Deputado influenciou diretamente no resultado do segundo turno das eleições em Imperatriz ao acusar, sem provas, a candidata do seu próprio partido, Mariana Carvalho, de participar de organização criminosa
Já está na mesa da procuradora-geral da República Raquel Branquinho, coordenadora do Grupo de Trabalho de Prevenção e Combate à Violência de Gênero, documento de 14 páginas com todo o arcabouço probatório do crime de violência política de gênero cometido pelo deputado federal Aluísio Mendes (PRB).
- Aluísio é acusado de prejudicar diretamente a candidata do seu próprio partido, Mariana Carvalho, na reta final do segundo turno em Imperatriz;
- sem apresentar qualquer prova, o deputado acusou Mariana Carvalho de envolvimento com “organização criminosa” ao fazer aliança com o PL;
- a aliança, feita ainda no primeiro turno, foi avalizada pelo próprio Aluísio Mendes, que só se manifestou às vésperas do segundo turno.
Tais declarações, além de infundadas, foram graves ataques à honra e à imagem da candidata, com evidente intenção de prejudicar sua campanha eleitoral, configurando a
prática de violência política contra a mulher”, diz a Representação de Mariana Carvalho, assinada pelo advogado Luiz Fernando Xavier Guilhon Filho.(Veja à integra do documento aqui)
Aluísio já havia sido denunciado também à direção do próprio partido Republicanos pela senadora Damares Alves (DF), que pediu punição ao parlamentar por prática de violência de gênero.
O curioso é que após as declarações do parlamentar, em 25 de outubro, dois dias antes do segundo turno, aliados do candidato Rildo Amaral (PP) e parentes do próprio governador Carlos Brandão (PSBV) postaram fotos ao lado dele, caracterizando o crime eleitoral do deputado.
O documento de 14 páginas elenca todas publicações sobre o fato, com imagens e links de setores da mídia digital e pede punição exemplar; o caso pode, inclusive, desdobra-se em Investigação Eleitoral, pela influência da posição do deputado no pleito de Imperatriz.