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Quem é quem na quadrilha…

Miranda e Gláucio: pai e filho

José de Alencar Miranda: De acordo com a polícia, foi quem, juntamente com seu filho, Gláucio Alencar Pontes, viabilizaram os R$ 100 mil para a morte de Décio Sá.

Gláucio Alencar Miranda: É um dos homens mais ricos do Maranhão, fortuina acumulada com agiotagem e negociações de fornecimento de merenda a prefeituras. Foi convencido por Júnior Bolinha a eliminar Décio.

Bolinha: em Stª Inês, um próspero empresário

Júnior Bolinha: conhecido em Satna Inês como empresário, odiava Décio Sá, desde que o jornalista o denunciou por roubo de um trator, o que levou à perda da representação da Coca Cola na região.

Buchecha: o faz-tudo de Bolinha

Buchecha: Faz-tudo de Bolinha. Operacionalizaou o aluguel da casa no Parque Vitória, onde ficaram hsopedados os dois pistoleiros do Pará.

O assassino Jhonatan

Jhonatan de Souza: O assassino do jornalista. Foi trazido do Pará para a execução. Seguiu Décio por dois dias, até decidir agir, no bar Estrela do Mar.

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Polícia quer chegar a protetores de agiotas…

A Secretaria de Segurança Pública vai continuar as investigações da morte do jornalista Décio Sá, mesmo depois da prisão do executor e dos mandantes.

O objetivo agora é chegar à rede de proteção da quadrilha composta pelos agiotas que encomendaram o assassinato do jornalista.

– A investigação está muito adiantada – garantiu o secretário Aluísio Mendes.

A polícia garante que os agiotas contavam com uma rede de proteção que lhe garantia a certeza da impunidade. Por isso promoviam a extorsão e a execução de vítimas para garantir a atividade de agiotagem.

– Essa quadrilha mantinha empresas, mas a atividade principal era a agiotagem. E para isso, achavam que tinham impunidade – disse o delegado-geral adjunto Marcos Afonso.

A segunda fase da investigação é descobrir onde está instalada esta rede de proteção.

E para isso, as investigações continuarão sob sigilo…

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Havia mais seis na lista de execução…

O secretário de Seurança Pública, Aluísio Mendes, revelou agora há pouco que a quadrilha responsável pela execução do jornalista Décio Sá tinha uma lista com outras seis possíveis vítimas.

Ele não revelou nomes, mas deixou claro haver “inclusive um ambientalista”  entre as pessoas marcadas para morrer.

O próprio Júnior Bolinha, intermediador da contratação do pistoleiro Jhonatan, estava na alça de mira do crime. O matador iria executá-lo no último domingo, por causa do restante da dívida pela morte de Décio.

– Ele acertou R$ 100 mil e só repassou efetivamente R$ 20 mil ao matador – contou Aluísio Mendes.

Bolinha só não foi morto por Jhonatan por que foi capturado antes pela polícia…

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Desembargadora consegue transformar decisão absurda a favor de Hemetério Weba em algo mais absurdo ainda…

Hemetério, claro, é só felicidade...

O que já era uma decisão absurda tomada por um membro do Tribunal de Justiça do Maranhão, tornou-se ontem ainda pior .

A desembargadora Maria das Graças Duarte decidiu estender o efeito suspensivo dado pela colega Raimunda Bezerra a um recurso do deputado cassado Hemetério Weba (PV) em uma ação que nem admitiria mais recurso.

Trata-se da declaração de perda dos direitos políticos – com consequente extinção do mandato eleitoral – proferida contra o parlamentar e com decisão já transitada em julgado por perda de prazo.

Mesmo sem direito a mais recursos, Weba encontrou, em novembro do ano passado, uma forma de convencer Raimunda Bezerra a mantê-lo no cargo. Ela cassou os efeitos da sentença já transitada – algo inédito -, mas só até que o próprio Weba protocolasse uma Ação Rescisória. 

Esta Ação Rescisória foi protocolada dias depois, o que levaria à declaração automática da perda do mandato, o que não ocorreu.

Agora, sete meses depois, Maria das Graças Duarte decide estender o efeito suspensivo – mantendo o deputado no mandato – até que a Rescisória seja julgado.

E sabe-se lá quando a ação será julgada no TJ.

Coisas da justiça maranhense…

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Agiotagem envolve diversas prefeituras…

Entre documentos e provas apreendidas pela polícia na captura dos mandantes e envolvidos na morte do jornalista Décio Sá estão diversos talões de cheques de prefeituras maranhenses.

A atividade empresarial dos agiotas – venda de merenda e medicamentos – é apenas fachada para a atividade principal: investir em campanhas eleitorais. O dinheiro é pago com recursos públicos, quando o candidato eventualmente eleito assume a  prefeitura – sob a falsa justificativa de compra de merenda.

