio em 2014, mas reconhecem as circunstâncias da época; em 2026 podem tirar a teima

Ensaio

Até o início deste 2024, nenhum analista político – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – acreditava que o governador Carlos Brandão (PSB) alcançasse as condições para controlar a própria sucessão em 2026.

Aqui mesmo neste portal foram diversos os posts apontando um Brandão encurralado pelas forças que o elegeram e sem aliados de peso para impor seu pensamento:

Mas todas estas análises partiam do princípio de que seria o agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – onde ele estivesse – quem daria as cartas na sucessão, emparedando o governador e forçando-o a seguir seu plano hegemônico. (Entenda aqui, aqui, aqui, aqui  e aqui)

Essa história começou a mudar a partir de maio, quando Brnadão alcançou as condições para conduzir o processo político que desembocaria no projeto eleitoral, o que foi registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça sob o titulo “De como Brandão tenta criar canal próprio de articulação com Lula…”. 

Ele conseguiu:

  • se Flávio Dino tinha ele próprio acesso a Lula e ao PT; Brandão agora tem o Sarney;
  • se os dinistas têm o próprio Flávio Dino no STF; Brandão agora tem Nunes Marques;
  • se Dino tinha Felipe Camarão e Weverton para 2026, Brandão tem Orleans e Iracema;

Aliado histórico de Flávio Dino e tido como alternativa do grupo dinista para 2026, o senador Weverton Rocha (PDT) já tinha, ele próprio, uma visão clara do que seria o Maranhão político após a ida do ex-governador para o STF, como foi registrado no post “‘Todo mundo no mesmo patamar’, diz Weverton sobre ida de Flávio Dino para o Supremo…”.

O problema é que, numa briga em que todos são do “mesmo top”, vence quem tem as melhores armas ao seu dispor.

E hoje é Brandão quem comanda os Leões da praça Pedro II…