Greve de ônibus: 2º ato encenado com sucesso; falta o ato final…

Mantendo o teatro para aumento de passagem de ônibus, empresários, motoristas e prefeituras – sob a direção da justiça do Trabalho – participaram da encenação do fim da paralisação que já estava em seu terceiro dia; para cumprir o acordo o SET está exigindo um aumento de R$ 0,80 no valor do subsídio, preparativo para a cena final – a do “inevitável aumento de tarifa” – que deve se descortinar nos próximos dias

 

Rodoviários nesta quinta-feira, 8, encenando a parte do “ok!” aos empresários; tudo dentro do roteiro reprisado em 2024

Ensaio

Não houve qualquer mudança de cena no script do teatro da greve de ônibus em relação à encenação de 2023; o remake da mesma peça em 2024 não teve qualquer alteração, está quase uma cansativa reprise do tipo “Sessão da Tarde”.

No segundo ato da peça encenada por empresários de ônibus, motoristas, cobradores e representantes da prefeitura – todos dirigidos pela Justiça do Trabalho – não houve qualquer mudança no roteiro que já havia sido produzido em 2023, 2022, 2021, 2020, 2019… 

Depois de três dias de atuação no ato de abertura do teatro – a greve de ônibus – os atores chegaram ao acordo que poderiam ter chegado desde a terça-feira, 6, garantindo reajuste de 10% pra motoristas que acumulam função, 8% para os demais trabalhadores, tiket alimentação de R$ 800,00 e garantia do plano de saúde.

Para cumprir este acordo, os donos de ônibus agora jogam a conta para a Prefeitura de São Luís, cobrando um aditivo de R$ 0,80 no subsídio que cobre as gratuidades no transporte, passando de R$ 0,70 para R$ 1,50, o que significa alguns milhões a mais no valor repassado mensalmente.

Nos roteiros de teatro e no cinena, chama-se esta sequência de de “cena-ápice”, aquela que prepara a audiência para a cena final, que, neste caso, será o aumento de passagem em São Luís.

E ele virá, mais cedo ou mais tarde…

Marco Aurélio D'Eça