Apesar da narrativa construída após o evento – de consenso e paz na base governista – aliados de Carlos Brandão consideraram no mínimo “indelicado” o ato do ministro da Justiça realizado apenas três dias antes de o governador voltar das férias
Apenas sete deputados estaduais participaram do ato do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) nesta sexta-feira, 25, no Palácio dos Leões; todos eles ligados ao próprio Dino ou com interesses municipais nos equipamentos entregues.
Nem mesmo a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), esteve presente no evento, considerado “indelicado” por boa parte dos parlamentares aliados do governador Carlos Brandão (PSB) ouvidos pelo blog Marco Aurélio d’Eça.
Apesar da construção de uma narrativa de paz e consenso entre Flávio Dino e Carlos Brandão – que influenciou até mesmo este blog Marco Aurélio d’Eça – o fato é que o governador não gostou da forma como o evento foi feito, sem a sua presença; Brandão estaria em São Luís já na segunda-feira, 28, apenas três dias depois do ato dinista.
A ausência de deputados estaduais, prefeitos e vereadores ligados a Brandão é o maior símbolo de que o ato construído por Dino – usando o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o senador Weverton Rocha (PDT) – foi um atropelo ao Palácio dos Leões.
Na interpretação dos deputados, secretários e vereadores aliados ao governador, Flávio Dino quis dar um recado direto a Brandão, gerar uma espécie de imagem do ato, ao lado de Camarão e de Weverton, como se quisesse construir uma foto para 2026.
Nas horas que se seguiram após a cerimônia no Palácio dos Leões, tanto Dino quanto Brandão tentaram construir a ideia de que está “tudo como dantes no quartel de Abrantes”.
Mas o fato é que o atropelo do ministro foi mais um gesto que incomodou o governador…