Por Ribamar Corrêa
Por mais que se esforcem, muitos observadores experimentados não conseguem entender o papel do Grupo Sarney, particularmente o do PMDB, na segunda etapa da corrida para a Prefeitura de São Luís.
Está com Edivaldo Jr. (PDT) ou com Eduardo Braide (PMN)?
O que ganha apoiando um ou outro ou ficando neutro?
Desde que foram abertas as articulações para a formação de chapas para disputar a cadeira principal do Palácio de la Ravardière, os líderes sarneysistas têm protagonizado uma sucessão de movimentos que nem de longe lembram lances de líderes políticos articulados, que mexiam as pedras do tabuleiro com precisão matemática, quase sempre desconcertando adversários e levando a melhor nas urnas.
Nessas eleições, o grupo liderado pela ex-governadora Roseana Sarney, que tem como orientador-mor o ainda lúcido e ativo ex-presidente José Sarney, e como operador mais eficiente o senador João Aberto, que preside o PMDB, jogou tão mau em São Luís, que não conseguiu sequer eleger um único vereador.
Nesta 2º turno, de novo o Grupo Sarney parece ter rumo, como movimentos furta-cores, sem transparência, indicando estar se movimentando em favor do prefeito Edivaldo Jr., mas também parece dar passos em direção a Eduardo Braide, e, aqui e ali, dando impressão de que está neutro.
Nada de jogo aberto.
Nove entre 10 observadores interpretaram o discurso do deputado estadual Adriano Sarney (PV) criticando a Eduardo Braide por dizer que não é sarneysista – declarações que ele não dera, como afirmar que não queria o apoio do PMDB.
O pretexto de cobrar “transparência” na campanha e de defender o nome da sua família não convenceu a ninguém.
E a leitura que foi feita pela esmagadora maioria dos observadores foi a de que o discurso foi uma estratégia para favorecer o prefeito Edivaldo Jr., já que a intenção foi cristalina: prejudicar Eduardo Braide, mesmo sem um naco de razão.
O estratagema para prejudicar o candidato do PMN prosseguiu com declarações do próprio senador João Alberto ao fazer no senado um desmentido sem sentido a Eduardo Braide.
Nas últimas 72 horas, todas as conversas de roda política apontam o PMDB articulando apoio por “debaixo do pano” para Edivaldo Jr. e, com isso, ajudando a minar os passos de Eduardo Braide. Continue lendo aqui…