Enquanto o prefeito Eduardo Braide e o deputado federal Duarte Júnior buscam o apoio da classe média e das elites – e os demais adversários ainda tentam consolidar-se partidariamente – opção do PDT sentou praça nas comunidades mais afastadas, construindo uma relação que em 2023 já o levou às pesquisa e tende a se consolidar como base eleitoral influente em 2024
É com eventos assim, em áreas até desconhecidas dos candidatos das elites, que Fábio Câmara vai consolidando sua candidatura como terceira via em São Luís
As últimas semanas de 2023 e a primeira semana de 2024 foram marcadas por uma forte tentativa de polarização entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Júnior (PSB) na disputa pela prefeitura de São Luís; mas ambos os candidatos focam suas ações na atração da classe média e das elites sociais.
O único candidato com arrancada eleitoral focada diretamente nas comunidades da periferia e, sobretudo, na Zona Rural, é o ex-vereador Fábio Câmara (PDT), já que os demais adversários ainda tentam se viabilizar partidariamente; Câmara construiu desde o início da pré-campanha, em setembro de 2023, uma forte relação nas periferias e, sobretudo, na Zoina Rural.
Foi esta relação que o levou a aparecer nas pesquisas com índices que chegam a superar os 3%, dependendo do levantamento, segundo se analisa das pesquisas do ano passado, quando ainda não eram necessários os registros.
Historicamente, os candidatos da chama elite do poder ignoram a Zona Rural e as periferias por entender serem elas a parte mais frágil do eleitorado; para conquistá-la, entendem as elites e os detentores de poder, basta levar asfalto e outras ofertas no fim da campanha e o voto é garantido.
Os últimos anos têm mostrado uma forte mudança neste perfil; e o próprio resultado eleitoral registrado pelo PDT nas últimas eleições mostra que a força do partido está mesmo na zona rural, como já mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “PDT tem votação média em São Luís na casa dos 15%, mostra estudo…”.
Foram cerca de 83 mil votos, tanto em 2020, com o apoio pedetista a Neto Evangelista (União Brasil) quanto em 22, com a candidatura do senador Weverton Rocha; destrinchando esses números da Justiça Eleitoral, descobre-se que a maioria deles veio exatamente das seções e zonas eleitorais que funcionam nas partes mais afastadas.
E é este potencial que faz de Fábio Câmara uma opção clara – e até agora única – à polarização elitista que tentam impor ao eleitor os candidatos Eduardo Braide e Duarte Júnior…