No dia 21 de outubro de 2006, em plena campanha eleitoral pelo Governo do Estado, este blog repercutiu informação do programa eleitoral da então candidata Roseana Sarney. De acordo com a denúncia, a Secretaria Municipal de Trânsito (hoje SMTT), anulava multas cobradas por pardais ou barreiras eletrônicas.
Segundo o programa roseanista, a secretaria anulou exatas 36 multas de trânsitos de parentes do também candidato Jackson Lago (PDT), que havia sido prefeito da capital e era, na época, aliado do então prefeito Tadeu Palácio. (Releia aqui)
A eleição acabou, Jackson se elegeu, foi cassado, concorreu de novo, voltou a perder e o assunto nunca mais foi tratado – nem na imprensa, nem no Ministério Público e muito menos na Justiça.
Ontem, no entanto, ampla matéria do Fantástico sobre o esquema de corrupção envolvendo empresas montadoras e prestadoras de serviços de cobrança eletrônica de multas de trânsito revelou que as cobranças podem ser mesmo anuladas, pela vontade da secretaria ou mesmo da empresa que controla os pardais.
A matéria não citou a capital maranhense entre as envolvidas no esquema – e o blog ainda não congeuiu apurar se alguma das empresas citadas na reportagem opera ou operou em São Luís.
Mas a revelação de que as multas podem ser manipuladas traz novo olhar sobre as barreiras eletrônicas e sua função social prioritária – a de impedir acidentes punindo quem comete desatinos.
Independente de quem o multado seja parente…