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Pesquisa com um candidato só é covardia

pesquisa-eleitoralPor Jorge Aragão

O Blog jamais poderia questionar os números da pesquisa Data M, para o Governo do Maranhão, divulgada nesta quinta-feira (24), no Jornal Pequeno. Inicialmente por não ter informações precisas sobre o levantamento e principalmente pelo fato do Data M ter sido o instituto que mais acertou nas eleições de 2012.

No entanto, o Blog se permite afirmar sem medo de errar que: realizar pesquisa eleitoral com apenas um candidato é covardia. A pesquisa ouviu 1.500 eleitores entre os dias 19 e 22 deste mês, apontando Flávio Dino (PCdoB) com 62% e Lobão Filho (PMDB) com 12%.

A Oposição nem teve coragem de comemorar tais números e a pesquisa servirá apenas para debate interno, e como este Blog antecipou, para tentar manter pelos beiços o PDT (reveja) e trazer novos aliados, leia-se PPS.

Os números de fato jamais poderiam ser comemorados, afinal nesse período, 19 a 22 de abril, a pré-candidatura de Lobão Filho sequer havia sido lançada, O peemedebista sequer havia pisado em solo maranhense, o que só aconteceu ontem (23). Além disso, estranhamente retiraram da pesquisa o nome da deputada estadual Eliziane Gama (PPS), que ainda se declara pré-candidata ao Governo do Maranhão.

Com esse cenário amplamente favorável e surreal, com apenas um candidato, seria impossível não conseguirem inflar a candidatura do comunista Flávio Dino.

E isso sem abordar outros dois aspectos levantados pelos jornalistas Marco D’Eça e Luis Cardoso. D’Eça lembra que mesmo sem Lobão Filho tem sido confirmado oficialmente pré-candidato e sem sequer ter iniciado sua campanha, afinal se recuperava de duas cirurgias feitas em março, o peemedebista conseguiu alcançar 12% em apenas 15 dias (veja).

Já Cardoso, apresenta outros números da pesquisa que demonstram claramente que a realidade em outubro dificilmente será essa. O levantamento feito pelo Data M mostra que 48,8% dos eleitores do Maranhão ainda não sabem em que irão votar para governador (veja).

De fato a pesquisa só servirá para Dino tentar angariar mais aliados e não perder os que já têm, mas apenas os tolos podem acreditar em pesquisa eleitoral com apenas um candidato.

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O futuro de José Reinaldo…

Tavares tem futuro incerto no PSB

O ex-governador José Reinaldo Tavares dificilmente permanecerá no PSB.

Suspenso pela direção nacional da legenda, Tavares é também rompido politicamente com o presidente regional Roberto Rocha – atual vice-prefeito eleito de São Luís – e deverá ficar mais enfraquecido internamente, após a posse. 

Há especulações de que Rocha seja candidato a senador em 2014, o que tira de José Reinaldo a perspectiva de ter a legenda para candidatura igual.

Mas o caminho é incerto para José Reinaldo.

No PSDB ele teria mais espaço que no PSB, sobretudo pela relação de amizade e aliança que mantém com o atual presidente da legenda, deputado federal Carlos Brandão.

Mas mesmo no ninho tucano ele tem adversários fortes.

Também não vê espaços no PDT e no PPS, que deverão se alinhar cada vez mais ao projeto de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) em São Luís.

E nem cogita uma volta ao grupo Sarney, entrando em uma das legendas ainhadas ao governo Roseana.

Pelo menos por enquanto…

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José Reinaldo desmente Flávio Dino: “Castelo não teve o apoio do grupo Sarney”…

Ex-governador diz que eleição de Holandinha “é apenas o primeiro tempo do jogo de 2014”, chama de “descontrolados” os aliados de Dino que o atacaram na campanha e mostra ainda muita mágoa de Roberto Rocha, a quem acusa de ter lhe tirado o mandato de senador em 2010

Tavares: o homem por trás de Flávio Dino

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) desfez em seu artigo semanal no Jornal Pequeno um dos factóides mais covardes criados na campanha eleitoral pelo seu pupilo Flávio Dino (PCdoB).

– Castelo nunca teve apoio de Sarney nessa eleição, como tentaram divulgar,  e foi impiedosamente perseguido em sua administração – afirmou o ex-governador.

