Governador-tampão só falou uma verdade no debate da TV Mirante: admitiu a presença de Daniel Brandão na cena do crime; fora isso, mentiu sobre a prisão do assassino, sobre os motivos da presença do sobrinho-secretário e até sobre o que o levou a mandar pagar R$ 778 mil que estavam retidos desde 2014 na Secretaria de Educação
O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) foi obrigado no debate da TV Mirante a falar sobre o assassinato do empresário João Bosco, crime resultante da desavença na partilha de propina de recursos da Secretaria de Educação.
E mentiu o governador, mas mentiu muito mesmo, segundo apontou o blog do jornalista Gláucio Ericeira. (Leia aqui)
Ao admitir na cena do assassinato a presença do seu sobrinho Daniel Brandão – secretário do seu governo – Brandão mentiu a primeira vez, ao dizer que sua presença ali se deu por acaso.
Foi Daniel Brandão quem combinou a reunião no Tech Office; e foi ele quem chamou para a mesa onde estava a vítima o assassino Gibson Cesar Soares, chegando a sentar-se com os dois até minutos antes do assassinato.
Outra mentira do governador foi declarar em resposta no debate da Mirante que o assassino foi preso dois dias depois do crime, em uma ação policial.
Gibson César, na verdade, se entregou apenas 10 dias depois do assassinato, em 29 de agosto, e passou apenas uma semana preso, beneficiado por um habeas corpus do desembargador Ronaldo Maciel.
O que a polícia está fazendo, na verdade, é tentar abafar o crime, sob ordens do comando da Segurança Pública, toda indicada por quem? Exatamente pelo próprio Daniel Brandão, envolvido no caso.
A tentativa de explicação do crime envolvendo recursos do seu governo encerrou outras mentiras de Brandão; a mais grave, porém, foi a relacionada com o pagamento dos R$ 778 mil que resultaram na morte de João Bosco.
De acordo com o governador-tampão, o dinheiro só foi pago por determinação do Ministério Público do Trabalho (?).
Ora, não há na enciclopédia jurídica mundial nada que possa apontar que o ministério público, seja ele qual for, tenha o poder de determinar alguma coisa ao Poder Executivo.
Pior: os R$ 778 mil estavam represados na Seduc desde o governo Roseana, há mais de oito anos; e foi pago por Brandão em um processo que durou menos de 24 horas.
O governador-tampão Carlos Brandão sabe que não tem como explicar o pagamento deste dinheiro a não ser pela via do esquema de corrupção eleitoral.
E sabe também que seu sobrinho agiu para liberar os recursos na Seduc e para fazer a divisão do dinheiro.
Mas vai continuar mentindo.
É o que lhe resta…
Um sem noção e muito mal assessorado. É comezinho que o Ministério Público do Trabalho (MPT) não determina, ou seja, não obriga que Administração Pública alguma pague uma empresa particular. Nem a SRT/MT ou tampouco a Justiça do Trabalho.
Quem poderia se insurgir nesta flagrante e escandalosa situação de inadimplência contratual contra os improbos, lenientes e ineficientes governos Flávio Dino/Brandão seria a atuação independente do Sistema de Contas (TCU ou TCE) que faz o controle da legalidade dos atos administrativos e/ou o Sistema de Justiça estadual ou federal de acordo com as suas competências. E para receber a fatura, após uma eventual judicialização do pagamento, somente através de precatórios (art. 100 da CF/88).
Weverton em 3º
Chora mais ta pouco