Lideranças políticas ouvidas por este blog Marco Aurélio d’Eça sobre as idas e vindas na relação entre o governador Carlos Brandão e o grupo do ex-governador Flávio Dino apontaram que a exoneração do vice Felipe Camarão da Seduc – depois cancelada – encerrou o atual governo e expôs o controle do agora ministro do STF
Análise de Conjuntura
O título acima é uma afirmação do ex-senador Roberto Rocha, uma das lideranças políticas ouvidas desde a quarta-feira, 3, por este blog Marco Aurélio d’Eça, sobre o recuo do governador Carlos Brandão (PSB) na exoneração do vice Felipe Camarão (PT) do comando da Secretaria de Educação.
Quem não pode com o pote não pega na rodilha”, afirmou Rocha, alcançado em Brasília para responder o que achava do episódio.
Além dele, diversas outras lideranças foram ouvidas: sarneysistas, dinistas, brandonistas, petistas, comunistas, bolsonaristas e ativistas; todos concordaram que o recuo de Brandão mostra fraqueza, opinião sintetizada por Rocha, que completou:
Acabou o governo antes de começar. É a prova que faltava que Flávio Dino continua governando o Maranhão, só que agora pelo WhatsApp”.
Roberto Rocha foi o único dos políticos ouvidos por este blog Marco Aurélio d’Eça sem maiores vínculos; todos os demais estão, ou de um lado, ou de outro, o que acaba por contaminar a avaliação. Por isso mesmo, ele foi além, e explicou claramente seu entendimento do Maranhão e a situação por qual passa hoje o atual governador:
Isso só acontece com Brandão por que ele é bom caráter. Pode ter as limitações dele, mas é bom caráter, uma pessoa do bem. E exatamente por isso tem dificuldade de virar a página, dar a guinada que o Maranhão precisa. Não vale a pena ser governador neste padrão. A menos que o cara queira ser hóspede do palácio e despachante do luxo; e por que? Por que não consegue romper com estruturas arcaicas, atrasadas, de uma hora para outra, se tiver caráter, como Brandão”, analisou.
Diante de todas as manifestações – sintetizadas por Roberto Rocha – este blog também se pôs a perguntar, diante da postura do palácio no caso envolvendo o vice e o grupo de Flávio Dino; e pergunta ao próprio Brandão “de que tem medo o governador?”.
Mas esta é uma outra história…