Atraso no repasse de junho para a Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça, calote em uma das parcelas de R$ 276 milhões de empréstimo deixado por Flávio Dino culminaram com a não-antecipação do salário de julho dos servidores públicos e levantaram suspeitas de uma forte crise financeira no Maranhão, o que o titular da Secretaria de Monitoramento das ações Governamentais, Alberto Bastos, tentou minimizar em publicação no instagram
O secretário de Monitoramento das Ações Governamentais, Alberto Bastos, revelou nesta sexta-feira, 28, que houve “uma queda de arrecadação, principalmente em razão de fatores externos, o que impactou diretamente as contas públicas” do Maranhão.
Bastos não relaciona uma coisa à outra, mas suas explicações foram publicadas no mesmo dia em que servidores públicos maranhenses reagiram à decisão do governador Carlos Brandão (PSB) de anunciar, em cima da hora, que o salário de julho do funcionalismo será pago apenas na terça-feira, 1º de agosto.
Somadas ao represamento do pagamento salarial, outras medidas tomadas por Brandão nos últimos meses levantaram suspeitas de uma forte crise financeira no estado.
Em junho, o governo atrasou o repasse constitucional para os poderes Legislativo e Judiciário, o que atrasou o pagamento de fornecedores na Assembleia Legislativa e no Tribunal de Justiça; agora em julho, Brandão foi obrigado a buscar no Supremo Tribunal Federal a suspensão do pagamento de uma das parcelas semestrais de R$ 276 milhões referentes ao empréstimo deixado por Flávio Dino (PSB) com o Bank of América. (Entenda aqui)
– O estado tinha uma arrecadação de R$ 1,3 bilhão mensais. Alterações legislativas no âmbito federal impactaram diretamente e [a arrecadação] caiu para R$ 950 milhões. Algumas medidas foram adotadas pelo Governo do Estado e hoje a arrecadação fica em torno de R$ 1,050 bilhão mensais; a gente já tem um déficit aí de R$ 250 milhões – contou Alberto Bastos, em vídeo disponível no perfil @monitoragovma.
Bastos tenta ser didático para explicar os problemas financeiros do estado, e chega a dizer que o problema do governo é parecido ao das casas que precisam equilibrar o orçamento familiar quando há perda de renda..
– Nessa hora, é ainda mais necessário praticar estratégias de otimização dos recursos existentes, a fim de manter o pleno funcionamento dos serviços públicos – afirmou o secretário.
O perfil da Secretaria de Monitoramento das Ações Governamentais informa ainda que a meta do governo é chegar a uma economia real de R$ 400 milhões no s próximos meses.
E os servidores públicos terão que ter paciência…