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Quebra do sigilo telefônico pode elucidar morte de Décio Sá…

Décio Sá: quse sempre ao telefone, como mostra imagem da Mirante

As ligações feitas e recebidas pelo jornalista Décio Sá no dia do seu assassinato – e nos dias anteriores ao crime – podem levar a polícia a desvendar o que o levou para a morte.

Como fontes em todo o Maranhão, Décio passava boa parrte do tempo de trabalho ao telefone, sempre colhendo informações ou trocando impressões com políticos, autoridades e outros jornalistas.

Em uma destas ligações pode estar a chave, ou pelo menos um indício, do que pode ter levado ao seu assassinato.

No dia do crime, Décio Sá chegou à redação do jornal O EstadoMaranhão por volta das 19 horas.  Em duas ocasiões, ele falou com alguém sobre alguma coisa  sobre uma mulher da qual tinha uma matéria a fazer. Perguntou se o interlocutor era ou não ligado a esta mulher.

Também falou com alguém que parecia querer sua presença. Ele respondeu que falaria “por telefone mesmo”.

O jornalista foi o último repórter da equipe de Política a deixar a redação, por volta das 22 horas – e usando o telefone, como mostram as imagens do sistema de segurança da empresa.

Sabe-se hoje que Décio conversou com três pessoas no intervalo entre a saída da redação e sua morte. 

O jornalista Luís Cardoso o convidou para um jantar no Restaurante Dona Maria, mas ele informou estar indo para o restaurante Estrela do Mar, onde se encontratria com alguém.

Já no local, foi alcançado pelo suplente de vereador Fábio Câmara, que o convidou para comer macarrão no Sushibar. Ele optou pela caranguejada do local onde estava.

O último a falar com Décio foi o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem (PSD), exatamente na hora em que ele estava sendo alvejado.

– Eu estava falando com ele, quando ouvi zoada e ele parou de falar. Como não sabia o que ocorrera, liguei várias vezes, sem sucesso. Então liguei para Fábio Câmara e disse a ele que alguma coisa tinha acontecido com Décio – contou Aristides, ao titular deste blog, ainda na madrugada do crime.

É possível que Décio tenha falado com várias outras pessoas desde a saída da Mirante até o local do crime.

Estas conversas podem revelar muita coisa…

 

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Murad compara violência de Pedrosa à dos assassinos de Décio…

O secretário de Saúde, Ricardo Murad, reagiu indignado, agora há noite, à posição do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Antonio Pedrosa.

Para ele, o comando da OAB tem obrigação de posicionar contra “tamanha violência”, que ele comparou à mesma dos assassinos do jornalista Décio Sá.

Ao se eximir de posicionamentos em relação ao assassinato, Pedrosa usou o termo “gorilas diplomados” para designar jornalistas políticos do Maranhão.

– O silêncio da Ordem até esse momento só o presidente pode explicar, mas se omitir diante de tamanha violência contra quem já não pode defender-se é inaceitável. Sinceramente esperamos sua manifestação – cobrou Murad.

Pedrosa condenado pela atitude de gorila

A covardia do representante dos direitos humanos foi criticada duramente também em blogs que repercutiram suas declarações preconceituosas e insensíveis.

Para muitos, ele perdeu, inclusive, as condições de continuar em cargo tão importante na estrutura da OAB.

Advogados pretendem cobrar de Antonio Pedrosa uam retração à ofensa dirigda gratuitamente aos jornalistas maranhenses.

E, principalmente, a Décio Sá, que já não pode mais se defender…

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Gorilas diplomados: é assim que a OAB vê os jornalistas???

Para Pedrosa, jornalistas não passam de gorilas diplomados

A expressão acima foi usada por ninguém menos que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Antonio Pedrosa.

Expressão covarde, insensível e, acima de tudo, preconceituosa.

Em seu blog, ao falar do crime contra Décio, com clara intenção de se eximir da responsabilidade como membro de um órgão tão representativo, Pedrosa usou a pérola ofensiva como que para dizer: é problema deles; que se virem!