A afirmação de um dos mais próximos auxiliares de Castelo – e muito próximo também do próprio Dino – desmente a vinheta do comunista lançada nos últimos dias de campanha.

Achava Dino que, com a covardia, poderia reverter uma hipotética sangria de votos do seu afilhado Edivaldo Holanda Júnior (PTC), que aquelas alturas nem mais existia.

– Sarney e Castelo estão juntos, mas eu e Edivaldo estamos juntos com você, juntos pela mudança – afirmou o comunista, numa atitude covarde que ele mesmo despreza nos adversários. (Leia mais aqui)

A disputa que deixou a mágoa por Roberto

Em seu artigo, além de desmentir Dino, José Reinaldo mostra-se magoado com as agressões de aliados do próprio comunista durante a campanha.

– Não consegui convencer a oposição disso [da unidade] e ainda fui agredido por alguns irresponsáveis que chegaram a dizer que eu teria participado de um grande acordo com Sarney, uma bobagem, só possível de imaginar na falta de controle de alguns – desabafou o ex-governador, sem citar nomes.

No artigo-desabafo, José Reinaldo volta também ao tema das eleições de 2010.

Ao lembrar de ter-se sacrificado em 2006, quando “teria um mandato garantido”, mas ficou até o final do governo para eleger Jackson, ele lembra que, em troca, foi prejuicado pelos próprios oposicionistas.

– E o que recebi em troca, foi que, quando tentei um mandato de senador, que poderia ser viável, ver  membros da oposição se prestarem ao comando de Sarney para diluir o voto da oposição por três candidatos e me derrotar – afirma, referindo-se diretamente, mesmo sem citar nome, ao agora vice-prefeito eleito Roberto Rocha (PSB).

Tavares vê Holandinha apenas como um instrumento de Dino para ganhar o jogo de 2014

Em seu artigo, José Reinaldo confirma as afirmações deste blog e mostra que Holanda Júnior é apenas um instrumento do projeto de Flávio Dino para 2014.

 Projeto que o próprio Tavares demonstra estar:

– Se fosse uma partida decisiva de um campeonato de futebol, eu diria que o time ganhou o primeiro tempo do jogo, jogando bem e com garra. Mas o jogo não terminou e só começa em 1 de janeiro de 2013 e acaba em outubro de 2014. Agora é que virá a fase decisiva desse jogo (…). O time que ganhou o primeiro tempo não se fortaleceu como precisava e pode não chegar tão coeso como pareceu nesse primeiro tempo – compara.

Como se vê, de uma forma ou de outra, há sempre uma prova da razão do blog…

Leia aqui a íntegra do artigo de José Reinaldo 

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Inimigo íntimo: Eduardo Campos incomoda o PT…

Em reunião de avaliação após o segundo turno, senadores petistas declaram-se impressionados com eficiência da estratégia do presidente do PSB para derrotá-los

Eduardo Campos: inimigo íntimo

Nada de Aécio Neves (PSDB-MG). O alvo maior da preocupação do PT a partir de agora é alguém que, pelo menos oficialmente, é aliado do partido e do governo da presidenta Dilma Rousseff: o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

É o que se depreende dos bastidores da reunião que a bancada do PT no Senado teve ontem (30) com o presidente do partido, Rui Falcão, para avaliar os resultados do segundo turno das eleições municipais, os efeitos do julgamento do mensalão e as estratégias para o futuro.

E a conclusão foi a seguinte: é preciso ficar muito atento aos próximos passos dados por Eduardo Campos.

O PT venceu a principal eleição do país, com a vitória de Fernando Haddad São Paulo. Foi também o partido que mais prefeitos elegeu entre as 85 maiores cidades do país. Cresceu em número de prefeituras, enquanto todos os partidos de oposição decresceram.

Apesar dos vários motivos para comemoração, tratava-se de uma reunião de derrotados.

Nenhum dos senadores que se candidatou a prefeito – no PT e em outros partidos – obteve êxito.

Assim, a reunião com Rui Falcão acabou sendo mais de queixas. E as queixas concentraram-se especialmente em Eduardo Campos. Continue lendo aqui…

Com informações do Congresso em foco

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O sucesso do DataM…

Machadinho

Os institutos de pesquisas sempre são muito criticados no período eleitoral.

