Governador tem atuado desde meados do ano passado pela unidade da base governista em torno do deputado federal ligado ao agora ministro do STF, o que já resultou na saída do páreo dos pré-candidatos Edivaldo Júnior e Neto Evangelista, além da evidente má-vontade em relação à liberação do deputado Yglésio Moyses para buscar novo partido
Análise da Notícia
Se viu sua candidatura a prefeito de São Luís esvaziada pelo anúncio de apoio do MDB ao prefeito Eduardo Braide (PSD), o deputado federal Duarte Jr. (PSB) só não pode reclamar de corpo mole do governador Carlos Brandão (PSB) e do seu grupo; desde setembro, Brandão faz evidentes esforços para dar consistência à coligação de Duarte e unificar a base em torno do nome do aliado do ministro Flávio Dino.
Foi a partir do apoio de Brandão que se viu pré-candidatos bem posicionados nas pesquisas deixarem a disputa na capital maranhense, a exemplo do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido) e do deputado Neto Evangelista (União Brasil); Brandão também vem impondo resistências à saída do deputado estadual Yglésio Moyses do PSB.
A dificuldade de unidade em torno de seu nome tem relação com a própria forma de convivência política de Duarte Júnior.
O candidato socialista opera pela imposição de cima para baixo ao invés do diálogo, o que afasta aliados na base do governo; sua candidatura é muito dependente da imposição – ainda que velada – do agora ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, o que também inibe partidos.
Mesmo o MDB, que agora declarou apoio ao prefeito Eduardo Braide, vem sendo trabalhado fortemente pelo governador para estar na base de Duarte Júnior, o que só não ocorreu por causa da maior articulação nacional do deputado federal Cleber Verde e do ex-deputado Hildo Rocha.
Para ser justo, mesmo a contragosto Brandão não se impôs limites para trabalhar pela candidatura do indicado de Flávio Dino e teve significativos avanços nos últimos meses.
Faltou disposição e capacidade de relacionamento ao próprio candidato, que agora sente o golpe do esvaziamento e pode acabar sendo mais uma vítima da maldição da reta final nas eleições de São Luís, como ocorreu em 2012, 2016 e 2020.
Mas esta é uma outra história…