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Roberto Rocha vê “transição de geração” na política maranhense…

Rocha e Dino: cada vez mais próximos...

O ex-deputado federal Roberto Rocha (PSDB) se põe no mesmo patamar do também ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB).

– Eu e o Flavio deixamos o conforto de uma reeleição parlamentar para uma sempre desigual disputa majoritária – disse o tucano, ao blog do jornalista Frederico Luiz de Imperatriz.

Para Rocha, esta determinação foi fundamental para que houvesse uma divisão eleitoral clara em 2010, evitando assim, na sua comcepção, que uma banda do Maranhão tivesse que “hipotecar seu futuro político”.

O presidente do PSDB considera que o Maranhão vive uma transição de geração na política.

Seu argumento leva em consideração a iminente aposentadoria de vários figurões da política, como José Sarney, Edson Lobão, José Reinaldo, João Alberto, Epitácio Cafeteira e João Castelo, para citar apenas alguns dos que ainda disputam eleições.

– Ainda bem que temos uma boa relação, que permite o necessário diálogo sobre o futuro político do nosso estado diz ele, em relação ao adversário comunista.

Rocha tem a mesma concepção de Dino em relação às eleições de 2012.`

Para os dois, a sucessão municipal tem que estar integrada aos interesses relacionados à eleição estadual de 2014, “uma ponte entre o presente e o futuro”.

Leia a íntegra da entrevista em frederico2010.blogspot.com

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A eterna “ressurreição” da Barrigudeira…

Imagem: Biné Morais (15/01/2009)

A centenária barrigudeira do Colégio Barbosa de Godóis, no Monte Castelo, voltou à mídia na semana que passou.

E mais uma vez pelos mesmos motivos: descaso das autoridades, incompetência dos serviços de catalogação do patrimônio urbanístico de São Luís e desinformação da sociedade.

Vítima desta junção de fatores, a pobre árvore agoniza em seus últimos momentos de vida – que poderiam ser prolongados por muito tempo ainda.

A história da barrigudeira veio à tona em 2008.

Absolutamente incompetente, a então direção do Instituto de Paisagismo determinou a “poda drástica” da árvore, baseada em um laudo sem pé-nem-cabeça que decretava a sua morte.

Um ano depois, a barrigudeira insistia em dar sinais de vida – num belo reflorescimento registrado também aqui neste blog. (Releia aqui)

Na época, um novo laudo, desta vez do Centro de Agronomia da Uema, mostrava que a árvore poderia ser salva, com tratamento apropriado para a cupinização que lhe secava o caule.

Passaram-se dois anos da “ressurreição” da árvore sem nenhuma ação dos órgãos envolvidos – nem do Corpo de Bombeiros, nem do Instituto de Paisagismo, muito menos dos técnicos que prometiam a cura.

Nesta semana, os técnicos da Uema atestaram a morte da barrigudeira, após a queda de um galho de cerca de sete metros.

A histórica barrigudeira do Monte Castelo encerra assim o seu ciclo de vida.

Será???

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Que fim levou o corpo de Cristo???

O mito bíblico da ressurreição conta que Jesus de Nazaré, depois de morto na cruz, foi levado para uma sepultura cedida por “um homem rico de Arimatéia”. Após três dias de sepultamento, ressuscitou no domingo de Páscoa e subiu aos céus.

Antes, porém, teria sido visto por algumas mulheres e aparecido a alguns discípulos. E só.

Imprecisos, os evangelhos que contam a “história” de Jesus não dão mais detalhes. Mas a história da ressurreição ganhou o mundo ocidental nos dois mil anos seguintes.

Primeiro por influência do Império Romano, que via na “seita” crescente, uma forma de controlar politicamente os povos rebeldes. Depois, por influência da Igreja Católica, que ganhou o mundo fazendo acordos com reis e imperadores. O rei chancelava a doutrina da Igreja e a Igreja “divinizava” os reis diante do povo.

Há algumas impossibilidades históricas no relato de Marcos – copiado depois por Lucas e por um certo Mateus, que muitos acreditam ser o discípulo, mas não é.

Não há testemunhas oculares da ressurreição de Jesus. Há apenas declarações de que “alguém viu”.

É tipo assim: alguém disse que alguém disse que foi assim.

