Othelino critica Brandão por sancionar o aumento do próprio salário

Governador passou a receber salário de R$ 33.006,39 e os secretários de vão passar a receber R$ 28.245,23; parlamentar que o governador  deixou o PL do reajuste dos servidores do Judiciário perder o prazo constitucional, mas deu reajuste a si próprio e aos auxiliares em menos de 48 horas

 

Othelino Neto questionou a sanção de Brandão para aumento do próprio salário de governador

O deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) foi à tribuna novamente para criticar a aumento de mais de 100% nos salários do governador Carlos Brandão (PSB) e dos secretários estaduais; o parlamentar fez um apelo em suas redes sociais para que o projeto – aprovado na Assembleia Legislativa do Maranhão – não fosse sancionado, mas o chefe do Executivo sancionou o PL.

  • O subsídio do governador era de R$ 14 mil e passou para R$ 33.006,39;
  • Já os secretários aumentaram o salário de R$ 11 mil para R$ 28.245,23.

O apelo que eu fiz, nesta tribuna, e que eu ratifiquei nas minhas redes sociais, não deu certo. O governador sancionou o projeto de lei que concede um aumento a ele próprio e aos secretários de Estado. Um Estado que deve mais de 2 bilhões entre fornecedores e prestadores de serviço. Um Estado que tem pessoas aguardando, há dois anos, por uma cirurgia. Um Estado cujas rodovias estão se acabando em razão da falta de manutenção. Esse Estado que aderiu também ao Plano de Recuperação Fiscal, esse mesmo Estado que tem indicadores sociais ainda preocupantes, que tem um percentual de desempregados ainda elevado, o governador do Estado sancionou um aumento de mais de 100% para o seu próprio salário”, criticou.

O deputado disse que a Lei nº 12282, de 23 de maio de 2024, foi sancionado dois dias após ser aprovada pelo Plenário. O parlamentar relembrou que o projeto de lei, por exemplo, de reajuste dos servidores do Judiciário passou do prazo constitucional e o governador não sancionou. Mas o aumento dele próprio e dos auxiliares foram dois dias, 48h.

E aí como será que se sente aquele cidadão e aquela cidadã que ganha um salário mínimo? Daquele servidor público que espera por um reajuste salarial? Como será que ele vê quando o governador dobra o seu salário, mais do que dobra? Repito que não sou contra pagar bons salários. Acho inclusive que a responsabilidade do governador e dos secretários é grande, mas é inoportuno. É desrespeitoso. É imoral”, frisou.

Da Assessoria, com edição do blog

Marco Aurélio D'Eça