Há uma relação de amor e ódio entre os candidatos e os institutos: quem aparece bem elogia, quem está atrás critica e questiona os números. É sempre a mesma coisa (ainda mais no Maranhão onde os institutos orbitam próximos aos principais grupos políticos).

Entretanto, há tempos um instituto não tinha sido alvo de tantas críticas em São Luis como o Data M, de propriedade do jornalista José Machado.

O que poucas pessoas sabem é que instituto não é novo, não apareceu nestas eleições, enfim, não é neófito em pesquisas eleitorais. Ele está no mercado desde 1985 e fez o seu primeiro levantamento a pedido do ex-deputado Chico Martins, que na época estava empolgado com o advento das pesquisas de intenção de voto, e contratou o Data M para saber os números para prefeito de Balsas, como contou José Machado ao blog.

 – Muitos acham que a Data M surgiu agora, o que é um erro. O Instituto está no mercado desde 1985, quando realizou pesquisas no município de Balsas a pedido do ex-deputado Chico Martins. Os institutos de pesquisas eram uma novidade no Brasil e principalmente no Maranhão.

Então o Data M foi contratado para acompanhar o desempenho candidato a prefeito Moizemar Coelho, que começou muito mal nas pesquisas, mas depois cresceu e foi eleito. A história de acertos em campanhas da Data M começa aí”, afirma Machado. Continue lendo aqui…

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Um exemplo a ser seguido…

Clésio: conversas com adversários e antagonistas

RIO – O primeiro prefeito de capital eleito pelo PSOL, Clécio Luís, em Macapá, diz que quer diálogo com o senador José Sarney (PMDB) e elogia a adesão do DEM e do PSDB à sua candidatura no segundo turno

O posicionamento enfrenta críticas na legenda que nasceu do descontentamento de petistas às políticas de aliança adotadas no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Clécio afirma que a hora é de pensar o papel do PSOL na construção política nacional e diz que não há antagonismo em estar próximo a desafetos nacionais da legenda.

– Essa experiência vai levar o PSOL a fazer reflexões. Vai forçar o partido a refletir sobre si mesmo. O que temos que aprender é que as diferenças regionais devem ser compreendidas pelo partido e respeitadas. Aqui, no Macapá, funcionamos diferentemente do que em São Paulo e Rio – defende Clécio.

Para ele, é natural manter relação institucional com o presidente do Senado, José Sarney, senador pelo Amapá:

– Não é o militante Clécio que está procurando o cacique José Sarney. É o prefeito que vai procurar a base parlamentar eleita pelo povo de Macapá para pedir ajuda. Para que eles cumpram seu papel institucional. Não podemos abrir mão da ajuda de ninguém. Então é necessário que a gente abra esse dialogo institucional republicano – justifica.

Um exemplo a ser seguido…

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Quebra de paradigmas…

A história da disputa política do Maranhão sempre teve de um lado o grupo Sarney, poderosíssimo – com forte estrutura espalhada pelo interior do Maranhão – e do outro a oposição, sempre batendo cabeça sobre quem escolher para enfrentar o candidato sarneysista.

Na história da oposição iniciada por João Castelo (PSDB), Epitácio Cafeteira (PTB), Jackson Lago (PDT) e o antigo PT, a esperança eram os ocasionais rachas no grupo – como ocorreu com Roberto Rocha (PSDB), Clodomir Paz (PDT), e o mais traumático deles, de José Reinaldo (PSB).

Estes rachas animavam a disputa de poder, quase sempre desigual.

Mas, na soma dos interesses pessoais arraigados na história dos líderes partidários , esta oposição acabava rachando em várias partes, contribuindo para a própria derrota.

Este é mais um paradigma que começa a ser quebrado na preparação para as eleições de 2014.

Hoje, é a oposição quem tem projeto próprio, definido por ela mesma,  independentemente do que faça ou deixe de fazer o grupo Sarney.

O que se vê hoje no Maranhão é uma oposição consolidada, unida e com projeto de poder definido – com um candidato a governador já escolhido e que está em campanha desde 2010.

Candidato este fortalecido com o apoio de grandes centros eleitorais, como São Luís, Caixas, Timon e Santa Inês.

