Carlos Brandão e o “último dia de 2026″…

Não é de hoje que o governador manda seus recados à classe política maranhense, mas é preciso analisá-las sem o engessamento dos paradigmas, como, infelizmente, vem fazendo a crônica política toda vez que ele solta uma das suas pérolas

 

Os primeiros dias do atual ciclo governamental começou com Brandão e Camarão lado a lado, imagem que pode não ser a mesma no último dia de dezembro de 26

Análise da Notícia

A crônica maranhense tem trabalhado com base em paradigmas os recados que o governador Carlos Brandão (PSB) manda à classe política:

É preciso lembrar o que houve com Luiz Rocha ao não ser candidato ao Senado em 1986″, diz um analista;

José Reinaldo fez este gesto em 2006, elegeu o sucessor, mas se perdeu na política e hoje vive o ostracismo”, lembra outro.

Paradigmas que Brandão está disposto a quebrar.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já abordou, ele próprio, por diversas vezes, este dilema de Brandão, suas influências e suas consequências:

Diferentemente de José Reinaldo e de Luiz Rocha, Brandão tem uma família próspera, poderosa e influente no Maranhão. Como homem de posses, natural, portanto, que possa deixar a vida pública sem maiores revezes.

Um dos muitos equívocos da crônica política é apontar o vice-governador Felipe Camarão como um dos entraves para Brandão, pelo fato de estar no PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não é.

O governador tem dois jovens discípulos prontos a seguir suas orientações e aptos à sua sucessão em 2026:

Um deles é o sobrinho, Orleans Brandão (MDB), que já é visto como candidato e já com base significativa de prefeitos, ex-prefeitos e lideranças prontos a cerrar fileiras em torno dele; a outra é a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB).

Sobre Iracema, é preciso ir mais além.

Ex-militante petista, tem história no partido do presidente Lula e só não se elegeu deputada pela legenda por que foi vetada por ex-companheiros interessados nas eleições de 22; já se fala, inclusive, em seu retorno ao PT no intervalo entre as eleições municipais e a sucessão estadual.

Mas esta é uma outra história…

Marco Aurélio D'Eça