Engana-se quem pensa que basta aplicar a margem de erro de 3 pontos percentuais nos números da pesquisa Escutec para decretar a vitória ou não de Roseana Sarney (PMDB) no primeiro turno das eleições maranhenses.
De acordo com o instituto, a governadora tem 50,4% das intenções de voto. Aplicando-se a margem, significa que ela pode ter entre 47,4% ou 53,4%.
Mas não é isso que define se haverá ou não segundo turno.
Mesmo se, numéricamente, Roseana tiver apenas 47,4%, ainda assim ela venceria no primeiro turno se as eleições fosem hoje.
Isto porque a soma dos votos dos seus adversários, que são considerados votos válidos, chega a apenas 43,6% (25,8+16,8+0,4+0,4+0,2=43,6).
Perceba que, aqui – apenas para efeito de ~ilustração – aplicou-se a margem de erro para baixo no caso de Roseana, e manteve-se os índices dos demais candidatos inalterados. Pelas regras estatísticas, a aplicação tem que ser linear; ou seja, menos para todos ou mais para todos.
Para vencer as eleições no primeiro turno, tecnicamente, o candidato não precisa ter mais de 50% dos votos da eleição. Ele precisa apenas que a soma dos votos dos seus adversários seja inferior à metade dos votos válidos.
Para efeito de cálculo, a Justiça Eleitoral despreza os votos nulos e em branco. Apenas os votos nominais são contados como válidos.
Significa dizer que, se Roseana tem 47,4% e os seus adversários somam 43,6%, ela tem mais da metade dos votos nominais.
Portanto, estaria eleita no primeiro turno.
Simples assim…
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