Com habilidade política e uma certa dose de uso da máquina, o prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), vai movimentando as peças do xadrez eleitoral e determinando, sozinho, quem quer enfrentar nas eleições de 2012.
Não quer ver, por exemplo, os tradicionais parceiros PDT, PPS e PTC com arroubos eleitorais que possam vir a incomodá-lo.
Chega a ter a pretensão de se declarar oposicionista, pregando, por voz própria ou de prepostos, a união do “campo democrático”, sem ressalvas para PCdoB, PT e PSB.
Castelo quer o embate com o grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) – porque sabe que o maniqueísmo amplia suas chances.
O “nos contra eles” foi o mote usado pela oposição ao sanreysismo desde sempre. Nunca deu certo no estado, mas formou um muro na capital maranhense contra as “hostes oligárquicas”.
E já levou Gardênia Castelo (PDS), Jackson Lago (PDT), Conceição Andrade (PSB), Tadeu Palácio (PDT) e o próprio Castelo ao poder local.
Faltando exatos 18 meses para as eleições, o prefeito tucano já tem junto de si PSDB, PTC, PP, alguns nanicos e parte do PDT e do PPS, que espera ter no todo até as convenções.
Sobram-lhe como “adversários” a esquerda capitaneada pelo PCdoB, sem a mesma convicção de 2008, e os partidos sarneysistas – PT incluído – muitos dos quais defendem aliança com o próprio Castelo.
Ruim das pernas na opinião pública, o prefeito monta a base partidária que pode levá-lo, a despeito disso, à reeleição em 2012.
Determinando, inclusive, quem vai e quem não vai enfrentá-lo…