Ferry boats apodrecem e chefões da Emap passeiam em helicóptero de R$ 8 milhões…

Sistema de transporte na travessia entre São Luís e Cujupe está em colapso desde o início de 2022, o que não impediu que o atual presidente da empresa que administra o serviço – ao invés de investir na modernização – pagasse aluguel de aeronave para circular em viagens sabe-se lá par aonde

 

Os ferry boats que circulam em São Luís estão todos assim, apodrecidos e com riscos de rachaduras em alto mar

O helicóptero usado por Gilberto Lins da Emap, enquanto os ferry boats apodrecem no meio do mar do Maranhão (imagem: marrapa.com)

Editorial

O presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária, Gilberto Lins, é o responsável por trazer, do Pará para São Luís, o ferry boat José Humberto, uma embarcação de 40 anos, caindo aos pedaços, que ele insiste em manter na travessia entre São Luís e Cujupe, desde quando presidia a Agência de Mobilidade (MOB).

Estranhamente, quando passou a presidir a Emap, Lins ganhou do parente Carlos Brandão (PSB) o controle do mesmo serviço de ferry boat; e continuou mantendo o José Humberto em operação, mesmo com todos os riscos de causar uma tragédia em alto mar maranhense.

Todo o sistema de travessia entre São Luís e a baixada está em colapso, sucateado desde a intervenção do então governador  Flávio Dino (PSB), que tirou as empresas prestadoras do serviço e o abandonou, situação mantida no governo Carlos Brandão.

Mas nem esta situação fez Gilberto Lins repensar o aluguel de um helicóptero por R$ 7, 7 milhões, aeronave que ele usa para se deslocar para cima e para baixo.

Enquanto os usuários sofrem na travessia da Baía de São Marcos, o presidente da Emap e seus diretores voam no conforto do helicóptero pago com o dinheiro do cidadão maranhense.

Sob a mordaça de promotores de Justiça, proibidos pelo procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau, de continuar a investigar o serviço de ferry boat.

E a capitania dos Portos também parece estar embolsada pelo governo…

Marco Aurélio D'Eça