Senadora maranhense mostra ousadia ao lançar-se candidata à presidência do Senado Federal contra todo um establishment que funciona há décadas na Casa; mas ao longo de seus 18 anos de vida pública, ela tem se mostrado mestre em se reinventar
Análise da Notícia
Na véspera do Natal de 2015, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “De como Eliziane contraria aqueles que sempre pregam o seu ocaso político”.
Tratava-se de uma ode à menina que saiu do interior maranhense e se tornou um fenômeno político com forte presença no estado.
Raposas políticas, analistas de plantão e sabidões de toda sorte insistem, há anos, em analisar Eliziane Gama à luz de conceitos políticos próprios e paradigmas criados ao longo da história de um Maranhão oligarca, em que o poder passava de pai para filho. Por isso, sempre erram na análise do desempenho da [então] deputada”, dizia o texto.
- mais uma vez Eliziane Gama está no centro do furacão político, com sua candidatura à presidência do Senado;
- e mais uma vez os “analistas de plantão e sabidões de toda sorte” voltam a desmerecer a parlamentar maranhense.
Em outro post, este já do início de 2016, este blog Marco Aurélio d’Eça novamente perfila Eliziane Gama, apontando sua “Surpreendente força…” às vésperas da eleição municipal daquele ano.
Nos meios políticos ela é tida como a antipolítica, aquela que faz tudo errado e, no fim, tudo acaba bem. Nos meios jornalístico ela é vista como a antijornalista, que não consegue estabelecer uma comunicação clara, mas, mesmo assim, acaba tornando-se fenômeno de mídia”, pontuou o texto.
- É preciso lembrar que Eliziane Gama saiu daquela eleição absolutamente derrotada e sem perspectivas políticas;
- e mesmo assim elegeu-se em uma consagradora vitória para o Senado Federal, desbancando figurões da política.
Quando este blog Marco Aurélio d’Eça escreveu sua primeira postagem sobre a pretensão da senadora de disputar o comando do Senado, ouviu da maioria – os mesmos “analistas de plantão e sabidões de toda sorte” – que ela, na verdade, pleiteava apenas uma vaga na mesa; que era um blefe a sua pretensão.
No atual cenário das eleições de 2026, Eliziane Gama é dada desde 2023 como “carta fora do Baralho” da sucessão do governador Carlos Brandão (PSB); e enquanto outros pré-candidatos seguem a fórmula-padrão para se viabilizar, ela caminha em faixa própria, ao seu próprio modo, seguindo seu instinto.
Mas agora, sua candidatura à presidência do Senado impõe uma pergunta sobre 2026:
E se ela virar presidente do Senado, como fica a chapa de senadores no Maranhão?!?