– Não derramei lágrimas de crocodilo no velório , no qual nãoa ceitaria confortavelemtne comparecer. Sempre discordei dessa linha de jornalismo que, no estado, é composta por um pequeno grupo de gorilas diplomados – afirmou quem deveria afirmar os direitos humanos. (Leia aqui)

A simples expressão gorila já estaria carregada de preconceito por si só. Afinal, Décio era negro.

Mas a carga de covardia, insensibilidade e omissão é ainda maior por que vinda de alguém que deveria lutar pelos direitos humanos em toda a sua plenitude.

E mostra exatamente como as castas que se acham acima do bem e do mal vêem os profissionais de comunicação no estado.

Postura simplesmente deplorável…

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A última viagem…

Décio, com Caio, André e Gilberto passando atrás...

A imagem ao lado foi a última de Décio Sá registrada em um momento de trabalho no interior.

Sua última viagem, sexta-feira, dia 13, acompanhando a governadora Roseana Sarney (PMDB), em Barreinhas, para inauguração de um hospital.

Ao lado do blogueiro Caio Hostílio e o assessor da Secretaria de Saúde, André Belquior, eles brincam com uma garrafa de “cana” em um quiosque.

Ao fundo, se vê o também jornalista Gilberto Léda.

Nos dias seguintes, publicou denúncias graves de, várias partes do estado.

E qualquer uma podem ter a ver com a sua morte.

O clima de descontração em Barreirinhas nem pronunciava o que estava por vir…

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Delegados confirmam prisão de suspeito da morte de Décio…

Décio: covardemente assassinado

Os delegados Maimone Barros e Guilherme Souza confirmaram ao jornalista Marcial Lima, a prisão de Fábio Roberto Cavalcante Lima, suspeito de envolvimento na execução do jornalista Décio Sá.

O suspeito está sendo ouvido desde o final da manhã e é apontado como um dos que deram fuga ao executor dos disparos.

Apesar de os delegados confirmarem a prisão, a polícia só irá se pronunciar oficialmente após a conclusão das investigações.

Fábio Roberto foi preso na noite de ontem, na Vila Pirâmide, a partir de informações do Disque-Denúncia.

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Comitê de Imprensa quer elucidação total da morte de Décio Sá…

Comoção, consternação e revolta tomam conta da imprensa maranhense diante do assassinato frio e brutal do jornalista Décio Sá, crime caracteristicamente encomendado, bárbaro e um atentado inominável contra a liberdade de expressão e o livre exercício profissional.

O Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa, por seu presidente, por seus membros, lamenta pela tragédia ocorrida, se associa à dor da família, dos amigos, dos funcionários e diretores do Sistema Mirante de Comunicação e exige que o crime seja apurado, os executores e, principalmente, mandantes sejam punidos, presos, condenados.

Consideramos que a morte de Décio Sá é mais um prêmio à impunidade que grassa nesse Estado com relação aos crimes de pistolagem que a própria imprensa, inclusive a vítima, já vinha denunciando há algum tempo.

Consideramos que quilombolas, lavradores, empresários e políticos estão sendo assassinados por pistoleiros no Maranhão sem que haja uma resposta positiva do Sistema de Segurança. Na maioria dos casos, assassinos e mandantes ficam impunes para desgraça das vítimas, seus familiares, amigos e a sociedade.

Consideramos, ainda, que diante da ousadia de um assassinato cometido em lugar tão freqüentado, por bandidos que, praticamente, deixaram suas digitais no local do crime, toda a imprensa do Maranhão se sente insegura, assim como qualquer homem público, o que exige ações extremas do Estado.

A dor que nos comove, a raiva que nos constrange, a sensação de impotência e perda diante de tão desprezível ato, tamanha brutalidade, nos compunge – até para que a morte de nosso colega Décio Sá não seja em vão – a solicitar das autoridades ações da força armada do Estado para o expurgo imediato, sem constrangimentos nem contemplações, de todos os pistoleiros que, na busca de novos crimes e propostas, hoje rondam o Maranhão.

