A iminente expulsão de moradores de uma suposta reserva Awá-Guajá, na região de São João do Caru e Zé Doca – uma tragédia anunciada – ganha repercussão internacional, mas no Maranhão, ninguém parece se preocupar com isso. ou quase ninguém. Os deputados Weverton Rocha (PDT) e Neto Evangelista (PSDB) são os únicos que já se manifestaram publicamente sobre o assunto, e pedem o envolvimento das autoridades para evitar o pior
Weverton na tribuna: assunto tem sido recorrente em sua ação parlamentar
O clima é tenso nas regiões do Gurupi e Pindaré, envolvendo os municípios de Zé Doca e São João do Carú.
Antropólogos da Funai decidiram que a área onde viviam cerca de 1,2 mil famílias há décadas, pertence, na verdade, a 400 índios nômades da etnia Awá-Guajá.
E conseguiram convencer a Justiça a expulsar as famílias de agricultores.
O Exército está na área, para promover o que a Funai chama de “desintrusão”, mas no Maranhão, apenas o deputado federal Weverton Rocha (PDT) e o estadual Neto Evangelista (PSDB) já se manifestaram sobre o assunto.
Homens do Exército mantêm guarda dia e noite na reserva
Weverton levou o problema para a Câmara Federal, em audiências públicas em várias comissões – inclusive com a presença de agricultores e índios – e chegou visitar a reserva, onde o clima é de tensão com a presença dos militares.
Entenda aqui como se deu a ocupação da suposta reserva
Evangelista, por sua vez, entrou no comitê que discute o assunto e conseguiu influenciar a mudança da data-limite determinada para que os “intrusos” saiam por vontade própria.
Evangelista também demonstrou preocupação na AL
Mas a ordem do Exército é tirar todo mundo, nem que seja à força.
E os moradores não têm para onde ir, por que o Incra ainda não conseguiu novo assentamento para eles.
Mesmo assim, ninguém do Governo do Estado, na Assembleia Legislativa ou das prefeituras dos municípios envolvidos no conflito se manifestou até agora.
E o silêncio é cúmplice da omissão…
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