2º Turno

Casteo passou a manhã de sábado com a mulher, Gardênia (imagem: Douglas Júnior/O EstadoMaranhão

O Instituto Ibope deve divulgar hoje à noite no JMTV-II, da TV Mirante,  o seu último levantamento sobre a sucessão em São Luís.

O Ibope deve ser o único instituto a alcançar o impacto dos debats da Mirante e da Difusora no eleitorado.

A partir daí, uma nova pesquisa só deverá ser divulgada no final da tarde de domingo, após a votação – a chamada pesquisa de boca-de-urna.

Holanda Júnior com a mulher, Camila, no intervalo da campanha (Imagem: Biné Morais/O EstadoMaranhao)

Na sexta-feira, durante o debate da TV Mirante, aliados de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) diziam que ele já teria conseguido abrir até 14 pontos percentuais de João Castelo (PSDB).

Estes dados não foram confirmados pelos institutos, que avaliaram, hoje, uma vantagem enre 4 e 7 pontos.

João Castelo, por sua vez, dizia hoje pela manhã que pesquisas quali mostravam que, de cada 10 eleitores, “pelo menos seis ou sete mudaram o voto após od ebate”.

Estas informações também não foram confirmadas pelos institutos…

Holandinha e a paixão pela política, que parece abandonada nos outros grupos

Pode-se fazer qualquer crítica ao candidato do PTC a prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda, e do grupo que o apoia. Mas não se pode negar que tanto ele quanto o seu grupo têm feito política intensa na capital maranhense.

Na madrugada deste sábado – faltando apenas um dia para a votação e com uma dianteira praticamente consolidada sobre João Castelo (PSDB) – o grupo de Holanda ainda mobilizava a militânca para colagem de cartazes e distibuição de panfletos em toda a cidade.

Holandinha não se desmobiliza, não pára, faz campanha 24 horas por dia.

Na manhã deste sábado, ele caminahva em bairros, organizava carretas e mobilizava eleitores como se buscasse uma irada na eleição – como se estivesse perdendo a disputa com João Castelo.

Enão está.

É um perfil que não se vê mais nos grupos mais tradicionais dapolítica maranhense. Grupos que, solidificados nas estruturas de poder, já não têm o prazer da busca pelo voto, do corpo-a-corpo com o eleitor.

São políticos que hoje apostam apenas na moblização das estruturas políticas para vencer eleições.

Holanda Júnior reúne um grupo que está disposto a chegar ao poder e sabe que para alcancá-lo é necessário mobilização intensa, alcançar as massas convencer pelo carisma e pela paixão eleitoral. 

É esta paixão eleitoral que parece ter-se perdido nos grupos tradicionais.

Um exemplo é o próprio João Castelo.

Representante da política que se movimenta com as estruturas partidárias e com a força da máquina administrativa, Castelo sempre foi, ele próprio, um políticopopular, capaz de mobilizar massas e encantar eleitores apenas com a sua presença.

Mas o próprio exercício do poder político o tornou mais distante, confiante apenas nas articulações partidárias e nos cabos eleitorais profissionais, que buscam votos como contam números.

É o que ocorre também com o chamado ggrupo Sarney.

Poderosíssimo, gigantesco, com tentáculos em vários níveis de poder, o grupo se acostumou com o patamar de votos consolidados e a buscar aqueles restantes com a força a própria estrutura.

Ainda há muitos no grupo Sarney capazes de fazer política com paixão e emoção. Mas estes são vistos hoje como românticos,pouco profissionais, iludidos.

A maioria sarneysista é hoje profissional, metódica, pragmática na busca do eleitor. 

Esta paixão, que se vê hoje na campanha de Holanda Júnior – seja qual for o motivo que a move – é que tem feito a diferença nas últimas eleições no Maranhão.

E que tende a movimentar o eleitor nos próximos anos.

É aguardar e conferir…

O bloco mais equilibrado do debate.

Castelo conseguiu ganhar com duas provocações, ao introduzir a história do terreno do hospital de urgência e emergência – assunto ainda mal explicado pelo candidato Holanda Júnior.

Também provocou bem ao falar sobre a cultura – Carnaval e São João – assunto muito polêmico para o canidato, que é evangélico.

O caso da milícia foi muito bem explorado por Castelo, ao revelar que Edivaldo Holanda abandonou na prisão os militares que promoveram a reunião. Holanda ainda tentou rebater, falando de uma decisão judicial que considerou montagem o vídeo, mas não conseguiu reverter a situação.

O candidato do PTC ainda perdeu uma tentativa de Direito de Resposta, o que o deixou nervoso.

Holanda se mostra mais artificial no último bloco…

João Castelo reagiu bem com o assunto VLT, do qual demonstrou mais conhecimento que Edivaldo Holanda.

Também ganhou quando Edivaldo tentou criticar a limpeza urbana.

– Gasto hoje o que se gastava tanto com a Coliseu, que foi sucateada, inclusive com um dos atuais assessores dele, que é o Renato Dionísio – disse Casteo, referindo-se ao pedetista que é acusadode ter destruído a Coliseu e hoje apoia Holanda Júnior.

O prefeito, agora mais calmo, fez provocações que deixaram Holandinha cosntrangido, como o tema das sas ausências da Câmara Municipal.

Mas Holanda Júnior manteve a dianteira, quando entrou no debate o tema Educação, ponto mais fraco da adminsitração castelista.

Cuirosamente, foi o próprio Castelo quem introuziu o assunto, ao perguntar para o adversário.

O primeiro bloco do debate da TV Mirante mostrou um Edivaldo Holanda Júnior (PTC) muito diferente dos primeiros debates.

Mais solto, leve, sorridente e seguro, ele conseguiu convencer em suas respostas – mesmo as nem tão verdadeiras assim.

Apesar de ainda usar palavras prontas, o candidato do PTC foi melhor que Castelo.

O sorriso no rosto de Holanda Júnior passou segurança no primeiro bloco.

Deu nó no adversário com uma pergunta sobre uma escola municipal fechada e ainda conseguiu sair bem quando Castelo tentou trazer o tema da relação dos candidatos com o grupo Sarney.

O candidato é absolutamente melhor do que foi nos debates anteriores…

Candidatos preferiram evitar festas como esta

Um pacto de mediocridade das duas coligaç~eos qeu disputama Prefeitura de São Luís convenceram os candidatos a evitar militância no debate da TV Mirante, às 23 horas de hoje.

Em frente ao prédio da emisora há “trocentos” policiais e nada de povo.

Sem a festa da militância, a gritaria, os carros de som e até a provocação mútua, o clima pré-debate é um “aziação” só.

É o eleitor, que as estas alturas já virou torcedor, o responsável pela festa da eleição. Sem ele, nada é interessante.

Um erro proibir a militância de fazer a festa em frente à Mirante.

E se houvesse crise, caberia à polícia conter os exaltados.

Acabar com a festa por prevenção é a política a incompetência…