São Luís, 25 de abril de 2012

Jonaval Medeiros da Cunha Santos
Presidente

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O silêncio passional da OAB…

Há uma luta renhida nos bastidores da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil motivada pela execução covarde do jornalista Décio Sá.

Advogados de postura mais pluralista e democrática tentam convencer a direção da entidade a divulgar nota oficial sobre o crime – aliás, como sempre foi praxe na OAB.

Mas enfrentam resistências de alguns diretores.

O único a já se manifestar foi o presidente Mário Macieira, mesmo assim, de forma pessoal, sem a chancela institucional, engessada pelos demais diretores.

A vice-presidente Valéria Lauande faz caras-e-bocas na frente da TV, mas não esconde, nos bastidores, a antipatia que nutria por Décio, autor de várias denúncias contra a Ordem.

Nas conversas com os colegas, os diretores chegam a lembrar a relação tumultuada com o jornalista, como se quisessem justificar o silêncio da OAB.

Um silêncio passional, covarde e cúmplice, diga-se de passagem…

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Deputados já pensam em CPI da Pistolagem…

Um debate ainda incipiente começa a ganhar corpo na Assembleia Legislativa: a criação de uma CPI para apurar os crimes de pistolagtem no Maranhão.

Apesar de setores do governo negarem a existência deste tipo de organização criminosa no Maranhão, os fatos recentes evidenciam a prática.

Por isso, deputados já pensam na criação de uma comissão de investigação.

Policiais periciam área onde foi encontrado o empresário marggion

O assassinato do jornalista Décio Sá é um exemplo deste tipo de crime, mas não é isolado.

Antes dele, foram mortos o sem-terra Miguelzinho, na região central do Estado; os prefeitos Ita Alves e Raimundo Bartolomeu, o Bertin; os dois empresários da BR-135; um egenheiro da região tocantina e o empresário Margion Andrade, no Araçagy.

Todos crimes insolúveis ou com os mandantes ainda soltos.

Só estes fatos já justificam a criação de uma comissão. Mas há muitos outros, envolvendo gente menos importante.

Gostem ou não aqueles que preferem viver em “contos de fadas”…

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Suposta prisão de matador de Décio Sá foi alarme falso…

Não passou de um alarme falso a suposta prisão de um dos envolvidos na morte do jornalista Décio Sá, divulgada em alguns blogs e, principalmente, nas redes sociais, agora à noite.

A Secretaria de Segurança negou as informações e garantiu que as investigações continuam e estão avançadas.

A foto do suposto preso foi publicada no perfil “Rafael Ayres” na rede social Facebook, e rapidamente se alastrou por outros perfis e blogs.

Emissoras de rádio também chegaram a divulgar a falsa prisão.

Mas o próprio autor da postagem a retirou depois da confirmação da Segup de que tudo não passava de informação errada.

A polícia já tem imagens do provável executor, flagrado por câmeras de segurança de prédios da orla marítima.

Estas imagens já foram mostradas para testemunhas, que confirmaram as características com as do homem que foi ao Restaurante Estrela do Mar.

Mas nenhuma prisão foi oficializada até agora…

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Tese de apoio do PDT a Castelo será decidida pela Nacional…

João Castelo e Clodomir Paz

A tese de manutenção da aliança com o prefeito João Castelo (PSDB) foi a vencedora da plenária do PDT, na noite de terça-feira.

A maioria do partido optou por permanecer com o prefeito, rejeitando as teses de aliança com partidos da oposição ou de candidatura própria.

Os castelistas lembraram que a aliança com o PSDB foi definida desde 20o8, por orientação do então governador Jackson Lago.

A grandiosa maioria do nosso partido se manifestou a favor do projeto de apoio à reeleição do prefeito Castelo. Foi uma decisão tomada com o respaldo de representantes de praticamente todos os segmentos que compõem o PDT em nossa capital – afirmou o secretário Clodomir Paz, principal defensor da tese.

Mas os defensores da tese de coligação com PCdoB, PP, PTC, PSB e PPS – com mais influência no diretório nacional, vão tentar mudar esta posição.

Pelas regras partidárias, cabe à Executiva Nacional decidir sobre a política de alianças nas capitais brasileiras.