Os líderes do PSDB não querem se confundir com os que defendem o impeachment e a volta dos militares.
Ao retornar ao Senado, Aécio Neves não vacilou:
– Os que agem de forma autoritária e truculenta não estão no nosso campo político.
Os tucanos querem distância da “direita”.
Explicam que isso poderia afastá-los de setores progressistas que conquistaram por causa da leniência dos governos do PT no combate à corrupção.
O joio e o trigo
A manifestação do presidente do PSDB vem se somar às de outros líderes do partido.
O governador Geraldo Alckmin (SP) adota o mesmo tom:
– Nós, que lutamos pela democracia, não podemos aceitar esse tipo de coisa.
Ao criticar os que pregam o impeachment, o ex-secretário de governo em São Paulo Xico Graziano é chamado nas redes sociais de “comunista”, “petralha” etc.
A cúpula tucana dá um basta, como disse um dos seus, aos “trogloditas”.
Pois seus líderes na Câmara definiram ontem que precisam sair dos muros do Congresso, porque não podem se limitar a fazer oposição parlamentar.
Eles querem ir às ruas mobilizar e se comunicar com a sociedade.
Da coluna Panorama Político, de O Globo