Marcos, por exemplo, não conheceu a Jesus. Escreveu seu evangelho 40 anos depois que o nazareno havia sido crucificado. O que ele conta – depois copiado com alterações por Lucas e Mateus – foi baseado em relatos de pessoas, que teriam convivido com pessoas, que conheceram a Jesus.

Há um detalhe histórico no Evangelho de Marcos que a igreja – católica e evangélica – tenta manter despercebido pelos bilhões de fiéis no mundo: os antigos manuscritos do evangelista têm 16 capítulos, sendo que o 16° capítulo vai do 1° ao 8° versículo. Mas a Bíblia ocidental, usada em todas as igrejas cristãs no mundo traz os versículos 9° a 20°. Ou seja, um acréscimo feito entre os anos 200 e 300 da era cristã. Detalhe: os versículos acrescentados posteriormente à história de Jesus escrita por Marcos são justamente aqueles que tratam da ressurreição.

Josh MacDowell e Russel Shedd, dois dos mais respeitados teólogos evangélicos do mundo, têm estudos sobre o assunto.

A “Bíblia de Estudo Shedd”, inclusive, é uma das referências de escolas dominicais e missas carismáticas no mundo inteiro. Em seus comentários, o autor detalha a inclusão dos acréscimos. Mas os “crentes” não lêem e os pastores não estimulam essa leitura, obviamente.

Mesmo ignorando os acréscimos, ainda assim Marcos comete algumas impropriedades com a história – de caso pensado ou não.

É consenso entre especialistas, hoje, a história da crucificação. É consenso, também entre historiadores o destino dos crucificados. Juan Arias, jornalista e vaticanista, autor de “Jesus, este grande desconhecido”, diz que a crucificação era reservada pelos romanos aos crimes de Blasfêmia. O mesmo crime, nas leis dos Judeus, era punido com apedrejamento.

John Dominnic Crossan, biblicista da Universidade Jerusalém, autor de ” Jesus Histórico”, argumenta que o julgamento durava semanas, e ao acusado havia o direito de protelar, com testemunhas.

Jack Miles escreveu “Jesus – Uma crise na vida de Deus” e “Deus, uma biografia” – este último vencedor do Pulitzer de 1996. Ele pondera que “a ressurreição foi uma doutrina inventada por Paulo” para reorganizar os cristãos, que estavam divididos em várias seitas.

Tanto Arias quanto Crossan e Miles fecham num ponto: a condenação na cruz era uma espécie de crime capital. O crucificado não tinha sequer o direito de ser enterrado. Segundo Crossan, a família de um crucificado, quanto mais pobre fosse, caso da de Jesus, mas dificuldade tinha retirá-loda cruz. O corpo teria que apodrecer no madeiro, “para servir de alimento a cães e urubus”.

A ressurreição de Jesus é base da doutrina cristã no mundo ocidental.

É comum pastores evangélicos, e muitos padres carismáticos, proferirem sermões exaltando Jesus em relação a Buda, Maomé, e outros ícones religiosos. Nestes sermões, dizem que, “diferente de Buda, de Maomé, cujos corpos estão sepultados, ninguém vê o corpo de Cristo, porque ele ressuscitou”.

Têm razão os líderes religiosos. O corpo de Cristo não está no Santo Sepulcro.

Simplesmente porque ele nunca foi levado para lá…

Publicado originalmente em 08/04/2007
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As versões bíblicas da Paixão de Cristo…

Jesus é preso: dúvidas sobre local e dia...

A narrativa da história de Jesus de Nazaré é encontrada apenas nos evangelhos que foram decididos como canônicos pela Igreja – ou inspirados pelo Espírito Santo.

O mais antigo deles é o de Marcos, escrito cerca de 40 anos depois que Jesus havia morrido. Marcos serve de inspiração para Mateus e Lucas, escritos mais tarde.

O evangelho atribuído a João é bem mais moderno, cerca de 70 anos depois que Jesus morreu. A história da Paixão de Cristo como está na Bíblia foi escrita assim pelos evangelistas:

A Prisão:  Os evangelhos sinóticos – Marcos, Lucas e Mateus – contam que Jesus foi preso por uma multidão, por ordem dos principais sacerdotes, dos magistrados do Templo e dos anciãos judeus, como mostra Lc 27; 47 a 53.

