Os números da pesquisa Ibope/TV Mirante divulgada ontem, revelam uma importante queda na diferença ente o prefeito João Castelo (PSDB) e o deputado Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Mas importante do que os números, no entanto, é a tendência apresentada pelo levantamento.
O prefeito mostrou que reagiu bem ao favoritismo de Holanda Júnior e, sobretudo, ao clima de já ganhou estabelecido pelo adversário após o resultado da Escutec e do DataM, que apontaram até 23 pontos de vantagem para o proto-comunista.
A tendência dos números dizem que é Castelo quem vive o melhor momento na campanha, embora ainda precise tirar uma imensa diferença em um curtíssimo espaço de tempo.
Bem organizado, o programa de Castelo conseguiu atingir pontos fundamentais da fragilidade de Holandinha, que não soube surfar na onda do favoritismo formada na virada do 1º para o 2º turno.
Apesar do desgaste da imagem e da avaliação negativa da administração, o prefeito consegue fazer o contraponto perfeito ao despreparo e a incapacidade de debate já demonstradas por Holandinha.
O candidato do PTC não consegue dar respostas a questões básicas, como a importância de Weverton Rocha em sua campanha, a aliança com figuras como Abdelaziz Santos e a forma escondida como seu pai atua no comitê.
Não consegue, sequer, responder perguntas básicas sobre seu programa de governo – como o exemplo do Bilhete Único, na entrevista da TV Mirante.
Para diminuir a fragilidade, Holanda Júnior vem sendo submetido a treinamentos quase diários. Mas o resultado é cada vez mais artificial, dada à dificuldade que o candidato tem em expor de forma espontânea o seu raciocínio.
A missão de Castelo, como já foi dito aqui, é ainda muito, muito difícil.
Mas o prefeito tem, agora, um terreno melhor para pisar até o pleito – sobretudo pelo fato de que, na semana que vem, os dois adversários serão submetidos a uma intensa agenda de debates.
E em encontros como este, pelo calor da disputa, nenhum tipo de treinamento é capaz de garantir a performance de candidatos de prateleira – espécies de produtos apresentados em embalagens bonitinhas para seduzir o consumidor.
Geralmente, produtos como estes são esvaziados ao primeiro teste de qualidade.
E a TV – na propaganda e nos debates – representa este teste…