Título do Sampaio, em 97: sem lugar para mais ninguém
Há uma diferença crucial do atual programa “Viva Nota” para sua versão mais antiga, o “Nota na Mão”, lançado pelo governo Roseana Sarney (PMDB) nos anos de 1997 e 98.
Naquela época, havia times de futebol no Maranhão. Agora, não!
Em 1997, o Estádio Castelão vivia lotado por que o Sampaio Corrêa disputava com vontade a Terceira Divisão.
Foi campeão da Série C, chegando à Série B, portal de entrada da elite futebolística, onde o Moto também esteve.
Na Copa do Brasil, Moto, Sampaio e MAC cumpriam seus papéis com certa dignidade, em estádios sempre lotados.
A Bolívia Querida disputou até a Copa Conmembol, precursora da Sulamericana, sendo eliminado pelo Santos, na semifinal, com recorde de público no Castelão.
O blog de Zeca Soares divulgou um levantamento parcial do programa “Viva Nota”: apenas 22 mil contribuintes se cadastraram para ter direito aos sorteios de prêmios.
Com relação ao futebol, o fracasso é ainda maior: apenas 2,5 mil torcedores já trocaram cupons por ingressos da Copa União, um destes “torneios de bairro” criados para não deixar o falido futebol maranhense sem atividade no segundo semestre.
É no segundo semestre que os clubes dos demais estados do Brasil disputam os campeonatos que importam de verdade: Brasileirão das séries A, B, C – e até a D, onde os maranhenses estacionaram há quase uma década.
Hoje, a bolívia se resume a remendos...
É exatamente esta a diferença em relação ao programa da década de 90.
Ninguém tem interesse em trocar o conforto de casa, assistindo aos grandes clássicos brasileiros, em uma série A disputadíssima, em jogos com imagens HD, por um acanhado Nhozinho Santos, palco da inexpressiva Copa União.
O fracasso do “Viva Nota” guarda uma lição: futebol não tem milagre. Ou é bom ou é ruim…
E o do Maranhão está na segunda categoria…
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