Julgamento de Cristo: indefinição sobre acusadores

O evangelho de João discorre de forma diferente sobre o episódio. Para o evangelista, Jesus foi preso por soldados romanos, como relata em Jo 18; 1 a 11.

A condenação: Segundo o evangelho de Marcos, Jesus foi condenado à morte pelo Sinédrio, o superior tribunal judeu, pelo crime de blasfêmia. (Mc 14;53 a 65).

O evangelho de João conta que Jesus foi apenas interrogado pelos sacerdotes do Sinédrio –  Anás e Caifás – mas nada diz sobre condenação. No evangelho de João, é o governador romano Póncio Pilatos quem entrega Jesus à crucificação (Jo 19; 1 a 16).

 

Crucificação guarda mito sobre José de Arimatéia

A crucificação:De acordo com o relato de Mateus – baseado em Marcos e seguido por Lucas – Jesus foi crucificado no dia da Festa de Páscoa (dia 15 de nisan, no calendário hebraico antigo), depois de ter comemorado a ceia da véspera de Páscoa (Mt 27 33-44).

O evangelho de João, por outro lado, afirma que a crucificação ocorreu na quinta-feira, 14 de nisan, na véspera da Páscoa. (Jo 19; 17 a 22) – a diferença de um dia implica várias questões dogmáticas e de fé.

O sepultamento: Marcos nos conta que, depois de morto, Jesus é retirado da cruz por José de Arimatéia, homem rico, ilustre membro do Sinédrio judaico – o mesmo que o condenou (Mc 15; 42 a 46).

Mateus reforça esta tese, mas inclui também credenciais cristãs a Jesus e dizendo ser José de Arimatéia, inclusive, discípulo de Jesus. (Mt. 27;57-60).

Esta é a história da Paixão de Cristo, como contada nos Evangelhos.

Sem tirar, nem por…

Publicado originalmente em 10/04/2009
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Um chute de R$ 8 milhões…

Trata-se de uma invenção a história de que o governo Roseana Sarney (PMDB) gastará R$ 8 milhões para a Beija-Flor de Nilópolis homenagear os 400 anos de São Luís, no carnaval carioca de 2012.

Pode até ser mais, obviamente, como também pode ser muito menos.

Este valor foi chutado irresponsavelmente nas redes sociais após divulgação por este blog, com exclusividade, na semana passada, da visita dos diretores da escola de samba ao Maranhão.

Como o governo nunca se preocupou em desmentir o valor plantado na rede, passou-se a especular toda a história da homenagem à capital maranhense em torno dos inventados R$ 8 milhões.

O fato é que o governo Roseana agendou de forma errada a informação sobre a homenagem a São Luís – que acabou vazando em momento inoportuno – e não se preocupou também em esclarecer de imediato valores e circunstâncias do contrato.

E este silêncio gera uma bola de neve que se tornará difícil de remover no futuro…

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Hildo Rocha: “pleitos dos deputados são resolvidos pelo governo”…

Hildo Rocha: não há pendências com deputados

O secretário de Articulação Política do governo, Hildo Rocha, rebateu ontem as críticas feitas por membros da bancada governista na Assembléia Legislativa, de que não estão sendo atendidos pelo governo.

– Tivemos duas reuniões com a bancada – além de uma com a própria governadora. Em todas, os pleitos apresentados já foram ou estão sendo resolvidos – disse Rocha.

Ele citou como exemplo o caso do Aldenora Bello. Segundo o secretário, a solução para o problema do hospital foi o principal pleito da última reunião com a bancada, na semana passada.

– Isto foi resolvido ontem pelo secretário Ricardo Murad, embora o problema nem seja do estado – explicou Hildo Rocha.

Na semana que passou, deputados reclamaram da ausência do governo em relação à bancada, em matérias repercutidas neste blog e no blog do jornalista Jorge Aragão.

Segundo os parlamentares, os secretários não atendem telefone e nem resolvem os problemas levados por eles.

Para contestar os argumentos, o secretário lista as reivindicações dos próprios parlamentares.

– Eles pediram, por exemplo, participação no Conselho de Gestão. Na próxima reunião, eles já vão participar. Com relação às emendas, todas estão sendo liberadas dentro do tempo certo, a exemplo do carnaval – destacou.