Por outro lado, é o grupo Sarney quem ainda bate-cabeça sobre o candidato que enfrentará a oposição.

E, curiosamente, como a oposição do passado, é o grupo hegemônico quem parece esperar um racha oposicionista para poder se viablizar – a exemplo da expectativa em torno de Holanda Júnior (PTC), eleito prefeito em São Luís.

Com o ministro Edison Lobão (PMDB) doente e praticamente fora do páreo, o grupo hoje liderado pela governadora Roseana Sarney (PMDB) tem como melhor opção o chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva.

Mas Roseana também demonstra forte apatia política, desinteressada das questões eleitorais e pouco afeita aos debates partidários.

Luís Fernando batalha sozinho, com grandes avanços e sucesso considerável na reunião de aliados em torno de si. Mas agora já se percebe a desunião, antes característica da oposição, hoje marcar o período pré-eleitoral dos sarneysistas.

São sinais da pré-campanha de 2014, que já começou, embora alguns resistam em não aceitar.

E  a recusa em ver o óbvio também colabora para a quebra de paradigmas…

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Um prefeito de prateleira…

Holandinha, em enrevista à TV MIrante: robotizado

É preciso desligar, imediatamente, o botão de candidato de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e ligar urgentemente o de prefeito eleito.

Na entrevista coletiva concedida hoje à tarde – e na exclusiva da TV Mirante, agora à noite – Holandinha pareceu ainda em palanque, usando as mesmas frases feitas ensaiadas na campanha.

Se se pergunta ao prefeito sobre orçamento, ele vem sempre com a mesma resposta ensaiada:

A ONU diz que 40% do orçamento é perdido com corrupção. Se combatermos a corrupção se resolve os problemas.

Se, por acaso, a pergunta é sobre transporte, a resposta é a mesma: – Minha missão é dar um transporte digno e de qualidade à população. (?)

Ou ainda: Nossas prioridades são Saúde e Educação”.

Anh?!?

Sem falar nos clichês, como “Dizer que…”, “Falar que”…, “Você que está me assistindo…”,

Era exatamente por estes termos, por estas palavras de ordens, pela falta de espontaneidade em suas declarações que este blog classificava Holandinha na campanha como um candidato de prateleira – espécie de produto com embalagem bonitinha e com marketing de guerrilha para vender como água.

Parece que caminha, agora, para ser um prefeito de prateleira…

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O recado do eleitor…

Do blog de Zeca Soares

Um recado do eleitor de São Luís  nas urnas…

Na eleição de ontem foram registrados 15.864 (3,00%) votos nulos e 11.873 (2,25%) votos brancos.

Se compararmos com a eleição de 2008, podemos dizer que o voto nulo que é um “voto crítico” triplicou e o voto em branco dobrou.

Além disso tivemos a abstenção de 22,04% (149.439 votos). Portanto, o desinteresse do eleitor na hora de votar continua aumentando.

Fica o recado aos nossos políticos.

O eleitor  parece que já começa a saber o que é capaz de fazer com o seu voto.

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Agora a disputa é pela Câmara…

Rose Sales, apontada por nove entre dez holandinos

A derrota do prefeito João Castelo (PSDB) enfraqueceu a candidatura do vereador Astro de Ogun (PMN) a presidente da Câmara Municipal.

Mas ele aposta ainda no apoio de Isaias Pereirinha (PSL)  – como fruto de um acordo firmado desde a última eleição do atual presidente.

Astro: ainda no páreo

Quem ganhou força com a eleição de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) foi a vereadora Rose Sales (PCdoB), que conta com o apoio da maior parte do grupo que o elegeu para ser a primeira mulher a comandar a Câmara Municipal.

Ivaldo Rodrigues: articulação

Mas o também reeleito Ivaldo Rodrigues (PDT), embora negue, pulou para o barco de H0landinha na virada do primeiro para o segundo turno pensando exatamente na presidência da Câmara.

E conta com a força do PDT, partido que praticamente bancou a estrutura eleitoral de Holanda Júnior.

A disputa pela Câmara MUnicipal deve ser o principal assunto político nesteintervalo entre a eleição e a posse do novo prefieto, e 1º de janeiro.