Ainda no contexto de sua fala sobre a submissão da mulher ao homem, deputada estadual diz ter-se sentido abandonada pelo próprio partido e agredida pelo presidente nacional, não vendo mais razão para continuar na legenda
A deputada Mical Damasceno respondeu nesta terça-feira, 23, ao presidente nacional do seu partido, o PSD, ex-ministro Gilberto Kassab, que condenou sua fala pregando a submissão da mulher ao homem quando propôs “encher o plenário de macho” no Dia da Família, em 15 de maio.
Para Kassab, o posicionamento da colega de partido “traz uma visão retrógrada e superada, falsamente escorada na religiosidade cristã”.
Diante da forte repercussão da fala da parlamentar, Kassab emitiu nota em que condenou a atitude da deputada e ressaltou que o PSD tem histórico de valorização da mulher em todos os níveis.
– Que valorização da mulher foi essa que eu fui eleita sem nenhum incentivo do partido? Nunca me recebeu e fala de valorização da mulher. Pela fé, eu faço questão de ser expulsa. Se não comunga comigo, não comunga com meu Deus, que me expulse do partido; e o único motivo é por causa do meu Deus, da minha fé, por eu defender o modelo de família que tem o respaldo bíblico – discursou Mical Damasceno, nesta terça-feira, 23.
Aliado da deputada pessedista – e ele próprio vítima de perseguição partidária – o deputado Yglésio Moyses (hoje no PRTB), orientou a colega a colecionar tudo o que considerar perseguição e incompatibilidade partidária para dar entrada na Justiça Eleitoral em autorização para deixar o partido.
A deputada não explicou se pedirá para deixar o PSD…