Desde o início da atual série de levantamentos sobre a disputa em São Luís, ainda em maio, prefeito aparece estacionado na casa dos 30% de intenção de votos – o que para muitos é sinal de que ele tende a perder terreno ao longo da campanha propriamente dita – mas é preciso perceber que seus índices representam quase o dobro do segundo colocado, Duarte Júnior, também com teto na casa dos 20%
Ensaio
Este blog Marco Aurélio d’Eça já publicou cerca de 10 pesquisas desde maio, quando se iniciou a atual série de levantamentos sobre a corrida eleitoral em São Luís; em todas elas, o prefeito Eduardo Braide (PSD) aparece na casa dos 30% e o deputado federal Duarte Júnior (PSB) figura abaixo dos 20% de intenção de votos. (Releia aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)
Não há dúvidas de que há uma estagnação tanto de Braide quanto de Duarte, o que anima os adversários a sonhar com uma chance no segundo turno e até com uma eventual vitória nas urnas.
Para muitos, a paralisação numérica de Braide é mais preocupante pelo fato de ele estar à frente da prefeitura, com uma soma de obras e serviços fortemente divulgados e uma forte presença nas comunidades.
A estas alturas, para alguns analistas, o prefeito deveria estar em condições de vencer em primeiro turno, ainda que se levasse em conta tratar-se apenas do primeiro período da pré-campanha.
A partir dos índices de Braide, seria natural afirmar que o seu principal adversário – Duarte Júnior – pode vencê-lo em um eventual segundo turno; só que não…
Duarte também parece ter atingido o seu teto eleitoral.
A situação é ainda pior; Duarte nunca superou a margem de erro do seu índice histórico – na casa dos 20% – nem nesta, nem nas eleições de 2020. Só no segundo turno de quatro anos atrás atingiu 44%, mas quando estava em confronto direto com o próprio Braide.
Em 2020, o deputado socialista foi para o segundo turno com 22,15%; para efeito de comparação, em 2022, quando foi o deputado federal mais votado na capital maranhense, atingiu 13,12%
O cenário vivido por Braide e por Duarte mostra que o eleitor está ainda aguardando o surgimento de uma terceira via que anime a disputa.
Três nomes demonstram mais condições de ser esta via: O ex-prefeito Edivaldo Júnior (ainda sem partido), o vereador Paulo Victor (PSDB) e o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil), não necessariamente nesta ordem.
A estas alturas da pré-campanha, com os números dos dois primeiros colocados se repetindo sistematicamente, apontando um teto, é possível dizer que qualquer um dos três do segundo pelotão – Edivaldo, Neto ou Victor – têm amplas chances de vencer as eleições de São Luís.
Basta ajustar a campanha, fortalecer a relação com a população e montar um forte grupo político.
São os números que mostram isso
E os números não mentem, jamais…