Para Hildo Rocha, portanto, as reclamações não procedem…

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Prefeito de Santa Rita usa informações privilegiadas para faturar politicamente com obras da BR-135…

O prefeito de Santa Rita, doutor Hilton (PDT), articula com o deputado federal Carlos Brandão (PSDB) uma manifestação popular de cobrança pela duplicação da BR-135.

Uma ação louvável, não fosse um detalhe: a obra, cobrada pela governadora Roseana Sarney (PMDB) desde 2010, já está assegurada pelo Ministério dos Transportes. (veja Ofício encaminahdo à então ministra Dilma Rousseff (PT)).

Os recursos, da ordem de quase R$ 200 milhões, foram assegurados pelo Denit, em recente reunião com o deputado maranhense Chiquinho Escórcio (PMDB). (Releia aqui)

O Edital de Licitação deve sair até o dia 5 de maio.

Hilton Gonçalo e Carlos Brandão agem com má fé, portanto. Sabem que a obra vai sair e mobilizam a população para cobrar algo já garantido.

E assim, posarão como pais da criança…

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Irmão de Jackson que refundar o PCO no Maranhão…

O louvor a Trotski ocorre até na logomarca do PCO

O médico Zeluís Lago deixou o PPS.

– Não foi nada pessoal, foi ideológico. Não me senti confortável com os rumos que o PPS está tomando – explicou ele.

Irmão do ex-governador Jackson Lago (PDT), falecido este mês, Zeluís já articula nova legenda.

Quer refundar no estado o radical trotkista Partido da Causa Operária (PCO).

Nas eleições de 2006 e de 2008, o PCO tentou entrar na disputa com o folclórico Ribamar Pedrosa. Sem registro oficial no diretório nacional, o candidato acabou vetado pela Justiça Eleitoral.

Agora será diferente, garante Zeluís Lago:

– Vamos trabalhar, dentro das regras do diretório nacional, para atuar nas eleições de 2012.

Junto com o irmão de Jackson, outros ex-membros do PPS também pretendem seguir para o PCO.

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Ricardo Murad assegura R$ 1,3 milhão para o Aldenora Bello

O secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, autorizou hoje o repasse emergencial único de R$ 1,32 milhão para o Hospital Aldenora Bello.

Além disso, serão repassadas ao Aldenora Bello mais quatro parcelas mensais de R$ 165 mil, entre os meses de maio e agosto.

A transferência assegura a reabertura do Serviço de Pronto Atendimento (SPA) aos pacientes oncológicos que havia sido suspenso por aquela unidade de saúde.

O secretário reuniu-se hoje com os diretores do hospital, quando garantiu o repasse imediato dos recursos.

Durante a reunião, Ricardo Murad voltou a defender a transferência da gestão de alta complexidade para o estado. Hoje, este tipo de atendimento é de responsabilidade da prefeitura.

– Este repasse emergencial visa assegurar a assistência aos pacientes com câncer em São Luís até que a gestão, hoje de responsabilidade do Município, seja revista – disse Murad.

O secretário disse que pretende abrir discussão coma  Prefeitura de São Luís para encontrar uma solução definitiva para o atendimento oncológico no Maranhão. 

De acordo com o diretor adminsitrativo do Aldenora Bello, José Generoso, o SPA será reaberto até o dia 1º de maio.

Também participou da reunião com Ricardo Murad a presidente da Fundação Antônio Jorge Dino, Enide Moreira Lima Jorge Dino.

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Pedido de licença de Roseana confunde a mídia desatenta…

A mensagem que confundiu desinformados

Trata-se da praxe anual o pedido de licença para afastar-se do país, encaminhado pela governadora Roseana sarney (PMDB) e aprovada ontem na Assembléia Legislativa.

A cada ano, no início da legislatura, o governo encaminha este pedido à Assembléia, que, aprovando-o, autoriza o chefe do Executivo a se ausentar do país a qualquer tempo, durante o ano, sem necessidade de licenças específicas.

Foi assim nos dois primeiros governos de Roseana, foi assim com Jackson Lago (PDT) e com José Reinaldo (PSB).

A parte da imprensa desinformada e desatenta viu a mensagem governamental no Diário da Assembléia, achou que tinha descoberto a pólvora e danou-se a especular.

Chegaram a definir uma viagem internacional da governadora, com a eventual posse do vice Washington Oliveira.

Nada a ver.

Roseana não tem qualquer previsão de viagem nos próximos.

A menos que decida de última hora…