A situação da prefeita de Paço do Lumiar, Bia Venâncio (PDT), não é inédita no município.
Aliás, se repete cheia de coincidências. A situação da prefeita é a mesma vivida há oito anos pelo então pedetista Mábenes Fonsêca.
Bia, como Mábenes, foi eleita no enfrentamento a um status quo, um establishment de Paço do Lumiar – contra tudo e contra todos.
Difícil é governar numa situação destas.
Há pressão de todos os lados – ameaças, chantagens e o jogo bruto transformando em escândalo as situações mais corriqueiras em nome da manutenção dos “sócios do poder”.
No início dos anos 2000, Mábenes Fonseca pagou o preço de se apresentar como outra via no município.
As circunstâncias foram se construindo a ponto de tornar fato consumado sua cassação – garantindo a posse ao então vice e impedindo o seu retorno ao cargo.
A história se repete com os mesmos ingredientes.
O afastamento da prefeita Bia Venâncio foi construído de tal forma a impedir que ela possa retornar ao cargo. Para isso, se mobiliza tudo – imprensa, Câmara Municipal, Assembléia Legislativa e até setores do Judiciário.
Exatamente o que acontece a todos que resolvem se opor ao establishment.
Coisas do Maranhão…