Gláucio Pontes, seu pai, Miranda, e Júnior Bolinha – três dos capturados hoje – controlavam, assim, diversas prefeituras maranhenses, muitas delas denunciadas por Décio Sá em seu blog.

Para garantir tranquilidade à atividade ilegal, os agiotas compram membros do Judiciário e policiais, como, segundo as investigações, o capitão Fábio Capita. Estes policiais são responsáveis pela intimidação e eliminação de eventuais devedores.

É de Fábio Capita a arma que matou Décio Sá.

A elucidação da morte de Décio Sá levará à investigações sobre esses outros crimes.

Como boa parte deles é de âmbito federal, provalvemente a Polícia Federal entrará no caso…

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A importância de Valdêmio para as investigações…

Valdêmio: morto em queima-de-arquivo

Assassinado ontem, o quadrilheiro Valdêmio José Silva, passou informações preciosas à polícia sobre o assassinato do jornalista Décio Sá.

Embora tenha negado participação efetiva na trama para matar Décio, o criminoso forneceu dados que, cruzados, levaram á linha-mestra de investigação.

Foi a partir de Valdêmio que os investigadores restringiram o lastro da caça ao executor ao estado do Pará.

E a partir dele foram feitas as ligações entre o assassinato de Fábio Brasil e o de Décio Sá.

A execução de Valdêmio mostra que a quadrilha responsável pelo assasinato de Décio Sá tem tentáculos em todos os setores da sociedade.

Como, provavelmente, recebiam informações da sua delação, os mandantes o eliminaram em uma tentativa de queima de arquivo.

Mas já era tarde. O executor já estava capturado desde a semana passada – e não teve como negar a trama para matar Décio Sá.

Agora, todos estão atrás das grades…

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Roseana Sarney: “sempre acreditei na polícia”…

Roseana elogia trabalho de Aluísio Mendes

A governadora Roseana Sarney (PMDB) falou agora há pouco sobre a alucidação do crime do jornalista Décio Sá, em entreista no Palácio dos Leões.

Disse que sempre acreditou na polícia e que tinha convicção na elucidação do caso, sobretudo pela capacidade demonstrada pelo secretário de Segurança.

– Sempre acreditei na polícia. Tinha certeza de que o caso seria resolvido, custasse que o custasse – afirmou a governadora.

Ao lado dos secretários Aluísio Mendes, Luís Fernando Silva, João Alberto e Hildo Rocha, Roseana garantiu que, no seu governo, a polícia sempre estará pronta para combater o crime em todo o estado.

A entrevista de Roseana foi uma espécie de resposta aos que duvidaram do trabalho da polícia – inclusive este blog.

Alguns deputados que cobraram da polícia no decorrer das investigações – como Bira do Pindaré (PT), que chegou a pedir CPI para apurar crimes de pistolagem no Maranhão – hoje calaram-se na Assembléia.

Após contundente discurso de Magno Bacelar (PV), elogiando a ação da polícia, Pindaré subiu à tribuna para desviar totalmente o foco, falando sobre problemas da Caema.

Aluísio Mendes e a cúpula da Segurança Pública darão entrevista coletiva às 15 horas, quando apresentarão os criminosos envolvidos no assassinato de Décio Sá.

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Parabéns a Aluísio Mendes e sua equipe…

Aluísio Mendes: serenidade e competência

Este blog deve desculpas públicas ao secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes.

Por quase dois meses, manteve-se duramente crítico em relação à ação da polícia no caso Décio Sá. Hoje, veio à prova de que todos agiam dentro do que imaginavam ser a linha mestra de atuação para resolver o caso.

Foram críticas fortes e até pedidos de exoneração do secretário, que, ao final, mostrou competência e articulação para elucidar o assassinato de Décio.

Portanto, é devida a ele, pessoalmente, e a toda a Polícia Civil, o reconhecimento público ao trabalho realizado.

Este blog orgulha-se também de ter adotado a linha que adotou, enquanto outros meio de comunicação decidiram seguir as ordens da polícia.

A pressão constante mantida sobre a polícia ajudou a manter acesa a chama da cobrança pela elucidação do crime.

Algumas críticas tinham também o objetivo de levar os bandidos a se achar no melhor dos mundos, enquanto a polícia trabalhava em seu encalço.

Poucos jornalistas acompanharam tão de perto as investigações – com cobranças e troca de informações constantes – quanto o titular deste blog.

O que fazem precisas as informações aqui prestadas – antes e depois da elucidação do crime.

De qualquer forma, o trabalho de Aluísio Mendes foi excepcional e mostrou que a polícia maranhense, apesar das dificuldades estruturais, têm policiais capazes de combate, com dignidade, a criminalida no Maranhão.

Parabéns a todos os policiais…

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O bandido que matou Décio Sá…

O matador e seu retrato, na fotomontagem de Thamirys D'Eça : descrição perefeita

Ele cortou os cabelos e tentou dar uma disfarçada, mas não teve jeito.

