Ministro da Justiça usa os mesmos setores da mídia alinhados ao seu projeto de poder – desde quando era governador do Maranhão – para criar a falsa impressão de que o presidente Lula, agentes do governo e a cúpula do próprio Judiciário o querem como ministro, o que não é verdade, mas valoriza seu passe em Brasília
Pensata
Até este blog Marco Aurélio d’Eça caiu na esparrela e chegou a achar mesmo que o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) está cotado para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal; mas isso não é verdade.
Nem Flávio Dino é cotado para o STF e muito menos o PT dá bola para esta possibilidade; a história é uma invenção do próprio Flávio Dino.
Este blog Marco Aurélio d’Eça só foi perceber a jogada do comunista ao ser alertado por lideranças políticas, inclusive do próprio PT, e começou a comparar – investigativo que é – as matérias sobreo assunto; elas surgem sempre nos mesmos portais, escritas pelos mesmos repórteres ou colunistas e repercutindo as mesmas falas do próprio Dino.
Nenhuma das matérias ou notas tratando sobre a ida do maranhense para o Supremo tem contraponto; os textos dizem sempre a mesma coisa – “a cúpula do PT não o quer” – mas nunca cita ninguém da cúpula como autor de declarações.
O expediente usado agora por Dino tem o mesmo operador: trata-se do secretário-executivo do Ministério da Justiça, o jornalista Ricardo Capelli, que foi secretário de Comunicação do governo Dino durante os últimos anos.
Capelli começou a usar os mesmos colunistas e os mesmos portais financiados pelo Governo do Maranhão, como já denunciou o deputado estadual Dr. Yglésio (PSB); à época, esses jornalistas criaram a ideia de que Dino poderia disputar a presidência da República em 2022, quando, na verdade, ele nunca sequer foi cogitado.
O modus operandi de agora é o mesmo.
Primeiro, Flávio Dino planta em seus sites amigos que seu nome está cada vez mais forte para o STF; depois, o próprio Dino vai à mídia para “desautorizar a inclusão de seu nome entre os cotados”.
Além dos sites amigos mais à esquerda, Dino tem a condescendência também de portais quatrocentões, como O Antagonista, Estadão, O Globo, Folha de São Paulo e Veja.
Até uma frase dele tem sido repetida à exaustão há pelo menos seis meses, inclusive para tratar do tema STF: “em 2030 é outra história”. Ela já foi pisada e repisada ao menos umas 100 vezes desde o início do governo. (Veja aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)
As plantações de Capelli em favor do ministro da Justiça – primeiro para a disputa presidencial, depois para o STF – tem apenas o objetivo de mantê-lo em evidencia na capital federal.
Com esta farsa, ele controla o emocional de senadores e deputados federais incautos; e até de setores da imprensa.
Mas este blog Marco Aurélio d’Eça já percebeu a sua jogada…