Aliados falam de volta de Flávio Dino à política já em 2030

Antes mesmo da votação em plenário, quando seu nome  já havia sido aprovado na CCJ, políticos e jornalistas ligados ao ainda ministro da Justiça falavam que ele deve ficar apenas sete anos no Supremo Tribunal Federal, período em que construirá projeto de disputar a presidência da República, caso Lula se reeleja em 2026

 

Flávio Dino deixa a política, mas seus aliados já pregam sua volta daqui a sete anos, como candidato a presidente da República

Embora o resultado de 47 votos favoráveis – apenas seis a mais que o mínimo – tenha sido abaixo do esperado pelo governo Lula (PT), aliados políticos do ainda ministro da Justiça Flávio Dino já falavam de “uma volta triunfal como presidente da República em 2030”.

Esta era a principal comemoração de políticos, advogados e jornalistas alinhados ao ex-comunista nesta quarta-feira, 13, após Dino ter sido aprovado para compor o Supremo Tribunal Federal.

Sem reservas em redes sociais e mais comedidos nas conversas pessoais, os dinistas apostam que ele será uma sumidade no STF, a ponto de se transformar em um presidenciável de peso, preparado para concorrer às eleições de 2030, caso o presidente Lula (PT) se reeleja em 2026.

Nem mesmo a votação abaixo do esperado, de apenas 47 votos – seis a mais que o mínimo exigido e quatro a menos que o piso do próprio governo Lula no Senado – intimidou os defensores de um “descanso na imagem” nesses sete anos de STF.

Mas as manifestações precoces do “volta Dino” somadas à votação abaixo do esperado reforçaram as duas perpepções básicas que marcaram esta novela da ida de Dino para o Supremo:

1 – há, de fato, muitos órfãos que ainda não superaram sua aposentadoria e vão tentar mantê-lo como “liderança”;

2 – ele foi, de fato, forçado a deixar a vida política, diante da forte resistência dos vários espectros ideológicos que gravitam em Brasília.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já mostrou que, como membro do STF, Flávio Dino está proibido de qualquer ato político e muito menos eleitoral; mas ele pode, de fato, renunciar ao cargo vitalício a qualquer tempo.

Resta saber se o ânimo para usar a Suprema Corte como trampolim para a presidência resistirá a todos esses anos fora dos palanques. 

Marco Aurélio D'Eça