O retrato-falado deu as características perfeitas do assassino do jornalista Décio Sá, capturado em Belém do Pará, no feriado de Corpus Christi.

Os olhos expressivos e a mesma forma da boca denunciaram o criminoso.

Este assassino, que já matou mais de 50 pessoas Brasil a fora, agora está nas mãos da polícia maranhense.

E seja qual for o acordo de delação premiada que tiver feito, vai mofar na cadeia.

 

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A história da trama que resultou na morte de Décio Sá…

Décio foi morto para não denunciar - e por denunciar - crimes de agiotas

O jornalista Décio Sá foi assassinado por uma quadrilha formada pelos agiotas Gláucio Pontes e seu pai, conhecido por Miranda, que também executaram o “empresário” Fábio Brasil, em Teresina (PI).

A polícia também já prendeu o homem conhecido por Júnior Bolinha, que teria sido o responsável pelo agenciamento do pistoleiro, preso na semana passada.

Segundo as investigações, Décio entrou na mira de Gláucio quando começou a denunciar em seu blog as ações de agiotas no Maranhão.

Como fachada para seu negócio de empréstimo, o agiota mantinha empresas de fornecimento de material escolar e medicamentos, o que lhe gaqrantia proteção de políticos – deputados e prefeitos – e até membros da polícia e do Judiciário.

A morte de Fábio Brasil

A trama remete a outubro do ano passado. Naquele mês, o agiota recebeu um pistoleiro que lhe contou ter sido contratado para executá-lo por Fábio Brasil – ou Júnior Brasil, como era conhecido.

Motivo: Brasil lhe devia R$ 200 mil e não tinha como pagar. Como saída, resolveu matá-lo, oferecendo R$ 100 mil ao pistoleiro. Morte de Fábio Brasil teria levado à execução de Décio

Como não pagou o executor, o bandido procurou Gláucio, oferecendo o serviço pelo mesmo valor.

Tudo está registrado em uma ocorrência policial investigada pela polícia. Neste boletim, o “empresário” diz ter recusado o serviço”, mas, segundo a polícia contou a história para que Júnior Bolinha resolvesse.

Meses depois, Fábio Brasil foi morto em praça pública, em Teresina. Décio Sá publicou a notícia e, depois, foi informado de que o mandante seria Gláucio. (Leia aqui a notícia da morte de Brasil) Morte de Fábio Brasil teria levado à de Décio

Jornalistas e agiotas

Há informações de que Gláucio e Décio Sá teriam se reunido – juntamente com outros jornalistas – ocasião em que o agiota teria dito que o autor do crime contra Fábio Brasil seria, na verdade, Júnior Bolinha, que o estaria chantageando para resolver o valor da execução.

Neste meio tempo – por intermédio de um homem conhecido por Buchecha, Bolinha já havia alugado uma casa no Parque Vitória e trazido dois homens do Pará.

A princípio, a dupla faria um sequestro do pai de Gláucio, o Miranda – também preso hoje – como forma de pressionar o comparsa a pagar os R$ 100 mil pela morte de Brasil.

Mas Bolinha acabou informado – provavelmente pelo próprio Gláucio – de que Décio Sá sabia de mais e aproveitou os bandidos do Pará para executar o jornalista antes da publicação da matéria.

 

Por aqui, assassinos teriam chegado à casa-esconderijo

Rixa antiga

Bolinha já nutria ódio mortal de Décio Sá desde 2009, quando o jornalista publicou matéria do seu envolvimento em roubo de veículos – ele chegou a ser preso, em operação da Polícia Federal, com um trator roubado em sua propriedade, em Santa Inês.

Nesta mesma ocasião, Gláucio conseguiu escapar da prisão por causa da interferência de um policial amigo, que o avisou da ação da PF.

Por conta da notícia de prisão publicada no blog de Décio, Bolinha perdeu a bandeira da Coca-Cola, que representava em Santa Inês. Segundo as investigações, resolveu então que “não deixaria Décio destruir sua vida mais uma vez”, com a revelação da morte de Fábio Brasil.

Mansão no Calhau

Para matar Décio, Bolinha contou com a ajuda do próprio Gláucio na empreitada, segundo a investigação.

A polícia descobriu que o empresário-agiota mantinha uma casa no Calhau, a menos de 500 metros da área por onde os assassinos de Décio Sá empreenderam fuga. A casa servia apenas de escritório particular e depósito de material escolar.

A polícia entende que os bandidos se deslocaram para lá na noite do crime, o que impossibilitou a captura, já que não estavam nas ruas.

Com os depoimentos de Valdêmio José da Silva e a prisão de um dos executores, a polícia montou as últimas peças do quebra-cabeça, resultando na prisão dos mandantes nesta manhã.

E assim, elucidou o assassinato do jornalista…