Flávio e Castelo: acenos estimulados pelos adversários
A entrevista do prefeito João Castelo (PSDB) à TV Guará, anteontem – com o devido vazamento antecipado para ganhar mais repercussão – pode ser entendido como um recado do prefeito ao grupo Sarney.
Castelo anda irritado com algumas ações dos sarneysistas neste fim de mandato e começa a achar que não há espaço para ele no grupo em 2014. Estimulado pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), cogita, inclusive, uma aproximação do seu desafeto-mor, Flávio Dino (PCdoB).
E o próprio grupo Sarney – inadivertidamente ou não – ajuda esta operação.
Um dos fatos que mais irritaram o prefeito foi o discurso do deputado estadual Roberto Costa (PMDB), há duas semanas, pedindo ao Ministério Público o seu afastamento do cargo. Segundo apurou o blog, a atitude – com forte repercussão em blogs, jornais e rádios – foi vista por Castelo como “uma provocação desmedida a alguém já abatido”.
Outro ponto criticado pelo prefeito foi o trabalho de ajuda do grupo Sarney para evitar a votação da Lei de Zoneamento em São Luís. para Castelo, a divulgação antecipada da história foi uma ajuda convivente ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Na entrevista ao jornalista Américo Azevedo Neto, Castelo bateu forte no desafeto Roberto Rocha (PSB), a quem chama de traidor, Definiu Edivaldo Júnior como despreparado – o que este blog já dizia desde o início da campanha – e atacou também o grupo Sarney.
Poupou apenas o próprio Flávio Dino.
Conversas com Roseana não parecem evoluir
A entrevista foi só o primeiro recado. Castelo vai submergir agora até pelo menos o final de 2013, quando deve começar a definir seu rumo eleitoral em 2014.
Ele Já chegou mesmo a cogitar estar com o grupo Sarney, mas parece ter recuado após diversos ataques pós-eleição.
De Flávio Dino, vai esperar o que vier da prefeitura. E conta com José Reinaldo para evitar que Holandinha use as auditorias da gestão castelista contra o ex-adversário.
Tudo em nome das eleições de 2014.
O lado em que o ainda prefeito estará, dependerá da capacidade de aglutinação dos grupos que disputam o poder.
E de quem menos tocar nas feridas abertas com a derrota de 2012…
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