Sem nenhuma surpresa que possa influenciar a definição de voto do eleitor – apesar dos esforços dos adversários do prefeito Eduardo Braide – programa não teve o mesmo efeito de anos anteriores
Os candidatos até que foram bem, não comprometeram, mas também não conseguiram derrubar o favoritismo de Braide
Quem esperava um fato novo para mudar os rumos da eleição em São Luís durante o debate da TV Mirante nesta quinta-feira 3, foi dormir tarde, perdeu sono e acabou frustrado; é nulo o impacto do programa na reta final da campanha.
Isso significa dizer que os adversários do prefeito Eduardo Braide (PSD) – apesar dos esforços e da nítida evolução de todos eles – não conseguiram gerar dúvidas que pudessem alterar os números das pesquisas; e se esses números refletem mesmo a realidade, os candidatos têm poucas horas para tentar uma última cartada.
Este blog Marco Aurélio d’Eça ouviu populares, trocou ideia com colegas jornalistas e estudou as análises de especialistas desde uma hora da manhã desta sexta-feira, 4, quando terminou o debate.
E a opinião é quase unânime:
- para os jornalistas e analistas foi o pior debate já produzido na Mirante;
- entre os cidadãos comuns, quem aguentou muito, foi só até o segundo bloco;
- a classe política entende que, se estava definida, a eleição seguirá assim até domingo.
As chances de o prefeito Eduardo Braide vencer as eleições neste domingo, 6, em primeiro turno são reais, salvo alguma surpresa nas ruas nas últimas horas que antecedem o pleito; e elas podem vir, sim, sobretudo das urnas “invisíveis” aos institutos de pesquisa.
Se vencer mesmo, Bride impõe uma derrota acachapante não apenas ao Palácio dos Leões e ao governo Carlos Brnadão (PSD), mas também à Assembleia Legislativa, à Câmara Municipal, à classe política e também à imprensa.
Será, de fato, uma vitória da não-política, ou da anti-política.
Se isso é bom ou ruim, só o tempo poderá dizer…